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quinta-feira, 4 de março de 2021

Luiza Trajano e o xadrez para 2022 - Malu Gaspar

O Globo

"O PSB pode ter uma candidata a presidente da República que é muito interessante, que é a Luiza Trajano’, declarou na semana passada o deputado Luiz Romanelli (PSB-PR) a um blog do site Metrópoles, de Brasília. “Nem sei se eu podia falar isso aqui”, emendou o parlamentar, queimando a largada na articulação de bastidores para convencer a fundadora e dona do Magazine Luiza a entrar na disputa eleitoral de 2022. Há alguns meses, a empresária começou a ser assediada por líderes partidários para participar de composições de chapa para disputa à Presidência. Pelo menos três legendas – PT, PSDB e PSB –, além de movimentos políticos como Agora e Acredito, já enviaram emissários para discutir o assunto com a ela. Nas conversas, por ora, Luiza tem se mantido enigmática e um tanto arredia. Quando não rejeita o convite de cara, hesita. Diz que prefere ajudar o país de outras formas e se exaspera com o fato de as constantes negativas de que vá se candidatar não encerrarem o debate público em torno de seu nome.

[depois da Dilma, essa empresária ser candidata não surpreende - aquele escalado para perder. 
Temos no rol dos candidatáveis um animador de auditório (oferece um picadeiro) um condenado em liberdade (oferece tornar o roubo um ato cívico,não criminoso) e outros. 
A senhora pretensa candidata ainda não sabe o que oferecer.]

Acontece que, na política, nem sempre é possível controlar tudo o que se diz a nosso respeito. Se as especulações não cessam, é porque não falta, tanto no meio político como no empresarial, quem esteja em busca de uma alternativa viável para escapar à reedição da disputa de 2018 entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad (ou Lula). E também porque, vez por outra, o nome de Luiza surge de forma espontânea em pesquisas de opinião encomendadas por partidos e empresas para sondar o humor dos brasileiros sobre a próxima eleição.

Numa das mais recentes, que aterrissou na mesa de uma figura importante do mercado financeiro no início de fevereiro, ela era o terceiro nome mais citado quando se perguntava quem o entrevistado queria ver na Presidência do Brasil. Luiza aparecia com 10,4% das menções, superando Luciano Huck (9,3%), Fernando Haddad (5,6%), João Doria (5,5%) e Sergio Moro (5,2%). Só Lula (26%) e Bolsonaro (24,5%) foram mais lembrados pelos eleitores do que a dona do Magalu. A pesquisa assanhou o empresariado desiludido com o liberalismo cloroquina de Paulo Guedes e levou a uma nova onda de pedidos para que Luiza se candidate. [Bolsonaro ficando adiante do Lula, fato, as pesquisas,versões, perdem o sentido Invertem e nas eleições o eleitor corrige.]

Como se não bastassem esses números, pesa a favor de Luiza um diagnóstico comum entre esses interlocutores que a assediam: a empresária fala a “língua do povo” e seria mais difícil derrubá-la com discurso de ódio do que se o candidato fosse Sergio Moro, João Doria, Ciro Gomes ou Luciano Huck. Num cenário em que Bolsonaro mantém índices de popularidade estáveis, apesar de todas as barbaridades que perpetua, e em que o antipetismo ainda é forte, tal característica não é irrelevante.

O brasileiro médio se considera apolítico, da mesma forma que Luiza se diz “apartidária”. Nas pesquisas de opinião, metade do eleitorado diz não querer nem Lula nem Bolsonaro. É esse o público que todos os outros partidos e pré-candidatos estão buscando conquistar. Como em toda eleição em que o presidente de turno disputa mais um mandato, a de 2022 será, antes de tudo, um plebiscito sobre a gestão Bolsonaro. Mas não só. Assumindo (e torcendo para) que tenhamos controlado pelo menos em parte a pandemia, será também uma escolha em torno de quem melhor poderá consertar o estrago econômico provocado pela forma como estamos lidando com a crise.

Enquanto essas forças que vagam entre o petismo e o bolsonarismo não tiverem embarcado numa candidatura que considerem competitiva, Luiza Trajano pode até querer, mas não conseguirá parar o falatório em torno de seu nome. A insistência será tanta que periga ela até se convencer de que vale a pena disputar a eleição.

 

O Globo - Blog Malu Gaspar

 

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Sim, voltaremos às ruas - Carlos Alberto Sardenberg

Coluna publicada em O Globo - Economia 23 de abril de 2020


O comércio eletrônico (E-commerce) será o grande vencedor, assinala a revista Economist, numa análise do que virá depois da pandemia. Cita números: enquanto shoppings, redes de lojas e restaurantes demitem, a Amazon contratou 100 mil pessoas em março e mais 75 mil neste mês. A um dado momento, teve que limitar o movimento para reforçar e adequar sua infraestrutura. Há movimentos semelhantes no Brasil, como a decisão de Luiza Trajano de abrir seu site para outras empresas, com o lançamento da enorme Magalu.

Faz sentido. Na verdade, o comércio já estava nesse caminho das vendas on line. Mais ainda, toda a economia mundial – com alguns países mais à frente, outros atrás – já avançava para a digitalização. A pandemia deu mais urgência a esse movimento. Na indústria, pequenas empresas têm feito coisa extraordinárias com as impressoras 3D. As operadoras de telefonia correm para aperfeiçoar os instrumentos de comunicação on line, de simples conversas entre pessoas ansiosas com o isolamento, até conferências de chefes de estado. Nós mesmos, jornalistas, estamos diretos no on line.

Dia desses, um colega comentou: quando isso tudo voltar ao normal, nunca mais teremos aquelas redações. Aliás, já estavam diminuindo exatamente pelo uso de mais tecnologia. Há estúdios de televisão que funcionam com um único operador comandando câmeras e luzes. Muita gente acha que algo parecido ocorrerá no varejo físico. Grandes lojas, como grandes redações, estariam condenadas. A loja física funcionaria como um pequeno mostruário, onde o freguês poderia ver, manusear a coisa, sentir – seja lá o que isso signifique.

Sendo verdade, isso muda completamente o quadro de empregos. Haverá menos vagas nas lojas físicas e muito, mas muito mais nos centros de operação on line e na infraestrutura de distribuição. Estas últimas vagas exigirão trabalhadores mais educados, o que, de sua vez, exigirá escolas mais eficientes. E aqui está um grande problema para o Brasil, com seu sistema de ensino muito atrasado. As lojas físicas devem ser menores e mais, digamos, amigáveis, simpáticas, um bom lugar para se dar uma olhada. Sem aglomerações, o mesmo valendo para restaurantes.

Companhias aéreas, nessa linha, serão perdedoras. As viagens de negócios serão reduzidas ao extremo, dada a eficiência das reuniões on line. De novo, essa já era uma tendência, mas enfrentava muita resistência. Muitas pessoas não confiavam nas compras on line. Muitos executivos desconfiavam das conferências eletrônicas – temiam hackers, vazamento de segredos. 
Se não sumiram, esses temores se reduziram bastante.
Então, continuamos mais em casa do que nas ruas, nos shoppings, nos escritórios?
Sei não.

Digo por mim. Assim que permitirem, volto para a redação, um ambiente animado onde transitam ideias, novidades e as melhores piadas do mundo. Muita gente chegou a conclusões parecidas: o escritório não é só aquela chatice. A caminhada nos shoppings não é aquele horror. Um cineminha, então, em boa companhia. E uma reunião de negócios em Paris não é um sacrifício. Vem daí a pressão difusa que se nota no mundo todo pelo relaxamento do confinamento. Governantes estão dizendo a seus cidadãos algo assim: calma, pessoal, daqui a pouco começamos a nos encontrar de novo por aí.

Não digo que vamos jogar no lixo toda a parafernália eletrônica, desligar os sistemas de comunicação. No nosso caso, dos jornalistas, haverá numerosas ocasiões em que será mais eficiente produzir longe das redações. Não raro, inevitável. Mas ao menos uma passadinha para saber das últimas, será um grande prazer. Enfim, mudaremos, mas a vida dos encontros sociais sobreviverá. Assim como o mundo passará por mais esta, assim como, só para provocar, o modo de produção capitalista. Na crise de 2008/09, sobraram vaticínios desse tipo: o capitalismo morreu.

Agora, dizem que não sobreviverá ao novo coronavírus. Passará. Mas como já ocorreu tantas vezes na história, teremos mais um momento de demanda pelo governo, tão expandido na crise. Mas logo se perceberá, de novo, que falhas de governo podem ser tão ou mais danosas que falhas de mercado.
A ver.

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista 


domingo, 27 de setembro de 2015

Levy e Temer em caminhos diferentes - Levy ironiza Temer, que está no exercício da presidência da República e tem que ser respeitado especialmente por ministros e demais aspones

A empresários, Temer diz duvidar de aprovação da CPMF; Levy ironiza fala
O presidente em exercício, Michel Temer, disse nesta sexta-feira (25) que duvida das chances de aprovação de uma nova CPMF no Congresso Nacional. 
 
Em almoço organizado pelo IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) em São Paulo, Temer encorajou empresários a procurar os líderes partidários contra medidas que os contrariam, segundo relato de presentes. Afirmou ainda que eles devem ser atores do processo e não apenas fazer críticas. 


Questionado pela presidente do grupo Magazine Luiza, Luiza Trajano, ele afirmou que, com sua experiência parlamentar, duvida da aprovação do novo tributo.   Ainda segundo participantes, o presidente em exercício minimizou o risco de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que está em viagem oficial aos EUA. 


Segundo o empresário José Galló, presidente das lojas Renner, Temer disse que a crise é econômica. 

 
LEVY
Chegando ao mesmo mesmo hotel onde Temer se reuniu com empresários, onde também seria recepcionado pela presidente do Magazine Luiza uma hora depois da saída do peemedebista, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reagiu com ironia às declarações do presidente em exercício. 

 
Questionado sobre as afirmações a respeito da dificuldade de aprovar a CPMF, Levy afirmou: "Ótimo. Então, ele quer a reforma da Previdência. Precisamos de um reequilíbrio fiscal. Como ele conhece o Congresso, está dizendo que vai aprovar a reforma da Previdência", disse Levy, pouco antes de ser recepcionado pela presidente do grupo Magazine Luisa, Luiza Trajano.
"Falamos com Temer e o Delfim [Netto]. Agora vamos ouvir o Levy", disse a empresária.


Fonte: UOL/Folha de São Paulo