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domingo, 24 de julho de 2022

Vai ter bandeira, sim! - Revista Oeste

Ana Paula Henkel

Se antes, como atleta, já havia um orgulho gigantesco do Brasil, imagine agora, quando vejo esse símbolo tremulando não apenas em repartições públicas

Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock

Na semana passada, uma manifestação da juíza Ana Lúcia Todeschini Martinez, titular do Cartório Eleitoral de Santo Antônio das Missões e Garruchos, causou a maior polêmica no Rio Grande do Sul e as maiores gargalhadas por todo o Brasil.

A juíza entendeu que, por conta da utilização maciça de bandeiras do Brasil por grupos ligados ao presidente Jair Bolsonaro, neste ano de eleições presidenciais, o símbolo deveria ser caracterizado como um elemento de campanha. Calma, não ri ainda.

Sem citar o nome do presidente, a magistrada disse entender que a bandeira do Brasil deve ser considerada uma propaganda eleitoral a partir do início oficial da campanha, no próximo dia 16 de agosto, pois, de acordo com a perspectiva da juíza, o símbolo nacional tornou-se marca de “um lado da política”, portanto, a bandeira brasileira deve seguir as mesmas regras de bandeiras partidárias, ou seja: devem ser impedidas de ficar em estruturas fixas e devem ser exibidas sempre com limitações de horário. Segura o riso mais um pouco. [Em suma: ao que entendemos, a juíza pretende que o Brasil, NAÇÃO SOBERANA,  que registra ser o único país do mundo a produzir jabuticabas, ter Justiça Eleitoral, Justiça do Trabalho, passa a ser também o único em que a exibição da Bandeira Nacional passa a ser proibida em território nacional.]

Em entrevista à Rádio Fronteira Missões, ela explicou o seu entendimento (se é podemos chamar tamanho absurdo de “entendimento”): “É evidente que hoje a bandeira nacional é utilizada por diversas pessoas como sendo um lado da política, né? Hoje a gente sabe que existe uma polarização. De um dos lados há o uso da bandeira nacional, como símbolo dessa ideologia política”, declarou Ana Lúcia. A juíza disse que “não existe mal nenhum nisso”, mas que entende que a exibição da bandeira pode configurar propaganda eleitoral e que tem de obedecer aos requisitos legais: “Se ela estiver fixada em determinados locais, a gente vai pedir para retirar”, anunciando que a propaganda eleitoral irregular pode gerar “multas pesadíssimas”. Multas pesadíssimas pelo uso da bandeira do Brasil. [destacando o óbvio ululante: em solo brasileiro.]

Ok, pode soltar o riso agora!!

É claro que ato tão estapafúrdio, e que demonstra não apenas ignorância, mas um ativismo judicial porco (fico imaginando os juízes sérios, que estudam a vida toda, diante de tanta bobagem), foi desautorizado na última sexta-feira pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul.  
O TRE-RS estabeleceu que o uso da nossa bandeira não configura manifestação partidária, como argumenta a juíza. O presidente do tribunal, Francisco José Moesch, declarou que “os símbolos nacionais estão ligados à nação e ao povo, e não a uma determinada administração”, e que “o uso dos símbolos nacionais não tem coloração governamental, ideológica ou partidária, sem prejuízo de que eventuais desrespeitos à legislação sejam objeto de análise e manifestação futuras da Justiça eleitoral, em cada caso concreto, assegurando-se, com isso, segurança jurídica ao pleito eleitoral de 2022″.

Em nome da democracia
Há algum tempo, a esquerda brasileira importa algumas porcarias da esquerda norte-americana. Dentro desse último ciclo eleitoral, importou ferramentas que foram usadas pelos psolistas ianques durante toda a administração de Donald Trump, como a demonização das forças policiais e armadas e a desumanização de adversários políticos como nunca se viu antes. 
Se no poder há um “demônio” e um “genocida”, tudo é permitido “em nome da democracia”. Desrespeitar regras, vilipendiar a Constituição, aplicar leis imaginárias… tudo é válido, afinal, é preciso derrubar mesmo que de maneira antidemocrática “o novo Hitler”
E uma das manobras da esquerda norte-americana (leia-se antiamericana) consiste em colocar a bandeira do país como um símbolo político e, por tal motivo, ela também merece ser apedrejada.

Aquela pontinha de inveja do patriotismo dos norte-americanos ficou no passado. Nossa bandeira está por toda parte

No 7 de Setembro de 2021, tive a sorte de estar no Brasil. Estava entre os milhares e milhares de pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo, celebrando nossa Independência e pedindo respeito à Constituição. Ainda recordo com precisão das muitas emoções daquela semana, que culminaram num artigo que escrevi para Oeste na ocasião:

“Ainda tento encontrar palavras para descrever o que vi e senti naquele dia. Como todos sabem, não foi um 7 de Setembro comum. Havia muito em jogo. Havia uma mensagem a ser entregue. Havia uma ferramenta de freios e contrapesos em nossa Constituição para ser usada entre os Poderes de nossa República que foi ignorada. E há o povo, com seu poder supremo. E que povo! Muito povo! Quarteirões e quarteirões de povo! Não, não li na outrora relevante imprensa sobre o evento com ‘pouco mais de 100 mil pessoas’. Eu estava lá. E andei… e andei… e andei por muitos quarteirões lotados de gente de todas as idades até conseguir entrar na Avenida Paulista. As ruas pareciam o auditório do CPAC em Brasília elevado a sei lá que potência! Muita gente pequena, gente grande, gente jovem e gente mais idosa, negros, brancos, gays, héteros, pobres e ricos… todos, absolutamente todos de verde e amarelo. Nunca tinha visto nada igual.

Não consegui evitar que passasse pela cabeça um longo filme de 24 anos como atleta profissional. Todas aquelas viagens pelo mundo, todas elas com um uniforme verde e amarelo que transbordava orgulho na mala. Nosso Hino Nacional tocava em alguns carros espalhados pela Paulista, e o filme olímpico com nosso hino nos pódios insistia em voltar para trazer algumas lágrimas que tentei esconder. Eu estava em uma grande — na verdade, em uma gigantesca — delegação olímpica pelo Brasil! A maior e mais bonita delas! E não havia lixo jogado nas ruas, não havia baderna, não havia vandalismo, não havia brigas e discussões… Mas havia um grande senso de civilidade e responsabilidade, tão forte que poderia ser quase tocado no ar. Havia uma paixão profunda encrustada no rosto das pessoas, sei que ela estava lá. As pessoas tinham o mesmo semblante de quando tirávamos da mala nossos uniformes novos com a bandeira do Brasil bordada na manga, como as que os soldados usam em seus uniformes nas guerras.”

O exemplo norte-americano
O  sempre foi intrigante para mim. Confesso que, ainda como atleta olímpica e profissional, havia uma pontinha de inveja pelo enorme e explícito amor e orgulho que os norte-americanos sempre mostraram pelo país em absolutamente qualquer canto do planeta. Como atleta pelo Brasil, você sente esse mesmo orgulho, algo indescritível, principalmente quando nosso hino é tocado e nossa bandeira hasteada quando estamos no pódio. Era quando, de um jeito ou de outro, nos igualávamos aos norte-americanos na paixão pelo país. Mas faltava o tal “algo a mais” como orgulho da nossa bandeira como nação, como um todo, como os ianques. Não mais. Os anos passaram e, hoje, deixamos de lado aquele orgulho pontual de nossas cores e hino apenas em Copas do Mundo, e estabelecemos que acima de qualquer agenda esportiva ou política está o Brasil. Aquela pontinha de inveja do patriotismo dos norte-americanos ficou no passado. Nossa bandeira está por toda parte, do Oiapoque ao Chuí.
 
Alguns anos depois de me mudar para os EUA e passar a ser cidadã norte-americana, a Federação Americana de Vôlei me convidou para fazer parte do quadro de atletas para tentar uma classificação para a Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016. Respeitando as regras internacionais, já havia passado o tempo obrigatório sem jogar oficialmente pelo Brasil e eu poderia defender outra nação, no caso, os Estados Unidos. 
Veja, sou uma cidadã norte-americana com orgulho e com muito respeito à nação que me acolheu de braços abertos. 
Acolhimento e respeito mútuo que existem exatamente porque fui uma atleta de ponta pelo Brasil, assim nasceu meu green card, passo antes da cidadania. 
Aprendi, de maneira profunda, a história do país, tenho uma bandeira com as famosas 13 listras e as 50 estrelas hasteada na frente da minha casa, coloco a mão no peito e canto o “Star Spangled Banner”, que ouvi tantas vezes como atleta, com enorme admiração e deferência. 
Uso bonés e camisetas com as cores do país no 4 de Julho. Mas vestir um uniforme com a bandeira norte-americana no peito e jogar contra o Brasil… ai, ai, ai… não deu. Seria um pouco demais para esse velho coração verde e amarelo… Agradeci o honroso aceno e pedido da Federação Nacional de Vôlei e do Comitê Olímpico Americano, e declinei do convite.

Se antes, como atleta, já havia um orgulho gigantesco do Brasil — ridicularizado por muitos ao longo dos anos —, imagine agora, quando vejo que nossa bandeira tremular não apenas em repartições públicas, mas estampada com orgulho durante todo o ano em casas, carros, camisetas, bonés…

Assim como nos Estados Unidos, há uma convergência muito grande desse amor à pátria dentro do esporte e também nas Forças Armadas no Brasil. 
 Apesar da eterna tentativa de demonização de nosso Exército pela esquerda brasileira, talvez tenha sido esse pilar genético de amor ao país que nossas forças militares têm que fez Jair Bolsonaro, que iniciou a carreira na Academia Militar das Agulhas Negras, em 1977, levar o respeito e a devida reverência aos nossos símbolos para a carreira política em 1990, e que ajudou a despertar esse sentimento do brasileiro em 2018.

E, assim como as eleições presidenciais, que acontecem de quatro em quatro anos, neste ano também teremos Copa do Mundo. Seria um ano típico de Copa para o antigo brasileiro: momento de tirar dos baús e das gavetas enferrujadas nossas bandeiras, talvez comprar umas bandeirinhas e por que não colocar umas bandeirolas na janela? O problema, para a esquerda raivosa ou para juízes ativistas, seja no interior do Brasil seja no olimpo em Brasília, o velho brasileiro não existe mais. Para a irritação contínua dos moradores das torres de marfim na capital federal, o novo brasileiro carrega sua bandeira o ano todo, para baixo e para cima, com orgulho e com a cabeça erguida, mesmo diante de tantos problemas e mazelas, especialmente os causados pelo atual ativismo judicial. Se antes até tínhamos esse orgulho dentro de nós como nação, talvez um pouco tímido e envergonhado, afinal, muitos poderiam pensar “mas o que fazemos ou produzimos para ter esse orgulho que os norte-americanos têm?”, agora é diferente. Ora! Fabricamos um produto resiliente, complicado muitas vezes, mas firme, desprovido de medo e com uma energia como poucos no mundo — o brasileiro.

Para puro desespero de Anas Lúcias e Alexandres, o produto de maior sucesso no Brasil, o novo brasileiro, avisa que vai ter bandeira, sim! Em 2022, não por ser ano de Copa do Mundo, mas por estarmos diante da eleição mais importante da nossa história, e em 2023, 2024, 2025… Porque políticos passam, mas o “Brasil acima de tudo” fica.

Leia também “Os ecoterroristas”

Ana Paula Henkel, colunista - Revista Oeste 

 @AnaPaulaVolei

 

segunda-feira, 16 de maio de 2022

Sim, eu desconfio do TSE! - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Parece que as nossas urnas eletrônicas produzidas décadas atrás foram transformadas em algo sacrossanto, em cláusula pétrea que sequer pode ser contestada.  
Estamos chegando ao ponto em que questionar sua lisura poderá ser crime. 
E pior: boa parte da imprensa tem feito esse papel só para ir contra Bolsonaro, passando pano para os absurdos do TSE e do STF.
 

DECLARAÇÃO EXPLÍCITA, ABERTA, ARREGANHADA

 [inserção efetuada pelo Blog Prontidão Total.]

 
Foi o caso do Estadão, cujo editorial desta quinta afirmou: “A sociedade precisa superar a falácia da ‘insegurança’ das urnas eletrônicas. O TSE já demonstrou que o processo eleitoral é limpo. O resto é desinformação ou má-fé”. É mesmo? Demonstrou a limpeza? Quando? Como? Falar em insegurança é falácia? Mesmo quando se sabe que um hacker invadiu o sistema e permaneceu por meses lá, e que em vez de tornar isso público, o TSE tentou abafar o caso e atirar no mensageiro? 
Mesmo quando se sabe que os tais logs foram apagados, para não ter rastro?

Como as divas pop normalizaram a pornografia no cotidiano

Alexandre de Moraes, ministro do STF.


O editorial do jornal delega todo o poder ao TSE e parece confiar cegamente em sua palavra. Mesmo quando técnicos das Forças Armadas, a instituição que goza de mais prestígio popular no país, apresentam inúmeras sugestões para melhoria do sistema, a ala militante da mídia prefere rechaçar isso como “pressão bolsonarista”, e coloca o Exército Brasileiro entre os “arautos do caos”, expressão usada pelo próprio Estadão.

Eis sua conclusão: “Ademais, e sobretudo, é do TSE a palavra final sobre eleições no País. E a Corte já se pronunciou. Basta de dar trela aos arautos do caos. Só eles ganham com a confusão” 
Oi? Então virou baderna pedir mais transparência no processo eleitoral? Desconfiar de um sistema opaco, centralizado e controlado por agentes políticos que fazem oposição aberta ao atual governo é propagar o caos? 
Rejeitar uma urna que só Butão e Bangladesh utilizam além do Brasil é querer confusão?

Flavio Gordon, em coluna na Gazeta do Povo, resumiu bem: “O teatro fica claro quando, após convidar as Forças Armadas, o TSE rejeita todas as recomendações feitas por uma equipe militar altamente especializada em questões de cibersegurança”. Ele acrescenta: “Hoje, não há maior ataque às instituições republicanas e ao Estado de Direito do que o comportamento arrogante, partidário e provinciano de nossas autoridades eleitorais”. Gordon está certo.

A postura daqueles responsáveis pelo nosso processo eleitoral só alimenta mais desconfiança. Não conseguem esconder seu viés político, seu desejo de derrubar o atual presidente, e todo esforço em calar quem tem dúvidas sobre a lisura das urnas só piora a situação. Enquanto eu for livre para tanto, não terei medo de dizer: sim, eu desconfio do nosso TSE!

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quinta-feira, 23 de abril de 2020

Sim, voltaremos às ruas - Carlos Alberto Sardenberg

Coluna publicada em O Globo - Economia 23 de abril de 2020


O comércio eletrônico (E-commerce) será o grande vencedor, assinala a revista Economist, numa análise do que virá depois da pandemia. Cita números: enquanto shoppings, redes de lojas e restaurantes demitem, a Amazon contratou 100 mil pessoas em março e mais 75 mil neste mês. A um dado momento, teve que limitar o movimento para reforçar e adequar sua infraestrutura. Há movimentos semelhantes no Brasil, como a decisão de Luiza Trajano de abrir seu site para outras empresas, com o lançamento da enorme Magalu.

Faz sentido. Na verdade, o comércio já estava nesse caminho das vendas on line. Mais ainda, toda a economia mundial – com alguns países mais à frente, outros atrás – já avançava para a digitalização. A pandemia deu mais urgência a esse movimento. Na indústria, pequenas empresas têm feito coisa extraordinárias com as impressoras 3D. As operadoras de telefonia correm para aperfeiçoar os instrumentos de comunicação on line, de simples conversas entre pessoas ansiosas com o isolamento, até conferências de chefes de estado. Nós mesmos, jornalistas, estamos diretos no on line.

Dia desses, um colega comentou: quando isso tudo voltar ao normal, nunca mais teremos aquelas redações. Aliás, já estavam diminuindo exatamente pelo uso de mais tecnologia. Há estúdios de televisão que funcionam com um único operador comandando câmeras e luzes. Muita gente acha que algo parecido ocorrerá no varejo físico. Grandes lojas, como grandes redações, estariam condenadas. A loja física funcionaria como um pequeno mostruário, onde o freguês poderia ver, manusear a coisa, sentir – seja lá o que isso signifique.

Sendo verdade, isso muda completamente o quadro de empregos. Haverá menos vagas nas lojas físicas e muito, mas muito mais nos centros de operação on line e na infraestrutura de distribuição. Estas últimas vagas exigirão trabalhadores mais educados, o que, de sua vez, exigirá escolas mais eficientes. E aqui está um grande problema para o Brasil, com seu sistema de ensino muito atrasado. As lojas físicas devem ser menores e mais, digamos, amigáveis, simpáticas, um bom lugar para se dar uma olhada. Sem aglomerações, o mesmo valendo para restaurantes.

Companhias aéreas, nessa linha, serão perdedoras. As viagens de negócios serão reduzidas ao extremo, dada a eficiência das reuniões on line. De novo, essa já era uma tendência, mas enfrentava muita resistência. Muitas pessoas não confiavam nas compras on line. Muitos executivos desconfiavam das conferências eletrônicas – temiam hackers, vazamento de segredos. 
Se não sumiram, esses temores se reduziram bastante.
Então, continuamos mais em casa do que nas ruas, nos shoppings, nos escritórios?
Sei não.

Digo por mim. Assim que permitirem, volto para a redação, um ambiente animado onde transitam ideias, novidades e as melhores piadas do mundo. Muita gente chegou a conclusões parecidas: o escritório não é só aquela chatice. A caminhada nos shoppings não é aquele horror. Um cineminha, então, em boa companhia. E uma reunião de negócios em Paris não é um sacrifício. Vem daí a pressão difusa que se nota no mundo todo pelo relaxamento do confinamento. Governantes estão dizendo a seus cidadãos algo assim: calma, pessoal, daqui a pouco começamos a nos encontrar de novo por aí.

Não digo que vamos jogar no lixo toda a parafernália eletrônica, desligar os sistemas de comunicação. No nosso caso, dos jornalistas, haverá numerosas ocasiões em que será mais eficiente produzir longe das redações. Não raro, inevitável. Mas ao menos uma passadinha para saber das últimas, será um grande prazer. Enfim, mudaremos, mas a vida dos encontros sociais sobreviverá. Assim como o mundo passará por mais esta, assim como, só para provocar, o modo de produção capitalista. Na crise de 2008/09, sobraram vaticínios desse tipo: o capitalismo morreu.

Agora, dizem que não sobreviverá ao novo coronavírus. Passará. Mas como já ocorreu tantas vezes na história, teremos mais um momento de demanda pelo governo, tão expandido na crise. Mas logo se perceberá, de novo, que falhas de governo podem ser tão ou mais danosas que falhas de mercado.
A ver.

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista