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segunda-feira, 9 de maio de 2022

O PREÇO DE SER CONSERVADOR - Percival Puggina

Ontem, enquanto pagava a conta no caixa do supermercado, aproximou-se de mim um jovem alto, cumprimentou-me efusivamente e disse: “Muito obrigado!”. Quando perguntei a razão desse agradecimento, voltando a cumprimentar-me disse: “Porque eu sei o preço que se paga por defender nossos princípios e nossos valores”.

Por coincidência, eu acabara de ler matéria na Gazeta do Povo sobre “Como os artistas conservadores sobrevivem numa Hollywood dominada por progressismo”. Na capital mundial do cinema, isso afeta de modo especial os conservadores cristãos. O conteúdo da reportagem, que pode ser lida aqui, trata da ascensão e queda de astros como Jim Cavaziel, cujas oportunidades despencaram após haver interpretado Jesus em “A paixão de Cristo”.  
Relata, também, os casos de Mel Gibson e Mark Wahlberg, igualmente deletados em virtude de suas posições religiosas e políticas. Ambos tiveram que financiar com recursos próprios o recém-lançado filme sobre a vida do padre Stu. Nenhum estúdio se interessou pelo tema.

Em Hollywood, funciona um macarthismo de esquerda que fecha as portas para conservadores, cristãos ou eleitores declarados do Partido Republicano, em tudo semelhante ao que se vê no setor cultural brasileiro, vestido da cabeça aos pés no brechó das ideologias desastradas.

Tenho observado que filmes baseados em fatos reais são destacados pelo público nas produções que rodam em plataformas tipo Netflix e Amazon Prime. As pessoas se interessam por relatos que sejam produto da realidade humana. Eis por que, tendo lido muito sobre história da Igreja, nunca entendi o desinteresse dos produtores em relação às vidas de grandes cristãos e santos da Igreja. Fazem mal intencionado muxoxo para um reservatório quase inesgotável de existências exemplares, recheadas de drama e paixão, coragem e sacrifício, êxitos e fracassos cujo fio condutor é a fé assumida por seus personagens.

O padre Stu, retratado no filme de Wahlberg, foi um boxeador violento, agnóstico e mulherengo que, após um acidente grave, converteu-se, mudou de vida e virou padre. Há muitíssimo a contar sobre grandes cristãos além de São Francisco de Assis. uantos filmes seriam proporcionados pela história de pessoas como Santo Agostinho e São Tomas de Aquino, dois dos homens mais sábios e geniais da história humana! Ou São Bernardo de Claraval meu santo de devoção – que tanto influenciou o Ocidente no século XII. 
Ou o cientista Santo Alberto, que escreveu com precisão sobre todo o conhecimento de seu tempo. E as mulheres? Há bem mais do que Joana D’Arc! Lembro Santa Helena, a mãe de Constantino; mártires como Santa Luzia; mulheres, como Santa Catarina de Siena e Santa Catarina da Suécia, que ajudaram a superar o exílio de Avignon; e mais Santa Tereza de Jesus, Santa Madre Tereza de Calcutá e tantas outras. Tantas, aliás, que as omissões comprometem esta lista.

O moço que me surpreendeu com seu agradecimento no supermercado, exagerou meus méritos. Mas tinha uma visão bem clara do que se paga, perante setores de grande influência, por andar para frente e para o alto, na contramão do progressismo rasteiro, orgulhoso de seus fracassos econômicos, sociais, políticos, estéticos e morais.[Ao ensejo, seguimos o exemplo do jovem e aproveitamos para expressar o sempre devido Muito Obrigado, pela várias transcrições que fazemos de seus magistrais artigos e também por mostrar com clareza o quanto a vida dos santos e santas da Igreja Católica Apostólica Romana tem a nos ensinar.]

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


quarta-feira, 20 de maio de 2015

Marco Aurélio, o filobolivariano, está nervosinho porque um aliado seu foi rejeitado pelo Senado. É? Vai fazer o quê?



Leio que Marco Aurélio TOP TOP  Garcia está magoado com a rejeição pelo Senado ao nome de Guilherme Patriota para representar o Brasil na OEA (Organização dos Estados Americanos). Marco Aurélio diz ao jornalista Clóvis Rossi, da Folha, que se sente pessoalmente atingido. E daí? Lá em Dois Córregos, em situações dessa natureza, quando o caboclo se sente muito ofendido, a gente pergunta: “Vai fazer o quê”, além de espernear? Eu adoraria que ele entrasse em greve de fome, por exemplo.

Marco Aurélio acha que Guilherme Patriota foi rejeitado apenas porque foi um assessor seu. Era, sem dúvida, um bom motivo. Mas não só isso. O palestrante do Foro de São Paulo também tem uma passagem, vamos dizer, algo polêmica como segundo da missão permanente do Brasil na ONU. Poderia, quando estava em Nova York, ter atravessado a ponte e arrumar uma casa aprazível em New Jersey, com grama no quintal e até vaga para estacionar um daqueles carrões da Volvo. Mas preferiu alugar, ao custo de US$ 23 mil por mês, um apartamento de luxo do Upper East Side, na área nobre de Manhattan, e isso quando o Itamaraty já andava contando dinheiro. Havia embaixadas com a conta de luz atrasada.

Como? Marco Aurélio se sente pessoalmente atingido? Então estamos diante da evidência de que, de fato, Guilherme Patriota era apenas a sua extensão, não é mesmo?, e isso prova o acerto do Senado. Mas lembro ao dito professor: não foi só pelos vinte centavos de sua teoria caduca, não. A outra referência intelectual citada pelo candidato rejeitado na sabatina na Comissão de Relações Exteriores foi o intelectual filobolivariano Emir Sader. Não fosse por outra razão, a gramática da língua portuguesa merece mais respeito.

Marco Aurélio acusa o que chama campanha macarthista de setores da imprensa. Quais setores? O único que pegou no pé de Patriota fui eu. Felizmente, muitos senadores estavam, sim, com cópias dos meus posts nas mãos. Eu me orgulho disso. Macarthistas uma ova! Mas, de novo, o pensador de vinte centavos se trai. O senador McCarthy podia até ser uma besta, mas era uma besta anticomunista. Pergunta óbvia: Marco Aurélio e Patriota se assumem como comunistas?

Este senhor deveria ter vergonha de vir a público dar declarações. Ele é um dos responsáveis pela política externa mais estúpida da história brasileira. Foi ele um dos arquitetos da suspensão do Paraguai do Mercosul — e José Mujica, ex-presidente do Uruguai, já narrou a conspirata em que se meteu Dilma Rousseff — e da atração da Venezuela, uma ditadura assassina, para o bloco. É ele o principal teórico da parceria diplomática do Brasil com tudo quanto é tirania do planeta. Marco Aurélio e a linha botocuda do Itamaraty — e ela existe — fizeram o país enveredar por um caminho que o mantém atrelado ao Mercosul, impossibilitando acordos bilaterais. Enquanto o resto do mundo cuidava dos seus interesses, os cretinos continuavam atrelados à tal Rodada Doha, que deu com os jumentos n’água.

Esse cara é um dos conselheiros que levaram Dilma a não censurar o massacre nas ruas de opositores venezuelanos. Esse cara estimula Dilma a silenciar diante das sandices perpetradas por um ditador psicopata como Nicolás Maduro. Esse cara inspirou Dilma a discursar na ONU e pregar diálogo com o Estado Islâmico. É esse senhor que vem exibir ares de ofendido, dizendo-se pessoalmente atingido? Pois saiba, então, que foi isso mesmo. Tenha, sujeito, a hombridade de pedir demissão. Macarthismo? Vamos falar, então, senhor Marco Aurélio, de autoritarismo? Autoritário é condescender com ditaduras que mandam opositores para a cadeia ou os executam com um tiro na cabeça. Autoritário é se negar a receber familiares de presos políticos, como fez recentemente o governo brasileiro. Autoritário é se calar diante da violência política perpetrada por aliados ideológicos. E essa, meu senhor, é sua obra inequívoca. Autoritário é o governo brasileiro não ter reconhecido, até hoje, o caráter terrorista das Farc, companheira, até outro dia, do PT no Foro de São Paulo.

O que Marco Aurélio quer é intimidar o Senado. O que Marco Aurélio quer é vender seus preconceitos ideológicos como se fossem evidências de soberania. O que Marco Aurélio quer é uma política externa de sotaque bolivariano, em nome de uma democracia. Sim, ele está certo! O Senado brasileiro disse “não” a um discípulo seu. O Senado disse “não” a um prosélito de uma política externa que nos envergonha.

Pretensioso, Marco Aurélio sugere que a rejeição pode causar uma crise no Itamaraty. Qual crise? Em que ela consistiria? Pois eu fiquei sabendo do contrário: conversei com vários diplomatas que estão felizes com o resultado. Ao contrário do que afirma o tal professor, eles sustentam que o episódio serve para ilustrar o mal que pessoas como tal professor fizeram e fazem à política externa brasileira. Marco Aurélio, vá chorar na cama que é lugar quente. E que seus sonhos sejam povoados pelos fantasmas de todas as vítimas assassinadas pelos bolivarianos.

 Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo