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domingo, 29 de novembro de 2015

Brasil adotou o modelo que faliu Argentina

Dilma e Lula seguiram o kirchnerismo na economia e tiveram o mesmo fracasso; 

Agora, em situações políticas diferentes, os dois países buscam reformas

Economistas e cientistas políticos têm na América Latina um rico laboratório de experiências em escala real — infelizmente, as vítimas do experimentalismo excessivo no continente, em termos de política econômica e modelo político, também são reais.

No momento, testemunha-se, na Argentina, com a derrota do kirchnerismo nas eleições presidenciais de domingo, o início de mais uma reviravolta de modelo na economia, desta vez para consertar estragos sérios. Pois, além do estilo belicista de fazer política seguido por Cristina Kirchner e seu grupo, uma facção do peronismo, foi derrotada uma administração ruinosa da economia. E neste aspecto, a Argentina dos Kirchner (Néstor e Cristina) não está isolada. 

O receituário econômico, em alguns pontos básicos, seguido por Néstor Kirchner, ao assumir a Casa Rosada em 2002, e mais ainda por sua mulher e sucessora, Cristina, reuniu alguns ingredientes do modelo populista e intervencionista cultuado por parte da esquerda latino-americana.

Controle de preços, intervenções no câmbio, incentivos generalizados em nome da “justiça social”, juros mantidos artificialmente baixos por um Banco Central sob controle do Executivo, e assim por diante. Não é coincidência que esta política se assemelhe ao “novo marco macroeconômico” que Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil, com Guido Mantega na Fazenda, induziu Lula a começar a seguir no segundo mandato dele, e que ela, presidente, aprofundou. E o resultado está aí.

A estirpe do pensamento econômico kirchnerista tem o mesmo DNA do “desenvolvimentismo" de Dilma e PT. E vice-versa. O saldo da aplicação dos modelos aparentados foi desastroso, como era previsto. No Brasil, a tentativa de controlar a inflação com o congelamento de tarifas como na Argentina — foi um fracasso e ainda criou a necessidade de uma rápida atualização desses preços, na forma de um tarifaço. Problema que o novo presidente, Mauricio Macri, terá de enfrentar.


Como a Argentina comete erros de política econômica há mais tempo, suas mazelas são maiores que as brasileiras: a inflação se aproxima dos 30% medida por índices privados, porque os oficiais são manipulados —, as reservas cambiais estão no chão, também porque o país resolveu ser beligerante com credores e, por isso, se tornou um pária no sistema financeiro internacional.

Houve taxas altas de crescimento na era dos Kirchner, como em 2010 no Brasil. É natural um boom econômico neste tipo de política econômica populista, ainda mais num ciclo de crescimento mundial. Depois, vem a ressaca. A Argentina já estava nela quando o Brasil de Dilma 2 também deu entrada na enfermaria.

Os vizinhos têm a vantagem de contar com um governo novo, eleito para fazer as reformas. No Brasil, é a responsável pela crise que precisa conduzi-las. Mas aqui há instituições republicanas mais fortes. No ano que vem vai-se ver quem obterá melhores resultados.

Fonte: Editorial - O Globo

sábado, 28 de novembro de 2015

Mudança leva bons ares à Argentina - A eleição de Mauricio Macri na Argentina dá esperança aos que resistem aos governos populistas da América Latina

Efeito Orloff
Só cabe ao brasileiros torcer para que amanhã sejamos a Argentina iniciada como a vitória de Macri - que os ventos que começam a soprar na Argentina, soprem também no Brasil, Venezuela, Bolívia e demais países da América Latina, vítimas do maldito bolivarianismo


Nas bancas de jornais da Avenida 9 de Julho, em Buenos Aires, os diários se esgotavam ainda antes do meio-dia. Depois da vitória de Mauricio Macri nas eleições de 22 de novembro, os moradores da cidade faziam questão de comprar os jornais do dia seguinte como recordação. "Muitos turistas que nem entendem direito o espanhol pediram os jornais para guardar e depois dizer que viveram conosco esse momento histórico", diz entre sorrisos Eduardo Leon, o dono da banca na esquina com a Avenida Córdoba. 


 VIRADA HISTÓRICA - Macri festeja a vitória com a mulher, Juliana Awada (de branco), e aliados no comitê de Buenos Aires(Ivan Alvarado/Reuters)
Para os argentinos, a sensação predominante é que a eleição de Macri representa um divisor de águas não apenas para o seu país, mas para toda a América Latina. Desde 2003, quando o venezuelano Hugo Chávez se inspirou abertamente no regime cubano para governar, a região foi tomada por políticos que diziam falar em nome do povo e imitavam o estilo, a retórica e os métodos autoritários de Chávez, morto por um câncer, em 2013. 

Mais de uma década depois, o resultado tem sido o gasto irresponsável dos recursos públicos para comprar apoio popular, o aumento da corrupção e, nos casos da Venezuela e da Bolívia, a divisão do poder com os narcotraficantes. Ainda que a consequência tenha sido desastrosa, nada parecia mostrar que esses governos seriam trocados. A perseguição de opositores, as artimanhas para comprar votos e as fraudes eleitorais sinalizavam que esse modelo se pretendia eterno. 

A vitória de Macri é o primeiro sinal de que os eleitores da região podem recusar a ideia de que o populismo distributivista deve ser um projeto perene, que não admite alternância de poder. "A Argentina se transformou no último vagão do trem bolivariano. Ao desprender-se da locomotiva, o país encorajará outros a fazer o mesmo", diz o advogado Emilio Cárdenas, que foi embaixador da Argentina na ONU durante o governo de Carlos Menem.

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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

O palanque ambulante prometeu voltar à Argentina para festejar a vitória de Scioli e Cristina. Vai ver pela TV a posse de Macri

Duas vezes nocauteado por Fernando Henrique Cardoso, ambas no assalto inicial, Lula nunca soube o que é vencer uma eleição no primeiro turno. Nem ele nem os postes que fabricou. Só na segunda rodada o dono do PT conseguiu votos suficientes para derrotar José Serra em 2002 e Geraldo Alckmin em 2006. Nos duelos com Serra em 2010 e Aécio Neves em 2014, Dilma Rousseff tampouco liquidou a parada já de saída. Mesmo fazendo o diabo.

A interminável sucessão de fiascos em São Paulo foi interrompida pela vitória de Fernando Haddad na eleição do prefeito da capital. Mas o segundo poste esculpido por Lula também precisou do segundo turno. A rotina de fracassos seria retomada com o naufrágio da candidatura de Alexandre Padilha ao governo estadual. O terceiro poste afundou já no primeiro turno.

Os fatos reduzem a farrapos a fantasia do Lula imbatível nas urnas, ficção concebida pelo marqueteiro do reino. Alguém precisa contar ao ex-presidente que essa figura nunca existiu, informa o vídeo. Mesmo castigado por sucessivas quedas na popularidade, assustado com o derretimento do Brasil Maravilha que registrou em cartório, atônito com a indignação da plateia tanto tempo tapeada, o farsante sem cura segue enfurnado num universo paralelo. Ali, o condutor de multidões elege quem quiser, aqui ou em paragens estrangeiras.

Em setembro, o palanque ambulante estacionou nos arredores de Buenos Aires para decidir a sucessão presidencial argentina. Daniel Scioli, candidato de Cristina Kirchner, avançava para o triunfo no primeiro turno. Numa discurseira destrambelhada, o cabo eleitoral brasileiro ordenou à plateia que garantisse “a continuação do projeto que mudou a história do continente”e prometeu voltar para festejar a vitória do companheiro Scioli. Terá de ver pela TV a posse de Mauricio Macri.

Com um adversário como Lula, o presidente eleito pôde dispensar-se de procurar mais aliados. [uma das prioridades do Macri na assunção da liderança argentina no continente - o Brasil já não lidera nem Honduras do Zé da Laia - é expulsar a Venezuela do Mercosul.
Segundo o presidente eleito da Argentina a entrada da Venezuela no Mercosul foi um golpe de Lula e Dilma contra a democracia.]

Fonte: Coluna do Augusto Nunes