Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Impasse em acordo comercial e crise militar na Venezuela abafam cúpula no Rio
[cada fracasso, cada frustração do presidente 'Da Silva' e do seu DESgoverno, formado em mais de 90% por sumidades em NADA, é mais um movimento a apressar sua saída; não queremos a morte do atual presidente e sim que pela sucessão de fracassos ele se valha do recurso covarde e humilhante da renúncia.
Desocupando a moita- aqui cabe o termo moita, tendo em conta a sucessão de '...' que são feitas pelo DESgoverno do presidente 'Da Silva' - o Brasil terá chances de se reerguer e reencontrar o caminho do desenvolvimento e progresso e propiciar aos BRASILEIROS muita PAZ, PROGRESSO, PROSPERIDADE, SAÚDE e FELICIDADE.]
Lula planejou um grand finale para seu mandato como presidente
temporário do Mercosul. A ideia era usar o Rio como cenário para o
anúncio do sonhado acordo com a União Europeia. Faltou combinar com os
russos — ou melhor, com os franceses e os argentinos.
O presidente esperava concluir uma negociação que se arrasta desde
1999. Quando os dois blocos pareciam se aproximar dos finalmentes,
surgiram novos obstáculos em Paris e Buenos Aires. Na semana passada, Emmanuel Macron chamou a proposta de “antiquada” e
“mal remendada”. Acrescentou que o texto seria “completamente
contraditório” com o discurso ambiental do Brasil.
Pode ser uma nova desculpa para o velho protecionismo, mas não há
chance de acordo sem o aval da França. Lula reconheceu o impasse ao
dizer que não vai “desistir do Macron”.
Com a Argentina, a conversa tende a ser ainda mais complicada. Javier
Milei se elegeu com um discurso agressivo[e razões não faltam para sua postura, que é melhor definida como sendo SINCERIDADE.] contra o Mercosul.Chegou a
insinuar um rompimento com o bloco, que descreveu como uma união
aduaneira em favor de empresários “que não querem competir”.
É improvável que ele leve a ameaça adiante, mas o Planalto sabe que não
pode mais contar com boa vontade e espírito colaborativo na Casa
Rosada.
Quando Lula já se conformava com o fracasso do acordo comercial,
Nicolás Maduro resolveu inventar um conflito na fronteira com Roraima.O presidente da Venezuela informou que pretende anexar dois terços do
território da Guiana. Fez um plebiscito fajuto, adulterou as linhas do
mapa e nomeou um governador para uma região que pertence ao país
vizinho.
A crise irritou o governo brasileiro e ofuscou o que sobrava da cúpula
do Mercosul. Ontem, enquanto os presidentes conversavam na Praça Mauá,
os Estados Unidos faziam manobras militares no espaço aéreo da Guiana.
A Casa Branca já prometeu“apoio incondicional” à soberania do país,
uma forma diplomática de avisar que defenderá as petroleiras americanas
contra uma ofensiva de Caracas.
Em maio, Lula estendeu o tapete vermelho a Maduro e disse sofrer
preconceito por ser “amigo na Venezuela”.Agora talvez perceba que o
chavista age como amigo da onça.
Em
duas semanas, ‘Estadão’ percorreu 4 mil km em quatro províncias
argentinas e testemunhou o descontentamento com a crise econômica e
política que abala o país
A reportagem do Estadão percorreu
nas últimas duas semanas mais de 4 mil quilômetros ouvindo o que pensam
os eleitores, questionando políticos locais e observando o cenário
pré-eleitoral na Argentina. E de norte a sul do país, desde as terras
secas e ricas em minerais dos Andes à gélida e ensolarada Patagônia, o
que se vê é um rompimento com os velhos nomes da política.
Mesmo
em lugares nos quais pautas como dolarização e venda de órgãos parecem
desconectadas da realidade local, Javier Milei encontrou um clima de
abandono, frustração e uma certa vontade de ‘explodir tudo’. Essa nova
versão do ‘se vayan todos’ criou um terreno fértil inédito para o
colapso de uma lógica clientelista operada há décadas pelo peronismo no
interior da Argentina.
Enquanto isso, a candidata de oposição macrista,Patricia Bullrich,
tem enfrentado dificuldades.
No clima de polarização entre peronismo e
anti-peronismo, o argentino não encontra espaço para uma direita
alternativa a Milei.
O vínculo de Bullrich com o establishment - sua
família é abastada e tradicional na política argentina - tira as
credenciais para executar a mudança drástica que o país necessita,
argumentam os eleitores.
A
cor predominante nas ruas da capital saltenha é o amarelo da coalizão A
Liberdade Avança e do padrinho político de Milei na província, Alfredo
Olmedo. Pela
cidade toda, cartazes de apoio aos libertários Milei, Olmedo e Orozco - a
candidata a deputada federal, viraram febre. Nas ruas, jovens se vestem
como o “Peluca” (apelido de Milei que significa ‘peruca’) e fazem uma
festa ao pedir votos pelo libertário.
Perto
da praça 9 de Julio, um stand de Bullrich, com direito a um pato
gigante - o apelido de Patricia é Pato Bullrich - fica quase apagado em
meio ao mar de amarelo.
Aníbal Franco, 30, é um dos que se vê cansado de ver peronistas no poder e dessa vez vai votar em Milei. Morador de San Antonio de Los Cobras,
cidade de Salta onde 63% votou em Milei, ele trabalha com a mineração e
conta que, ainda que não seja um emprego ruim, o salário já não lhe é
suficiente.
“Tenho
um salário de 300 mil a 350 mil pesos mensais, mas com a inflação e a
disparada do dólar é o suficiente para cobrir a cesta básica”, comenta.
“Mas ainda tenho que pagar aluguel, pagar a luz, o gás, a internet ou
qualquer outro serviço, só com isso já se foi tudo. E ainda tenho que
levar os filhos na escola, comprar roupas. Então, onde está a igualdade e
a justiça social que dizem? Não existe”.
Personagens importantes do peronismo pós-redemocratização, os irmãos Adolfo e Alberto Rodríguez Saá
mantiveram por 40 anos a hegemonia na pequena província agrícola da
Argentina. Mas dessa vez, o candidato apoiado pelo atual governador,
Alberto, perdeu a corrida para um candidato de dentro da coalizão do
Juntos pela Mudança.
Menos
amarela que Salta, mas definitivamente com muitas imagens e cartazes da
campanha de Milei, San Luís vivia um clima intenso pré-eleitoral. Na
praça Pringles, jovens tentavam fazer campanha por Sergio Massa em uma
pequena tenda no canto, mas não eram muitos os que se aproximavam. Já
Patricia Bullrich, escolheu a cidade como um dos pontos para finalizar a
sua campanha.
Ana
Paula Pereyra, 24, se preocupa pelas falas de Milei e ainda não estava
certa em que votaria, mas não deixava de demonstrar insatisfação com a
política que vem sendo tocada em sua cidade desde sempre. “Do jeito que
estamos, com essa crise, sem perspectiva de ter um emprego, tendo que
sair do país para trabalhar, isso não dá para continuar. Mas Milei ainda
me deixa insegura”, afirma.
Maioria silenciosa no berço kirchnerista
No sul do país, a temperatura política, ao menos na superfície, parece diferente. Em Río Gallegos, capital da província de Santa Cruz, cidade natal de Néstor Kirchner e o berço do kirchnerismo, quase não se vê campanhas a favor de Milei. No máximo alguns panfletos do A Liberdade Avança são vistos nas calçadas e folhas de sulfite rasgadas coladas em postes com o rosto do libertário.
Ainda
assim, ele também foi o mais votado na província nas primárias, para
surpresa absoluta dos kirchneristas. Dentro do círculo político próximo
de Alicia Kirchner, governadora em retirada da província e irmã de Nestor, o voto expressivo de Milei veio como um choque.
Nas
ruas, quase ninguém fala em quem se pretende votar. No máximo, a
população demonstra algum descontentamento e diz que o país precisa de
uma mudança de rumo.
Mas
Milei levou a província considerada um bastião dos Kirchner nas
primárias com 28% dos votos, seguido pela coalizão peronista com 21%. O
clima de silêncio faz analistas acreditarem que ali houve um “voto de
vergonha” no libertário, em que se vota, mas não se admite. Os números
são ainda mais impressionantes quando considerado que Milei não fez
campanha ali, nem ao menos teve candidatos provinciais para governo ou
legislativo.
A
isso acrescenta-se o fato de que, pela primeira vez em 30 anos, nenhum
kirchnerista estará no governo. Alicia, que concorre para o Senado, não
conseguiu eleger seu candidato e a oposição macrista venceu a corrida.
Amplificando o sentimento de cansaço na terra dos pinguins.
O que esperar
Embora
sejam eleições definidoras na história da Argentina, o consultor
político Pedro Buttazzoni reluta em classificá-la como uma das mais
importantes, especialmente frente a um baixo engajamento a ir votar. O
voto é obrigatório, mas nas primárias, mais de 30% decidiu não participar, um dos números mais altos dos últimos 40 anos.
As
eleições nacionais costumam ter um nível de participação maior que as
primárias, mas não se sabe até onde o eleitor desencantado ficou
convencido com alguma das candidaturas.
“Ninguém
se aventura em ser contundente em um prognóstico, os cidadãos tem uma
enorme resistência a responder pesquisas, o que dificulta realizar
estudos e na hora de construir cenários possíveis há uma conclusão
generalizada: pode ocorrer de tudo”, afirma o analista e co-diretor da
Droit Consultores.
“Talvez
o cenário mais provável seja de um segundo turno entre Milei e Massa.
Tudo indica que com a fragmentação eleitoral será difícil que algum
candidato tenha mais de 40% ou ter uma vantagem de 10 pontos sobre o
segundo. Milei é o favorito e dentro de seu diretório as opções são
somente de vitória. Em geral, todos esperam que ele termine em primeiro,
a questão será a diferença”, completa.
Em
sua avaliação, se Milei obtiver menos que 35% com uma diferença pequena
para Massa, ainda que seja uma vitória, será vista como menos
contundente que a esperada, e pode dar ao peronismo chances de sonhar
com uma virada. Já uma vitória acima de 35% com uma diferença maior que 6
pontos será uma consolidação de seu favoritismo. O último cenário é o
da vitória em primeiro turno. Improvável, mas possível, se de fato
existir um voto envergonhado.
“O
alto número de indecisos e de pessoas que se negam a responder as
pesquisas nos obrigam a manter a hipótese de uma nova espiral de
silêncio. Muitas pessoas preferem não expressar seu voto para não serem
julgadas. Se essa massa de indecisos se voltar para Milei, o primeiro
turno é uma possibilidade”, pontua Buttazzoni.
Ainda que haja a possibilidade de se definir tudo em primeiro turno, analistas são céticos quanto a isso.
Pela regra, para um presidente já sair definido neste domingo, é
necessário obter mais de 45% dos votos,ou 40% com uma diferença de 10
pontos percentuais do segundo colocado. Milei, porém, tem um teto baixo,
segundo análises de pesquisas de intenção de votos, e não deve crescer a
ponto de ultrapassar essas barreiras.
Mas
independentemente do resultado de hoje, essas eleições já causaram um
terremoto no sistema político tradicional da Argentina, forçando os
grandes partidos a repensarem suas estratégias de comunicação e busca de
votos, e com eleitores das províncias mais distantes demonstrando seu
descontentamento frente à prioridade que tem Buenos Aires na agenda
política.