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domingo, 17 de novembro de 2019

Michelle Bolsonaro deve ter sala no Planalto e Se a lei permitisse Bolsonaro seria candidato avulso - O Globo

Lauro Jardim

Alan Santos
Depois de perder o antigo Ministério da Cultura, que foi parar no Turismo, o ministro Osmar Terra deve ter outra baixa: Michelle Bolsonaro, que despachava no Ministério da Cidadania, com sala e tudo, deve ganhar em breve um gabinete no Palácio do Planalto.

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Outros voos de Michelle
Lauro Jardim - Blog em O Globo

Bolsonaro não queria fundar outro partido, mas lei não permite o que ele deseja

por Gabriel Mascarenhas

A fundação de uma nova sigla é o caminho possível, não o preferido de Jair Bolsonaro.
Se a lei permitisse, seria candidato avulso.
Bolsonaro gosta de repetir que considera um absurdo ficar na mão de dez donos de partidos, número de legendas que, segundo calcula, vão sobreviver no Brasil.

Gabriel Mascarenhas - Coluna do Lauro Jardim em O Globo

 

terça-feira, 26 de julho de 2016

O MinC tem que ser extinto e o que sobrar – caso sobre alguma coisa útil – ser incorporado ao Ministério da Educação e com isso recriar o MEC – Ministério da Educação e Cultura



Ministério da Cultura exonera 70 funcionários de uma vez - A Cinemateca Brasileira, em São Paulo, teve cinco diretores exonerados, entre eles Olga Toshiko Futemma, coordenadora-geral

 Ministério da Cultura exonerou 70 pessoas de cargos de confiança, direção, coordenação e da cúpula de algumas de suas instituições. A Cinemateca Brasileira, em São Paulo, teve cinco diretores exonerados, entre eles, Olga Toshiko Futemma, coordenadora-geral, Alexandre Myaziato, Adinael Alves de Jesus, Nacy Hitomi Korim e Daniel Oliveira Albano. Da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas foram exonerados, entre outros, o coordenador-geral, José Roberto da Silva.

As informações foram publicadas no Diário Oficial da União desta terça-feira, 26.

Outros funcionários demitidos estavam em diretorias do Ministério, como a coordenadora-geral de prestação de contas da Diretoria de Incentivo à Cultura, Denise Terra Nunes Ribas, e em outras instituições, como o diretor do Museu Villa-Lobos, no Rio, Wagner Tiso Veiga. Também há mudanças em superintendências regionais do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).  A reportagem entrou em contato com a assessoria do Ministério da Cultura com questionamentos sobre as demissões. A assessoria informou que uma nota será divulgada em breve.

O ex-secretário executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), José Castilho Marques Neto, criticou o que chamou de “desmanche”. “Esses fatos são de alta gravidade e indicam um esvaziamento, com evidentes sinais de possível futura extinção, da DLLLB”, escreveu em sua página no Facebook. “A história recente provou que sem uma Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas forte e atuante o MinC não realizará nenhum programa ou ação relevante nesta área. Sobrarão discursos e faltarão ações e desdobramentos que cumpram as aspirações republicanas e de políticas de Estado do Plano Nacional do Livro e Leitura.” Castilho menciona também a transferência da DLLLB da Secretaria Executiva do MinC para a Secretaria da Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC), mas essa informação não consta no Diário Oficial desta terça-feira, e não foi confirmada pela assessoria do Ministério.

Fonte: O Estado de São Paulo


sexta-feira, 3 de junho de 2016

Quinze minutos



Temer chegou à conclusão de que o problema simplesmente não valia o seu custo. O Ministério da Cultura é, comprovadamente, uma piada

J. R. Guzzo - Publicado na versão impressa de VEJA

O Ministério da Cultura, dado por extinto durante uns dias, reencarnado ao longo desse espaço de tempo fugaz numa “Secretaria da Cultura” (com direito a um secretário e outros adereços) e ressuscitado de repente sem nunca ter chegado realmente a morrer, está de novo apto a continuar gastando o dinheiro do leitor e de todos os demais brasileiros, como tem feito em seus 31 anos de existência, na sua única missão visível: doar dinheiro do Tesouro Nacional a artistas, intelectuais e quem mais, com uma boa conversa, se apresentar como tal. 

O ex-ministro se transformou em ex-secretário e agora é ministro de novo. Os artistas etc. continuarão a dizer “fora Temer”, ou “abaixo o golpe”, e a frequentar os guichês que sempre frequentaram. O Brasil continua quebrado (pelas últimas contas, parece que estão faltando 170 bilhões de reais para pagar as despesas públicas deste ano) e as misérias da cultura brasileira permanecem exatamente onde estavam antes de se fazer a mudança que não foi feita. Um observador imparcial, olhando para o episódio, poderia perguntar: “Que diabo quer dizer isso tudo?”. Quem acompanha mais de perto a vida pública do país responderia que não há realmente nada de novo nessa salada. Foi apenas mais um momento de operação normal do Estado brasileiro ─ é assim mesmo que ele funciona todos os dias, e vamos adiante porque a vida continua.

O Ministério da Cultura é, comprovadamente, uma piada. Não é a única, obviamente, nem a mais cara, dentro da coleção de alucinações que faz a máquina da administração pública deste país ser uma das mais pervertidas do mundo. Mas o governo ora em exercício teve a má ideia de mexer aliou então teve uma boa intenção vazia, dessas que se desfazem porque não têm musculatura para se transformar em fato. Governos, como é bem sabido, não valem pelo que vão fazer, e sim pelo que fazem. 

O resultado foi criar um problema em torno de questões que normalmente contam com atenção zero por parte do público em geral. Ele serviu apenas para deixar claro mais uma vez o embuste em estado puro que é a superior “intermediação do Estado” na cultura do Brasil. O ministério não extinto, como se sabe, não faz com um mínimo de decência a única tarefa que poderia lhe dar uma utilidade concreta: cuidar do patrimônio cultural que existe para usufruto da população. 

Os museus estão infestados de goteiras, excesso de poeira, mofo ou cupins ─ um dos maiores, o Museu do Ipiranga, em São Paulo, está fechado para o público até 2022. As bibliotecas não podem conservar obras preciosas. Parte das cidades históricas está em ruínas. Os funcionários recebem quase sempre salários infames ─ e por aí vamos. Como ficou combinado depois desse último debate, porém, o Ministério da Cultura foi mais uma vez considerado importantíssimo para a sobrevivência da cultura nacional.

Sobrevivência, mesmo, só houve do ministérioe dos interesses financeiros da clientela que vive largamente às suas custas. Sua manutenção não teve nada a ver com cultura, e tudo a ver com verbas. Naturalmente, o dinheiro que existe ali não pode ser usado para cuidar de museus ou bibliotecas ─ as classes artísticas e intelectuais em proveito das quais o “MinC” ressuscitou consideram tais funções claramente desprezíveis. Elas não envolvem “o processo político de articulação entre Estado e cultura”, e todo o palavrório da mesma família ─ lembrar essas coisas, segundo a nossa inteligência, é ter uma “visão cultural de direita”. 

A visão certa, dentro do princípio pelo qual é sempre mais cômodo viver de dinheiro público do que do próprio talento, estabelece que o Ministério da Cultura deve sustentar espetáculos de teatro, música ou dança sem público, filmes sem bilheteria e livros sem leitores. Ou, tão ruim quanto isso, deve aumentar o ganho de artistas que têm audiência e poderiam levar a vida sem precisar de ajuda do governo. 

É precisamente onde ficamos, depois dessa curta comédia da extinção que nada extinguiu. O governo Michel Temer, depois de pensar um pouco, chegou à conclusão de que o problema simplesmente não valia o seu custo. 

Os milhões de beneficiários de um país sem “MinC”, preocupados em ganhar a própria subsistência a cada dia, não têm tempo para perder com o assunto. Os que ganham com a recriação desse estorvo mal enchem o estádio do Madureira E.C., mas falam sem parar, são levados a sério pela imprensa e incomodam os políticos; é mais conveniente abaixar a cabeça para eles e esperar que tudo seja esquecido daqui a quinze minutos. É o Brasilzão de sempre.


quinta-feira, 19 de maio de 2016

Desaparelhando o governo

Aos poucos, o governo do presidente em exercício Michel Temer está tentando reverter o gigantesco aparelhamento da máquina do Estado realizado pelo PT ao longo de mais de uma década. As demissões já ultrapassam a casa das centenas, o que dá uma pálida ideia da abrangência do assalto petista ao poder.

Nem é preciso dizer que essas medidas saneadoras foram recebidas pelos simpatizantes do PT como uma afronta – e a máquina de propaganda petista, ainda muito afiada, está empenhada em transformar a faxina promovida por Temer em um atentado à “cultura” e aos “direitos sociais”, justamente as áreas cuja administração foi a mais aparelhada pelo partido – e assim, não à toa, se prestam à marquetagem fraudulenta que faz do PT o proprietário das classes pobres do País. O escândalo que alguns artistas estão fazendo para desqualificar Temer inclusive no exterior, para ficar somente neste exemplo embaraçoso, mostra bem a dificuldade que o presidente em exercício terá para retirar a administração pública de vez da órbita do PT e de seus simpatizantes e devolvê-la ao conjunto dos brasileiros.

A claque petista fez muito barulho com a decisão de Temer de fundir o Ministério da Cultura com o Ministério da Educação, rebaixando aquela pasta à categoria de Secretaria. Do ponto de vista da imagem política, foi um desastre que poderia ter sido evitado, pois alimenta a acusação de que Temer estaria interessado em retaliar a chamada “classe artística” porque esta se alinhou à presidente Dilma Rousseff e fez campanha contra o impeachment.

[o maior erro
No entanto, noves fora o fato de que não existe essa tal “classe artística”, a não ser na cabeça de quem não consegue enxergar a sociedade como um conjunto de indivíduos, e sim como uma reunião de corporações com vocação estatal, a decisão de Temer foi essencialmente correta, porque a pasta da Cultura foi transformada pelo PT em um de seus principais feudos, espécie de ponta de lança da construção da imagem do partido como o único capaz de interpretar as aspirações nacionais.

A grande prova de que o Ministério da Cultura era apenas uma espécie de departamento de agitação e propaganda do PT foi dada quando funcionários da pasta receberam o novo ministro da Educação, Mendonça Filho, aos gritos de “golpista” e de “golpe não, cultura sim”. A limpeza promovida por Temer é portanto uma consequência natural da constatação de que a Cultura não estava a serviço do Brasil, mas de um partido político.

O mesmo se deu no caso da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Criada no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a EBC deveria servir como uma “instituição da democracia brasileira: pública, inclusiva, plural e cidadã”, como se lê em sua carta de intenções. Mas acabou se transformando em braço do lulopetismo. A necessidade do governo Temer de desaparelhar a EBC ficou evidente quando Dilma, às vésperas de ser afastada da Presidência, nomeou para presidir a empresa o jornalista Ricardo Melo, na certeza de que este seria aliado firme do PT na guerrilha comunicacional contra o governo interino. Temer exonerou Melo, que entrará na Justiça sob a alegação de que seu mandato não podia ser interrompido.
[o maior erro do Temer, na faxina que está promovendo removendo o entulho petista ainda presente na administração pública, foi nomear para a 'secretaria de direitos humanos' uma mulher,  Flavia Piovesan, que apresenta como uma de suas principais bandeiras a LIBERAÇÃO DO ABORTO.

Será que aquela senhora não sabe que a vida de um ser humano inocente e indefeso, ainda no ventre da mãe, deve ser preservada já que a VIDA é um DIREITO HUMANO. e que cabe aquela secretaria proteger seres humanos, inclusive ainda não nascidos e que estão sujeitos à sanha assassina da própria mãe.
Outra bandeira apresentada pela ilustre senhora - cuja não nomeação será um aborto benéfico para o Brasil e por isso esperamos que ocorra - é a defesa do homossexualismo o que equivale a defender a extinção da FAMÍLIA.]
A luta contra a contaminação petista envolve muitas outras áreas do governo. Temer achou por bem, por exemplo, exonerar da presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) o sociólogo Jessé de Souza. Na chefia de um órgão responsável por pesquisas que ajudam a balizar importantes decisões de governo, Jessé havia dito que o impeachment era uma “mentira das elites” e que a crise econômica “foi produzida politicamente” por empresários.

Isso é só o começo. É muito provável que Temer tenha de ir ainda mais fundo se quiser extirpar o lulopetismo entranhado na administração federal. E ele tem de estar preparado para encarar o esperneio daqueles que, depois de apoiar de corpo e alma um projeto de poder que julgavam eterno, estão muito perto de perder a preciosa boquinha.


Fonte: Editorial - O Estado de S. Paulo

 

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Tiro ao alvo em Dilma

Desconstruindo o episódio da saída de Marta Suplicy do Ministério da Cultura:
Ela e Dilma nunca se deram bem. Dilma tolerava Marta, indicada para o cargo por Lula. Marta tolerava Dilma porque não tinha outro jeito. Ou melhor: tinha, caso ela quisesse retornar ao Senado, para onde foi eleita. Mas ela não queria retornar. Retorna porque não tem outro jeito.

Marta foi uma das estrelas do PT que mais se bateram pela candidatura de Lula a presidente, este ano. Não escondeu seu empenho. Dilma viu e não gostou. Se Marta não tivesse pedido demissão, acabaria demitida. Por que Marta não esperou para sair junto com outros ministros que sairão do governo? Porque não queria que sua saída se misturasse com as deles. Saindo antes, ganharia mais espaço na mídia.

Marta mandou sua carta de demissão depois que Dilma viajou ao exterior para não ter que entregá-la pessoalmente. Queria evitar o último contato com a presidente na condição de sua subalterna. E marcar publicamente sua insatisfação. Para completar, Marta incluiu um parágrafo venenoso em sua carta de demissão. Nele, deseja que Dilma escolha uma equipe econômica independente e de experiência comprovada. Isso quer dizer que a atual não é. E por que não é? Por culpa de Dilma, que não delega poderes.

De resto, uma equipe econômica independente ajudará o governo a resgatar a confiança e a credibilidade que lhe faltam, sugere Marta na carta. Quer crítica mais direta a Dilma? Anteontem, foi outro ministro, Gilberto Carvalho, quem criticou Dilma. De forma mais direta.

As críticas de Marta e de Gilberto a Dilma dão uma idéia do tremendo incômodo em que se transformou para o PT a presidente reeleita. Dilma resiste à indicação de ministros por Lula e pelo PT. Na semana passada, disse que não representava o PT e que o partido não lhe fazia a cabeça.

Como ficará o projeto do PT de se eternizar no poder caso Dilma não colabore?

Do: Blog do Noblat - Por: Ricardo Noblat