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domingo, 17 de fevereiro de 2019

USP volta atrás e confirma matrícula de alunos de colégios militares aprovados via Sisu



Tomada na última quinta-feira, decisão de cancelar matrículas mobilizou Comando do Exército e Ministério da Educação

Em nota, a USP comunicou que, "face às afirmações que se tornaram públicas e para garantir a lisura de seu processo de matrícula, todos os candidatos aprovados oriundos de colégios militares, vinculados e mantidos efetivamente pelas Forças Armadas, que se inscreveram no vestibular optando pela ação afirmativa para egressos de escolas públicas, tiveram a sua matrícula aceita, uma vez que atendem plenamente ao regramento estabelecido para o concurso vestibular 2019". 

A Universidade explicou ainda que este ano decidiu analisar "caso a caso" as matrículas relativas a este público em virtude de questionamentos recebidos pela Comissão de Acompanhamento do Vestibular da instituição. Segundo a nota, havia informações que davam conta da existência de instituições denominadas militares, mas que, na verdade, seriam administradas por entidades privadas e mantidas por mensalidades. "Por essa razão, os candidatos aprovados no vestibular, oriundos de escolas militares, tiveram a sua matrícula analisada caso a caso. Os poucos casos de indeferimento de matrícula estão em análise, em função de recursos apresentados", diz a USP no comunicado. Quando da publicação da reportagem semana passada, a Pró-Reitoria de Graduação da USP havia alegado que as 12 escolas mantidas pelo Exército não se enquadrariam no sistema de cotas por serem mantidas por contribuições e quotas mensais pagas por pais de alunos. [a 'universidade' dos cotistas tentou o golpe de não aceitar, se colasse, tudo bem... não colou, volta atrás.
Esse pessoal precisa ter presente que nos tempos da corja lulopetista, quem não sabia como justificar o que havia dito, simplesmente, falava em afirmação, diversidade, inclusão  e ganhava a causa.
Agora mudou: mentir e tentar confirmar a mentira alegando política de inclusão, diversidade ou qualquer outra afirmação dentro do maldito politicamente correto, não funciona mais. ]

Na reunião fechada no campus que se estendeu ao longo da tarde da quinta, um representante do Comando do Sudeste, sediado em São Paulo, tentou convencer dirigentes da universidade a reverter a decisão, que afeta mais de 20 alunos, nas contas do Exército, ou dez, na estimativa da USP. O governador de São Paulo, João Doria, foi acionado pelo Comando Militar do Sudeste, pois a universidade é mantida pelo Estado. Ao mesmo tempo, os militares telefonaram para Brasília. Uma operação foi deflagrada à noite na capital federal pelos militares. O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, também foi chamado e entrou para interferir a favor dos alunos. 

Matrícula
Na quinta-feira, a universidade enviou e-mail aos estudantes para informar sobre o cancelamento da matrícula dos aprovados no concurso de acesso da instituição por meio das cotas de escolas públicas. Numa mensagem obtida pela reportagem, a universidade informa a um aluno aprovado no curso de Medicina que cancelou sua matrícula para não “burlar” a “finalidade das políticas de inclusão”. 

O texto foi elaborado pela Comissão para o Monitoramento Operacional do Processo de Ingresso. O pró-reitor de Graduação, Edmund Chada Baracat, assinou a mensagem. Procurada na ocasião, a direção da Universidade de São Paulo afirmou que o caso dos alunos ainda estava sob avaliação. Ainda durante a reunião, o representante do Exército lembrou que, em outubro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que os colégios militares são escolas do ensino oficial. Um documento preparado pela direção do Comando do Sudeste citou que o plenário do Supremo julgou, por unanimidade, improcedente uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5082 contra a cobrança de contribuição obrigatória nos colégios militares. 

O Estado de S. Paulo

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Ministros reagem a retirada de recursos para Segurança

Os ministros da Cultura, Sérgio Sá Leitão, e do Esporte, Leandro Cruz, reagiram nesta terça-feira, 12, ao anúncio do governo federal de que o caixa do Ministério Extraordinário da Segurança Pública será reforçado com R$ 800 milhões advindos dos concursos de loteria. Hoje, parte da receita é destinada aos dois ministérios. “O porcentual, que era de 3%, poderá cair a partir de 2019 para 1% e 0,5%, dependendo do caso. Trata-se de uma decisão equivocada, que não tem o apoio do Ministério da Cultura”, escreveu Leitão. [ministérios desnecessários, inúteis e que poderiam ser extintos,  no caso da Cultura,pela fusão com o Ministério da Educação, voltando ao MEC e transformando o de esportes em uma secretaria do MEC.
É por aceitar que ministros façam críticas públicas a suas decisões que o presidente Temer tem que pedir permissão até para promulgar uma tabela de fretes.] caminhoneiros.] Mais tarde, foi a vez de Cruz: “É muito claro para todos nós que essa (Segurança Pública) é uma área que merece receber investimentos urgentes e prioritários do poder público. Mas nunca em detrimento do esporte, sabidamente um forte aliado no combate à violência”.

Entidades ligadas aos esportes se mobilizaram nesta terça e informaram que se articularão para tentar barrar a aprovação da medida provisória, que foi assinada na segunda-feira, 11, pelo presidente Michel Temer e precisa passar pelo Congresso Nacional.
A diretora executiva da Atletas pelo Brasil, Louise Bezerra, estima que, com a MP, cerca de R$ 300 milhões deixarão de entrar no orçamento do Ministério do Esporte e outros R$ 200 milhões não serão mais repassados para as Secretarias Estaduais de Esporte, que, por sua vez, faz as transferências para as prefeituras. “São esses recursos que garantem o acesso ao esporte no País e às políticas públicas”, diz.

Além disso, o Comitê Olímpico do Brasil deve perder R$ 11 milhões e o Comitê Paralímpico Brasileiro, R$ 6,3 milhões. Já o Comitê Brasileiro de Clubes, que atua na formação de atletas, perderá todo o orçamento: R$ 60 milhões. O Palácio do Planalto não se manifestou. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

PARABÉNS !!! MEC tira combate à homofobia e transfobia dos critérios para avaliação de livros




Pasta diz que mudança é baseada em determinação do Conselho Nacional de Educação

 

O último edital do Programa Nacional de Livros e Materiais Didáticos (PNLD), publicado em março, deixou de conter referência explícita ao combate à homofobia e à transfobia na relação de critérios que deverão ser considerados na seleção das obras. De acordo com o novo texto, basta que a produção esteja "livre de estereótipos ou preconceitos" no que diz respeito a alguns temas — entre eles, orientação sexual e gênero.

Os editais do PNLD são publicados periodicamente pelo Ministério da Educação, com o objetivo de selecionar os livros que chegarão às escolas públicas e demais instituições conveniadas de ensino infantil, fundamental e médio. Trata-se de um dos principais programas da pasta e que consome em média pouco mais de R$ 1 bilhão por ano.  Em geral, as convocatórias do programa são publicadas com dois anos de antecedência. Assim, os materiais didáticos selecionados pelo edital deste ano deverão chegar às salas de aula em 2020. As três últimas edições do PNLD traziam o combate à homofobia e à transfobia no rol de critérios que deveriam balizar a avaliação dos livros.

Segundo o MEC, o respeito à diversidade e à pluralidade de grupos sociais continua contemplado pela nova redação do edital. “Apesar da modificação textual, por se tratar de um programa que foi reformulado, manteve-se a exigência clara de que a obra esteja livre de estereótipos ou preconceitos [...] de gênero, de orientação sexual”, informou a pasta. Já no edital de 2019, o termo "combate" some do texto. O documento se limita a pedir tratamento igualitário, mas não requer mais que os livros incentivem a luta contra a homo e a transfobia. Isso também se percebe no edital já preparado de 202.

O Ministério destaca que a supressão dos termos foi baseada em determinação do Conselho Nacional de Educação (CNE). Em abril do ano passado, o órgão retirou as expressões “identidade de gênero” e “orientação sexual” da Base Nacional Comum Curricular. “Assim, o MEC aguarda a publicação das normatizações do CNE sobre orientações sexual e identidade de gênero para poder complementar os critérios eliminatórios comuns disposto no edital 1/2018 (PNLD 2020), a fim de deixar mais claro todo e qualquer tipo de estereótipo e preconceito”, conclui a pasta.

REPERCUSSÃO
A secretária de Educação da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Adriana Sales, defende que, ao alterar a redação do edital, o Ministério da Educação patrocina a invisibilidade desses grupos:  Os conceitos de homo e transfobia entraram nos editais depois de muita discussão nos Grupos de Trabalho. É um retrocesso que reflete a atual conjuntura do MEC. [Brasil e os brasileiros precisam esquecer a existência desses grupos esquisitos e que tanta questão fazem de aparecer.
Que existam, sejam discretos e não tentem impor seus costumes e práticas bizarras aos outros - especialmente a crianças e adolescentes.]

A nova redação do edital do PNLD foi apenas uma das mudanças no programa, que foi sofreu reformulações por meio de um decreto presidencial publicado em julho do ano passado. A principal modificação foi a retirada das universidades públicas da dinâmica de avaliação dos livros didáticos, que passou a ser feita por comissões técnicas.  Para aumentar o controle sobre o processo, a escolha da composição dos grupos de avaliadores cabe agora ao ministro da Educação e é feita a partir de nomes indicados por organizações ligadas à área.

O Globo
 

sábado, 18 de novembro de 2017

Fome no DF - governo Rollemberg patrocina fome nas Escolas Públicas do DF; cadê o dinheiro da merenda? gastou em publicidade?



Criança de 8 anos desmaia de fome em escola pública no Cruzeiro

Após atendimento por equipe da Samu, a escola acionou o Conselho Tutelar. Menino relatou que não comia desde domingo

Uma criança de 8 anos sofreu um desmaio enquanto estava na escola. O caso ocorreu Escola Classe 8 do Cruzeiro. Segundo o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), que prestou socorreu o aluno, o desmaio ocorreu por falta de alimento no organismo. O estudante relatou ter se alimentado mal desde o dia anterior. O Conselho Tutelar foi acionado pela escola após o atendimento médico. 

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF) informou que, segundo a diretora da instituição, o menino já chegou na escola passando mal. A pasta ainda esclareceu que o estudante estava com o corpo mole quando a equipe hospitalar chegou ao local. Após exames, o técnico em enfermagem não identificou problema — o que corrobora a suspeita de falta de alimentação. Depois de a escola oferecer alimento à criança, ela se sentiu melhor e foi buscada pelo pai. 

"A barriga dói e chega até encolher", conta um estudante de 9 anos que também alega se sentir fraco em alguns dias da semana. Relatos como esse são comuns na sala de aula Ana Karolline. "Pelo menos quatro estudantes sempre reclamam de estar com fome. Eu pego umas frutas na cantina para tentar enganar o estômago", explica a professora. "Uma vez um aluno me disse que não tinha almoço em casa, mas ele não podia me contar isso porque se não ia apanhar dos pais. O que a gente faz? O Conselho Tutelar não responde nossos questionamentos", comenta.

O lanche para os alunos do período vespertino é servido às 15h30 e, na segunda-feira (13/11), dia em que o estudante passou mal, era de bolacha de água e sal e suco. [o suco não é natural; é aquele suco de pacote, água e açúcar - tudo racionado, não esqueçam que no DF, devido a incompetência do Rollemberg (ele quando assumiu o governo  já sabia que havia 99% de chances de ter que racionar água no DF) até água é racionada.] A mãe de uma das alunas da mesma sala do menino que passou mal defende os professores e afirma que a culpa é do Estado. "É revoltante e triste", classifica.

Os professores se organizam para conseguir suprir as necessidades dos alunos por meio de doações, mas nem sempre é o suficiente. Os estudantes do turno vespertino moram no Paranoá ou Itapuã, trajeto de 30km até a escola. Em nota, Secretaria de Educação do Distrito Federal informou que a construção de escolas no Paranoá Parque e no Itapoã constam no plano de obras 2015/2018, entretanto não há recurso financeiro disponível para as obras. [vejam o que a estupidez e a incompetência são capazes de produzir: qual a razão de crianças do Ensino Fundamental ter que frequentar uma escola a 30kg de casa? desde 2015 que escolas na região em que moram as crianças constam do plano de obras e dizem não ter dinheiro;
Fingem esquecer que os milhões gastos em publicidade - tentando levar os incautos a acreditar que existe governo no DF, que Rollemberg é competente e outros absurdos - seriam suficientes para construir mais de uma escola próxima do local onde as crianças moram.] 
Os terrenos adquiridos estão parados e aguardam verba para que as escolas sejam levantadas.[terrenos adquiridos? os terrenos no DF em áreas como o Itapuã são de propriedade da Terracap que é a 'imobiliária' estatal do GDF; 
não há o que adquirir, basta uma mera transferência entre entes estatais.]

A diretora do Sindicato dos professores (Sinpro-DF) Rosilene Corrêa afirma que a entidade luta há anos para a melhoria da qualidade da alimentação dos alunos. "A gente tem esse assunto em pauta pelo menos há 8 anos. Vai e vem governo e o problema persiste”, relata.
O Ministério da Educação determina que o cardápio escolar atenda a pelo menos 20% das necessidade nutricionais diárias para os alunos matriculados em período parcial. Também em nota, a Secretaria de Educação lamentou o ocorrido informou que encaminhou nutricionistas à escola para averiguar a possibilidade de disponibilizar almoço aos estudantes. A pasta também detalhou ainda que a família do garoto recebe benefícios dos programas Bolsa Família — no valor de R$ 520 — e do DF Sem Miséria — R$ 400. 


Leia a íntegra da nota da Secretaria de Educação

Em relação ao caso do aluno que passou mal na Escola Classe 8 do Cruzeiro, na última segunda-feira (13), segue a verdade dos fatos:

• A criança foi atendida por uma equipe do Samu formada por um técnico em enfermagem e o motorista. Segundo relato do técnico em enfermagem, a criança estava “molinha” quando a equipe chegou. Ao examiná-la, o técnico não verificou nenhum problema. A criança, no entanto, relatou durante o atendimento que não vinha comendo bem desde domingo. A escola ofertou, então, um alimento e, após comer, a criança sentiu-se melhor. Durante o atendimento no local, a criança não sofreu qualquer desmaio. Após o atendimento, o pai foi chamado e levou o menino para casa. Na sequência, a escola acionou o Conselho Tutelar para verificar a situação da família. [devido a miséria que os malditos governos Lula e Dilma deixaram o Brasil, a merenda escolar passou a ser para grande números de estudantes a principal refeição do dia (pão com suco) e muitas vezes a única.
É só analisar com isenção e todos vão comprovar que a criança saiu de casa após o meio dia sem ter almoçado, contando com o 'nutritivo' lanche da Escola, lanche que descumpre a determinação do MEC, já que não atende  nem 10% das necessidades nutricionais diárias das crianças, imagine 20%.]

• A diretora da escola afirmou à Regional de Ensino que o aluno já chegou à escola passando mal e, enquanto ela acompanhou a criança, ele não desmaiou. A diretora também relatou à Regional que o aluno saiu de casa após às 12h.

• Os ônibus que transportam os alunos do Paranoá ao Cruzeiro são contratados pela Secretaria de Educação. São duas linhas especiais que realizam este atendimento. A que atende a escola em questão sai do Paranoá às 12h20 e retorna do Cruzeiro às 18h.

• A família recebe o Bolsa Família (R$ 520) e o DF Sem Miséria (R$ 400), de acordo com relato do Conselho Tutelar.


Correio Braziliense - * Estagiários sob supervisão de Mariana Niederauer