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quinta-feira, 6 de setembro de 2018

“A história por trás do fogo” e outras notas de Carlos Brickmann



Para liquidar os povos, começa-se por lhes tirar a memória, destroem-se seus livros e sua cultura. Então uma pessoa lhes inventa outra História




O mesmo fogo que queima também ilumina. O incêndio que destruiu o Museu Nacional iluminou histórias que viviam ocultas nas sombras.  A primeira: por que um museu deve depender de uma universidade? Nada contra as universidades, mas não é esse seu objetivo básico. Um museu exige muito ─ muita dedicação, muito estudo, muito dinheiro, administração própria. O Museu Nacional, sob a Universidade Federal do Rio de Janeiro, não tinha um contrato de manutenção elétrica ─ pelo menos não constava na prestação de contas da UFRJ. O Museu do Ipiranga faz parte da USP, Universidade de São Paulo. Seu prédio estava em condições tão precárias que foi fechado em 2013 para reformas, com reabertura prevista para 2022. Nove anos fechado.

Há pouco mais de 20 anos, o empresário Israel Klabin, ex-prefeito do Rio, conseguiu US$ 80 milhões do Banco Mundial para restaurar e modernizar o Museu Nacional. Só havia uma exigência: o Museu deveria ser autônomo. Ou fundação ou Organização Social, com conselho, compliance (compromisso de seguir as leis, com transparência) e governança. 

Um grupo de voluntários se formou para trabalhar num pré-projeto de reforma para apresentar ao Banco Mundial. Mas a UFRJ rejeitou a proposta: o Museu era dela e ponto final. Mas os R$ 600 mil anuais da manutenção foram sendo reduzidos desde 2014. A receita da UFRJ cresceu, a verba do Museu caiu. Detalhe: um secretário de Estado, Wagner Victer, previu em 2004 o incêndio, por falta de manutenção.

Ideologia
Não se trata, aqui, de apontar responsáveis pelo incêndio: isso é tarefa dos investigadores. Na nota acima, falou-se das estruturas administrativas inadequadas, que é preciso modificar. Aqui, sem culpar ninguém, o tema é outro: a unanimidade ideológica no comando de uma universidade pública. O reitor, a vice-reitora, a pró-reitora de Extensão, o pró-reitor de Pessoal são simpáticos ao PSOL; o pró-reitor de Graduação é simpático ao PCB; o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças é simpático ao PCdoB. Não existirá nenhum professor capaz de exercer algum desses cargos e não seja simpatizante de algum partido de extrema esquerda? Haveria a possibilidade de que a UFRJ tenha sido entregue a esses partidos em um “acordo de governabilidade” com os governadores Sérgio Cabral e Pezão?

(...)

Exportador no vermelho
Exportadores gaúchos informaram o deputado federal Jerônimo Goergen que o Governo cubano está atrasando os pagamentos ─ algo como 40 milhões de euros, equivalentes a uns R$ 200 milhões, há mais de 60 dias. Pode ser que haja atrasos no pagamento também a exportadores de outras regiões. Uma exportadora gaúcha de proteína animal já acumula cerca de R$ 5 milhões de prejuízos. Goergen, da Frente Parlamentar da Agropecuária, lembra que o atraso atinge em cheio o agronegócio, exatamente o setor mais dinâmico da economia brasileira, na produção, industrialização e venda.

MATÉRIA COMPLETA, clique aqui

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

O governo do PSOL


A destruição do Museu Nacional é uma prévia do PSOL no governo


A situação descrita nas linhas a seguir é um pesadelo. A Universidade Federal do Rio de Janeiro, a responsável pelo Museu Nacional que acaba de ser destruído num incêndio administrativamente criminoso, não é mais uma universidade. Foi expropriada do patrimônio público e entregue a partidos políticos de esquerda, numa privatização oculta em que as despesas continuam sendo pagas pelo contribuinte, como sempre foram e serão, e o comando passou a pertencer particularmente ao PSOL. O reitor é Roberto Leher, filiado ao PSOL. A vice-reitora é Denise Fernandes Lopez, filiada ao PSOL. O pró-reitor de graduação é Eduardo Gonçalves, filiado ao PCB. O pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças é Roberto Antonio Gambine Moreira, filiado ao PCdoB. A pró-reitora de Extensão é Maria Mello de Malta, filiada ao PSOL. O pró-reitor de Pessoal é Agnaldo Fernandes, filiado ao PSOL, e o decano do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas é Vitor Mario Iorio, do PSOL. Ou seja: não sobrou nada para ninguém.
 



Funcionários do Museu Nacional tentam salvas parte do acervo e equipamentos de incêndio - 03/09/2018  (Fernando Souza/AdUFRJ/Divulgação)

Como, num país tido como “republicano”, pode acontecer uma coisa dessas? As universidades brasileiras, pagas a peso de ouro pelos impostos tirados da população, deveriam obviamente ser dirigidas pelos mais capazes. E como é possível que os mais capazes, todos eles, sejam militantes do mesmo grupo político? Eis aí um escândalo óbvio do governo Michel Temer. Mas é a esquerda que está no centro desse assalto ao patrimônio público, e por isso você não ouvirá falar quase nada a respeito.


O que essa gente tem feito de útil na administração da UFRJ não se sabe. Mas ficou provado, com a certeza dos fatos, que destruiu com sua incompetência, negligência e má fé o mais precioso museu histórico existente no Brasil. Não existe, em lugar nenhum do mundo, um caso de museu que seja destruído por um incêndio arrasador sem que fique óbvia, imediatamente, a responsabilidade de quem recebeu o dever de cuidar dele. Imaginem por um instante: o Museu do Louvre pega fogo em Paris, todo o seu acervo é destruído, mas todo mundo (incluindo o governo) aceita em perfeita paz que os diretores não têm culpa nenhuma por nada do que aconteceu. Alguém é capaz de acreditar que seria assim? Aqui é. Os atuais proprietários da UFRJ dão entrevistas na televisão. 

Põem a culpa do incêndio nos bombeiros e na falta de água. Criticam o prédio do museu, que era muito velho. Continuam nos seus empregos. Num de seus momentos mais delirantes, declararam culpado “o governo Temer”, por não lhes dar verbas. Como é mesmo? E de que governo os reitores, e vice-reitores, e pró-reitores, e etc. etc. da UFRJ fazem parte? Do governo da Áustria? Por acaso ficaram sem salário por “falta de verbas” durante o tempo em que têm estado lá? Por que jamais vieram a público dizer que o museu estava ameaçado por falta de segurança? Por que os hidrantes do prédio estavam secos? Por que as brigadas antifogo, que você encontra até numa drogaria, não fizeram nada? Por que o museu foi completamente aband nado pela sua direção?

Tudo isso é simplesmente má fé. Quando alguém erra a esse ponto não se pode falar mais de simples inépcia ou vagabundagem, e sim de malícia deliberada ─ pois o autor do erro sabe que a sua conduta levará certamente ao desastre. O Museu Nacional do Rio de Janeiro foi destruído e causou danos sem possibilidade de recuperação ao patrimônio público brasileiro, porque quem estava cuidando dele eram o PSOL e o PCdoB. Eles fazem o papel, no Brasil, do “Exército Islâmico” e de outros grupos de terroristas alucinados que destroem monumentos históricos no Oriente Médio. Lá os fanáticos muçulmanos querem acabar com “o passado”. Aqui a esquerda quer criar o seu tipo de “futuro”.  É isso ─ e apenas isso. A tragédia do Rio de Janeiro, ao mesmo tempo, nos fornece uma antevisão exata do que a “esquerda nacional vai fazer com o Brasil todo se estiver algum dia realmente instalada no governo. Eles querem, oficialmente, chegar lá ─ estão inclusive pedindo o seu voto no horário obrigatório da televisão na campanha eleitoral que está aí. Parece que não têm a pretensão de ganhar e mandar sozinhos, como fazem na UFRJ; querem subir pendurados em Fernando Haddad e no PT. O Brasil que propõe é este do Museu Nacional ─ só que vão incendiar todos os lugares do futuro governo onde conseguirem estar presentes. Se agem assim agora, porque haveriam de mudar uma vez lá em cima?

Tão ruim quanto o PSOL e o PCdoB, porém, é o assassinato permanente da cultura brasileira por gangues que há décadas assaltam o erário para roubar, com seus “projetos culturais”, recursos que deveriam estar sendo utilizados na conservação do patrimônio artístico e cultural do Brasil. Temos, como se sabe, um Ministério da Cultura em Brasília. Esse Ministério não é capaz de evitar que o Museu Nacional pegue fogo. Não é capaz de cuidar da Biblioteca Nacional, do Museu do Ipiranga, dos edifícios históricos, das áreas arquitetônicas tombadas e de nada, absolutamente nada, que tenha algum valor para a cultura brasileira. Não consegue tapar uma goteira, ou fechar um buraco de parece. Tudo o que o Ministério da Cultura faz é dar dinheiro do contribuinte para amigos particulares ganharem a vida dentro da “atividade artística”. É a perversão da “Lei Rouanet”, pela qual impostos são desviados do Tesouro Nacional e entregues a nossos artistas e seus empresários. Soube-se ,com a tragédia, que o Museu Nacional precisava de uma verba de 600.000 reais para evitar o incêndio fatal. Não recebeu um tostão do Ministério da Cultura, e nem as lideranças do PSOL foram buscar esse dinheiro. 

Enquanto isso, a cantora Claudia Leitte abocanhou do Ministério, sozinha, dez vezes essa soma, ou 5,8 milhões de reais, para fazer uma série de shows. O Cirque du Soleil, que também é um empreendimento comercial, levou mais ─ 9,4 milhões. É duro de acreditar, mas enquanto os nossos museus se afundam, o governo dá 1,5 milhão de reais para fazerem um filme sobre a vida de José Dirceu, 1,3 milhão para um projeto de poesia de Maria Betânia, e até 800.000 reais (mais do que o museu precisava) parasustentar o Queermuseu. Há dinheiro para turnês de Luan Santana, para mais um filme com a biografia de Lula, para os Detonautas, para a Peppa Pig.
Um país assim está morto.

J R Guzzo - Veja