A destruição do Museu Nacional é uma prévia do PSOL no governo
A situação descrita nas linhas a seguir é um pesadelo. A
Universidade Federal do Rio de Janeiro, a responsável pelo Museu Nacional que
acaba de ser destruído num incêndio administrativamente criminoso, não é mais
uma universidade. Foi expropriada do patrimônio público e entregue a partidos
políticos de esquerda, numa privatização oculta em que as despesas continuam
sendo pagas pelo contribuinte, como sempre foram e serão, e o comando passou a
pertencer particularmente ao PSOL. O reitor é Roberto Leher, filiado ao PSOL. A
vice-reitora é Denise Fernandes Lopez, filiada ao PSOL. O pró-reitor de
graduação é Eduardo Gonçalves, filiado ao PCB. O pró-reitor de Planejamento,
Desenvolvimento e Finanças é Roberto Antonio Gambine Moreira, filiado ao PCdoB.
A pró-reitora de Extensão é Maria Mello de Malta, filiada ao PSOL. O pró-reitor
de Pessoal é Agnaldo Fernandes, filiado ao PSOL, e o decano do Centro de
Ciências Jurídicas e Econômicas é Vitor Mario Iorio, do PSOL. Ou seja: não
sobrou nada para ninguém.
Funcionários
do Museu Nacional tentam salvas parte do acervo e equipamentos de incêndio -
03/09/2018 (Fernando Souza/AdUFRJ/Divulgação)
Como, num país tido como “republicano”, pode
acontecer uma coisa dessas? As universidades brasileiras, pagas a peso de ouro
pelos impostos tirados da população, deveriam obviamente ser dirigidas pelos
mais capazes. E como é possível que os mais capazes, todos eles, sejam
militantes do mesmo grupo político? Eis aí um escândalo óbvio do governo Michel
Temer. Mas é a esquerda que está no centro desse assalto ao patrimônio público,
e por isso você não ouvirá falar quase nada a respeito.
O que
essa gente tem feito de útil na administração da UFRJ não se sabe. Mas ficou
provado, com a certeza dos fatos, que destruiu com sua incompetência,
negligência e má fé o mais precioso museu histórico existente no Brasil. Não
existe, em lugar nenhum do mundo, um caso de museu que seja destruído por um
incêndio arrasador sem que fique óbvia, imediatamente, a responsabilidade de
quem recebeu o dever de cuidar dele. Imaginem por um instante: o Museu do
Louvre pega fogo em Paris, todo o seu acervo é destruído, mas todo mundo
(incluindo o governo) aceita em perfeita paz que os diretores não têm culpa
nenhuma por nada do que aconteceu. Alguém é capaz de acreditar que seria assim?
Aqui é. Os atuais proprietários da UFRJ dão entrevistas na televisão.
Põem a
culpa do incêndio nos bombeiros e na falta de água. Criticam o prédio do museu,
que era muito velho. Continuam nos seus empregos. Num de seus momentos mais
delirantes, declararam culpado “o governo Temer”, por não lhes dar verbas. Como
é mesmo? E de que governo os reitores, e vice-reitores, e pró-reitores, e etc.
etc. da UFRJ fazem parte? Do governo da Áustria? Por acaso ficaram sem salário
por “falta de verbas” durante o tempo em que têm estado lá? Por que jamais
vieram a público dizer que o museu estava ameaçado por falta de segurança? Por
que os hidrantes do prédio estavam secos? Por que as brigadas antifogo, que
você encontra até numa drogaria, não fizeram nada? Por que o museu foi
completamente aband nado pela sua direção?
Tudo isso
é simplesmente má fé. Quando alguém erra a esse ponto não se pode falar mais de
simples inépcia ou vagabundagem, e sim de malícia deliberada ─ pois o autor do
erro sabe que a sua conduta levará certamente ao desastre. O Museu Nacional do
Rio de Janeiro foi destruído e causou danos sem possibilidade de recuperação ao
patrimônio público brasileiro, porque quem estava cuidando dele eram o PSOL e o
PCdoB. Eles fazem o papel, no Brasil, do “Exército Islâmico” e de outros grupos
de terroristas alucinados que destroem monumentos históricos no Oriente Médio.
Lá os fanáticos muçulmanos querem acabar com “o passado”. Aqui a esquerda quer
criar o seu tipo de “futuro”. É isso ─ e apenas isso. A tragédia do Rio
de Janeiro, ao mesmo tempo, nos fornece uma antevisão exata do que a “esquerda
nacional” vai fazer com o Brasil todo se estiver algum dia realmente instalada
no governo. Eles querem, oficialmente, chegar lá ─ estão inclusive pedindo o
seu voto no horário obrigatório da televisão na campanha eleitoral que está aí.
Parece que não têm a pretensão de ganhar e mandar sozinhos, como fazem na UFRJ;
querem subir pendurados em Fernando Haddad e no PT. O Brasil que propõe é este
do Museu Nacional ─ só que vão incendiar todos os lugares do futuro governo
onde conseguirem estar presentes. Se agem assim agora, porque haveriam de mudar
uma vez lá em cima?
Tão ruim
quanto o PSOL e o PCdoB, porém, é o assassinato permanente da cultura
brasileira por gangues que há décadas assaltam o erário para roubar, com seus
“projetos culturais”, recursos que deveriam estar sendo utilizados na
conservação do patrimônio artístico e cultural do Brasil. Temos, como se sabe,
um Ministério da Cultura em Brasília. Esse Ministério não é capaz de evitar que
o Museu Nacional pegue fogo. Não é capaz de cuidar da Biblioteca Nacional, do
Museu do Ipiranga, dos edifícios históricos, das áreas arquitetônicas tombadas
e de nada, absolutamente nada, que tenha algum valor para a cultura brasileira.
Não consegue tapar uma goteira, ou fechar um buraco de parece. Tudo o que o
Ministério da Cultura faz é dar dinheiro do contribuinte para amigos
particulares ganharem a vida dentro da “atividade artística”. É a perversão da
“Lei Rouanet”, pela qual impostos são desviados do Tesouro Nacional e entregues
a nossos artistas e seus empresários. Soube-se ,com a tragédia, que o Museu
Nacional precisava de uma verba de 600.000 reais para evitar o incêndio fatal.
Não recebeu um tostão do Ministério da Cultura, e nem as lideranças do PSOL
foram buscar esse dinheiro.
Enquanto isso, a cantora Claudia Leitte abocanhou
do Ministério, sozinha, dez vezes essa soma, ou 5,8 milhões de reais, para
fazer uma série de shows. O Cirque du Soleil, que também é um empreendimento
comercial, levou mais ─ 9,4 milhões. É duro de acreditar, mas enquanto os
nossos museus se afundam, o governo dá 1,5 milhão de reais para fazerem um
filme sobre a vida de José Dirceu, 1,3 milhão para um projeto de poesia de
Maria Betânia, e até 800.000 reais (mais do que o museu precisava) parasustentar o Queermuseu. Há dinheiro para turnês de Luan Santana, para mais um
filme com a biografia de Lula, para os Detonautas, para a Peppa Pig.
Um país
assim está morto.
J R Guzzo - Veja
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