Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Lista
de estrangeiros não foi divulgada neste domingo, diz Cairo, após forças
israelenses atingirem uma ambulância no sábado; brasileiros no enclave
seguem esperando liberação [qual a explicação do 'estadista' Lula? = o boquirroto]
Homem
reage enquanto está sentado perto do portão do posto de fronteira de
Rafah com o Egito, no sul da Faixa de Gaza — Foto: SAID KHATIB / AFP
O Egito anunciou a suspensão das saídas dos moradores de Gaza feridos e portadores de passaportes estrangeiros através da passagem de Rafah,
informou o embaixador brasileiro junto à Autoridade Nacional Palestina
(ANP), na Cisjordânia, Alessandro Candeas.
Desde quarta-feira, quando a
passagem foi finalmente liberada, cerca de 2.700 estrangeiros, de um
total de 7.500, cruzaram a fronteira.
Devido à suspensão,que ocorreu após forças israelenses atingirem um comboio de ambulâncias
no sábado — deixando 15 mortos e 60 feridos —, as autoridades não
divulgaram uma nova lista de estrangeiros liberados para a saída do
território neste domingo. Do Brasil, há 34 pessoas no aguardo: 24 são
brasileiros, 7 são palestinos em processo de imigração e 3 são parentes
próximos.
A única saída viável de Gaza hoje é pela passagem de Rafah, no sul do
enclave, na fronteira com a Península do Sinai egípcia.
A passagem está
sob controle do Egito desde um acordo fechado com Israel, em 2007,
quando o Hamas tomou o poder na Faixa de Gaza e expulsou o grupo
palestino laico Fatah para a Cisjordânia, onde controla a Autoridade
Nacional Palestina (ANP), reconhecida pela ONU como legítima liderança
dos palestinos.
Nos 16 anos seguintes, Israel e Egito mantiveram um duro controle do
que (e de quem) entra e sai do território dominado pelo Hamas. Caminhões
de ajuda humanitária, entretanto, ainda podem entrar na região.
A Faixa de Gaza tem apenas outras duas passagens para saída e entrada
de pessoas e mercadorias.
Uma é a de Erez, que fica ao norte e leva ao
sul do território israelense, e foi atacada pelo Hamas na invasão do dia
7 de outubro.
A outra passagem, de Kerem Shalom, serve apenas ao
transporte de cargas e também está no sul de Gaza, na fronteira com
Israel e perto do território egípcio.
As saídas por Rafah começaram na quarta-feira como parte de um acordo
internacional mediado pelo Catar para permitir que detentores de
passaporte estrangeiro, seus dependentes e feridos de Gaza deixassem a
região e, desde então, centenas de pessoas já saíram do território,
incluindo feridos que estão recebendo tratamento em hospitais no Sinai.
Pouco depois dos ataques terroristas do Hamas, em 7 de outubro, o
governo de Israel emitiu um ultimato aos palestinos de Gaza para
esvaziarem o Norte do enclave,antes de uma invasão por terra. "Saiam
agora", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aos
moradores da região que inclui a Cidade de Gaza, a maior e mais
importante do território. Pelo menos 1 milhão de pessoas foram obrigadas
a se retirar de uma vez só, em meio à destruição dos bombardeios.
Gaza é palco de bombardeios e combates terrestres entre tropas
israelenses e o grupo Hamas, que lançou um ataque sem precedentes contra
o Estado judeu em 7 de outubro, deixando mais de 1.400 mortos, segundo
as autoridades israelenses. O governo do Hamas em Gaza afirma, por sua
vez, que mais de 9.770 pessoas, a maioria civis, morreram no território
devido aos bombardeios retaliatórios israelenses.
Quando deu no rádio que um soldado brasileiro ainda não identificado morrera num combate em Rafah, na região do Canal de Suez,
no Oriente Médio,a gaúcha Alzira Ilha de Macedo escondeu o rosto com
as mãos. Ela tinha certeza de que era seu filho. Um pouco mais tarde,
veio a confirmação: o cabo Carlos Adalberto Ilha, de 20 anos, era o
praça abatido numa ofensiva israelense contra guarnições árabes no
começo da Guerra dos Seis Dias, em 5 de junho de 1967. Aos gritos, dona Alzira se abraçou a Leda Maria, sua filha que se casaria no dia seguinte.
O militar nascido no município de Dom Pedrito, no Rio Grande do Sul,
foi um dos cerca de 6 mil brasileiros que serviram no chamado Batalhão
de Suez,enviado pelo Exército ao Oriente Médio como parte das Forças de
Emergência das Nações Unidas, estas, por sua vez, criadas para dar
garantir a paz na região do canal.
Ilha estava em seu posto quando, na madrugada daquela segunda-feira,
foi supreendido pelo ataque de tropas de Israel que, antecipando-se a um
cerco de forças árabes, deu início à Guerra dos Seis Dias. Na
artilharia contra os egípcios, os israelenses acabaram abatendo,
acidentalmente, vários"capacetes azuis"(como são chamadas as tropas da
ONU) em missão de paz na Faixa de Gaza. Entre os feridos, estava o
filho de dona Alzira, baleado mortalmente no pescoço, uma semana depois
de enviar uma carta a sua irmã dando parabéns pelo casamento.
Uma das principais rotas comerciais do mundo, que liga o Mar Vermelho
ao Mar Mediterrâneo, o canal era controlado por britânicos e franceses.
Ao mesmo tempo, Nasser bloqueou o Estreito de Tiran,hidrovia que dá a
Israel o acesso ao Mar Vermelho. Em 29 de outubro de 1956, tropas
israelenses com apoio de Reino Unido e França reagiram com uma invasão à
Península do Sinai, no Egito.
Quatro dias depois, forças inglesas e francesas atacaram posições no país árabe. Estava instalado mais um
conflito no conturbado Oriente Médio.
Com a bênçãodo governo americano, que estava mais preocupado com a crescente influência soviética no Egito em plenaGuerra Fria,
as Nações Unidas criaram as Forças de Emergência para acalmar os
ânimos. O exercito da paz chegou à região do Suez a tempo de garantir um "cessar fogo" e supervisionar a saída das tropas invasoras, [destacando que as tropas invasoras eram forças de Israel com apoio dos ingleses e franceses.] que
começaram a deixar o Egito antes do fim daquele ano.
Os capacetes azuis,
porém, ainda manteriam presença na Península do Sinai por mais de uma
década. Instaladas na fronteira entre Israel e Egito, as guarnições da
ONU atuavam como um tampão entre as forças adversárias na zona do
armstício, monitorando quaisquer violação de ambos os lados.
As Forças de Emergência eram formadas por militares de países como
Colômbia, Canadá, Dinamarca, Índia e Suécia. O primeiro contingente de
brasileiro zarpou rumo a Suez em janeiro de 1957, desembarcando em Rafah
no mês seguinte. A partir de então, até meados de 1967, 20 contingentes
do país, revezando-se a cada sete meses, estiveram na região do canal,
na tentativa de controlar a tensão entre Israel, apoiado pelo Ocidente,e
os países árabes, como Egito, Síria e Jordânia, sob influência da União
Soviética.
Durante esses dez anos, a situação oscilou entre relativa
tranquilidade e conflitos ocasionais, principalmente ao Norte de Israel,
na fronteira com a Síria. Em abril de 1967, o país judeu lançou uma
grande ofensiva contra posições sírias nas Colinas de Golã, o que
acirrou os ânimos na região. Nos meses seguintes, os governos árabes
formaram um cerco contra o inimigo, e Nasser pediu que as Nações Unidas
removessem do Sinai os seus capacetes azuis. A partir daí, o começo de
uma nova guerra tornou-se apenas questão de tempo.
Carlos Adalberto Ilha integrava o vigésimo e último contingente
brasileiro na região do Canal de Suez.Quando Israel começou seu ataque
contra as forças egípcias no Sinai, restavam mais de 400 soldados
brasileiros. Não evacuados após o pedido de Abdel Nasser, foram pegos
pelo fogo cruzado entre os lados inimigos do conflito que, mais tarde,
ficou conhecido como a Guerra dos Seis Dias. O enfrentamento terminou
com uma grande derrota para os países árabes, que tiveram cerca de 18
mil baixas e uma expressiva perda de equipamentos militares.
Ao longo de dez anos da Força de Emergência, seis outros soldados
brasileiros morreram no Sinai,mas todos estes abatidos por "fogo
amigo". Em 7 de junho de 1967, O GLOBO publicou uma reportagem sobre o
cabo Ilha. Segundo o texto, ele tinha perdido um irmão mais velho que
morrera ainda jovem por problemas cardíacos. Ainda tinha uma irmã de 15
anos e um irmão de 5 anos, ambos filhos do segundo casamento da mãe,
Alzira. Na mesma matéria, o jornal reproduziu uma carta enviada pelo
militar a sua irmã, dias antes de morrer. Leia, abaixo:
"Querida mana Ledinha, primeiramente vou te dar meus parabéns pelo
teu noivado, e em segundo lugar vou te pedir uma coisa: deves ser melhor
filha para nossa mãe, pois ser mãe é a coisa mais sublime do mundo. Tu
não podes imaginar como faz falta uma mãe. Eu, por exempio, estou
afastado de todos, sinto saudades de todos, mas quando penso em minha
querida mãe, eu choro, pois estou longe dela, sem seu carinho, sem suas
broncas. Tudo que ela fala e faz é para nosso bem. Lembra-te disso, pois
ser mãe qualquer uma é, mas como a nossa mãe não existe nenhuma no
mundo. Deves ser melhor para ela, pois ela precisa de teu carinho e
agora mais do que nunca, pois és a única filha, e que pensa um pouco, a
que está perto dela, pois o Carlinhos ainda não sabe o valor de uma mãe.
Bem, querida maninha, espero que penses melhor e que trates melhor
nossa mãe, pois agora já és uma, mocinha, e muito bonita. Lembra-te dos
sacrifícios que ela passou por nós. Espero ser atendido. Encerro esta,
enviando-te milhões de felicidades. Que todos teus sonhos se realizem, é
o que te deseja teu irmão que muito te quer".