Ao recorrer por uma pena mais pesada ao ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva – condenado a nove anos e seis meses de prisão por
corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso triplex -, a
força-tarefa da Operação Lava Jato pretende, ainda, que o petista seja
obrigado a devolver R$ 87,6 milhões aos cofres públicos, e não R$ 16
milhões, como fixou o juiz Sérgio Moro, na sentença imposta ao petista.
O valor estipulado por Moro levava em consideração o suposto
caixa de propinas que a OAS teria mantido em benefício de Lula e o
montante pleiteado pelos procuradores é correspondente ao prejuízo
causado por desvios na Petrobras em contratos com a empreiteira. O Ministério Público Federal entrou com apelação ao Tribunal
Regional Federal da 4ª Região para aumentar a pena de Lula relativa à
suposta aquisição do Triplex, junto a OAS, e as supostas reformas, que
oneraram ao petista a condenação por um crime de lavagem de dinheiro e
um crime de corrupção passiva. Os procuradores da República também
querem que Lula e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, sejam
condenados pelo branqueamento de capitais no valor de R$ 1,3 milhão pelo
armazenamento de bens do ex-presidente custeado pela OAS em contrato
com a Granero.
O juiz federal Sérgio Moro já bloqueou R$ 660 mil em contas
correntes de Lula e R$ 9 milhões de fundos em nome dele na BrasilPrev,
do Banco do Brasil. O confisco de valores relacionados ao ex-presidente
leva em consideração o valor de R$ 2,2 milhões referente ao triplex no
Guarujá e as respectivas reformas bancadas pela empreiteira OAS. “Como
já decretado o sequestro e o confisco do apartamento, o valor
correspondente deve ser descontado dos dezesseis milhões, restando R$
13.747.528,00. Cabe, portanto, a constrição de bens do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva até o montante de R$ 13.747.528,00.”, afirmou
Moro, em sentença.
O Ministério Público Federal sustenta, no entanto, que dos
contratos da Petrobras relacionados às obras das Refinaria Getúlio
Vargas, no Paraná, e Abreu e Lima, em Pernambuco, com a empreiteira OAS,
nos quais “se comprovou a prática de corrupção” envolvendo os
ex-executivos Renato Duque e Pedro Barusco, 3% foram destinados ao
pagamento de propinas, com prejuízo de R$ 87,6 milhões.
“Observado que a propina foi paga com recursos oriundos dos
contratos e aditivos obtidos de forma fraudulenta junto à Petrobras, não
há como fixar valor menor que o minimamente correspondente à peita para
indenizá-la. Assim, imperiosa a condenação de Lula também no montante
de R$ 87.624.971,26, a título de dano mínimo”, argumenta o MPF.
Os procuradores da República consideram que o petista tinha
responsabilidade sobre as indicações e os “atos delituosos” de Duque e
Barusco enquanto estavam na estatal.
“Já no que respeita a Léo Pinheiro e Agenor Medeiros, deve o dano
mínimo ser arbitrado em R$ 58.401,010,26 (vantagens pagas a agentes
públicos e políticos ligados à Diretoria de Serviços), tendo em vista que o
pagamento das vantagens indevidas à Diretoria de Abastecimento da
Petrobras em razão da contratação dos Consórcios CONPAR e RNEST-CONEST
foi anteriormente julgado pelo Juízo da 13.ª Vara Federal de Curitiba em
sede da ação penal nº 5083376-05.2014.4.04.7000, oportunidade em que
condenados ao pagamento de indenização aos danos causados por referida
conduta delituosa à Petrobras, no valor de R$ 29.223.961,00″, pediu a
força-tarefa.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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terça-feira, 1 de agosto de 2017
Lava Jato pede que Lula devolva R$ 87 milhões à Petrobras
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segunda-feira, 3 de outubro de 2016
As 149 páginas que o Brasil não leu
Lula era ou não o comandante da Lava
Jato? Perdoe o spoiler: ao ler a denúncia, você vai concluir que era
Este Brasil lindo e trigueiro, malandro
e brejeiro, se fixou no PowerPoint. Tudo bem. A Olimpíada acabou, o pessoal precisa
se divertir com alguma coisa. Mas, sem querer ofender ninguém, fica a sugestão:
Brasil, leia a denúncia do Ministério Público Federal
contra Lula. Não, não estamos falando de reportagem, nem de
comentário, nem de flash na TV, no rádio ou na internet. Leia a denúncia assinada por 13 procuradores da República. São 149
páginas. Não dói tanto assim. Até diverte.
Ao final,
você poderá tirar sua própria conclusão sobre a polêmica do momento: Lula era
ou não era o comandante máximo do esquema da Lava-Jato? Perdoe o spoiler: você vai concluir que era. E que
PowerPoint não é nada. De saída, uma
ressalva: a referida denúncia, apesar de sua extensão que dá uma preguiça
danada neste Brasil brasileiro, é só o começo. As obras
completas do filho do Brasil demandarão muito mais páginas – se é que um
dia chegarão a ser publicadas na íntegra. De qualquer forma, ao final dessas
primeiras 149, você não terá mais dúvidas sobre quem é
Luiz Inácio da Silva e sobre quem é o Brasil delinquente que o impeachment barrou.
Os
procuradores seguiram um caminho simples: o
do dinheiro. A literatura da Lava Jato é tão vasta que a plateia se perde
no emaranhado de delações, na aritmética dos laranjas e na geometria das
trampolinagens. Aqui, a festa na
floresta está organizada basicamente em três eixos: a ligação direta e comprovada de Lula com os diretores corruptos da
Petrobras, incluindo a nomeação deles e sua manutenção no cargo para continuarem roubando; a ligação pessoal e
comprovada de Lula com expoentes do clube das empreiteiras, organizado para
assaltar a Petrobras; e a ligação orgânica e comprovada
de Lula com os prepostos petistas e seus esquemas de prospecção de
propinas.
José Dirceu, João
Vaccari Neto e Silvinho Pereira são algumas dessas estrelas escaladas pelo
ex-presidente
para
montar o duto nacionalista que depenou a Petrobras. Interessante notar que,
quando Dirceu cai em desgraça por causa do mensalão, o esquema do petrolão
continua a todo vapor – e o próprio Dirceu, mesmo proscrito, continua recebendo
o produto do roubo. Claro que um ex-ministro sem cargo, investigado e,
posteriormente, preso, só poderia atravessar todo esse calvário recebendo
propina se continuasse tendo poder no esquema – e só uma pessoa poderia
conferir tanto poder a um político defenestrado: o astro-rei do PowerPoint.
A novela
da luta cívica de Lula em defesa de “Paulinho”
(Paulo Roberto Costa, ex-diretor de
Abastecimento da Petrobras e um dos mais famosos ladrões do esquema) é
comovente. O então presidente da República não mede
sacrifícios e atropelos para nomear e manter o gatuno no cargo. Os
procuradores não foram genéricos em sua denúncia. Ao contrário, optaram por
aproximar o foco de algumas triangulações tão específicas quanto eloquentes.
Uma delas, envolvendo também Renato Duque – colocado
pela turma de Lula na Diretoria de Serviços da Petrobras para roubar junto com
o Paulinho –, ilumina outro protagonista da trama: Léo Pinheiro, executivo
da OAS. Montado o elenco, os procuradores apresentam o eletrizante enredo do
caso Conpar. “A expansão de novos e
grandiosos projetos de infraestrutura, incluindo a reforma e a construção de
refinarias, criou um cenário propício para o desenvolvimento de práticas
corruptas”, aponta a denúncia. Ou seja: o governo
Lula criou um PACo da corrupção. O ladrão fez a
ocasião.
E entre as ocasiões mais apetitosas estava uma obra de R$ 1,3 bilhão na Refinaria Getúlio
Vargas (Repar), que acabou custando R$
2,3 bilhões. A OAS integrava o consórcio Conpar, que graças ao prestígio de Léo Pinheiro, amigo do rei, arrematou
o contrato em flagrante “desatendimento
da recomendação do departamento jurídico da Petrobras sobre a necessidade de
avaliação da área financeira para a contratação do consórcio Conpar, em junho
de 2007”.
Como 149 páginas não cabem em uma, fica só o aperitivo para este
Brasil brejeiro largar o PowerPoint e conhecer, com seus próprios olhos, a
denúncia que Sergio Moro acatou. O caso Conpar, como você já imaginou, termina
em Guarujá. No mínimo, você aprenderá como ocultar (mal) um tríplex
à beira-mar.
Fonte: Guilherme Fiuza – Revista Época
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