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quinta-feira, 22 de junho de 2023

PT escala Dirceu, Genoino e Mantega para formar líderes

A proposta é oferecer aulas aos candidatos a futuros dirigentes do partido

[fácil imaginar a lambança que vão produzir e que irá de guerrilheiros de araque a ciclistas em pedaladas ridículas.] 

A Fundação Perseu Abramo, ligada ao Partido dos Trabalhadores (PT), está promovendo um curso de formação de novas lideranças de esquerda.

Pela internet, são oferecidas aulas gratuitas aos interessados no curso para trilhar os caminhos da política no PT. Segundo a entidade, a proposta é oferecer aulas aos candidatos a futuros dirigentes da legenda. Depois de aprenderem a teoria defendida pelo PT, os alunos são orientados no curso sobre como atuar.

Para promover a formação de novas lideranças, o PT escalou pelo menos 40 professores que ministram aulas em vídeo sobre temas variados no curso.

Entre os escolhidos pelo partido de Luiz Inácio Lula da Silva estão velhos conhecidos. Um deles é o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu — condenado a prisão por corrupção. A aula tem pouco mais de 20 minutos, e o tema é “Fragmentação, luta armada e desarmada, resistência à ditadura”.

O ex-ministro analisa o processo de redemocratização do Brasil, a luta sindical, as greves, a oposição à ditadura e a ascensão do PT e seu principal líder: Lula. Ele também destaca o papel importante exercido pelos grupos guerrilheiros durante o regime militar [aliás, tanto o ladrão Dirceu quanto o Genoino entendem bem do que fazer para perder uma guerrilha e todos,  incluindo o ciclista Mantega, possuem experiência da condição de presidiários = aliás, experiência que o  petista que preside o Brasil também possui.]

Outra figura que aparece no curso de formação é o ex-deputado José Genoino. O tema da aula é: “Da luta contra a ditadura ao governo: a construção do PT”. [nos surpreende que o irmão do 'dólares na cueca' ainda esteja vivo; quando puxava cadeia,por corrupção e outros malfeitos,  se borrou tanto de medo da cadeia,  que tentaram,  por todos os meios possíveis transformá-lo em um cardíaco terminal, para ser solto.]

O ex-deputado militou no Partido Comunista do Brasil (PCdoB), participou de uma ação guerrilheira na década de 1970, foi preso e torturado. Genoino, um dos fundadores do PT, se envolveu em 2005 no escândalo do Mensalão. Ele foi condenado e preso.

Guido Mantega, outro ex-integrante dos governos do PT, também está na empreitada. “Os governos Lula e Dilma: legado de transformações e os obstáculos” é o tema da aula do ex-ministro, que foi preso temporariamente na Operação Lava Jato, acusado de receber propina. Posteriormente, o processo foi arquivado.

Redação  - Revista Oeste

 

 

 

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Tucanos imploram, mas Lula mantém o vermelho! - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo

Simone Tebet, cuja vice na chapa acusou Lula de ter pago R$ 12 milhões para ser excluído de denúncias de ter ligação com a morte de Celso Daniel, aderiu à campanha do petista para que o ladrão possa voltar à cena do crime, como diz o seu vice. E Tebet já deu uma incrível contribuição estética ao candidato: esconder o vermelho, trocá-lo pelo branco.
 
É preciso, afinal, manter os aliados de sempre do PT escondidos até o dia 30, pois a "frente ampla pela corrupção" está atrás dos votos dos indecisos, de alguns alienados e trouxas da classe média que, quem sabe?!, possam acreditar no papinho de Lula moderado.  
Como enganar esses otários com Boulos, Dirceu e MST ao lado do ex-presidiário?!
 
O tucano Guilherme Macalossi, em sua coluna de hoje, foi na mesma linha, reclamando que o grande problema é Lula, arrogante como sempre, desprezar esses conselhos importantes. 
Se ao menos o petista tivesse a humildade para colocar no porão seus velhos companheiros até o dia do pleito! Eis como Macalossi conclui seu esforço para ajudar na campanha lulista: Até aqui, a campanha do Lula vem sendo representada no debate público por Guilherme Boulos e tipos ridículos como André Janones. Até José Dirceu apareceu para dar sua letrinha esses dias. No Roda Viva, Boulos chegou a dizer que a presença de Alckmin e outros na campanha não são mais do que sinalizações genéricas em nome de expressões não petistas do eleitorado, mas que não representam compromissos formais. Enquanto os sectários de esquerda falam pelos cotovelos, o bolsonarismo cola em Lula o risco da venezualização da economia brasileira.
 
Puxa vida! Entenderam o recado?! São os bolsonaristas, esses malditos reacionários, que colam a pecha de risco de venezualização do Brasil, e os sectários ao lado de Lula ajudam nessa narrativa injusta! 
Não é o fato de Lula ter, ao lado do ditador socialista Fidel Castro, criado o Foro de SP que leva a tal desconfiança; tampouco o fato de Lula sempre ter defendido Chávez e Maduro, gravando inclusive vídeos para seus companheiros nas eleições; 
nem mesmo a defesa lulista do regime socialista na Nicarágua, que persegue cristãos; nada disso justifica a preocupação com uma guinada socialista no Brasil caso Lula volte ao poder. 
Bastava Boulos desaparecer por uns dias que tudo ficaria lindo, garante o tucano...
 
Eis a verdade: os tucanos sempre foram petistas enrustidos, com raras exceções, como Carlos Sampaio. FHC sempre admirou Lula. [INCLUSIVE FOI ATENDENDO A pedido do descondenado petista, que o presidente sociólogo, soltou os sequestradores de Abilio Diniz - quem confessou em seu programa político foi o luladrão.] 
Havia um teatro das tesouras para enganar o eleitor, nada mais. 
A ida de Alckmin para a chapa lulista, seguida dos apoios de Meirelles, Arminio Fraga e Elena Landau, deu a desculpa perfeita para que petistas saíssem do armário tucano.

Salim Mattar se mostrou espantado com a quantidade de empresários tucanopetistas: "Estou assustado com o número de pessoas, inclusive empresários, banqueiros e figuras de expressão, simpatizantes da esquerda e do socialismo, que saíram do armário para apoiar o ex-presidiário Lula. As máscaras caíram pois na realidade sempre foram sociais-democratas camuflados".

Exato! E Bolsonaro tem esse inegável mérito: fez a máscara de tudo que é petista enrustido vir abaixo. 
Não faltam empresários, humoristas e jornalistas "lulando" por aí, fazendo o L de Ladrão sem qualquer constrangimento. 
Ou melhor, o único constrangimento é que Lula se recusa a acatar o conselho de esconder o vermelho - e Boulos, Dirceu, Mercadante, Dilma, Mantega, Humberto Costa, Gleisi Hoffmann e todos os demais petistas!
 
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

domingo, 9 de outubro de 2022

Mercado de alto risco - Revista Oeste

 Rodrigo Constantino

Eles podem até sonhar com Meirelles e Armínio, mas poderão acordar presos num pesadelo em que Dirceu e Boulos dão as ordens 

 Ilustração: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
Ilustração: Montagem Revista Oeste/Shutterstock 

Há uma crença um tanto disseminada por aí de que o “mercado” não costuma errar. Como alguém que trabalhou por anos como analista e gestor, tenho uma visão bem diferente. Claro que, em termos gerais, não é trivial “bater” o mercado de forma sistemática. Pela interação dinâmica de milhões de indivíduos inteligentes, colocando suas carreiras em risco, quase tudo aquilo que é informação pulverizada, até mesmo privilegiada, acaba sendo precificada pelo mercado. Mas daí a considerar que os preços dos ativos refletem as previsões acuradas de um futuro incerto vai uma longa distância. Ou seja, o “mercado” não é necessariamente um vidente.

Este é um velho debate na academia e entre os próprios gestores. Por isso temos fundos passivos, que somente replicam uma cesta de ativos, e outros ativos, que tentam superar o retorno dos índices. Mas esse assunto é técnico demais e não será o foco aqui. Meu intuito ao trazer isso é apenas desmentir a tese de que, se o “mercado” está tranquilo com um eventual cenário projetado, então todos nós podemos dormir em paz. Eu estava no mercado quando vi muitos gestores apostarem na narrativa de Dilma como uma gestora eficiente, e levou certo tempo até eles se provarem totalmente infundados.

Vamos direto ao ponto: tem uma turma espalhando que o “mercado” está otimista pois um Congresso mais conservador e economistas tucanos ao lado de Lula fariam com que o PT, caso voltasse ao poder, adotasse um governo moderado. 
Considero essa tese extremamente otimista e até um pouco irreal. 
Não questiono o poder do tal sistema, e basta mencionar o impeachment da própria Dilma como evidência de que, quando foi preciso sacrificar um peão para preservar a galinha dos ovos de ouro, os donos do poder impediram o Brasil de afundar de vez
Mas corremos enorme risco de virar uma Venezuela ali…

São muitas variáveis agindo, e, não fossem os milhões de brasileiros se mobilizando para ocupar as ruas, o Eduardo Cunha como presidente da Câmara, o Michel Temer como vice-presidente, talvez a história tivesse terminado bem diferente, de maneira trágica. Não há esse controle todo por meio de alguns figurões, como as teorias da conspiração costumam pintar. Ao contrário: acredito que reine certo caos, e que as ações de alguns indivíduos podem fazer toda a diferença, para o bem ou para o mal.

Esses que ficam calmos só porque Lula colocou Geraldo Alckmin como vice e trouxe Meirelles e Arminio Fraga como apoiadores estão deveras iludidos, em minha opinião. Pode ser que tais forças, com a pressão de banqueiros e veículos de comunicação tucanos, sejam suficientes para criar uma barreira de contenção aos arroubos mais irresponsáveis dos petistas? Até pode. Mas é no mínimo uma aposta para lá de arriscada!

Afinal, Lula também está com o velho PT ao seu lado, com Dirceu e companhia, além de novos radicais, como Guilherme Boulos. Mesmo sem apresentar um projeto de governo, Lula deu dicas, e são temerárias.  
Ele fala em governar com o MTST, elogia o MST enquanto demoniza o agro, quer furar o teto de gastos, pretende reinstituir um imposto sindical, prometeu reverter privatizações, etc
A agenda petista é aquela mofada da esquerda radical latino-americana, que vem causando enorme estrago na Colômbia, no Chile, no Peru e na Argentina, sem falar da Venezuela, em desgraça total.
Isso é para focar apenas no aspecto econômico, de maior interesse do “mercado”, que deseja somente maximizar lucros de forma amoral. 
Mas não é preciso ser um analista muito atento para detectar o rancor nas falas de Lula, o clima de vingança que ele exala. 
Se temos grande insegurança jurídica por conta do ativismo supremo hoje, imagine se Lula puder apontar mais dois ministros do STF e estiver na Presidência. 
O grau de ousadia desses arrogantes autoritários será mais assustador ainda. 
Lula já falou também em regular a imprensa e até as redes sociais, eufemismo para censura.

Todo governante, especialmente numa democracia, precisa fazer concessões. Sim, o Congresso será mais conservador. O centrão fisiológico tem muito poder e não costuma ficar impune quem o despreza. Tudo isso dificulta um plano mais extravagante do PT. Mas não garante nada. Numa terra sem lei, com a cumplicidade de alguns agentes importantes, o partido pode comprar amplo apoio, intimidar aqueles que não estão à venda, e concentrar mais e mais poder em si.

Esses que ficam calmos só porque Lula colocou Geraldo Alckmin como vice e trouxe Meirelles e Arminio Fraga como apoiadores estão deveras iludidos

É por isso que Lenin dizia que os capitalistas venderiam a corda que seria usada para enforcá-los. O que notei em meus anos de mercado é que poucos ali se dão conta de aspectos mais culturais ou ideológicos por trás de movimentos políticos. Eles acham que todos são movidos pela planilha de resultados, enquanto há um pessoal ideológico e totalitário, com ambição desmedida pelo poder.

O “mercado” tucano tolera Lula por seu lado “pragmático”, ou seja, aceita levar o corrupto para casa se junto vierem Meirelles e Arminio, ignorando o seu lado totalitário.  
Esses gestores otimistas acham que vão teclar 13 e ter Alckmin em vez de Lula como presidente, Meirelles em vez de Boulos como ministro. 
Eles, por algum motivo qualquer, imaginam que o destino argentino jamais seria possível no Brasil, esquecendo que a Argentina já foi um país bem mais rico e culto que o Brasil.
zé dirceu mensalão
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, ao ser solto do 
Presídio da Papuda, em Brasília, (08/11/2019)
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
É a mesma postura da imensa maioria da velha imprensa. Há os petistas escancarados, penas de aluguel, que adoram Lula e não se importam se o Brasil virar uma espécie de província chinesa
Mas muitos são tucanos, “progressistas”, e preferem o PSDB ao PT, engolem Lula só com ajuda de um digestivo, por ódio patológico a Bolsonaro. 
Eles estão loucos para acreditar num aceno ao centro de Lula, por uma “promessa” de maior moderação. 
É como a mulher traída inúmeras vezes que resolve acreditar novamente no malandro, pois agora ele vai tomar juízo…
 
O “mercado” e a mídia estão brincando com fogo, numa aposta extremamente arriscada. Eles podem até sonhar com Meirelles e Arminio, mas poderão acordar presos num pesadelo em que Dirceu e Boulos dão as ordens, e o Brasil se torna cada vez mais rápido uma nova Argentina, quiçá Venezuela
Não há nada escrito nas estrelas que impeça tal cenário em nosso país. O futuro, afinal, é feito de escolhas.

Leia também “Caso de polícia”

Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste


quinta-feira, 21 de abril de 2022

Salve-se quem puder! - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino


O advogado de Daniel Silveira, Dr. Paulo Faria, expôs na cara dos inquisidores a quantidade enorme de ilegalidades no processo contra o deputado.  
Não é preciso ser da área de Direito para compreender o absurdo do julgamento político comandado pela Corte. 
Quem escolhe compactuar com esse tribunal de exceção, só porque odeia o bolsonarismo, está flertando com um regime totalitário como o soviético.
 
Mas foi tudo em vão, como esperado. Os "argumentos" apresentados pelos ministros supremos carecem de embasamento jurídico, e cada fala exalava o forte cheiro de política - ou melhor, politicagem.  
Até o risinho da vice-procuradora, ao mencionar um dos apelidos colocados em Alexandre de Moraes pelo deputado, revela a farsa: a "terrível ameaça" foi recebida com deboche pelo próprio alvo, que sorriu de volta!

Alvo das "ameaças", não custa lembrar, que portanto é vítima, investigador e juiz de si mesmo, tudo acumulado numa única pessoa, o "xerife", segundo um de seus antigos pares, que comanda um "inquérito do fim do mundo", ainda segundo o mesmo ministro agora aposentado. Mas o "xerife" mostrou sua força: como relator do processo, determinou uma pena de quase dez anos de prisão ao deputado, pelo "crime" de opinião!

Alexandre falou muito, criou leis novas de sua cabeça, distorceu outras, só não mostrou um único crime concreto cometido pelo deputado. A lei agora pode retroagir, o flagrante pode ser perpétuo por meio de vídeo, nada mais é garantido.  
Trataram Daniel Silveira como se ele fosse uma espécie de Cesare Battisti, como se comandasse células terroristas clandestinas que, de fato, colocassem em risco a integridade física dos ministros supremos.

Liberdade de expressão tem que ter responsabilidade, sem discurso de ódio ou "ataques" à ordem democrática, disse Alexandre de Moraes, sem apontar onde consta essa definição em nossa Constituição

Resta explicar como defensores da ditadura do proletariado seguem soltos e até mesmo pregando o comunismo no Parlamento...

Moraes ignora questionamentos sobre violação de prerrogativas e OAB entrará no caso 

Rússia diz que tomou Mariupol, mas admite resistência ucraniana em siderúrgica
   
Alexandre de Moraes ficou revoltado com as ofensas do deputado, o seu "discurso de ódio", e por isso lançou mão até de Einstein para chamar Daniel Silveira de "estúpido". A lição do dia foi muito clara: manda quem tem poder, e dane-se a lei. Salve-se quem puder! Pois sem um critério objetivo, estão todos à mercê da subjetividade de poucos ministros, quase todos indicados pela quadrilha petista.

"Calúnia é crime em qualquer lugar do mundo", disse aquele ministro que pretende "empurrar a história" e que se enxerga como o Bem encarnado, a própria voz da democracia.  
Mas para isso há o devido processo legal, e não o arbítrio supremo!  
Sejamos sucintos para resumir o quadro: Daniel pegou pena de quase uma década e está inelegível, enquanto Lula está solto e fazendo campanha, costurando acordos com notórios corruptos nos bastidores. O Brasil acabou.
 
Como tudo pode piorar, a cada voto vinha novo absurdo. Na hora de Dias Toffoli, que celebrou seus quase 13 anos de STF - número sugestivo - vimos o ex-advogado de Dirceu se colocar como o porta-voz da democracia mundial. "Um julgamento muito além de um indivíduo ou um parlamentar", disse Toffoli, o eterno advogado do PT. Ou seja, o homem admite usar o deputado para dar um recado. Não se trata de julgar o caso em si, mas sim a "ameaça à democracia global". 
Quem precisa de uma Constituição Nacional nesse contexto?

Melhor forrar o canil dos cachorros com a Constituição Federal do Brasil, uma vez que o livrinho não serve para absolutamente mais nada, não fornece qualquer critério objetivo para compreender decisões supremas, dos supostos "guardiões da Constituição". Melhor colocar em seu lugar uma folha em branco, que pode ser preenchida de acordo com a vontade desses ministros.Vale notar que a grande esperança era o ministro André Mendonça, aquele "terrivelmente evangélico"

Mas Mendonça, em vez de pedir vistas, atendeu o telefone no meio do seu voto, e votou acompanhando o relator. Mendonça, não custa lembrar, já lançou livro com Alexandre de Moraes em homenagem a Toffoli. 
É o "sistema" contra o povo, companheiro.[Rodrigo!PARABÉNS PELA MATÉRIA. Só não era necessário que xingasse seus leitores, ao nos chamar de companheiros. Encerrastes um artigo magnifico com uma palavra que é a preferida  do maior ladrão do Brasil.] Apague a luz o último que sair...
 
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES 

sábado, 28 de julho de 2018

O crime compensa: livre, Dirceu usufrui de férias

Condenado em segunda instância a 30 anos e 9 meses de cadeia, José Dirceu deveria estar atrás das grades. Mas ele desfruta, veja você, de uma temporada de férias. Graças à generosidade da Segunda Turma do Supremo, que o libertou no mês passado, o ex-chefão da Casa Civil de Lula trocou a hospedaria da Papuda, o presídio de Brasília, pelo conforto da casa de um empresário-companheiro no interior da Bahia. Dirceu passeia, se reúne com políticos locais e até dá entrevistas.

No Brasil, os crimes praticados acima de um certo nível de poder e renda não costumavam ser punidos. A Lava Jato melhorou o que era muito ruim. Mas a situação continua precária. O baixo risco de punição, sobretudo da criminalidade de colarinho branco, funciona como um incentivo à prática generalizada dos crimes do poder.empresário-companheiro

Quem olha para as alianças eleitorais de 2018 percebe que ainda é grande a quantidade de corruptos em plena atividade. Ao libertar Dirceu, que coleciona sentenças no mensalão e no petrolão, a Segunda Turma do Supremo revela que, no Brasil, continua sendo mentirosa a tese segundo a qual o crime não compensa. É que, quando compensa, ele muda de nome. Quando a punição é inexistente ou cenográfica, o nome do crime é  impunidade.

Blog do Josias de Souza
 

 

quarta-feira, 30 de maio de 2018

A prisão da cúpula petista

A coincidência da prisão dos três homens mais importantes do primeiro mandato petista na Presidência dá àquela gestão ares de organização criminosa

Com a volta do deputado cassado José Dirceu à prisão, agora toda a cúpula do primeiro governo de Lula da Silva, exercido de 2003 a 2006, encontra-se na cadeia. Dirceu, Lula e o ex-ministro Antonio Palocci estão condenados por corrupção. Nada há a celebrar nesse desfecho, a não ser o auspicioso fato de que a Justiça, no Brasil, finalmente alcançou gente tão poderosa e com tanta influência política. No mais, é triste que a República tenha sido entregue, por meio de eleições livres, a indivíduos tão acintosamente despreparados para o exercício minimamente ético do poder, gente que agiu à margem da lei de forma sistêmica e profissional, usando como desculpa a fajuta promessa de “justiça social”.

A coincidência chamemos assim da prisão dos três homens mais importantes do primeiro mandato petista na Presidência dá àquela gestão ares de organização criminosa — coisa que, aliás, já havia ficado razoavelmente clara, até para o mais inocente observador, desde que estourou o escândalo do Mensalão, em 2005.
 
Recorde-se que a campanha eleitoral que levou esse pessoal ao poder incluiu ferozes ataques aos políticos governistas de então, comparados, em uma peça publicitária, a ratos que estavam a roer a bandeira do Brasil. A peça, concebida pelo marqueteiro Duda Mendonça, veio acompanhada de um chamamento dramático aos eleitores: “Ou a gente acaba com eles, ou eles acabam com o Brasil. Xô, corrupção. Uma campanha do PT e do povo brasileiro”. Como se sabe, Duda Mendonça confessou mais tarde que o PT pagou por esse e outros serviços com transferências milionárias para contas secretas em paraísos fiscais, coisa típica de quem tem muito a esconder. Era apenas um fiapo do Mensalão, que se revelaria um dos maiores escândalos de corrupção da história só não foi o maior porque, em seguida, viria o Petrolão, que dificilmente será destronado.

O PT nunca admitiu a corrupção de seus próceres. Ao contrário, tratou-os como “guerreiros do povo brasileiro”, como se tudo o que se comprovou a respeito dos crimes por eles cometidos fosse mentira. Segundo os petistas, as evidências colhidas contra Lula, Dirceu, Palocci e tantos outros nada menos que três ex-tesoureiros do partido foram encarcerados integram uma imensa conspiração das elites para impedir que os pobres tenham uma vida decente algo que, conforme o evangelho petista, só é possível com a turma de Lula da Silva no poder.

Se resolvesse seguir à risca seus estatutos, o PT teria de expulsar todos os que foram condenados por receber propinas, casos de Lula da Silva e de seus parceiros. Mas é evidente que essa ameaça não vale o papel em que está escrita. A expulsão está reservada aos que ousam mostrar que o rei Lula está nu, como aconteceu com um dos fundadores do PT, Paulo de Tarso Venceslau, que em 1997 denunciou um esquema de corrupção engendrado por um compadre do demiurgo de Garanhuns em prefeituras administradas por petistas. A Paulo de Tarso foi reservado o estigma dos traidores; já o esquema por ele denunciado revelou-se um aperitivo do que viria a ser o Petrolão.

Do PT não é possível esperar regeneração. Enquanto estiver sob o domínio de Lula da Silva e nada parece capaz de diminuir esse domínio, nem mesmo sua condição de presidiário , o partido será a expressão do cinismo dos que se dizem campeões da “ética na política”, mas exercem o poder como se nenhum limite moral lhes dissesse respeito, ademais de se considerarem proprietários do governo, e não inquilinos temporários. É isso o que explica por que razão Lula da Silva, José Dirceu e Antonio Palocci, esteios do primeiro governo petista, estão presos.

Em um país civilizado, não se admite que um grupo político com esse comportamento tão explicitamente criminoso, que fez da corrupção um método de governo, com o objetivo de permanecer para sempre no poder, escape impune. Ainda há um longo caminho a percorrer para que a influência deletéria dessa turma seja inteiramente neutralizada, mas a prisão da poderosa troica petista é um excelente começo.

Editorial - O Estado de S. Paulo

 

 

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

A relação entre Olavo de Carvalho e Jair Bolsonaro

Hoje tentarei explicar a relação pública entre Olavo de Carvalho e Jair Bolsonaro, com dados disponíveis que foram coletados na internet e outros que eu guardo na minha memória. A análise do ‘Fenômeno Bolsonaro’ como ‘efeito colateral’ do trabalho do professor Olavo fica para a próxima, porque é mais complexo.

Acredito que a maioria aqui sabe da relação pública entre o professor Olavo de Carvalho e a família Bolsonaro — com o Jair Messias Bolsonaro, principalmente. É coisa de anos:
– No dia 12 de julho de 2012, Flávio Bolsonaro foi à Virgínia-EUA entregar ao Olavo a medalha Tiradentes;
– No dia 13 de fevereiro de 2014, eu ajudei a organizar um hangout que foi um crossover daqueles: Flávio, Carlos e Jair Bolsonaro juntos com Olavo de Carvalho, conversando ao vivo no YouTube sobre a situação política e sobre manifestações no Brasil;
– No dia 2 de abril de 2015, Jair Bolsonaro e Olavo estavam em um hangout falando sobre comunismo;
– No dia 26 de julho de 2015, Eduardo, Flávio e Jair Bolsonaro estavam juntos com Olavo outra vez em um hangout sobre as manifestações;
– No dia 25 de maio de 2015, Eduardo Bolsonaro citou o Olavo em plenário da câmara como fonte de estudos sobre comunismo;
– No dia 14 de janeiro de 2017, Eduardo Bolsonaro estava nos EUA e aproveitou para visitar Olavo em sua casa;
– Em artigo do dia 10 de junho de 2017, na Folha de São Paulo, Jair Bolsonaro admitiu que Olavo é uma das influências que faz a sua cabeça.

Qualquer outro tipo de interação pública entre a família Bolsonaro e Olavo de Carvalho se deu de forma indireta, por meio de citações e reproduções de conteúdos uns dos outros em sites, blogs e redes sociais. Olavo também defendeu Bolsonaro em praticamente todas as polêmicas em que o deputado se envolveu, dedicando postagens no Facebook e artigos em colunas de jornais quando notou que Jair Bolsonaro estava sendo injustiçado. Olavo comprou briga com várias pessoas, algumas até consideradas amigas pelo professor — o que gerou comentários em vários portais de notícias.

Olavo demoliu os argumentos de Leandro Narloch, Reinaldo Azevedo, Marco Antonio Villa, Rodrigo Constantino, Leandro Karnal, entre outros, sobre questões como a imigração, o episódio Maria do Rosário, o caso Brilhante Ustra, e, recentemente, sem citar nomes, Olavo destruiu muitos dos ataques dos liberais que querem inviabilizar no berço a candidatura do Bolsonaro.

Olavo de Carvalho já declarou que, até o presente momento, seu voto em 2018 é do Jair Messias Bolsonaro, e que está disponível para conversar — se os Bolsonaros assim quiserem. Olavo nunca negou atenção a quem o procurasse com humildade para conversar, aprender, receber orientações e tirar dúvidas. Se tiver sorte, você pode até mesmo dar uns tiros com os rifles do professor na floresta atrás da casa dele. Quem viu o Filme ‘O Jardim das Aflições’ teve um breve vislumbre de como seria. E Bolsonaro sempre tratou Olavo com o devido respeito, reconhecendo a grandeza do professor.

Exclusivamente sobre a questão de sua pré-campanha às eleições de 2018, Bolsonaro ainda não foi procurar oficialmente e publicamente o professor Olavo para receber qualquer tipo de orientação. Quem é aluno do COF sabe que, se tivesse sendo orientado pessoalmente desde já pelo Olavo, Bolsonaro já teria triplicado seu número de eleitores declarados e não teria cometido alguns erros que vem cometendo recentemente. Olavo já teria feito com que Bolsonaro se desvencilhasse de maneira efetiva dos ataques que eu descrevi em meu artigo “Metem Medo”, que foi parar no Mídia sem Máscara. O episódio da ovada foi emblemático para atestar que Bolsonaro precisa mudar urgentemente sua postura diante de alguns fatos.

Segundo Jefrey Nyquist, nenhum americano tem o real conhecimento da situação geo-política como tem o professor Olavo de Carvalho. Habilidade sui generis que classificaria o professor até mesmo como apto a orientar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no combate aos globalistas. Olavo já vem dando conselhos de forma gratuita em seu perfil do Facebook, e a insistência de Trump em ignorar as orientações que chegam de todos os lados sobre limpar a casa antes de arrumar os móveis culminou nos recentes protestos entre grupos raciais nos EUA.

Olavo de Carvalho, escondido no interior da Virgínia, no meio da floresta, é como o mestre daquelas histórias presentes em filmes e romances da literatura, que narram a jornada de homens que precisam percorrer longas distâncias e escalar montanhas para se consultar com os sábios. A diferença é que hoje as coisas são mais fáceis, pois temos telefone, internet e aviões que encurtam qualquer distância, ainda mais para um deputado com um ótimo salário e verbas de gabinete disponíveis — como é o caso do Bolsonaro.
Entre Bolsonaro e Olavo conseguimos enxergar que existe estima e respeito mútuos. São dois grandes homens. Cada um deles é o melhor de sua respectiva área.

Olavo não precisa ficar implorando atenção de qualquer pessoa que seja para que escutem o que ele diz. Olavo é um filósofo e um intelectual. Ele simplesmente fala o que quer falar, o que tem para falar, e na hora que quiser falar. Não cobrem do Olavo que ele procure Bolsonaro. Vocês podem e devem cobrar é do Bolsonaro que ele se oriente com o Olavo, se querem que Jair melhore sua postura. É isso que eu venho tentando fazer aqui, como eleitor e cidadão brasileiro.

Não pensem que Olavo de Carvalho tem pretensão de ser para Jair Messias Bolsonaro uma espécie do que foi Saul Alinsky para Barack Obama, ou que Olavo vai ficar o dia inteiro no ouvido do Bolsonaro ditando como ele deve proceder. O professor já disse que não quer ser comparado àquilo que Harry Redner chamou de ‘mestre maligno’, que são pessoas que se acham os guias e profetas da humanidade. Olavo explica isso na aula 150 do COF.

Olavo já cansou de dizer que não quer cargos no governo, não quer ser ministro, que ele não tem plano de governo, que não tem um projeto de sociedade, que não tem script de um mundo melhor. Eu expliquei no post com a foto do Eric Voegelin que isso é ter fé metastática e querer Imanentizar o eschaton. A única coisa que Olavo disse que vai pedir ao Bolsonaro, caso ele seja eleito, é um item muito simples, que beneficiaria muito mais o povo brasileiro do que o próprio Olavo: que Bolsonaro libere os direitos de publicação das obras do Mário Ferreira dos Santos.

Se você acha que Olavo tem algum interesse escuso, como ganhar dinheiro ou algum cargo, você não o conhece, e pode ser que esteja projetando nele os seus próprios desejos. Não comparem também alguns eventuais CONSELHOS que Olavo pode vir a dar ao Bolsonaro com o caso do Lula recebendo ORDENS de Fidel Castro, do Dirceu, do Genoíno ou algum outro agente do serviço secreto cubano, porque seria uma ofensa ao Olavo e ao Bolsonaro — e das graves.

Alguém aí pode estar pensando no papel de “consigliere”, que ficou famoso no filme “O Poderoso Chefão”. Mas a comparação só tem em comum poucas características, como o fato do consiglieri ser um amigo confiável, desprovido de ambição e que distribui seus conselhos de forma desinteressada. Em todo o resto, Olavo em nada se compara com um membro da Máfia. Já que, na máfia, o consigliere é o terceiro na hierarquia, representa oficialmente o chefe e o subchefe em reuniões, além de ser um criminoso também, é óbvio.

Quem enxerga Olavo como uma pessoa em qualquer lugar que não seja o topo da pirâmide sofre de falta de Senso de Hierarquia, que é a capacidade de saber classificar, organizar e separar as pessoas (e a si mesmo) de acordo com seus respectivos papéis e posições nos arranjos da sociedades e organizações.

Quem faz confusões sobre os papéis de Olavo e Bolsonaro no quadro geral também precisar ler a ‘República’, de Platão, se inscrever no COF e conhecer a Teoria das Castas do professor Olavo de Carvalho, que em nada tem a ver com a visão marxista de classes sociais.  Olavo resume sua teoria da seguinte forma: “Em toda sociedade existem quatro castas, das quais a primeira se incumbe do guiamento espiritual, moral e intelectual, a segunda do poder político e militar, a terceira da organização da atividade econômica, (e) a quarta dos trabalhos auxiliares e braçais”.
Se querem entender melhor essa tese, se inscrevam no Seminário de Filosofia.
Cabe a nós, no papel de eleitores e cidadãos, fazermos a nossa parte.

Pedro Henrique Medeiros é aluno de Olavo de Carvalho no Seminário de Filosofia.

Os militontos petistas também fizeram uma vaquinha para ajudar o Dirceu e enquanto eles juntavam moedas Dirceu recebeu de suborno de quase R$ 30 MI

Amigos cobram R$ 300 em jantar para pagar defesa de Agnelo Queiroz

Ex-governador de Brasília é acusado de desvio de recursos nas obras do Mané Garrincha

Amigos do ex-governador de Brasília Agnelo Queiroz (PT) estão organizando um jantar para arrecadar dinheiro para pagar um advogado de defesa para o político. Agnelo teve os bens bloqueados no processo em que é investigado, junto com outras 20 pessoas por suspeita de envolvimento em desvios de recursos na construção do Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O ex-governador está solto desde maio, após ter um habeas corpus aceito pela Justiça. Segundo a investigação, ele teria recebido propina durante a execução da obra do estádio, o mais caro da Copa de 2014, com custo superior a R$ 1,5 bilhão. De acordo com a organização do evento, a lista conta com 200 amigos de Agnelo, que pagarão R$ 300 pelo evento .[entre as proezas de Agnelo,  ele tem um amigo que lhe  vendeu por R$500.000,00, em parcelas mensais, uma mansão com valor de R$ 5.000.000,00]
 Segundo Thamar de Castro, de 54 anos, amiga do ex-governador há 40 anos, o planejamento do jantar surgiu como uma forma de retribuir Agnelo e sua família. — A gente juntou um grupo de amigos para um evento fechado para levantar um dinheiro. Parte do dinheiro arrecadado pagará o jantar e a outra parte irá diretamente para o pagamento do advogado. O Agnelo estará no jantar com a esposa. Será a primeira vez que vamos vê-lo em muito tempo. Ele está com dificuldade de pagar. Eles são uma família muito solidária. São pessoas que, se seu filho adoece e você precisa de ajuda, vão até sua casa durante a noite para ajudar. Vamos retribuir o que eles sempre fizeram a todos nós — contou.

Thamar não revelou o valor que o grupo precisa arrecadar para o pagamento integral da defesa do ex-governador. Ainda segundo ela, um controle dos convidados será feito para evitar que pessoas de fora estejam no evento.  — Tem um controle rigoroso para não acontecer de ter pessoas de fora. Alguns amigos que não estavam na lista e ficaram sabendo ligaram e explicamos que o lugar não comporta todos, mas que poderiam fazer a doação caso desejassem. O dinheiro irá para uma conta em nome do advogado e está tudo dentro da legalidade. É um ato de solidariedade. Ele está sendo acusado e não está condenado. É nosso amigo e estamos ajudando ele.


A amiga do ex-governador disse que Agnelo não ficou surpreso com o ato, mas que aceitou a ajuda. Ainda segundo ela, o grupo chegou a considerar fazer apenas as doações, mas mudou de ideia. — Ele não ficou surpreso porque sabe os amigos que tem. Ele ficou feliz. O dono do restaurante onde faremos o jantar foi uma das pessoas que teve a ideia. O evento é uma forma de mostrar que é preciso ter solidariedade. É muito ruim você deixar de fazer essas coisas. Ele é nosso amigo — falou.

Fonte: O Globo
 

domingo, 9 de julho de 2017

Dirceu volta a operar nas sombras

Enquanto não retorna ao cárcere, o petista age nos bastidores: recebe companheiros em casa, influi nas decisões do PT, insufla a militância e mantém conversas de coxia até com o ex-presidente Lula

 ELE NÃO SE EMENDA Numa das reuniões, Dirceu orientou os petistas a escolherem a senadora Gleisi Hoffmann para presidir o partido (Crédito: Divulgação)

Desde que deixou a prisão, em maio deste ano, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu tem evitado os  holofotes. Não aparece em público nem mesmo para receber as loas dos companheiros de outrora, como ocorreu na última convenção do Partido dos Trabalhadores (PT), quando a senadora Gleisi Hoffmann foi alçada ao posto máximo da legenda. A alegação oficial é de que o petista tem aproveitado o tempo fora do cárcere – exíguo, já que ele pode regressar à cadeia qualquer momento, basta que a segunda instância ratifique decisão do juiz Sergio Moro – para ficar em casa e desfrutar dos momentos com a família. Conversa fiada. Dirceu tem agido nas sombras. Mal completou dois meses de liberdade e o ex-capitão do time de Lula parece ter readquirido ritmo de jogo.
 
O entra e sai de militantes e políticos em sua residência em Brasília é frenético. Como bom anfitrião, o petista tem recepcionado integrantes da bancada do partido para discorrer sobre política e até definir estratégias de ação. Na entrada, oferece café. Às vezes, bolo. Os últimos passos do PT foram traçados com a anuência dele. Foi numa reunião realizada em torno de uma mesa quadrada de madeira que Dirceu deu aval, por exemplo, à ascensão de Gleisi à presidência do partido, em detrimento de Lindbergh Farias (PT-RJ), descrito pelo ex-ministro como “muito instável”. “Gleisi é mais orgânica e focada”, teria dito Dirceu, segundo pessoas que estiveram com ele recentemente. Os encontros, em geral, ocorrem às escondidas, na calada da noite, longe das lentes e radares da mídia e até da vizinhança no Lago Sul, setor residencial nobre de Brasília. Conforme apurou ISTOÉ, nos últimos dias, Dirceu manteve uma longa conversa com o seu interlocutor mais ilustre, o ex-presidente Lula. O canal estabelecido por eles, porém, não foi revelado.
 
AS DIGITAIS
Monitorado com a ajuda de uma tornozeleira eletrônica, Dirceu se reúne pelo menos uma vez por semana com a cúpula do PT que ele ajudou a eleger. O senador Paulo Rocha (PA) reconheceu que o petista contribui para as decisões do partido. “Mas de forma discreta”, afirmou Rocha. Um assessor da liderança do partido no Senado afirmou à ISTOÉ que José Dirceu ainda possui uma carteira de conhecimento que transcende as alas do PT. 

Até pelo Ministério Público Federal ele ainda transita com desenvoltura. Mas, óbvio, seus movimentos são meticulosamente calculados. “Ele teme que uma ação ou declaração desastrada possa desagradar ao presidente Lula ou ao MPF (Ministério Público Federal)”, explica o assessor.  As digitais do ex-ministro são identificadas no posicionamento das bancadas do PT na Câmara e no Senado. Seguindo a velha cartilha revolucionária imposta pelo ex-detento, os parlamentares da sigla têm cumprido à risca as determinações do Zé, como é conhecido internamente. Quais sejam: de promover baderna nas ruas e tumulto nas sessões do Congresso, a fim por em prática a surrada estratégia do “quanto pior, melhor”. Melhor para o PT. Na avaliação de Dirceu, para que a esquerda tenha condições de regressar em 2018, Temer precisa sangrar até o final. Mesmo que isso atrase ainda mais a recuperação econômica do Brasil – que o petista afirma defender. 

Recentemente, por intermédio de um emissário, Dirceu enviou um recado à militância. A
mensagem foi gravada: “Precisamos ocupar as ruas desse País. Precisamos reconquistar aquilo que ganhamos quatro vezes, que é o governo do Brasil”, disse ele, em mensagem gravada e replicada nas redes sociais. Poucos dias depois de ter sido solto, o ex-ministro recebeu um grupo de 30 amigos em sua casa no Lago Sul, região onde se concentram as residências dos presidentes da Câmara e do Senado, além de embaixadas. Os companheiros lhe proporcionaram um suculento churrasco.

“TRAIÇÃO”
Apesar do clima de aparente fidelidade, nem tudo são flores na relação de Dirceu com o PT. Em conversas com interlocutores, o ex-presidente da legenda desfiou um rosário de críticas a determinadas figuras do petismo, a quem acusou de traição. A amigos de longa data chegou a dizer que seu infortúnio foi efusivamente comemorado por uma corrente interna do PT, interessada em vê-lo pelas costas. “Todo mundo sabe que ele seria o próximo presidente do País se não tivesse sido tragado pelo mensalão. E isso desagradava a algumas pessoas dentro do PT”, vaticinou um servidor da liderança do partido na Câmara Legislativa do Distrito Federal, com quem Dirceu costuma se reunir.


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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Ministro do STF nega habeas corpus e mantém Dirceu preso - Zé Dirceu é tão mala que enquanto a militância petista fazia vaquinha para ele, se deu ao luxo de faturar 29 MI de propina no PETROLÃO - PT

Teori nega habeas corpus e mantém Dirceu preso em Curitiba

Magistrado afirmou que pedido deverá ser analisado diretamente no plenário do tribunal

[não tem o menor sentido soltar o 'guerrilheiro de festim' - o cara é tão 'cara de pau' que enquanto respondia processo por roubo (MENSALÃO - PT) continuava roubando no PETROLÃO - PT.
E fez toda os militantes petistas de otários -  aliás, para ser petista tem que ser otário - enquanto a militância vendia o que tinha para fazer vaquinha para pagar multa do Dirceu, ele ganhou 'apenas' R$29.000.000,00 de propina no Petrolão.]

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido de liberdade do ex-ministro José Dirceu, que segue preso na cadeia em Curitiba.
 
Ao negar o habeas corpus, o magistrado afirmou que o pedido deverá ser analisado diretamente no plenário do tribunal. Ainda não há data para os ministros da Suprema Corte julgarem o caso.

O petista está preso preventivamente desde agosto do ano passado por suspeita de envolvimento na Lava Jato. Segundo o G1, no habeas corpus, a defesa de Dirceu alegava que a prisão não era mais necessária pela "ausência de risco" de cometimento de novos crimes.

As informações são do portal de notícias G1.


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

As 149 páginas que o Brasil não leu



Lula era ou não o comandante da Lava Jato? Perdoe o spoiler: ao ler a denúncia, você vai concluir que era
Este Brasil lindo e trigueiro, malandro e brejeiro, se fixou no PowerPoint. Tudo bem. A Olimpíada acabou, o pessoal precisa se divertir com alguma coisa. Mas, sem querer ofender ninguém, fica a sugestão: Brasil, leia a denúncia do Ministério Público Federal contra Lula. Não, não estamos falando de reportagem, nem de comentário, nem de flash na TV, no rádio ou na internet. Leia a denúncia assinada por 13 procuradores da República. São 149 páginas. Não dói tanto assim. Até diverte.

Ao final, você poderá tirar sua própria conclusão sobre a polêmica do momento: Lula era ou não era o comandante máximo do esquema da Lava-Jato? Perdoe o spoiler: você vai concluir que era. E que PowerPoint não é nada.  De saída, uma ressalva: a referida denúncia, apesar de sua extensão que dá uma preguiça danada neste Brasil brasileiro, é só o começo. As obras completas do filho do Brasil demandarão muito mais páginas – se é que um dia chegarão a ser publicadas na íntegra. De qualquer forma, ao final dessas primeiras 149, você não terá mais dúvidas sobre quem é Luiz Inácio da Silva e sobre quem é o Brasil delinquente que o impeachment barrou.

Os procuradores seguiram um caminho simples: o do dinheiro. A literatura da Lava Jato é tão vasta que a plateia se perde no emaranhado de delações, na aritmética dos laranjas e na geometria das trampolinagens. Aqui, a festa na floresta está organizada basicamente em três eixos: a ligação direta e comprovada de Lula com os diretores corruptos da Petrobras, incluindo a nomeação deles e sua manutenção no cargo para continuarem roubando; a ligação pessoal e comprovada de Lula com expoentes do clube das empreiteiras, organizado para assaltar a Petrobras; e a ligação orgânica e comprovada de Lula com os prepostos petistas e seus esquemas de prospecção de propinas.

José Dirceu, João Vaccari Neto e Silvinho Pereira são algumas dessas estrelas escaladas pelo ex-presidente para montar o duto nacionalista que depenou a Petrobras. Interessante notar que, quando Dirceu cai em desgraça por causa do mensalão, o esquema do petrolão continua a todo vapor – e o próprio Dirceu, mesmo proscrito, continua recebendo o produto do roubo. Claro que um ex-ministro sem cargo, investigado e, posteriormente, preso, só poderia atravessar todo esse calvário recebendo propina se continuasse tendo poder no esquema – e só uma pessoa poderia conferir tanto poder a um político defenestrado: o astro-rei do PowerPoint.

A novela da luta cívica de Lula em defesa de “Paulinho” (Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras e um dos mais famosos ladrões do esquema) é comovente. O então presidente da República não mede sacrifícios e atropelos para nomear e manter o gatuno no cargo. Os procuradores não foram genéricos em sua denúncia. Ao contrário, optaram por aproximar o foco de algumas triangulações tão específicas quanto eloquentes.

Uma delas, envolvendo também Renato Duque – colocado pela turma de Lula na Diretoria de Serviços da Petrobras para roubar junto com o Paulinho –, ilumina outro protagonista da trama: Léo Pinheiro, executivo da OAS. Montado o elenco, os procuradores apresentam o eletrizante enredo do caso Conpar. “A expansão de novos e grandiosos projetos de infraestrutura, incluindo a reforma e a construção de refinarias, criou um cenário propício para o desenvolvimento de práticas corruptas”, aponta a denúncia. Ou seja: o governo Lula criou um PACo da corrupção. O ladrão fez a ocasião.  

E entre as ocasiões mais apetitosas estava uma obra de R$ 1,3 bilhão na Refinaria Getúlio Vargas (Repar), que acabou custando R$ 2,3 bilhões. A OAS integrava o consórcio Conpar, que graças ao prestígio de Léo Pinheiro, amigo do rei, arrematou o contrato em flagrante “desatendimento da recomendação do departamento jurídico da Petrobras sobre a necessidade de avaliação da área financeira para a contratação do consórcio Conpar, em junho de 2007”.

Como 149 páginas não cabem em uma, fica só o aperitivo para este Brasil brejeiro largar o PowerPoint e conhecer, com seus próprios olhos, a denúncia que Sergio Moro acatou. O caso Conpar, como você já imaginou, termina em Guarujá. No mínimo, você aprenderá como ocultar (mal) um tríplex à beira-mar.

Fonte: Guilherme Fiuza – Revista Época