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quarta-feira, 3 de março de 2021

Praga petista mais praga chinesa: não tem Guedes que faça milagre! - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 4,1% em 2020, sob os efeitos da pandemia de coronavírus. Foi o pior resultado anual desde 1990, ano do confisco da poupança, quando a economia encolheu 4,35%. O balanço das contas nacionais do ano passado foi divulgado nesta quarta-feira (3) pelo IBGE.

Apesar da forte recessão, o número veio melhor que o esperado ao longo de boa parte do ano passado. No pior momento, em julho, consultorias e bancos previam uma queda de 6,5%, segundo a mediana das projeções coletadas pelo Banco Central – e algumas estimativas apontavam para retração de mais de 10% no PIB. As previsões mais recentes eram de queda de 4,22%, segundo a mediana das estimativas divulgada na última segunda-feira (1.º) no boletim Focus, do BC.

O FMI chegou a falar em queda de 10% em 2020 do nosso PIB. Ele fechou com queda de 4,1%. E no último trimestre teve alta de mais de 3% frente ao anterior, mostrando força na margem. Não foi tão terrível como muitos esperavam, mesmo com o "fiquem em casa, economia fica pra depois". Na Europa, as economias caíram bem mais, assim como na Argentina ao lado.

Não obstante, é dureza constatar que o Brasil vem sofrendo faz tempo. Primeiro vem a praga petista, agora a praga chinesa, e o resultado é terrível ao longo dos anos. Com essa formação bruta de capital fixo (vulgo investimento), não tem como crescer de forma sustentável.

Não fosse nosso agronegócio, a situação estaria ainda pior! O campo é o que tem salvado o Brasil, eis a verdade. [por isso ´ é que personalidades tipo Macron, tipo esse esquerdista que preside os Estados Unidos e outros do mesmo naipe, querem reflorestar a Amazônia, internacionalizar,  e tem brasileiros - especialmente os ongueiros vendidos e os especialistas em nada - que ainda apoiam, tão nefastas idéias.] O Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian registrou a maior retração de toda a série histórica do índice, iniciada em 2001. Após encerrar com alta em dois anos consecutivos a atividade do comércio tem queda de 12,2% no acumulado anual de 2020 em comparação a 2019. Nenhum dos segmentos escapou dos números negativos, entretanto, os comerciantes de veículos, motos e peças tiveram a baixa mais acentuada, com -16,2%.

Nada disso é culpa do atual governo. O ministro Paulo Guedes fez o que foi possível diante do quadro pandêmico, e podemos apenas imaginar como estaria a situação se fosse um ministro perdulário, desenvolvimentista. Tudo isso é passado, retrovisor. Agora só nos resta olhar para frente, e acelerar a agenda de reformas para colocar o país nos trilhos. Ou isso, ou o caos. Como o próprio Guedes disse, sem responsabilidade fiscal poderemos ser a Argentina amanhã. Todo cuidado é pouco. E sabemos que a esquerda está sempre à espreita pronta para sabotar o país.

Na entrevista do próprio Paulo Guedes e do presidente da Câmara Arthur Lira nos Pingos nos Is desta terça, fica muito claro o que todos já sabiam: Rodrigo Maia fez de tudo para boicotar o Brasil, a agenda vencedora nas urnas. Foi um sabotador da República. Agora ao menos temos uma chance. Se o "centrão" efetivamente abandonar o viés de esquerda, vale notar. Como Salim Mattar colocou, a turma esquerdista já tenta apelar para o Supremo para obstruir a pauta reformista, como no caso das privatizações: "Novamente a esquerda retrógrada busca refúgio no STF para impedir a tramitação de pautas do governo. Desta vez entrou com ação no STF contra a MP da Eletrobras. Preferem procurar a via judicial abdicando do seu dever de debater e legislar".

A esquerda está desde sempre lutando contra o país, e esse resultado que temos é fruto de sua mentalidade. Bolsonaro venceu para mudar. Até aqui conseguiu mexer em coisas importantes, aprovar uma reforma previdenciária significativa, um marco do saneamento básico relevante, desburocratizar a vida de empreendedores e dar um choque profissional de gestão nas estatais. Mas é preciso mais. Necessitamos da reforma administrativa, da tributária, de privatizações etc. Sendo que ano que vem já é ano de eleição. O Brasil é mestre em perder oportunidades. Espera-se que ainda seja viável avançar com essa agenda liberal. Mas com realismo: não tem Guedes capaz de fazer milagre diante de tanta desgraça!

Rodrigo Constantino, jornalista - Gazeta do Povo

 

quarta-feira, 8 de abril de 2020

O mês em que o Brasil parou – Editorial - O Estado de S. Paulo

Primeiros dados de março já indicam a extensão dos danos econômicos da pandemia


Acuados pela pandemia, milhões de consumidores se isolaram em casa, em março, e um recorde sinistro foi batido no comércio varejista. As vendas caíram 16,2%, no maior tombo registrado em um mês na série histórica da Serasa Experian, iniciada em 2000. “Com as pessoas ficando mais em casa e muitas lojas físicas fechadas, cai automaticamente o consumo, principalmente de itens não essenciais, como veículos e materiais de construção, que apresentaram a maior retração em março”, comentou o economista da Serasa Luiz Rabi. O tamanho dos males causados à economia real pelo surto do novo coronavírus começa a ficar mais claro, agora, com esses e outros poucos números já divulgados. A maior parte da informação publicada nas últimas semanas mostrou principalmente os impactos nas bolsas de valores e nos mercados financeiros e de câmbio. No mundo das coisas tangíveis, de comer, beber e usar, as primeiras contagens mostram grandes danos.

Houve estragos em todos os grandes segmentos do comércio, mas foram menos extensos no varejo de bens essenciais. As vendas caíram 8,1% em supermercados, hipermercados e lojas de alimentos e bebidas. As de combustíveis e lubrificantes diminuíram 5,5%. Em contrapartida, as de veículos, motos e peças despencaram 23,1% e as de material de construção, 21,9%. O mês também foi muito ruim para móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática (-19,3%) e para tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-16,6%).

O governo demorou a reconhecer o novo coronavírus como grande risco para a saúde pública e para a economia. Mas houve medidas para prevenir uma quebradeira de empresas e para proteger o emprego. Empresas comprometeram-se a evitar demissões. Alguns cortes têm ocorrido. Faltam dados para estimar sua extensão, mas a piora das perspectivas já aparece no Indicador Antecedente de Emprego da Fundação Getúlio Vargas.

No mês passado esse índice baixou 9,2 pontos e chegou a 82,6, o menor nível desde junho de 2016, quando atingiu 82,2. Todos os seus componentes caíram e as maiores quedas ocorreram na avaliação da situação presente dos negócios e nas expectativas para os seis meses seguintes. No caso das médias móveis trimestrais houve um recuo de 22,4 pontos em relação ao dado de fevereiro, com interrupção de uma trajetória ascendente. As condições de emprego já eram ruins no começo do ano, com desocupação de 12,3 milhões de pessoas, ou 11,6% da força da população ativa, no trimestre até fevereiro. Havia, no entanto, expectativa de melhora. Com a pandemia, as perspectivas mudaram e um desemprego maior é dado como certo, mesmo com medidas anticrise.

Nos próximos meses, segundo estimativas divulgadas nos últimos dias, a desocupação englobará um contingente adicional entre 2,5 milhões e 5 milhões de pessoas. Qualquer projeção é insegura, no entanto, porque as condições do mercado de trabalho vão depender da curva da epidemia e da duração de medidas como o isolamento social e as limitações ao funcionamento de empresas.

Se as autoridades continuarem seguindo as instruções da Organização Mundial da Saúde (OMS), as limitações à movimentação de pessoas serão relaxadas com muita cautela. Especialistas têm falado em restrições significativas até o fim de maio. Se houver pressa no relaxamento das normas, a atividade poderá intensificar-se mais cedo, mas por pouco tempo. Haverá o risco de uma explosão de casos graves e de mortes e de uma duração mais longa, afinal, dos efeitos da pandemia.

Por enquanto, são escassas até as informações sobre os danos econômicos de março. Mas os estragos têm sido certamente consideráveis. No fim da primeira quinzena, as vendas acumuladas no ano pelas montadoras de veículos eram 9% maiores que as de igual período de 2019. No fim de março o total acumulado era 8% menor que o de um ano antes. Não há, no entanto, saída rápida e fácil. Qualquer tentativa de reanimar a economia sacrificando vidas resultará em fracasso econômico, além de configurar, é claro, uma criminosa inconsequência.

 Editorial - O Estado de S. Paulo


domingo, 14 de julho de 2019

Indicadores de inadimplência continuam altos - O Estado de S. Paulo

Opinião - O Estado de S. Paulo

Atrasos refletem, acima de tudo, o grau de dificuldades do País para retomar o ritmo da atividade econômica

Um total de 62,8 milhões de consumidores tinham alguma conta em atraso em maio, segundo a consultoria Serasa Experian. Houve queda de 0,7% em relação a abril, mas o número continua sendo muito elevado, superando em 2,2% o porcentual registrado em maio de 2018. Mais do que sinal de maus costumes, a inadimplência reflete a aguda dificuldade das famílias de quitar dívidas referentes tanto a serviços essenciais — como os prestados por concessionárias de luz e água —, como compromissos com instituições financeiras. Os atrasos refletem, acima de tudo, o grau de dificuldades do País para retomar o ritmo da atividade econômica.

Salvo maio, o número de inadimplentes cresceu sem interrupção nos primeiros meses do ano. Passou de 62,2 milhões em janeiro e fevereiro para 63 milhões em março e 63,2 milhões em abril. A redução dos atrasos em maio, segundo o economista Luiz Rabi, da Serasa, deve-se ao recuo da inflação, dada a “normalização dos preços dos alimentos”, que liberou renda para as famílias. Mas a queda da inadimplência, diz Rabi, “ainda não sinaliza tendência, uma vez que outras variáveis que também afetam a inadimplência, como o desemprego, ainda estão em patamares elevados”.

Entre maio de 2018 e maio de 2019, cresceram os atrasos de pagamento em contas de eletricidade, água e gás. São dívidas em que o custo do atraso é pequeno comparativamente ao das dívidas com bancos e em que os serviços só são cortados após três meses de inadimplência. Mas os maiores atrasos estão em bancos e cartões de crédito. A distribuição da inadimplência mostra que jovens residentes na periferia, que têm peso de 16,8% na população, representam 32% dos endividados em atraso.

No plano geográfico, os porcentuais mais altos de inadimplência estão em Roraima, Amapá, Amazonas e Acre. Os menores estão em Santa Catarina, Paraíba, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia e Piauí, mesclando, portanto, áreas mais e menos desenvolvidas. Em São Paulo, os atrasos de 42,1% da população adulta superam a média do País (40,1%). O esforço de acertar contas é visível nos saques das cadernetas e na tomada de linhas de crédito mais baratas para quitar as mais caras. Um ajuste maior poderia ser obtido após a liberação de recursos como os do FGTS e do PIS-Pasep, como fez o governo Temer.


O Estado de S. Paulo - Editorial 

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Dilma, a incrível, consegue mais um recorde negativo



 Vendas no Dia das Mães caem pela 1ª vez em 13 anos, aponta Serasa Experian
Indicador que mediu as vendas na data comemorativa de 2015 revelou que de 04 a 10 de maio houve queda de 2,6% nas vendas em relação ao mesmo período do ano anterior

As vendas para o Dia das Mães caíram pela primeira vez em 13 anos e o comércio registrou o pior resultado para o período desde 2003. O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, que mediu as vendas na data comemorativa de 2015, revelou que de 04 a 10 de maio houve queda de 2,6% nas vendas em relação ao mesmo período do ano anterior (05 a 11 de maio). Os economistas da instituição apontam o orçamento apertado das consumidores com a alta da inflação, o custo elevado do crédito e a queda nos níveis de confiança como fatores que pesaram para o resultado.

Esta é a primeira queda desde o início da série histórica, em 2003. "No final de semana do Dia das Mães (08 a 10 de maio), as vendas caíram 3,9% em todo o País na comparação com o final de semana equivalente do ano anterior (09 a 11 de maio)", diz a Serasa, em nota.

Na cidade de São Paulo, a queda nas vendas durante a semana do Dia das Mães foi de 4,9% ante a mesma semana do ano passado. No final de semana da data, a retração foi de 6,0% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Fonte: IstoÉ OnLine