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quarta-feira, 8 de abril de 2020

O mês em que o Brasil parou – Editorial - O Estado de S. Paulo

Primeiros dados de março já indicam a extensão dos danos econômicos da pandemia


Acuados pela pandemia, milhões de consumidores se isolaram em casa, em março, e um recorde sinistro foi batido no comércio varejista. As vendas caíram 16,2%, no maior tombo registrado em um mês na série histórica da Serasa Experian, iniciada em 2000. “Com as pessoas ficando mais em casa e muitas lojas físicas fechadas, cai automaticamente o consumo, principalmente de itens não essenciais, como veículos e materiais de construção, que apresentaram a maior retração em março”, comentou o economista da Serasa Luiz Rabi. O tamanho dos males causados à economia real pelo surto do novo coronavírus começa a ficar mais claro, agora, com esses e outros poucos números já divulgados. A maior parte da informação publicada nas últimas semanas mostrou principalmente os impactos nas bolsas de valores e nos mercados financeiros e de câmbio. No mundo das coisas tangíveis, de comer, beber e usar, as primeiras contagens mostram grandes danos.

Houve estragos em todos os grandes segmentos do comércio, mas foram menos extensos no varejo de bens essenciais. As vendas caíram 8,1% em supermercados, hipermercados e lojas de alimentos e bebidas. As de combustíveis e lubrificantes diminuíram 5,5%. Em contrapartida, as de veículos, motos e peças despencaram 23,1% e as de material de construção, 21,9%. O mês também foi muito ruim para móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática (-19,3%) e para tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-16,6%).

O governo demorou a reconhecer o novo coronavírus como grande risco para a saúde pública e para a economia. Mas houve medidas para prevenir uma quebradeira de empresas e para proteger o emprego. Empresas comprometeram-se a evitar demissões. Alguns cortes têm ocorrido. Faltam dados para estimar sua extensão, mas a piora das perspectivas já aparece no Indicador Antecedente de Emprego da Fundação Getúlio Vargas.

No mês passado esse índice baixou 9,2 pontos e chegou a 82,6, o menor nível desde junho de 2016, quando atingiu 82,2. Todos os seus componentes caíram e as maiores quedas ocorreram na avaliação da situação presente dos negócios e nas expectativas para os seis meses seguintes. No caso das médias móveis trimestrais houve um recuo de 22,4 pontos em relação ao dado de fevereiro, com interrupção de uma trajetória ascendente. As condições de emprego já eram ruins no começo do ano, com desocupação de 12,3 milhões de pessoas, ou 11,6% da força da população ativa, no trimestre até fevereiro. Havia, no entanto, expectativa de melhora. Com a pandemia, as perspectivas mudaram e um desemprego maior é dado como certo, mesmo com medidas anticrise.

Nos próximos meses, segundo estimativas divulgadas nos últimos dias, a desocupação englobará um contingente adicional entre 2,5 milhões e 5 milhões de pessoas. Qualquer projeção é insegura, no entanto, porque as condições do mercado de trabalho vão depender da curva da epidemia e da duração de medidas como o isolamento social e as limitações ao funcionamento de empresas.

Se as autoridades continuarem seguindo as instruções da Organização Mundial da Saúde (OMS), as limitações à movimentação de pessoas serão relaxadas com muita cautela. Especialistas têm falado em restrições significativas até o fim de maio. Se houver pressa no relaxamento das normas, a atividade poderá intensificar-se mais cedo, mas por pouco tempo. Haverá o risco de uma explosão de casos graves e de mortes e de uma duração mais longa, afinal, dos efeitos da pandemia.

Por enquanto, são escassas até as informações sobre os danos econômicos de março. Mas os estragos têm sido certamente consideráveis. No fim da primeira quinzena, as vendas acumuladas no ano pelas montadoras de veículos eram 9% maiores que as de igual período de 2019. No fim de março o total acumulado era 8% menor que o de um ano antes. Não há, no entanto, saída rápida e fácil. Qualquer tentativa de reanimar a economia sacrificando vidas resultará em fracasso econômico, além de configurar, é claro, uma criminosa inconsequência.

 Editorial - O Estado de S. Paulo


quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Filho de Lula, Lulinha, recebeu dinheiro de escritório investigado na Zelotes - TAL PAI, TAL FILHO



[o Lulinha do título é só para deixar o Lula PT da vida – ele detesta que chamem seus filhos de Lulinha. 
Embora o apelido, pertença por direito, ao Fábio Luiz da Silva, o Lulinha, o fenomenal – nas palavras do próprio Lula – que conseguiu a proeza de passar de um salário de R$600,00, quando era monitor do Jardim Zoológico de São Paulo, em 2003, ano em que o pai iniciou o primeiro mandato como presidente da República, para proprietário de um patrimônio superior a R$1.000.000.000,00.

 O outro Lulinha, Luiz Cláudio, é o  filho mais novo do Lula e tentou manter na marra a posse de um passaporte diplomático, que a muito custo foi cancelado pelo Itamaraty devido pressões do MPDFT.] especialista em ficar multimilionário.]

Consultoria suspeita de atuar em prol de MP que favoreceu montadoras pagou 2,4 milhões de reais a empresa de Luís Cláudio Lula da Silva

Uma empresa de Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, recebeu pagamentos de uma das consultorias suspeitas de atuar pela Medida Provisória 471, que prorrogou benefícios fiscais de montadoras de veículos. A Marcondes & Mautoni Empreendimentos fez repasses à LFT Marketing Esportivo, aberta em março de 2011 por Luís Cláudio. Os valores alcançam 2,4 milhões de reais e foram transferidos em parcelas de 400.000 reais. Naquele mesmo ano, a medida provisória começou a vigorar.

Luís Cláudio confirma os pagamentos. Ele informou, por meio de seus advogados, em nota, que a LFT prestou serviços à Marcondes & Mautoni na área de "marketing esportivo", mas não os especificou. "O referido valor foi devidamente contabilizado e declarado", disse. O empresário argumenta que seu ramo de trabalho "sempre foi o esporte, exclusivamente na esfera privada". Luís Cláudio afirma que sua empresa realizou "projetos" para a Marcondes & Mautoni, "sempre na sua área de atuação".

Aberta em agosto de 1998, a Marcondes & Mautoni atua como representante de montadoras em entidades do setor, como a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea) e o Sindicato Nacional da Indústria de Veículos (Sinfavea). Nos registros da Receita Federal, não há nenhuma referência ao esporte entre as atividades econômicas da empresa.

O dono do escritório, Mauro Marcondes Machado, atua há décadas como representante de montadoras nas entidades do segmento automotivo. "Há quase quarenta anos ele é vice-presidente e tem cargos dentro da Anfavea. É uma pessoa que tem profundo conhecimento do setor", justificou o presidente da MMC Automotores, representante da Mitsubishi, Robert Rittscher, em depoimento à CPI do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) no Senado.

Os repasses para a empresa de Luís Cláudio foram identificados em investigação sobre transações financeiras da Marcondes & Mautoni. A empresa está na mira da Operação Zelotes, que apura esquema de corrupção no Carf, realizada conjuntamente pela Polícia Federal, Receita Federal, Ministério Público Federal e Corregedoria do Ministério da Fazenda. Ela é suspeita de ter operado para reduzir, irregularmente, uma multa aplicada pelo "tribunal da Receita" à MMC Automotores.

Procurada, a Marcondes & Mautoni informou jamais ter feito "qualquer repasse a qualquer empresa ou pessoa". Em nota, sustentou que "jamais houve qualquer gestão de quem quer que seja em nome da M&M, ou a seu pedido, ou para qualquer de seus clientes, no ambiente de governo, sendo um despautério qualquer ilação em sentido contrário". E afirmou que faz "todos os seus negócios sempre com observância à legislação".  

A empresa não deu explicações sobre serviços prestados à empresa de Luís Cláudio.


Fonte: Revista Veja