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quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Paulo Guedes mostrou a faca

O ‘Posto Ipiranga’ disse aos empresários que o Brasil ‘virou um paraíso de burocratas e piratas privados’

Falando a uma plateia de empresários na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, fez o principal pronunciamento político do novo governo: “O Brasil, um país rico, virou um paraíso de burocratas e piratas privados”. Na mesma ocasião, avisou: “A CUT perde e aqui fica tudo igual? Tem que meter a faca no Sistema S também.”
Falou em corda numa casa de enforcados, pois todas as federações das indústrias são alimentadas pelo ervanário que o Sistema S arrecada mordendo as folhas de pagamento das empresas. Em 2017, foram R$ 16,5 bilhões e, na conta de quem entende, pode-se estimar que o desperdício chegue a 30%, com mordomias, obras suntuosas, contratos de consultorias y otras cositas más. Guedes avisou que, com uma boa conversa, esse seria o tamanho do corte. Sem conversa, prometeu uma facada de 50%. Na plateia, riram e aplaudiram.  
[um detalhe: Antonio José Domingos de Oliveira Santos  'reinou' na presidência da Confederação Nacional do Comércio - 'holding', chamemos assim, de todo o Sistema S vinculado ao comércio por 38 anos e não foi substituído pelo tempo de reinado e sim por estar com apenas 91 anos de idade.
Antonio Oliveira Santos foi o mais longevo ditador brasileiro, quiçá da América Latina
Democracia e alternância no poder são expressões inexistentes no vocabulário do presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Antônio Oliveira Santos. Aos 91 anos de idade, há incríveis 38 anos ele está à frente da entidade que abriga o Sesc e o Senac.]

Por que riram, não se pode saber. Pode ter sido por boa educação, sabedoria, ou ainda porque diante de um ministro que assumirá com plenos poderes, rir é o melhor remédio. Jair Bolsonaro administrará um país cujo PIB per capita cresceu apenas 1,1% nos últimos 20 anos, e Paulo Guedes promete revolucionar sua economia. Pode-se estimar que ele assumirá o “Posto Ipiranga” com poderes prometidos que só o professor Antônio Delfim Netto teve. Sem o cajado do Ato Institucional nº 5, a caneta de Guedes terá menos tinta que a de Delfim. Mesmo assim, o ex-ministro é um bom mestre. Primeiro, vale visitar sua opinião sobre o empresariado nacional.
“Você tem dois grupos de empresários. O primeiro vem ao teu gabinete e pede redução dos impostos, perdão das dívidas e reserva de mercado. Você manda eles lamberem sabão (versão edulcorada), batem os calcanhares, dão meia-volta e vão trabalhar. O segundo bate os calcanhares, vai para a antessala e pede uma nova audiência. No dia de hoje, as chances de êxito deste grupo podem ser estimadas em 60%.” Uma parte do pessoal que riu quando Paulo Guedes prometeu cortar 30% do ervanário do Sistema S está no segundo grupo descrito por Delfim. Eles já viram muitos ministros anunciando reformas liberais ou mudanças na caixa do Sistema S e sabem que isso ficou na parolagem. O último foi Joaquim Levy.
A partir do dia 2, Paulo Guedes terá que lidar com as manhas da turma que dá meia-volta e pede uma nova audiência, a ele ou a algum parlamentar que deverá votar as reformas propostas por Bolsonaro. O projeto da dupla ainda é uma salada de frutas, e parte de suas propostas precisará do Congresso. Se eles aprovarem 75% do que pretendem, ainda assim farão uma revolução no capitalismo brasileiro. Se forem travados, terão que se contentar com uma margem em torno de 25%. Bolsonaro fez uma campanha vitoriosa atacando sufixos como o bolivarianismo, o ativismo e, acima de tudo, o petismo. Daqui a poucas semanas, terá que lidar com os verdadeiros interesses que ora produzem progresso, ora preservam o atraso. Guedes foi bonzinho quando disse que o Brasil “virou um paraíso de burocratas e piratas privados”. Virou?
Na imponente entrada do edifício da Associação Comercial do Rio de Janeiro, há dois grandes bustos. Um é o do Barão de Mauá, o patrono da indústria nacional. Ele faliu. O outro é o do Visconde de Cayru, o primeiro professor de “ciência econômica” do Brasil. Estudou em Coimbra (uma Harvard da época), mas aposentou-se aos 50 anos. Nunca deu uma aula e sua família pediu duas pensões ao Império. Filho de um mestre de obras, nunca produziu um prego.

sábado, 21 de julho de 2018

“Chapinha” tumultua eleição na CNC - Confederação Nacional do Comércio

Processo eleitoral na Confederação Nacional do Comércio é conturbado por uma chapa encabeçada por dois políticos, com apoio de empresários envolvidos na Lava Jato

A mistura de política partidária com sindicalismo sempre produziu resultados nefastos na história do Brasil. E é que o está acontecendo na eleição para a renovação da diretoria da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que será realizada em setembro. Apesar da maioria esmagadora das federações filiadas à entidade – 23 das 27 federações – ter decidido apoiar a chapa “Unidos pela CNC”, encabeçada por José Roberto Tadros, presidente da Fecomércio Amazonas, cuja vitória é dada como certa, nos últimos dias um inexpressivo grupo composto pelo senador Adelmir Santana (DEM-DF), da Fecomércio DF, e pelo deputado Laércio Oliveira (SD-SE), da Fecomércio de Sergipe, inscreveram na disputa uma chapa de oposição. Essa chapa, que está sendo chamada de “chapinha”, conta com a participação de pessoas de pouca expressão e é apoiada por empresários envolvidos na Lava Jato.

Tapetão
Reconhecendo a derrota antecipada, esse grupo minoritário, segundo a equipe de Tadros, vem tumultuando o processo eleitoral, na tentativa de levar a disputa para o famigerado “tapetão”. “Como já perderam de goleada, os dois estão tentando melar o pleito”, diz um dirigente ligado a Tadros. A chapa “Unidos pela CNC” tem apoio inclusive de Antônio Oliveira Santos, que depois de quase três décadas comandando a entidade, resolveu se afastar, encerrando um ciclo vitorioso à frente da CNC. [Antonio José Domingos de Oliveira Santos, 92 anos, comanda a CNC desde 1980, portanto há 38 anos - praticamente quatro décadas].  No período de Santos, a CNC passou a representar uma categoria que corresponde a 25% do PIB, gerando 25,5 milhões de empregos diretos. Santos dinamizou ainda o Sesc e o Senac, [sistema S] contribuindo para a transformação social do País, o que Tadros pretende ampliar.

“ Temos que evitar que a exacerbação ideológica intoxique o processo eleitoral na CNC “ José Roberto Tadros, presidente da Fecomércio Amazonas

Na campanha sucessória na CNC, Tadros tenta evitar que a “exacerbação ideológica” verificada no processo eleitoral, que escolherá novo presidente da República em outubro, “intoxique a entidade”. Por isso, espera que a CNC livre-se da influência política de “figuras” como Adelmir Santana e Laércio Oliveira. Tadros demonstra que apoiadores dos dois políticos se envolveram com a Lava Jato, como o vice-presidente financeiro da CNC, Luiz Gil Siuffo Pereira, chamado a prestar esclarecimentos ao MP sobre o repasse de R$ 180 milhões do Sesc/Senac Rio para grandes bancas de advocacia, “num esquema montado pelo presidente afastado da Fecomércio RJ, Orlando Diniz”. Tanto Siuffo quanto Diniz têm fortes conexões com a “chapinha”. A filha de Siuffo, Maria Aparecida, integra a chapa da oposição.

O PT é prova viva de que a política partidária acaba, ao fim e ao cabo, destruindo a máquina sindical brasileira. [máquina sindical que se destina unicamente a sustentar sindicato pelegos;
A CNC é um ótimo exemplo da abundância de mordomias a favorecer seus diretores, valendo o mesmo para o SESC/SENAC.
Aliás, apesar de prestar bons serviços aos associados o SESC-DF (comandado por Adelmir Santana) tem apresentado grande queda na qualidade de serviços - sendo um exemplo academias de ginásticas em algumas unidades do SESC no Distrito Federal, que estão com equipamento obsoletos e com muitos quebrados.

Tem um Centro de Atividades do SESC no DF, cuja academia tem dias que dispõe de menos da metade dos equipamentos funcionando - a maioria quebrada, sem manutenção, tipo: de 20 esteiras, 12 estão quebradas.
Bicicletas ergométricas de dez unidades, quatro estão com defeito.]  
A CNC não quer repetir esse filme.

IstoÉ