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segunda-feira, 13 de julho de 2015

Brasil é vice-campeão mundial em assassinato de jovens, aponta Unicef



Os jovens mortos são pobres, moram na periferia das grandes cidades, são homens e negros
[Logo vão estipular cotas para número de não negros que devem ser assassinados.]
Nos últimos 25 anos, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) permitiu diversos avanços na proteção da infância no Brasil, da redução da mortalidade até cinco anos à inclusão de mais crianças na escola. Não conseguiu, no entanto, fazer com que os jovens deixassem de ser o alvo principal das mortes violentas no País - ao contrário. Dados levantados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês) mostram que, entre 1990 e 2013, o número de assassinatos de crianças e adolescentes até 19 anos passou de 5 mil para 10,5 mil por ano - 28 por dia.

Dos adolescentes que morrem por causas externas, 36% são assassinados, mas de sete vezes o índice da população em geral e um número que transforma o Brasil em vice-campeão mundial no assassinato de jovens - perde apenas para a Nigéria.
[o triste campeonato de jovens negros assassinados que a Nigéria detém comprova que ser negro ou não, não influi na escolha das vítimas.] "O Brasil não tem conseguido impedir o alarmante crescimento de assassinatos dos seus adolescentes", diz o relatório do Unicef feito em comemoração aos 25 anos do estatuto, que tem entre suas previsões a garantia à vida. "No entanto, após a aprovação dessa lei, o número de homicídios de brasileiros até 19 anos dobrou."

Os jovens mortos têm cor, gênero, classe social e endereço: são pobres, moram na periferia das grandes cidades, são homens e negros. Ser homem aumenta em 12 vezes a chance de um adolescente ser assassinado. Os negros morrem quase quatro vezes mais do que os brancos.

"Cerca de 42 mil adolescentes brasileiros poderão ser assassinados entre 2013 e 2019 ser as condições atuais do País prevalecerem", diz o relatório.

O Unicef defende que a culpabilização dos adolescentes, verificada nas proposta de redução da maioridade penal aprovada pela Câmara dos Deputados, é um retrocesso que não vai resolver o problema da violência no Brasil, mas, sim, agravá-lo.  "O sistema penitenciário adulto brasileiro é mundialmente conhecido por seus graves problemas", lembra o relatório. "Nesse sistema, os adolescentes estarão expostos às facções do crime organizado e às precárias condições do sistema prisional brasileiro."[os ‘di menor’ defendidos pelo Unicef já são bandidos bem antes dos 16 anos, o que torna recomendável que a redução na próxima etapa passe para os 12 anos e dependendo do crime alcance qualquer idade.]

O relatório elogia a criação os avanços trazidos pelo ECA na punição de jovens infratores dentro de parâmetros adequados à idade. No entanto, lembra que muitas das medidas não funcionam porque até hoje o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) não foi implementado adequadamente, com unidades de internação superlotadas e em condições insalubres, falta de projetos pedagógicos e o uso de internação, que deveria ser uma medida extrema, como padrão. "Em 2012, 30 adolescentes morreram em unidades de internação", informa o estudo, mostrando o que é classificado de "fragilidade da implementação do sistema". [vejam o exagero da maximização dos números tentando favorecer os criminosos ‘di menor’; consideram um absurdo que 30 criminosos com idade inferior a 18 anos tenham morrido em unidades de internação – número bem inferior aos adultos que morrem por mês assassinados pelos ‘di menor’.
DETALHE: a grande maioria dessas mortes teve autoria de outros bandidos de menor idade, colegas e/ou cúmplices,  dos mortos.]

Depois de 25 anos, analisa o Unicef, o ECA permitiu e ajudou o avanço em diversas áreas de proteção da infância. Superou as metas de redução de mortalidade infantil, chegou próximo de assegurar a matrícula de 100% das crianças no ensino fundamental, garantiu a vacinação, o atendimento à saúde, o acesso à alimentação com a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) e programas como o Bolsa Família. [o cinismo do Unicef é tamanho que mistura ‘proteção a infância’ com ‘proteção a bandidos com idade inferior aos 18 anos.] Ainda assim, o sistema de proteção não alcança grupos consideráveis de crianças, especialmente as indígenas, destacadas no relatório como o grupo onde a mortalidade infantil, a desnutrição, a falta de registro e de acesso à escola ainda é muito maior do que o aceitável. [por isso, faz vários anos que parei de contribuir com o Criança Esperança - existem crianças extremamente necessitadas bem mais próximo de onde moramos e que precisam de ajuda - a Unicef além de apoiar menores bandidos tem uma estrutura de arrecadação que os que realmente necessitam, as crianças pobres das nossas cidades não tem.]

Fonte: Agência Estado