O
Estado... Você acredita nele?
Acha mesmo que ele pode ser seu tutor,
seu “pai”, o “pai de todos”? Quantas promessas de salvação, de proteção e
segurança você tem aceitado?
Quanto da sua liberdade lhe retiraram, mas
para “o seu bem”?
Esse Estado fomentador de crescimento e
desenvolvimento, onde e quando ele deu certo?
É incapaz de criar
riquezas, mal serve para distribuir as riquezas que, apesar de todo seu
peso, ainda são criadas. Tem uma obesidade trilionária, que a Lei de
Diretrizes Orçamentárias expõe por completo, quase de forma obscena.
O nome todo é
Fundo Especial de Financiamento de Campanhas, mas pode chamar de
Fundo Eleitoral. Querem R$ 5,7 bilhões para isso no ano que vem, um
aumento de quase três vezes em relação a 2020. [que podem facilmente chegar aos DEZ BILHÕES - confira.]
[Enquanto o 'fundão' cresce, os inimigos da TRANSPARÊNCIA ELEITORAL são contra o 'voto impresso' alegando que custa caro = menos de 20% do fundão.] E nem falamos do
Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, ou
simplesmente Fundo Partidário, de R$ 1 bilhão, pago todo ano, não
falamos do acesso gratuito ou subsidiado à mídia para partidos
políticos... Eles não vivem sem o dinheiro dos outros, sem nosso
dinheiro. Por que não fazem rifas, organizam eventos pagos, cobram
taxas maiores de seus filiados?
Não tenho
notícia de nenhum país que gaste tanto dinheiro público com
campanhas eleitorais.
O Tribunal Superior Eleitoral também leva uma
bolada, mesmo num ano em que não há eleições.
O Judiciário, de
um modo geral, custa caro, muito caro.
Está lá, na LDO, este poder,
que insiste em atropelar os outros dois, Executivo e Legislativo, vai
nos custar no ano que vem R$ 44,2 bilhões. Sim, os atropelos à
Constituição Federal, fatiamento de processo de impeachment,
inquéritos esdrúxulos, censura a veículos de comunicação, a
contas em redes sociais, prisão de jornalista, prisão de deputado
federal, cerceamento ao direito de ir e vir, ao trabalho, tudo isso,
de alguma forma, é o nosso dinheiro que financia.
E o Congresso
Nacional?
Precisamos mesmo de 513 deputados, 81 senadores?
Não dá
para diminuir esses números?
E nossos parlamentares precisariam de
tantos servidores à sua volta, um total de funcionários maior do
que a população da maioria das cidades brasileiras?
Nosso
Legislativo também é gastador... Vai nos levar, em 2022, R$ 12,8
bilhões. E ainda tem as emendas parlamentares, o dinheiro carimbado,
gastos obrigatórios, tudo o que dificulta a melhoria da gestão.
Fazer mais e melhor, gastando menos, é coisa de empresa privada, de
capitalista selvagem... Viva o Estado!
Gostaria muito
de evitar ironias e de vender todas as estatais, bancos públicos e
Petrobras incluídos. Quem gosta de Estado poderia se contentar com o fim
da imunidade tributária dessas empresas. Privatizadas, teriam, todas
elas, de passar a pagar impostos... O processo tem sido lento, mas, pelo
menos, o ingresso de servidores no governo federal tem caído de forma
acentuada. Em 2014, a estocadora de vento contratou 40.717 pessoas. No
segundo ano de Bolsonaro na presidência, o número de contratações caiu
para 6.713. Para evitar o retrocesso, faça o seguinte: elimine nas urnas
os adoradores do Estado. Eles defendem uma grande mentira.
Luís Ernesto Lacombe, colunista - Gazeta do Povo - VOZES