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quarta-feira, 3 de maio de 2023

O Estado e seus amantes - Percival Puggina

         Que muitas pessoas amem o Estado é natural, pois é uma forma de amor próprio. Os mais empolgados encarnam o objeto de seu amor e, amando o Estado, amam a si mesmos. 
Os demais possuídos por essa volúpia pensam que o Estado lhes pertence e o amam como a um bem próprio.  
Os dois grupos, por suas paixões, ferem o funcionamento das instituições.
 
A tragédia central dessa relação não é, de modo algum, o patrimonialismo nem a corrupção, nem a inanição fora do agasalho do Estado
A tragédia central é o controle da manifestação das opiniões, notadamente das opiniões políticas. 
Esse é sonho de consumo de quem, funcionalmente, se confunde e se funde com o Estado. Controlar o que os adversários podem dizer até a extinção total de seu sentido é o mecanismo preferido dos totalitarismos para se eternizarem no poder. Não é à toa que ditadura – usura do poder – rima com censura.
 
As ideias acima são pensamentos da noite de ontem (02/05) enquanto via defensores e opositores se digladiarem em prolongado contraditório. Os que a defendiam, não por acaso alinhados com a esquerda, viviam algo que para eles é o inferno da comunicação: não terem palavra ou chavão que lhes permitam controlar o discurso. 
Afinal, censura é censura e chamar uma lei de censura de “lei da liberdade, transparência e responsabilidade” dá um nó na língua e outro no cérebro. Sua rota de fuga era defender o combate à criminalidade: “Tem gente morrendo por falta dessa lei!”, diziam a todo instante, enquanto as máscaras caíam e eram pisoteadas no tapete do plenário.
 
Combate ao crime? Por parte de quem? Da turma do desencarceramento, do prender não resolve, do helicóptero devolvido ao André do Rap, da impunibilidade do “di menor”, do desarmamento, da liberação das drogas, do “polícia não sobe morro”, dos processos anulados por erro de CEP?  
Desde quando o combate ao crime virou prioridade de Estado num governo de esquerda?  
Quando foi que o topo do poder judiciário pisou no acelerador do combate à criminalidade objetiva com a energia e o dinamismo equivalentes aos usados para pôr tornezeleiras nas tias do zap e aos subjetivos “crimes” de fake news e discursos de ódio?  
Como podem punir o Google por defender editorialmente seus interesses “afetando a independência do Parlamento” e atravessar a rua e ir ao Congresso para ... fazer o quê, mesmo? 
E não perceberam a mesma conduta no governo afetar a independência do Parlamento quando compra votos com emendas para tentar aprovar a Lei da Censura?

O que a sociedade tem visto, com louvores de muitos, sim, é a censura objetiva. Primeiro, já de longa data, como prática de direito uti possidetis esquerdista nos relevantes espaços da Educação e da Cultura, portas cerradas a toda divergência conservadora ou liberal, imediatamente rotulada de fascista e de extrema-direita. Depois, na diversidade de modos e casos testemunhados durante a recente campanha eleitoral.

Ontem, quiseram meus sentidos discernir um grito de independência ecoar no plenário da Câmara dos Deputados. Desconheço sua extensão, mas percebi no bulício do plenário um coro de fundo a entoar “Não passarão!”, palavras nem sempre decisivas, mas marcantes em momentos significativos da história do último século.

Espero que também as plataformas aprendam algo com a censura que quer agir contra elas. Algumas, com claro viés progressista, censuram com habitualidade seus usuários conservadores reduzindo-lhes a propagação ou jogando-os para detrás das cortinas do shadowban.

O PL 2630/2020 é PL da Censura, sim. Leis contra o crime são leis penais, de tipificação precisa, sem subjetividade e sem “veja bem, doutor”. Sua eficácia depende menos do rigor e muito mais da efetiva relação crime/aplicação da pena. 

O resto é censura, eterna volúpia dos amantes do Estado.  

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


quarta-feira, 29 de março de 2023

Oeste é isso - Ana Paula Henkel

 Revista Oeste

A coragem para remar contra o aplauso fácil, para dizer o que é significativo e verdadeiro — e não o que é confortável e conveniente —, para defender políticas, e não políticos

Ilustração: Jorm Sangsorn/Shutterstock

Ilustração: Jorm Sangsorn/Shutterstock  

Há 11 anos, meu telefone tocava às 5h23 da manhã. Era minha irmã, chorando do outro lado, quase sem conseguir falar… “O papai morreu… Ana, minha irmã, o papai morreu…” 

Meu coração parou. 

Fiquei sem ar e entrei em um estado catatônico, como se eu estivesse dentro de uma nuvem, em um sonho estranho e sem poder respirar. Levantei da cama, caminhei dois passos e perdi toda a força em minhas pernas… Tudo ficou escuro na eternidade daqueles cinco ou seis segundos no chão. Aquilo não poderia estar acontecendo. Não poderia ser verdade. “Calma, Ana. Você vai acordar. Você vai acordar…”, eu pensava. Os eternos minutos que se seguiram impunham a realidade diante de um aperto no peito que jamais imaginei sentir.  

Meu pai, meu melhor amigo, meu parceiro, meu mestre, havia, de fato, nos deixado. Não era apenas o meu corpo sem forças que estava no chão. Meu mundo havia desabado diante de um abismo e eu me sentia em um pesadelo. 

Para quem acompanha o meu trabalho há mais tempo, também em outras plataformas, artigos e entrevistas, não é difícil perceber quanto minha vida era estabelecida na relação com o meu pai, quão ele era profundamente importante para mim. Além de um provedor e um exemplo, meu pai era um verdadeiro cristão que seguia o que está escrito em Mateus 6:3 “Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita”. Ajudou dezenas e dezenas de pessoas sem contar nada para ninguém, histórias que só ficamos sabendo depois de sua morte. 

Curiosamente, em mais uma demonstração de cuidado com um filho precioso, Deus decidiu levar o meu pai em um 19 de março, Dia de São José — protetor da família e dos pais. O mais incrível é que, mesmo depois de sua partida, ele continua tocando muitas vidas de várias maneiras. Seus exemplos e palavras continuam ecoando e auxiliando decisões na vida de muitas pessoas. Quem sabe um dia eu escreva um livro sobre o meu pai, seu legado e como, na magnitude de seus defeitos, ele viveu para servir. E serviu em silêncio. Serviu indivíduos e famílias que nem conhecíamos. A vontade é de começar a escrever esse livro hoje, tamanha saudade que não cabe no peito. 

Detalhe de estátua com Menino Jesus pegando a mão de São José, 
Montepaone, Calábria, Itália | Foto: Shutterstock
Foi com o meu pai que ouvi sobre política pela primeira vez. Foi através do meu pai que me interessei por questões econômicas e com ele me apaixonei por história. 
Foi com o meu pai que ouvi nomes como Reagan, João Paulo II e Margaret Thatcher. 
Foi com o meu pai que aprendi o que era comunismo e por que uma guerra tinha o nome de “Guerra Fria”. 
Foi ao lado do meu pai que vi na TV a queda do Muro de Berlim. 
Foi com o meu pai que ouvi quem era Tancredo Neves. 
Com o meu pai acompanhei os cruzeiros, cruzados, os cortes de zeros e, ao vivo em sua companhia, as incontáveis remarcações de preços nos supermercados. 
Por causa do meu pai, tirei meu título de eleitor aos 16 anos, para poder fazer parte da vida política do Brasil de alguma maneira. 
 
Clique aqui, para continuar lendo
 

Leia também “O desfecho da trilogia sobre o império do mal”

 

Ana Paula Henkel, colunista - Revista Oeste


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Tudo dominado - Sílvio Lopes

 

                            Vamos despertar?

            Não há como deixar de conectar o que hoje presenciamos com as profecias de Eric Arthur Blair,   o George Orwell, em seu consagrado " 1984", cuja leitura volto a recomendar. Termos como o Grande Irmão( o Estado, teu pai e protetor), o duplopensar, o novidioma, o buraco da memória e 2 + 2= 5... nos impactam poderosamente quando, de repente, a trama ali relatada - idos de 1949 - pode ser facilmente constatada nos fatos que acontecem  nos dias de hoje
Indisfarçáveis e, ao mesmo tempo, nos oferecendo uma visão do chamado- com razão- pesadelo satírico político de Orwell ao se referir a um mundo totalitário e burocrático( para onde avançamos, e a passos largos), que se justifica estar em busca da " libertação" do homem...
 
O que vemos, no entanto, são personagens que lutam, ao invés disso, para nos jogar no buraco da escravidão e da submissão aos seus projetos de uma sociedade totalitária e tirânica jamais vista na história da civilização ocidental
Quando vemos esses tipinhos de gente encher a boca e dela vociferar com ódio e irreverência em defesa da " democracia", podem crer: essa não é a democracia consagrada desde a Grécia antiga, senão que uma cortina que esconde o mais sórdido e miserável desejo de nos tirar o livre pensar, o livre viver, já em curso. Justo para dinamitar a verdadeira democracia.

Atente a isso. Saiba discernir o bem do mal, o engodo da intenção real. Triste é a sociedade que escolhe como líder quem é indigno de sequer conviver com ela, exceto se encarcerado, e muito menos ocupar o pódio de uma nação que um dia almeja alcançar níveis elevados de altivez e decência. Pobre nação essa. Vamos despertar?

O autor, Sílvio Lopes, é  jornalista e economista.

 

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Deus, Pátria e Família - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino


@Rconstantino
 

O que o povo nas ruas está pedindo? Liberdade, transparência eleitoral, fim da censura, combate ao comunismo. E qual o denominador comum para tanta gente diferente? Parece-me que o compartilhamento de valores básicos como a fé em Deus, o patriotismo e a defesa da família.

Tais valores estão sob ataque pela esquerda radical faz tempo
. Os militantes socialistas desprezam o cristianismo, tratam o patriotismo como fruto do atraso, e consideram qualquer coisa como família, o que é o mesmo que destruir a visão do núcleo familiar.

Para esses cosmopolitas "progressistas", defender Deus, Pátria e Família é coisa de "fascista". Mas isso é absurdo. E pretendo resumir, de forma bem sucinta, o verdadeiro motivo pelo qual a esquerda declarou guerra a tais valores, nessa guerra cultural em curso há décadas.

Deus: se você acredita em um Criador, você responde a uma autoridade superior, realmente suprema, que está acima das leis dos homens, sempre imperfeitos. Você dá a César o que é de César, mas não dá tudo, não se torna um escravo do estado, pois responde a Deus acima de tudo.

Crentes com esse perfil costumam ter uma régua moral mais rigorosa
, e também fugir do relativismo mundano. Essas pessoas costumam ter mais força para enfrentar as injustiças dos homens também, pois elas sabem que o verdadeiro julgamento vem depois, quando seu Pai avaliar o comportamento aqui nesta vida.

Isso traz determinação, coragem, firmeza e clareza morais, tudo aquilo que os potenciais tiranos mais odeiam em suas presas. Os autoritários coletivistas precisam substituir esse Deus pelos "deuses" modernos, como o estado ou Gaia, o planeta, de modo a justificar seu abuso de poder. As religiões políticas e seculares são antagônicas ao cristianismo.

Pátria: compartilhamos de uma cultura comum, recebemos um legado de nossos antepassados que dividem uma mesma história, temos apreço por nossa vizinhança, identificamo-nos com aqueles que falam a mesma língua e estão no mesmo barco. 
O patriotismo é um sentimento que une, que serve como cola do tecido social.
 
Globalistas odeiam isso, pois precisam de abstrações como a Humanidade para impor sua tirania. 
Jesus Cristo nos disse para amar o próximo, não a Humanidade. Nosso vizinho de carne e osso tem defeitos, e é mais fácil nada fazer para ajudá-lo enquanto fica pregando por aí que quer "salvar o mundo".

A esquerda globalista quer abolir as fronteiras nacionais para criar um governo mundial, usurpando a soberania dos povos. Os "pequenos pelotões" de que falava Burke são a principal resistência a tal avanço totalitário. Em nossas associações voluntárias dividimos experiências, interesses comuns, e isso cria uma sociedade de fato.

Família
: cada indivíduo chega ao mundo num contexto familiar, e ali será formado, preparado para se tornar um cidadão - não do mundo, mas de sua sociedade. Os valores coletivos, comuns, vão ajudar a definir o entorno e ajudar nessa criação, enquanto filhos educados contribuem para formar sociedades saudáveis. É um círculo virtuoso.

A esquerda radical não quer isso, pois adota a visão paternalista do estado, que vai cuidar de cada um de nós do berço ao túmulo. Famílias unidas representam obstáculos a esse objetivo, além de jovens disfuncionais significarem mais "clientes" desse estado paternalista.
 
Em síntese, a esquerda coletivista e totalitária, para avançar com seu projeto de poder e controle absoluto, precisa enfraquecer os valores de Deus, Pátria e Família.  
Não é por acaso que vemos tantos ataques diretos e indiretos. 
E também não é por acaso que aqueles que estão nas ruas de forma heróica e corajosa, pedindo liberdade, sejam em sua maioria pessoas patriotas, cristãos e com enorme respeito pelas famílias conservadoras.

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


terça-feira, 30 de novembro de 2021

A NAÇÃO NO DIVÃ DO PSICANALISTA - Percival Puggina

Nunca me acomodei num desses divãs porque, para pensar, prefiro a cadeira do computador. Outro dia, porém, estarrecido e irritado diante do que vejo consolidar-se como prática política no cotidiano nacional, escrevi que tais conflitos e arreglos estavam a me exigir um divã e um papo com psicanalista.

Uma ideia puxa outra e isso me levou a perceber que essa era uma necessidade comum a todos nós, brasileiros. A nação precisava de um divã para compreender as tumultuadas relações com que, querendo ou não, estava envolvida até o fundo da alma. E o divã era bem adequado a isso, principalmente para compreendermos como se caracterizam, em nosso subconsciente, estes três elementos: Pátria, Nação e Estado.

A Pátria é a mãe. Amada e amável, gentil, generosa, pródiga em riquezas naturais. Na célebre definição de Rui, “não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade”.  

A Nação somos nós, herdeiros dessa tradição, fé, consciência e idioma; herdeiros da cultura, valores e verdades aprendidos no lar.

O Estado é essa criatura, esse ente político, que se vai tornando abominável. Criatura, sim, porque bem antes dele surgir na história havia a pessoa humana, gregária, havia a comunidade, e foi nela que nasceu o Estado. Discutam os filósofos os fatores causais e instrumentais desse nascimento, mas sua finalidade é servir. E se alguma dúvida houver, lembremo-nos: o Estado brasileiro tem a forma a ele conferida pela sociedade num processo legislativo em que os constituintes agiam como seu representante.

Se a Pátria é a boa mãe e se nós somos seus filhos, o Estado brasileiro, então, é o pai ou padrasto de maus costumes e mau caráter, que abusa de seu poder, que cerceia direitos fundamentais, que não ouve os que estão sob sua autoridade, que avança sobre seus bens. Gastador, perdulário, desonesto e injusto, cuida prioritariamente de si mesmo e descumpre o único papel que lhe corresponde: servir à nação.

Capturados nesse triângulo psicológico, habituamo-nos a reverenciar o Estado e aqueles que o encarnam, como entes ou entidades superiores. Falamos a eles olhando para cima, numa reverência que convalida seu poder e sua conduta. Errados, estamos! A relação foi invertida. O Estado não existe para ser o monstro que nos sufoca. Se sua função é servir, a soberania popular deveria fazer a sociedade ver o Estado na perspectiva segundo a qual o Estado a vê: de cima para baixo, com o devido respeito pela importância dos papéis que desempenha. A soberania, contudo, desculpem informá-los, é popular.

Há que emergir desse drama quase freudiano, dessa tumultuada relação “familiar” em que nós, os brasileiros, fomos capturados.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


domingo, 25 de julho de 2021

Uma grande mentira - Gazeta do Povo

Luís Ernesto Lacombe

O Estado... Você acredita nele? 
Acha mesmo que ele pode ser seu tutor, seu “pai”, o “pai de todos”? Quantas promessas de salvação, de proteção e segurança você tem aceitado? 
Quanto da sua liberdade lhe retiraram, mas para “o seu bem”? 
Esse Estado fomentador de crescimento e desenvolvimento, onde e quando ele deu certo? 
É incapaz de criar riquezas, mal serve para distribuir as riquezas que, apesar de todo seu peso, ainda são criadas. Tem uma obesidade trilionária, que a Lei de Diretrizes Orçamentárias expõe por completo, quase de forma obscena.

O nome todo é Fundo Especial de Financiamento de Campanhas, mas pode chamar de Fundo Eleitoral. Querem R$ 5,7 bilhões para isso no ano que vem, um aumento de quase três vezes em relação a 2020. [que podem facilmente chegar aos DEZ BILHÕES - confira.] 

[Enquanto o 'fundão' cresce, os inimigos da TRANSPARÊNCIA ELEITORAL são contra o 'voto impresso' alegando que custa caro = menos de 20% do fundão.]  E nem falamos do Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, ou simplesmente Fundo Partidário, de R$ 1 bilhão, pago todo ano, não falamos do acesso gratuito ou subsidiado à mídia para partidos políticos... Eles não vivem sem o dinheiro dos outros, sem nosso dinheiro. Por que não fazem rifas, organizam eventos pagos, cobram taxas maiores de seus filiados?

Não tenho notícia de nenhum país que gaste tanto dinheiro público com campanhas eleitorais. 
O Tribunal Superior Eleitoral também leva uma bolada, mesmo num ano em que não há eleições. 
O Judiciário, de um modo geral, custa caro, muito caro. 
Está lá, na LDO, este poder, que insiste em atropelar os outros dois, Executivo e Legislativo, vai nos custar no ano que vem R$ 44,2 bilhões. Sim, os atropelos à Constituição Federal, fatiamento de processo de impeachment, inquéritos esdrúxulos, censura a veículos de comunicação, a contas em redes sociais, prisão de jornalista, prisão de deputado federal, cerceamento ao direito de ir e vir, ao trabalho, tudo isso, de alguma forma, é o nosso dinheiro que financia.
 
E o Congresso Nacional? 
Precisamos mesmo de 513 deputados, 81 senadores? 
Não dá para diminuir esses números? 
E nossos parlamentares precisariam de tantos servidores à sua volta, um total de funcionários maior do que a população da maioria das cidades brasileiras? 
Nosso Legislativo também é gastador... Vai nos levar, em 2022, R$ 12,8 bilhões. E ainda tem as emendas parlamentares, o dinheiro carimbado, gastos obrigatórios, tudo o que dificulta a melhoria da gestão. Fazer mais e melhor, gastando menos, é coisa de empresa privada, de capitalista selvagem... Viva o Estado!

Gostaria muito de evitar ironias e de vender todas as estatais, bancos públicos e Petrobras incluídos. Quem gosta de Estado poderia se contentar com o fim da imunidade tributária dessas empresas. Privatizadas, teriam, todas elas, de passar a pagar impostos... O processo tem sido lento, mas, pelo menos, o ingresso de servidores no governo federal tem caído de forma acentuada. Em 2014, a estocadora de vento contratou 40.717 pessoas. No segundo ano de Bolsonaro na presidência, o número de contratações caiu para 6.713. Para evitar o retrocesso, faça o seguinte: elimine nas urnas os adoradores do Estado. Eles defendem uma grande mentira.

Luís Ernesto  Lacombe, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 4 de julho de 2021

APRENDI NA VIDA REAL O QUE É TER MEDO DO ESTADO NUM PAÍS COMUNISTA - Percival Puggina

O novo milênio recém começara, Lula fora eleito presidente e a embaixada brasileira já estava sob comando de Tilden Santiago, ex-deputado federal pelo PT.  Eu retornara à Havana com o intuito de escrever um livro e, além das minhas observações sobre o ambiente social, político e econômico, pretendia conhecer e ouvir opiniões dos opositores ao regime. Para elogiá-lo havia gente demais aqui mesmo.

Graça Salgueiro, escritora e amiga, me tinha fornecido uma lista com nomes de jornalistas independentes e os telefones de dois dissidentes. Com esses dados fui a campo sem preocupação com a possibilidade de que contatá-las pudesse representar qualquer inconveniente à minha segurança. Vinte e quatro horas depois de chegar, tive a convicção, confirmada em outras ocasiões, de que os telefones das pessoas com quem falei e me iria encontrar estavam grampeados e de que eu estava sob atenta vigilância de agentes do regime. Dias depois, enquanto almoçava com três dissidentes num restaurante já vazio, tive o privilégio de ter apontada para mim, como canhão, durante longos minutos, a lente de uma enorme filmadora operada por dois mastodontes.

Como escritor, beneficiei-me dessa imprudência. Pude haurir, no meu temor de turista num regime totalitário e policial, pequena amostra da situação em que vivem os cubanos desde quando la revolución lhes furtou os bens materiais e espirituais, instalando uma ditadura que já leva seis décadas. Experimentei a insegurança e a incerteza sobre o momento seguinte e sobre como seria meu retorno ao Brasil. Foram sentimentos decisivos para a leitura e interpretação que fiz da realidade daquela pobre gente. Milhões de pessoas que preservam os naturais anseios humanos por liberdade têm vivido daquele modo suas vidas inteiras! Para elas, passado todo esse tempo, criticar o regime e seu governo faz mal para a saúde. Sim, porque a ditadura os trata mal, ou os trata muito pior.

Ao retornar, escrevi o livro “Cuba, a Tragédia da Utopia”. Com o passar dos anos, enquanto, nosso país continuava a eleger governos de esquerda, solidários com a dinastia Castro, mas em nada solidários com o povo cubano, eu sentia crescer a necessidade de reeditar o livro. Por meios menos ostensivos renovei contatos e voltei à ilha. Com interrupções, mas com continuidade, trabalhei nele ao longo de oito anos, atualizando informações e ampliando o conteúdo da versão original.

Nessa segunda edição, publicada em 2019, mudei o título para simplesmente “A tragédia da Utopia”. Por quê? Porque a utopia é uma tragédia em qualquer país e nosso enveredara por esse pantanoso caminho. O desastre cubano adverte em alta voz o povo brasileiro e poucos se ocupam em desfazer as mistificações sobre aquela realidade que volta a forçar nossa porta.

Em meu site Puggina.org, há um setor de Livros do Puggina (1) por onde podem ser feitos contatos para aquisição da obra. O Brasil ainda precisa muito dessas informações publicadas.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


sexta-feira, 9 de abril de 2021

FECHAMENTO DOS TEMPLOS: QUAL O REAL OBJETIVO POR TRÁS DISSO?

Claudia Roberta Sies Kubala

Nestes tempos em que muitos estão passando por algum sofrimento devido à atual situação, seja pela perda de um ente querido, pela falta de recursos ou pelo aumento do medo e ansiedade, observamos uma verdadeira batalha sendo travada contra as Igrejas e Templos. Neste momento, você pode estar se perguntando: mas o que uma coisa tem a ver com a outra?

Desde que a doença começou a demonstrar seus efeitos, medidas foram tomadas por governadores e prefeitos e, em alguns casos, observamos resultados desastrosos obtidos através de decretos que levaram pessoas à fome, depressão e miséria.  
A fórmula adotada uniu o medo, a supressão de direitos e a opressão de quem pensa diferente, criando um caos social que, provavelmente, possui um único objetivo. 
Em meio a esta grande turbulência, não há dúvida de que uma boa parte da população se mantém firme através da fé, buscando alento junto a seus. Então, qual seria a melhor forma de "quebrar as pernas" de quem ainda se mantém de pé? Bingo!

Já dizia Gramsci: "o mundo civilizado tem sido saturado com cristianismo por 2000 anos, e um regime fundado em crenças e valores judaico-cristãos não pode ser derrubado até que suas raízes sejam cortadas."

Muitos se questionam e vão até as mídias sociais de políticos para perguntar por que não se preocupam com ônibus e metrôs lotados, bailes funk e pontos de tráfico, ao invés de manterem as Igrejas fechadas. Mas esta não é a questão, visto que, a intenção por trás do fechamento dos templos vai muito além do controle do vírus. 
Esta é apenas uma das formas de implementar um desastroso regime conhecido por muitos, onde Deus é o Estado, fazendo com que o homem deixe de lado a Lei Natural e, consequentemente, suas virtudes, incluindo a coragem, para se tornar um servo daqueles que se encontram no poder.
Alguns se utilizam de artimanhas abusando de versículos bíblicos para tentar convencer os fiéis de que não há necessidade de ir à Igreja. Outros, nos chamam de genocidas por colaborar com a propagação do vírus
Um argumento pífio, quando paramos para pensar durante um momento e lembramos o que ocorre nos mercados, bancos, entre outros estabelecimentos, lembrando que os locais de culto estão funcionando com apenas 25% de sua capacidade. 
O fato é que estar em uma Igreja para receber a sagrada Comunhão, confessar, ouvir a Palavra, chorar por nossas perdas, gera uma sensação de conforto e nos oferece a força necessária para enfrentar mais um dia.

O Brasil, como a Polônia, é um país majoritariamente cristão, fato este que se demonstra como um grande obstáculo para o estabelecimento de um regime revolucionário. Por isso, não devemos deixar de lutar pela nossa fé, pois, apenas dessa forma, iremos garantir um futuro em que nossos filhos e netos poderão desfrutar de sua liberdade.

Conservadores & Liberais - Claudia Roberta Sies Kubala


domingo, 29 de abril de 2018

Alguns dos piores riscos que rondam o Brasil

Quase toda semana alguma revista ou jornal do Primeiro Mundo publica reflexões sobre o fim da democracia representativa. Subestimar tais alertas seria tolice, mas permito-me lembrar que eles têm sido feitos desde as primeiras décadas do século 20.

O que não vejo nessas matérias é a indispensável distinção entre democracia e Estado. Democracia é software, Estado é hardware. Ou seja, o termo Estado refere-se à parte fixa, ou, melhor dizendo, à ossatura burocrática que assegura a estabilidade e a regularidade de funcionamento de toda sociedade. Mal comparando, é o esqueleto, a estrutura óssea que sustenta um ser vivo. Mas o que lhe incute a vida é o processo político. 

Esse é o “programa” que manda a máquina operar no cumprimento de tais ou quais objetivos. O eventual colapso da democracia leva a uma ditadura, o do Estado, a uma situação de anarquia ou desordem generalizada.

No presente momento brasileiro, quase não há ameaças diretas ao regime democrático, pois praticamente todas as forças políticas querem trabalhar dentro dele para tentar atingir seus objetivos particulares. Mas ameaças ao Estado não faltam, e esse é o perigo. Penso ser útil mencionar três tipos de ameaça. A primeira e mais grave é o fato de altas autoridades institucionais se comportarem em flagrante desacordo com suas atribuições. O melhor exemplo é o STF, que em tese é o guardião da ordem constitucional, mas onde diversos ministros parecem mais empenhados em descumpri-la que em mantê-la incólume. Não é segredo para ninguém que alguns ministros trabalham diuturnamente para abortar o combate à corrupção.

O segundo fator é o aumento exponencial da criminalidade violenta, notadamente no nordeste e no Norte, processo estreitamente associado ao narcotráfico, que há tempos controla pontos importantes do território nacional. Por último, mas não menos importante, é o descalabro econômico a que fomos arrastados pelos governos Lula e Dilma. Um Estado deixa praticamente de ser um Estado quando carece de recursos para fazer face aos gastos correntes e à remuneração dos empréstimos que é obrigado a fazer para manter a máquina em andamento. O prognóstico atual é o de que reaveremos essa capacidade em 2021, se não fizermos novas asneiras.

Bolívar Laumonier - IstoÉ

sábado, 5 de setembro de 2015

Deu tilt... o governo parou - Dilma, já era. Pertence ao passado, só falta um leve empurrão para cair na vala, rosto enfiado na terra

O governo parou...

Dilma vê sua imagem ruir com Orçamento com R$ 30 bilhões de déficit. Agora, a presidente promete fortalecer o ministro Joaquim Levy na tentativa de salvar as contas públicas. 

Será que consegue? Até o Michel Temer já demonstra dúvida


A imagem pública da presidente Dilma Rousseff foi toda construída em cima de sua alegada capacidade administrativa. Quando escolhida pelo ex-presidente Lula para ser sua sucessora, nos idos de 2009, ela era vendida como “a mãe do PACoe a “gerentona” capaz de manter o País nos trilhos do desenvolvimento econômico. [imagens vendidas por um imbecil - o estrupício do Lula - e comprada por outros idiotas - os que votaram na cérebro baldio.] A reconhecida falta de experiência política, diziam os entusiastas de sua escolha, seria compensada pela desenvoltura com que Dilma tocaria a máquina pública, engrenagem de difícil manejo que ela conhecia por dentro como poucos. 

Desde os tempos em que chefiou a Casa Civil, num dos momentos mais turbulentos da era Lula – quando José Dirceu deixou o cargo acusado de ser o mentor do mensalão. Esta imagem de executiva competente que conseguiu no início da primeira gestão inebriar até setores refratários ao PT, como a classe média, desmoronou por completo na última semana, com o envio ao Congresso do Orçamento com um déficit de R$ 30 bilhões – algo inédito na nossa história. O reconhecimento do governo de que foi incapaz de controlar suas próprias contas e a tentativa de terceirizar a solução, delegando ao Congresso a tarefa de arrumar receitas para cobrir o rombo, escancarou de uma vez a inépcia da presidente da República. Mas este foi apenas o último e mais nítido sinal de sua incapacidade gerencial.

De 2013 para cá a presidente agiu de maneira inconseqüente, como se montasse uma arapuca para si mesma. Mas quem caiu na armadilha foram os brasileiros. Para garantir sua reeleição gastou o que podia e o que não podia. Curiosamente, no primeiro programa eleitoral de 2014, Dilma foi apresentada aos eleitores como uma dona de casa. Na TV, cozinhava, arrumava os livros e caminhava pelo jardim. No governo, ela não seguiu um ensinamento básico de uma chefe da família: não se deve gastar mais do que recebe.
Caso Dilma admitisse o profundo desequilíbrio das contas públicas, não seria reeleita. Para mascarar o problema, vieram o represamento dos preços administrados e as chamadas pedaladas fiscais, hoje em julgamento no TCU. “O que ocorreu em 2014 é que o governo federal aumentou programas não obrigatórios que tinham forte impacto eleitoral. Ou seja, as pedaladas beneficiaram Dilma na eleição”, afirmou o procurador do TCU, Júlio Marcelo de Oliveira, na última semana.

Na esfera política, para ampliar o arco de alianças durante a campanha, Dilma prosseguiu com o inchaço indiscriminado da máquina e avalizou a liberação de verbas para a base parlamentar. O apetite eleitoral somado à irresponsabilidade fiscal levou à falência do Estado. No Tesouro não faltam faturas pendentes. Uma delas soma R$ 227 bilhões — sete vezes mais que a meta de déficit para 2016. São os chamados “restos a pagar”, gerados quando os serviços prestados já foram reconhecidos pelo governo, mas o dinheiro não sai do caixa. Algo do tipo “devo não nego, pagarei quando puder”. “Os atrasos encarecem as contratações, pois os fornecedores embutem previamente a demora no preço e dão margem à corrupção, pois os gestores passam a decidir a qual credor irão pagar”, diz o economista Gil Castello Branco, da ONG Contas Abertas.

Depois da reeleição de Dilma, o impacto no cotidiano foi grande. A liberação dos preços administrados - como energia, água e combustível - aumentou o custo de vida. Apenas este ano, a conta de luz ficou quase 50% mais cara na média das principais regiões do País. O aumento de IOF encareceu o crédito ao consumidor, que já está sendo pressionado pela alta da taxa básica de juros. E o acesso a benefícios sociais, como seguro-desemprego e abono salarial, ficou mais restrito.

Do ponto de vista administrativo, o País vive um caos. Os ministros, no aguardo de um corte que pode atingir 15 ministérios, vivem atordoados, sem saber se e até quando permanecerão no cargo. [esses desempregados que estão pendurados no que a Dilma chama de 'ministérios' podem ser chamados de ministros?] As principais capitais se transformaram num imenso canteiro de obras inacabadas. Segundo levantamento do Instituto Trata Brasil, 52% das obras do PACo apresentam problemas. No PACo 2, lançado no ano eleitoral, 41% das obras sequer começaram. [os contos do PACO chamados de PACo foram inventados, a exemplo da transposição do Rio São Francisco, apenas para servires de  fontes de recursos a serem roubados pela gang PETRALHA.] 

Já os programas Água e Luz Para Todos só utilizaram 12% do seu orçamento previsto no ano, segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). Outra prioridade do governo, o programa Educação Profissional e Tecnológica, utilizou apenas 27,5% do previsto. Na rubrica Cidade Melhor, que inclui obras de saneamento, de prevenção de risco em encostas, de mobilidade urbana e pavimentação, não foram executados nem 2% do total. As promessas de campanha, como se vê, não saíram do papel. Os números expõem um País paralisado.

Outros movimentos recentes desnudaram uma presidente mais parecida com uma biruta de aeroporto, instrumento que muda de direção ao sabor dos ventos. Malfadada a operação de ressuscitar a CPMF, no início da semana, ao encaminhar o projeto orçamentário com uma conta que não fechava, a presidente agiu a contragosto do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Não seria a primeira vez que ela sabotaria Levy. Na quinta-feira 3, após o ministro procurá-la reclamando de isolamento e falta de apoio no governo, provocando rumores sobre sua iminente saída do cargo, Dilma resolveu fortalecê-lo. Agora, a promessa é de que Levy terá plenos poderes para conduzir o ajuste fiscal e o reequilíbrio das contas públicas planejados no início do segundo mandato. Nesse novo arranjo, perdem força os ministros Nelson Barbosa, Planejamento, e Aloizio Mercadante, Casa Civil.

MAIS FORTE
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ameaça deixar o governo, recebe solidariedade
do mercado e conquista plenos poderes para tocar o ajuste fiscal
                                  Levy, a desgraça do Brasil - defendida por Trabuco,  presidente do BRADESCO - Levy é o representante dos banqueiros que no desde o primeiro mandato de Lula alcançaram lucros NUNCA alcançados na história deste País
                             

Se levada adiante, a decisão, embora acertada, foi movida mais por um instinto de sobrevivência da presidente do que por convicção política. Um dia antes de anunciar em reunião no Planalto a apoio total ao seu ministro da Fazenda, Dilma ouviu de interlocutores importantes que o País corria sério risco caso Levy fosse escanteado ou apeado do posto. Uma das pessoas com quem Dilma se aconselhou foi o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, opção número um para a Fazenda antes da nomeação de Levy. “O País quebra em questão de meses, se Levy deixar o cargo ou mesmo ficar enfraquecido”, teria dito Trabuco a presidente. A orientação de Dilma, agora, para todo o governo é no sentido de perseguir a meta de superávit de 0,7% do PIB no próximo ano. Estuda-se ainda no Planalto o envio de uma emenda ao Congresso para evitar o déficit primário de 0,5% do PIB. Na verdade, se honrar o prometido, Dilma põe em marcha o que lhe fora cobrado por Levy, hoje na prática o homem mais forte do governo, cabendo a ela prosseguir com única agenda exercida até então com relativo êxito: a de não cair.

Mas pode ser por pouco tempo. Nem o vice Michel Temer, dizendo-se traído por Mercadante, se dispõe mais a ajudá-la na ponte com um Congresso cada vez mais distante da presidente. Na verdade, com antecipou ISTOÉ em sua última edição, o vice prepara o PMDB para o desembarque do governo em breve. Mas o peemedebista permanece afinado com Levy, ao lado do qual promete estar agora e, se for o caso, no pós-Dilma – possibilidade já tratada abertamente por Temer. Em conversas com empresários na quinta-feira 3, Temer abandonou a fleuma habitual ao dizer que será difícil a presidente Dilma resistir até o fim do mandato se mantiver a baixa popularidade atual. “Não dá para passar três anos e meio assim”, afirmou. As palavras do vice, na atual circunstância política, carregam um forte simbolismo. Parece um vaticínio do vice sobre a queda da titular. E realmente é. Para entender melhor o peso das declarações de Temer, no início de julho, Dilma disse em entrevista: “eu não vou cair. Isso aí é moleza”. Menos de dois meses depois, quem diz – e publicamente – que se continuar impopular como agora ela cai sim é o próprio vice-presidente e substituto imediato em caso de renúncia ou impeachment.

...o estado quebrou..
Ao anunciar que vai gastar mais do arrecada em 2016, governo assina o próprio atestado de incompetência, escancara a ruína das contas públicas e aumenta a desconfiança de empresários e trabalhadores

...e você paga a conta
Sabe quem vai arcar com os prejuízos gerados pela inépcia do governo? Os milhões de contribuintes que já estão asfixiados pela crise econômica


Colaborou:  Fabio Brandt

Fotos: Ueslei Marcelino/REUTERS Pedro França/Agência Senado; ANDRÉ COELHO/Ag. O Globo

 Sérgio Pardellas  - sergiopardellas@istoe.com.br