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segunda-feira, 2 de novembro de 2020

O contrato da Qualicorp com a UNE que está na mira da PF

Blog Radar 

Operação deflagrada na semana passada apura esquema milionário de pagamento de propina envolvendo a operadora de saúde

A antiga e notória Qualicorp voltou ao noticiário na semana passada por causa de uma operação da Polícia Federal que investiga um suposto esquema milionário de pagamento de propina envolvendo a operadora de saúde e o ex-presidente da União Nacional dos Estudantes Augusto Chagas.



Um contrato assinado pela Qualicorp com a UNE em 2011, na gestão de Chagas, é apontado pelos investigadores como o elemento central do esquema. “Chagas firmou um convênio em nome da UNE, da qual era à época presidente, com a Qualicorp. Dois anos depois, criou uma empresa, sendo titular de 95% das cotas, que firmou contrato milionário também com a Qualicorp para gestão do relacionamento da Qualicorp com a UNE, registra a juíza Michelle Camini no despacho em que autoriza a ação da PF.

[muitos lembram que uma das primeiras tentativas de governar do presidente Bolsonaro, foi editar uma MP, criando a carteira digital de estudante. Com a medida o presidente buscava acabar com a mamata da UNE emitir carteira impressa e com isto ganhar milhões. 

O Congresso retardou de modo proposital a análise da MP, que caducou e perdeu a validade e a mamata continua.

A carteira digital seria gratuita - os estudantes que a UNI finge representar continuam pagando pela carteira.]

Para os investigadores, o contrato foi simulado para mascarar a remessa de dinheiro sujo ao exterior “por doleiros”.  O referido contrato alvo da Justiça tem 17 páginas, foi assinado em 12 de julho de 2011 por Chagas e pelo então diretor presidente da Qualicorp Heráclito de Gomes Brito Junior, então cabeça da operadora de saúde, atualmente na Rede D’Or.

Blog Radar - VEJA




sábado, 18 de junho de 2016

Lindbergh, senador petista, só estudou para ser presidente da UNE - no mais, é analfabeto funcional

Lindbergh revela que o neoliberalismo nasceu na China quando a ditadura comunista era chefiada por Pinochet

Senador do PT tortura a geografia, assassina a história e confirma que virou presidente da UNE porque o cargo é reservado a quem só é o melhor da classe em cretinice

“O neoliberalismo foi aplicado… primeiro país onde foi aplicado foi na China”, decolou o senador Lindbergh Farias nesta sexta-feira, no meio de mais uma gritaria para a plateia entediada. “E foi no governo de Pinochet”, flutuou na estratosfera o coronel da tropa de Dilma Rousseff na Comissão do Impeachment. Com 18 palavras, Lindbergh promoveu (ou rebaixou) a ditador da China o tirano (sic)  chileno Augusto Pinochet ─ e transformou um regime comunista em laboratório experimental de um general ultraconservador.

Os guerreiros de Dilma em ação no Senado revogaram os limites da imbecilidade. Na quinta-feira, o ex-ministro José Eduardo Cardozo incluiu um certo Tomás Turbando Bustamante na lista dos doutores que combatem o golpe que não houve e louvam pedaladas criminosas. Menos de 24 horas depois, o ex-presidente da União Nacional dos Estudantes precisou de duas frases para trucidar a geografia, a história, a economia, o Chile e a China. Pinochet, aliás, é o segundo general a invadir o território chinês por determinação de sumidades do partido que virou bando. O primeiro foi Napoleão Bonaparte, que ocupou Pequim durante uma discurseira improvisada por Lula.

É nisso que dá fugir do estudo. É assim que fica a cabeça de gente que só aparecia na porta da escola para apoiar a decretação de mais uma greve. Pelo menos numa matéria o mestre e seus discípulos se igualaram: são todos nota 10 em ignorância.

Fonte: Coluna Augusto Nunes 

 

segunda-feira, 16 de março de 2015

Uma presidente atônita com a voz das ruas



José Casado
Dilma mandou os ministros Cardozo e Rossetto para uma réplica à multidão nas cidades. Fracassaram 

Sob o ruído das ruas, o governo se mostrou atônito. Protegida pelas colunas de mármore do Palácio da Alvorada, Dilma Rousseff mandou os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) para uma réplica à multidão emergente nas maiores cidades. Fracassaram.

Diante do rebote da insatisfação, que paira desde 2013 e está cada vez mais focada na indecisão de Dilma, eles expuseram as fragilidades de um governo aparentemente incapaz de se organizar em reflexão sobre o próprio futuro. Cardozo anunciou “para os próximos dias” um pacote anticorrupção que, reconheceu, “já era uma promessa eleitoral da presidente”.  Rossetto optou, primeiro, por desqualificar a pluralidade e diversidade da gente nas ruas: “A maioria é de eleitores que não votaram na presidente” — decretou. Em seguida, buscou refúgio no esgarçado mito da reforma política, que o PT habituou-se a usar como rota de fuga em situações de emergência política.

É mais do mesmo. Dilma, por exemplo, fez exatamente esses mesmos anúncios 20 meses atrás, quando se surpreendeu com o vozerio da massa marchando sobre o asfalto no junho de 2013.  Passaram-se 80 semanas. A inflação recrudesceu, voltou a ameaçar os mais pobres (10%) da população. Houve um aumento da desigualdade social com a renda dos mais ricos crescendo a uma velocidade muito maior que a dos mais E, pela primeira vez na década, o emprego caiu praticamente em todos os setores.

O condomínio político-empresarial, cuja corrupção devastou a Petrobras e contaminou todo o setor de petróleo, acabou por expor a real dimensão do presidencialismo de coalizão formulado por Lula e intocado por Dilma. Para revertê-lo, a presidente precisaria ultrapassar os limites da coragem exaltada na propaganda governamental e atravessar o deserto da Praça dos Três Poderes, em Brasília, com a bandeira de um governo de coalizão de ideias — o oposto ao exercício do poder em um Executivo loteado entre aliados e assentado em 39 mesas ministeriais.

O governo tinha todos os motivos para não se surpreender com o nível de insatisfação que emergiu ontem nas maiores cidades. No início do mês, Rossetto foi à União Nacional dos Estudantes, notório reduto aliado, explicar que “não há reforma neoliberal e não há corte em nenhum programa social do povo brasileiro”. Saiu vaiado.  Dias depois, Lula protagonizou uma manifestação sindical “em defesa da Petrobras”. Entrou e saiu da sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio, sob vaias e escoltado por oito seguranças.