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Operação deflagrada na semana passada apura esquema milionário de pagamento de propina envolvendo a operadora de saúde
A antiga e notória Qualicorp voltou ao noticiário na semana passada por causa de uma operação da Polícia Federal que investiga um suposto esquema milionário de pagamento de propina envolvendo a operadora de saúde e o ex-presidente da União Nacional dos Estudantes Augusto Chagas.
Um contrato assinado pela Qualicorp com a UNE em 2011, na gestão de Chagas, é apontado pelos investigadores como o elemento central do esquema. “Chagas firmou um convênio em nome da UNE, da qual era à época presidente, com a Qualicorp. Dois anos depois, criou uma empresa, sendo titular de 95% das cotas, que firmou contrato milionário também com a Qualicorp para gestão do relacionamento da Qualicorp com a UNE”, registra a juíza Michelle Camini no despacho em que autoriza a ação da PF.
[muitos lembram que uma das primeiras tentativas de governar do presidente Bolsonaro, foi editar uma MP, criando a carteira digital de estudante. Com a medida o presidente buscava acabar com a mamata da UNE emitir carteira impressa e com isto ganhar milhões.
O Congresso retardou de modo proposital a análise da MP, que caducou e perdeu a validade e a mamata continua.
A carteira digital seria gratuita - os estudantes que a UNI finge representar continuam pagando pela carteira.]
Para os investigadores, o contrato foi simulado para mascarar a remessa de dinheiro sujo ao exterior “por doleiros”. O referido contrato alvo da Justiça tem 17 páginas, foi assinado em 12 de julho de 2011 por Chagas e pelo então diretor presidente da Qualicorp Heráclito de Gomes Brito Junior, então cabeça da operadora de saúde, atualmente na Rede D’Or.
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