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sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Anistiados recebem acima do teto e já acumulam até R$ 6,5 milhões - Blog Lúcio Vaz

VOZES - Gazeta do Povo

Pelo menos sete anistiados políticos recebem parcelas mensais com valores acima do teto remuneratório dos servidores federais, com valores próximos aos R$ 50 mil.   
Dezoito já acumularam mais de R$ 4 milhões, em parcelas mensais ou em boladas milionárias. 
Um deles já amealhou um total de R$ 6,5 milhões, sendo R$ 2,8 milhões num só pagamento. 
Outros dois acumulam a indenização de anistiado com aposentadorias na Câmara dos Deputados e de um tribunal, com renda total batendo nos R$ 60 mil. Parentes de Prestes e Marighella estão na lista. [presidente Bolsonaro essa indenização e/ou pensão para pessoas que conspiraram contra o Brasil, contra a Segurança Nacional, precisa ser revista.
Até que anistiar maus brasileiros, antipatriotas, é um absurdo mas foi um mal necessário invocado a pretexto de pacificar o Brasil.
Mas além de anistiar, perdoar traidores, ainda pagar indenização e/ou pensão é um absurdo. 
Tem que ser realizado um pente fino, identificados os casos de fraudes, processados e punidos criminalmente - tanto o favorecido quando funcionários que eventualmente colaboraram para o êxito da fraude. É CRIME.
Anistia é consequência de uma lei e tem que ser concedida - claro, após o devido processo legal e SEM fraudes - mas toda e qualquer indenização, aposentadoria, pensão concedida aos traidores da PÁTRIA AMADA, deve ser revisada, pente fino mesmo, e se ilegal CANCELADA  com DEVOLUÇÃO dos valores recebidos indevidamente e punição - cadeia mesmo - para todos os envolvidos.
Conseguir recursos para socorrer milhões de FAMÍLIAS FAMINTAS é dificil e só liberam ninharia. Agora para ex-guerrilheiro e ex-terrorista não faltam recursos.]

Os pagamentos únicos, de março de 2002 e agosto de 2020, somam R$ 626 milhões. As parcelas mensais já totalizam R$ 3,3 bilhões, de julho de 2014 a setembro de 2021. Ao todo, são R$ 3,85 bilhões em indenizações previstas na Lei 10.559/2002 e aprovadas pela Comissão de Anistia. Foram declarados anistiados políticos os atingidos por regimes totalitários de 1946 a 1988, a maior parte durante a Ditadura Militar de 1964. Todos os valores, divulgados pelo Ministério da Economia, foram atualizados pela inflação.

Entre os indenizados estão anistiados e seus parentes, como filhos e cônjuge de personagens ilustres como Luiz Carlos Prestes, Paulo Freire e Carlos Marighela. Mariana Ribeiro Prestes e Ermelinda Ribeiro Prestes, filhas de Prestes, receberam R$ 100 mil de indenização, cada uma, em setembro de 2015. Segundo a Comissão de Anistia, elas sofreram efeitos decorrentes da perseguição imposta ao pai, como visto negado para permanência no Brasil.

Lutgardes Costa Freire, filho de Paulo Freire, recebeu R$ 100 mil em julho de 2014. Ele foi obrigado a viajar com a mãe para acompanhar o pai, quando exilado no Chile, registrou a comissão. Clara Charf, que foi casada com o guerrilheiro Carlos Marighela, líder da Ação Libertadora Nacional (ALN) morto em novembro de 1969, recebe hoje R$ 5,2 mil como viúva. Ela já recebeu um total de R$ 776 mil. Marighella recebeu anistia "pós-morte".

O único filho de Marighela, Carlos Augusto Marighella, foi declarado anistiado político em novembro de 2008. Começou recebendo uma parcela mensal de R$ 3,2 mil, com um pagamento retroativo inicial de R$ 454 mil (valor nominal). A sua indenização já chega a R$ 2 milhões. Recebe hoje R$ 6,5 mil por mês. Ele foi preso pelo regime militar em 1975 e teve seus direitos políticos cassados. Anistiado em 1979, dedicou-se à reconstrução dos sindicatos da Petrobras e do Polo Petroquímico de Camaçari.

Veja Também: Pequenos tribunais concentram rendas acumuladas de até R$ 5milhões                                                                                            

As indenizações milionárias
O jornalista Paulo Cannabrava Filho iniciou a carreira no jornal O Tempo, em 1967. Trabalhou como repórter político nos jornais Correio da Manhã, Última Hora e Folha de S.Paulo, onde foi editor de política no início da ditadura militar. Ele já recebeu um total de R$ 6,5 milhões, sendo que R$ 2,8 milhões (valor nominal) foram pagos numa bolada em maio de 2019. Sua renda mensal hoje é de R$ 31,5 mil.

Ariosto Holanda, ex-petroleiro, já recebeu R$ 4 milhões de indenização. Atualmente, sua renda mensal é de R$ 38,5 mil como anistiado. Mas também recebe R$ 21,3 mil como aposentado pelo Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC). Ele foi deputado federal por sete legislaturas, pelo PDT, PROS, PSB e PSDB. A sua renda total chega a R$ 59,8 mil. Não sofre abate-teto porque o IPC é considerado uma entidade de direito privado, embora suas pensões sejam pagas pela União.

José Carlos da Silva Arouca foi um sindicalista ligado ao Partido Comunista do Brasil – primeiro partido de Marighella. A sua indenização já soma R$ 4,9 milhões. Em fevereiro de 2017, recebeu uma bolada de R$ 1 milhão. Sua renda mensal como anistiado é de R$ 30,5 mil. Mas ele também conta com a aposentadoria como juiz do Tribunal Regional do Trabalho (TRT2), no valor de R$ 27 mil. Na soma, recebe R$ 57,6 mil.

Teto sem limites
Sete anistiados políticos têm renda mensal acima do teto remuneratório constitucional R$ 39,3 mil. A maior renda é de Silvio de Carvalho Froes – R$ 49,5 mil. Ele já recebeu um total de R$ 4,66 milhões. Carlos Felippe Nery Guimarães, petroleiro anistiado, tem renda de R$ 49,3 mil, com um total de R$ 4,4 milhões já pagos. 

O Ministério da Economia afirmou ao blog que, segundo o parecer da Advocacia Geral da União, a reparação paga em razão da declaração da condição de anistiado político (em parcela única, periódica ou retroativa) tem natureza indenizatória. Por isso, não podem ser computadas para fins de incidência da regra do teto constitucional do serviço público, nos termos do art. 37 da Constituição Federal.

A Lei 10.559 também estabelece que os valores pagos por anistia não poderão ser objeto de contribuição ao INSS, fundos de pensão ou previdência. Determina ainda que os valores pagos a título de indenização a anistiados políticos são isentos do Imposto de Renda.
Por fim, a Lei da Anistia deixa expresso que, no caso de falecimento do anistiado político, o direito à reparação econômica transfere-se aos seus dependentes, observados os critérios fixados nos regimes jurídicos dos servidores civis e militares da União.

Lúcio Vaz, colunista - Gazeta do Povo  - VOZES


domingo, 27 de maio de 2018

Governo Temer está certo: tem que acabar com essa indústria de indenizar ex-guerrilheiro; conseguir anistia sem custo é uma coisa, transformar eventual prisão em investimento é bem diferente




Reparações a anistiados travam no governo Temer

Ministro da Justiça diz que está sendo criterioso nas análises, mas comissão é considerada esvaziada



Preso e espancado quando era militante do movimento estudantil durante a ditadura militar, Ennio Bernardo Júnior só se atentou para a existência de provas do que lhe ocorreu após a morte da mãe. Ao organizar os pertences dela, encontrou recortes de jornal noticiando os fatos que, segundo ele, atrapalharam seus planos de magistério. Formado na Escola Normal Manoel da Nóbrega, em São Paulo, mas fichado na polícia, conta que acabou rejeitado pelos colégios onde poderia trabalhar como professor e passou a viver de artes plásticas, fonte de renda até hoje. Orientado por um amigo, em 2012 Ennio entrou com um pedido de reparação na Comissão de Anistia, ainda sem resposta. — Vou fazer 70 anos e não tenho filhos. Se demorar mais, não vai ter ninguém para receber a reparação — diz Ennio. [o dinheiro público sempre pode ser utilizado de forma mais adequada, entre elas no custeio da Saúde Pública, da Educação, da Segurança.]
 
A demora na análise dos pedidos de anistia por perseguição na ditadura, um tema sensível a ingerências políticas, aumentou no governo Temer. O número de casos julgados caiu 83% em cinco anos — de 1.544 em 2013 para apenas 188 em 2018. Somente no gabinete do ministro da Justiça, Torquato Jardim, a quem cabe dar a palavra final sobre os pedidos, há 500 processos. Ao todo, tramitam na Comissão de Anistia 13 mil requerimentos, segundo dados levantados pelo Ministério da Justiça.  Torquato afirmou ao GLOBO que o governo está sendo “mais criterioso” na análise das solicitações porque “houve muito abuso nisso”. E cita a cifra de R$ 14 bilhões, paga a todos os anistiados políticos do Brasil desde 2002. O ministro também enumera dificuldades de estrutura para dar vazão aos pedidos, ressaltando que a equipe que faz a instrução dos processos tem apenas quatro pessoas. Apesar disso, garante que os requerimentos têm sido analisados sem resistência do governo em reconhecer os casos de perseguição. — Estou sendo criterioso, mas não estou negando o direito de ninguém. Vários pedidos foram deferidos no ano passado — diz o ministro. [é inaceitável que verdadeiras fortunas tenham sido pagas a bandidos que mereciam prisão perpétua; só que em vez da justa punição, passaram a ter renda vitalícia;
temos o caso do presidiário Zé Dirceu, do Diógenes do PT e dezenas de outros que receberam verdadeiras fortunas. 
O Diógenes do PT foi anistiado, indenizado e pensionado por ter matado pessoas de bem - entre suas vítimas inocentes está o soldado Mario Kozel Filho - estamos citando apenas um exemplo. 
Mas, existe vários casos de criminosos indenizados por matar e outros que sequer provaram os alegados maus tratos. Qualquer pesquisa séria prova isto.
A queda no número de requerimentos é normal, haja vista que todos morrem: pessoas de bem, bandidos comuns, ex-guerrilheiros, militares e membros das forças de segurança, todos nós estamos sujeitos à morte.
A morte é para todos - bons e maus. E o tempo, a idade, é UM dos fatores que traz a morte.]

Em 2017, 58 pedidos de anistia foram deferidos e 130 negados. Desde 2013, a taxa de aprovação dos requerimentos vem caindo. Passou de 62% naquele ano para 45% em 2014, 36% em 2015, 28% em 2016, com um discreto aumento no ano passado: 30,8%.
Rogério Sottili, ex-secretário especial de Direitos Humanos e diretor-executivo do Instituto Vladimir Herzog, rebate as afirmações de Torquato Jardim sobre supostos abusos na concessão das indenizações no passado. Ele considera as declarações um “desrespeito” com os conselheiros que passaram pela Comissão de Anistia e aponta um “desmonte” do órgão no atual governo.  — As alegações do ministro são para desviar a atenção do fato de que a Comissão de Anistia está escanteada. O governo atual tirou a autonomia da comissão para submeter suas decisões à consultoria jurídica da AGU (Advocacia-Geral da União) — diz Sottili.

Desde que Temer assumiu, os integrantes da Comissão de Anistia foram quase todos trocados. Onze foram retirados ainda em 2016. Outros pediram para sair. A composição atual tem 23 membros. [é comum e conveniente ao interesse público que os membros de comissões, qualquer comissão, sejam substituídos, haja um rodízio frequente - é imoral, ilegal que se torne vitalício  um cargo público que cujo ocupante tem o poder de conceder beneficios suportados por recursos públicos.] Segundo a lei, anistiados políticos podem ter reparação econômica em prestação única de até R$ 100 mil ou pagamentos continuados caso se prove a existência de vínculos laborais à época da violação de seus direitos ocorrida exclusivamente por motivação política de 18 de setembro de 1946 a 5 de outubro de 1988.

O número de pedidos que chegam todos os anos é considerável. Em 2017, foram 1.055 novos requerimentos. Dos 13 mil processos que tramitam na comissão, 8,6 mil aguardam a primeira análise e 4,5 mil já foram avaliados e passam por outros encaminhamentos.

No caso de Ennio Bernardo Júnior, a tramitação do processo mostra que, numa primeira avaliação, o pedido foi deferido no fim do ano passado. Mas a solicitação ainda tramita à espera da aprovação final. Enquanto aguarda uma resposta, usa os dotes artísticos para ganhar a vida, além do aluguel de cerca de R$ 1.000 de um imóvel herdado dos pais. Pintor, escultor e artesão, Ennio diz por que não apresentou seu pedido de anistia antes.
— Eu pensei: como vou provar essas coisas? Deixei para lá. Alguns anos depois, minha mãe faleceu e eu achei os recortes de jornal na casa dela. Então, resolvi buscar a reparação, pois me enquadro nas regras — diz Ennio.

Ele passou cerca de cinco meses preso, quando era secundarista. Responsável por indicar às lideranças onde seriam organizados os protestos relâmpago, com o objetivo de confundir a polícia, foi detido numa manifestação em São Paulo. Os policiais encontraram bolinhas de gude e um estilingue com o estudante. Após apanhar no local, foi levado para o Departamento de Ordem Política e Social, o Dops. Depois de um mês preso, passou a responder ao processo em liberdade, quando concluiu o magistério. Acabou condenado na Justiça Militar tempos depois e cumpriu mais quatro meses de prisão, por ser primário. Caso receba a indenização, quer contratar um ou dois ajudantes para concluir uma escultura em mármore a qual se dedica. [o cidadão foi flagrado cometendo um crime e recebeu a condenação devida - imposta pela Justiça MIlitar, tendo em conta as leis vigentes.
Onde está a razão da indenização?]

O Globo
 

terça-feira, 15 de maio de 2018

Os dez anistiados mais bem pagos

Os dez anistiados mais bem pagos.

ALGUÉM FALOU, NO PASSADO PRÓXIMO: ESSE NÃO É UM PAÍS SÉRIO!!!
ALGUÉM SE LEMBRA QUEM DISSE?

Como disse Millor Fernandes ao recusar a indenização: não era ideologia, era investimento.

 
O País quer Saber : Os dez mais da anistia
José Carlos Arouca, primeiro no ranking dos anistiados ;Indenização: R$ 2.978.185,15 - pensão mensal: R$ 15.652,69. - Relator: Márcio Gontijo


2) Antonieta Vieira dos Santos
Indenização: R$ 2.958.589,08
Pensão mensal: R$ 15.135,65.

Relator: Sueli Aparecida Bellato

3) Paulo Cannabrava Filho
Indenização: R$ 2.770.219,00
Pensão mensal: R$ 15.754,80.

Relator: Márcio Gontijo

4) Renato Leone Mohor
Indenização: R$ 2.713.540,08
Pensão mensal: R$ 15.361,11.

Relator: Hegler José Horta Barbosa

5) Osvaldo Alves
Indenização: R$ 2.672.050,48.
Pensão mensal: R$ 18.095,15.

Relator: Márcio Gontijo

6) José Caetano Lavorato Alves
Indenização: R$ 2.541.693,65
Pensão mensal: R$ 18.976,31.

Relator: Márcio Gontijo

7) Márcio Kleber Del Rio Chagas do Nascimento
Indenização: R$ 2.238.726,71
Pensão mensal: R$ 19.115,17.

Relator: Márcio Gontijo

8 ) José Augusto de Godoy
Indenização: R$ 2.227.120,46
Pensão mensal: R$ 12.454,77.

Relator: Sueli Aparecida Bellato

9) Fernando Pereira Christino
Indenização: R$ 2.178.956,71
Pensão mensal: R$ 19.115,19.

Relator: Márcio Gontijo

10) Hermano de Deus Nobre Alves
Indenização: R$ 2.160.794,62
Pensão mensal: R$ 14.777,50.

Relator: Vanda Davi Fernandes de Oliveira


O ranking dos 10 mais da lista dos anistiados políticos soma R$ 25.439.875,94 em indenizações. 
 A quantia é suficiente para instalar, por exemplo, 26 mil computadores em escolas públicas ou equipar 31 hospitais com aparelhos de tomografia. As cifras aparecem na folha de pagamento do Ministério do Planejamento. A identificação dos beneficiários exige uma demorada busca na coleção do Diário Oficial da União.

Todas as indenizações foram aprovadas pela Comissão de Anistia.
(Quem nomeou essa “Comissão de Anistia ?)
O n° 1 da lista, José Carlos Arouca, recebe, regularmente, todos os meses os R$ 15,6 mil da pensão.

(O que ele fez pelo Brasil para merecer tanto dinheiro ?)
“Eu era filiado ao Partidão”, conta em tom orgulhoso, chamando pelo apelido carinhoso o velho Partido Comunista Brasileiro. “Tinha uma militância política muito intensa junto aos sindicatos”. Em 1999, 20 anos depois da anistia, Arouca se tornou juiz do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. Aposentou-se em 2005 e, no mesmo ano, foi contemplado com a indenização milionária.

Terceiro do ranking, Paulo Cannabrava Filho, conseguiu R$ 2,7 milhões, além da pensão de 15.754,80 por mês. Presidente da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual dos Jornalistas Profissionais, Cannabrava recebe o equivalente ao salário médio de um editor. Procurado por VEJA.com, exigiu que a pergunta fosse feita por e-mail. Atendida a exigência, respondeu com admirável concisão: “A VEJA digo: nada a declarar. Assunto encerrado”. Os beneficiários das boladas gostariam que o assunto fosse sepultado para sempre. Os brasileiros que pagam a conta discordam.

O quarto da lista, Renato Leone Mohor, também premiado com R$ 2,7 milhões, teve a reparação equiparada ao salário médio de um chefe de redação: R$ 15,3 mil. Encerrou o telefonema ao saber que conversava com um repórter de VEJA.com. Este número é confidencial e não vou te atender, amigo”.

 
Entre os relatores, o campeão da generosidade com dinheiro alheio é o advogado Márcio Gontijo. Seis dos 10 nomes entraram no ranking graças a ele.


Transcrito Site A Verdade Sufocada