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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Alckmin grava programa especial com ‘nível máximo’ de ataques a adversários


Tucano estava resistindo em elevar o tom, embora já tivesse sido aconselhado [finalmente, alguém conseguiu convencer Alckmin que ele só vai para o segundo turno se for o primeiro entre os segundos e com boa votação - caso contrário Bolsonaro já leva no primeiro.

Atacar Bolsonaro é babaquice, visto que ainda que conseguisse tirar o capitão do primeiro lugar, quem ficaria no primeiro lugar seria um dos adversários do tucano e Bolsonaro passaria a ser o primeiro dos segundos.

O fogo total do Alckmin deve ser sobre Ciro, Marina e Haddad - especialmente sobre o petista,  que AINDA está sendo o primeiro dos segundos.

Tucanada não entendo nada de política - nem faço questão;  mas, entendo de competição e sei - vocês também sabem mas optaram por fritar o Alckmin - que quando se é o segundo dos segundos, o primeiro e indispensável passo para chegar ao primeiro lugar é se passar a ser o primeiro dos segundos. ]




"Temos que elevar o tom ao nível máximo": esse foi o recado dado pelos presidentes dos partidos do centrão ao candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, e que o tucano começou a cumprir já nesta quarta-feira. Alckmin gravou um programa eleitoral com pesadas críticas ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que vai ao ar nesta quinta-feira, segundo integrantes da campanha do PSDB que acompanharam a gravação. O ataque também será direcionado ao candidato do PT, Fernando Haddad.

A avaliação do grupo é que Alckmin tem que retirar Bolsonaro do segundo turno, se colocando como alternativa responsável para evitar a volta do PT ao poder. Outra decisão será focar os próximos dias de campanha em São Paulo, onde o tucano foi quatro vezes governador e tem condições de recuperar votos mias facilmente. Os tucanos dizem que as pesquisas internas nunca mostraram Alckmin abaixo de 9%, e vinham registrando uma tendência de queda de Bolsonaro. Os números dos institutos causaram perplexidade. 

Alckmin vinha resistindo em elevar o tom, embora viesse sendo aconselhado a adotar esta postura há dias, em especial pelo presidente do DEM e coordenador da campanha em nome do centrão, o prefeito de Salvador, ACM Neto. Mas Alckmin e outros tucanos se mantiveram naquele pensamento de que um maior tempo de televisão daria resultado e que, ao final, a onda em seu favor surgiria. O próprio Alckmin externou esse discurso em agenda de campanha na última segunda-feira, em Brasília, falando da "onda na reta final". Mas na terça-feira veio a realidade: os partidos reunidos em São Paulo lhe colocaram como última alternativa radicalizar.

Dentro do PSDB, há uma perplexidade com o enfraquecimento da candidatura. Tucanos experientes acreditavam piamente neste discurso de Alckmin de que sua estratégia mais ponderada daria resultado ao final, como ocorreu na negociação com os partidos do chamado centrão. Na prática, porém, nem a escolha da senadora Ana Amélia (PP-RS) teve o resultado esperado no Sul do país, onde Bolsonaro lidera com folga.
Do lado do PSDB, a decisão foi jogar em terreno seguro: o tucano terá agendas de campanha até domingo em São Paulo, na capital e interior.
Do lado do centrão, ACM Neto tem sido o mais fiel colaborador de Alckmin.
— Não podemos caminhar para uma eleição pautada por dois episódios: a prisão de Lula e a facada em Bolsonaro. Agora, temos o dever de mostrar tudo: as fragilidades de Bolsonaro e os riscos da voltar ao poder do PT. Dizer que a eleição acabou não é verdade — disse ACM Neto.


 


quarta-feira, 25 de julho de 2018

Alckmin deveria pôr um ponto final já nesta 4ª ao papo de “Josué vice”. É evidente que dará errado ainda que dê certo e o empresário tope

Convidei o empresário Josué Alencar (PR) para ser meu vice no programa “O É da Coisa”. Se Lula (PT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT) acham que ele pode ser um bom nome, né?, dadas as divergências que há entre esses três políticos, então Josué deve ter um “je ne sais quoi” que o qualifica para qualquer cargo. Convenham: não dá para levar essa conversa muito a sério. Quando o “Centrão”, formado por DEM, PP, PR, PRB e SD, anunciou a adesão à candidatura de Alckmin, o tucano já havia atraído PSD, PPS, PTB e PV. A única legenda aí que não integrou um governo petista foi o DEM. No caso do governo Temer, não se exclui ninguém. Valer dizer: quase todo mundo serviu ao petismo e àqueles que os petistas dizem ser golpistas. “Ah, o Centrão sempre foi assim: dá piscadelas tanto para o peixe como para o gato”. Sim, é verdade! Mas confusão como a armada, de graça, para o presidenciável tucano, nunca se viu.

Notem: tudo o mais constante, Alckmin reúne a mesma gigantesca base de apoio que serviu a Lula, Dilma e Temer — só o MDB está fora desta feita, optando, e não parece que vá mudar, pela candidatura de Henrique Meirelles. Mas, vamos ser claros, caso o ex-ministro da Fazenda não emplaque, ninguém espera que o partido vá ficar fora do futuro governo. Alguém se lembrará se evocar a importância de uma maioria expressiva no Congresso para apoiar as reformas. E, como todos sabemos, o MDB, desde já, exibe terminais ligadores que podem conectá-lo com o PSDB, PT, PDT, qualquer um. Mas voltemos ao ponto.

Como é que um candidato que reúne um tal arco de alianças se torna refém, por algum tempo ao menos, da indecisão que já deveria valer por um “não” — de um pré-candidato a vice? Trata-se de algo inexplicável. Pior: a articulação do nome de Josué Alencar passa pela intermediação de Valdemar Costa Neto, chefão do PR. Trata-se do patriota que admitiu ter, sim, recebido uma mala de dinheiro do PT; que foi condenado no processo do mensalão por corrupção passiva e lavagem; que já conheceu por dentro a cela de uma cadeia. Não há dúvida de que os nove partidos hoje alinhados com Alckmin, além do próprio PSDB, conferem musculatura ao tucano porque lhe faculta 40% do horário eleitoral, capilaridade e recurso de campanha. Falta agora atrair os eleitores, o que o tucano aposta que acontecerá só depois do início da propaganda no rádio e na TV. A ver.

O fato é que Alckmin não deveria estar, agora, na dependência dos quereres de Josué, que é sabidamente ligado ao PT, uma condição que herdou do pai, José Alencar, vice de Lula por oito anos, mas também por ações próprias. Os laços entre a família Alencar e Lula se mantiveram firmes ao longo do tempo, mesmo depois que o ex-presidente caiu em desgraça. Parece restar claro que o tal “Centrão” vendeu a Alckmin o que não estava pronto para entrega. A pressão sobre Josué é grande. No ritmo em que andam as coisas, ele até pode decidir assumir o ponto de vice de Alckmin nesta quarta. Até esta terça, mantinha firme a sua recusa.

Mendonça Filho (DEM-PE) e Aldo Rebelo (SD-SP) apareceram no mercado de apostas. Mas, claro!, tudo dependerá da palavra final de Josué… Convenham: o candidato tucano poderia passar sem essa confusão. No fim das contas, qual o busílis? É crescente o número de pessoas a estimar que, dada a fragmentação, é considerável a chance de Alckmin disputar um segundo turno com “Senhor X”, o candidato de Lula. Como até o Centrão anda a fazer esse cálculo — e isso pesou na rasteira dada em Ciro Gomes —, Josué não gostaria de ser peça importante do outro lado de um confronto com o líder petista encarcerado.

Em lugar de Alckmin, eu botaria um ponto final na “hipótese Josué’. Parece visível que ele não quer ser o vice na chapa. Se forçado a tanto, a pequena crise de agora pode virar uma grande mais adiante. De resto, o tucano não precisa de um “vice empresário” para tentar amaciar a sua imagem.  Josué, diga-se, é muitas vezes mais rico do que o ex-governador de São Paulo, mas se alinha, do ponto de vista ideológico, à sua esquerda. É uma bobagem fazer essa novela se arrastar além do capítulo desta quarta. Até porque resta evidente, a esta altura, que Josué, apontado como uma solução, já virou um problema.

Blog do Reinaldo Azevedo



terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Lula é o establishment

Leio com perplexidade análises que projetam no dia 24 de janeirodata estabelecida para o julgamento de Lula em segunda instância a solução do problema em que consiste o ex-presidente. Problema que, diga-se, a parcela do Brasil que, por exemplo, beatificou Cármen Lúcia criou (recriou) para todo o país, ao endossar bovinamente o enredo — escrito por Janot e seus meninos, e editado por Fachin — que criminalizou a atividade política e que, afinal, igualou a ação corrupta de grupos em busca de enriquecimento individual ao projeto autoritário de assalto ao Estado para permanência no poder, de captura da máquina pública para financiar a estrutura do partido, promovido pelo PT. Deu no que deu. Se rastejam todos os políticos na mesma lama, ora: aí se revitaliza aquele do qual o brasileiro se lembra, aquele experimentado, sob cujo governo dane-se que origem da crise em que ainda nos afogamos havia emprego e crédito fartos etc. 

Se são todos igualmente bandidos, Lula é o mais antigo e conhecido espécie de segurança na hora de escolher um entre os marginais. Para ele, a lama é medicinal. E aí? O homem, carta fora do baralho em 2016, é hoje o melhor produto do jacobinismo de extração janotista, reerguido pela sanha dos justiceiros cuja estupidez agora faz de um Roberto Barroso — o Gilmar do mensalão — o herói na luta contra a impunidade. Parabéns! Essa é a caça às bruxas em decorrência da qual Lula ganhou de presente um discurso até para falar novamente em golpe: o de que derrubaram o governo popular para pôr no lugar um — segundo a narrativa da facção mais influente do Ministério Público — ainda mais criminoso.

Com esse texto sob medida para palanque, e com a fibra político-eleitoral que a ideia de resistência vende, ademais num ambiente conflagrado por tática desenhada pelo próprio “perseguido”, como supor que mais um julgamento — não importa em que instância — possa frear uma campanha que há meses testa limites e prospera? Como, aliás, não supor que a provável nova condenação não seja mais combustível à estratégia — fundamentada em vitimização e politização das ações judiciais — que o ex-presidente concebeu para si?

Faz tempo que o “problema Lula” deixou de ser matéria de tribunal. Daí meu assombro ante a expectativa de que a decisão de 24 de janeiro possa significar revés para o ex-presidente; de que a chancela do TRF-4 à sua condenação por Moro tenha a mais mínima chance de tirá-lo do jogo e clarear o tabuleiro de 2018. É como se não fosse talvez mesmo o oposto: mais uma etapa no projeto de judicialização do processo eleitoral, esse em que Lula investe para tentar se impor formalização de candidatura adentro, mas do qual sairá candidato mesmo que não possa ser.

Alguém duvida de que já nos confinamos a um pleito em que porção relevante do eleitoradotanto maior quanto mais próximo do dia 7 de outubro Lula for impedido de disputar — votará em desagravo a um cidadão legalmente culpado? [ menos de 20% pode sere considerada parcela relevante do eleitorado? NUNCA.] De que a eleição do próximo presidente será em parte um plebiscito sobre a tal injustiça cometida contra Lula?

Este é o Brasil: país em que um indivíduo condenado pela Justiça lidera todas as pesquisas, sujeito cuja eventual (improvável) prisão representaria força eleitoral poderosa a ponto de lhe recuperar a capacidade de transferir votos como para Dilma Rousseff. [lidera com um percentual bem inferior ao dos que o rejeitam; já o, por enquanto, segundo, tem um percentual de rejeição bem inferior ao do coisa ruim de Garanhuns.] Eis um ponto relevante — a força de Lula para levantar outro poste. As mesmas pesquisas indicam que — embora ainda considerável — já não é a mesma. É verdade. Mas verdadeiro também é que, uma vez sem Lula, o PT não terá candidato — a ser de todo construído — como Dilma. Jaques Wagner, por exemplo. Um político profissional, que governou a Bahia por dois mandatos e cuja proeminência eleitoral no Nordeste pode compensar fração da perda de alcance do ex-presidente para terceirizar votos. Que o leitor não se iluda: o candidato do PT — Lula ou não — estará no segundo turno. Lula ou não, Lula será.

Há mais a ser considerado.  Não são poucos os agentes políticos inclusive adversários — que torcem (trabalham) por Lula em 2018. Não para que vença a eleição (se acontecer, porém, paciência); mas a que chegue a outubro livre para disputá-la. O que está na mesa é a conservação do sistema; circunstância em que pouco interessará a saúde do país. Convém atentar para a agenda tanto do STF — principal garantidor da insegurança jurídica no Brasil — quanto do TSE. Não é só a presumível revisão da jurisprudência que hoje autoriza o cumprimento de pena após condenação em segunda instância; mas também a possibilidade de que se afrouxem os critérios de inelegibilidade definidos na lei da Ficha Limpa. [tudo é possível; mas, a mais recente decisão do Supremo sobre a Lei da Ficha Limpa foi a de que a mesma retroaja, o que não combina com afrouxamento de critérios. 

E a revisão da jurisprudência sobre o cumprimento da pena após confirmada em segunda instância é por enquanto apenas uma hipótese.]

Lula é a força em função da qual todos os atores políticos se organizam: a âncora de previsibilidade eleitoral, que confere memória à disputa e interdita brechas à ascensão de outsiders. Mas não somente; pois também é o termômetro que afere a temperatura da Lava-Jato. O cálculo sobre sua sobrevivência é ciência exata: se, com tudo que corre contra si, condenado em primeira instância, sentença virtualmente confirmada em segunda, sujeito a ser ainda (provavelmente neste ano) apenado no processo relativo ao sítio de Atibaia, conseguir concorrer à Presidência, terá sido porque a operação fracassou. O raciocínio consequente é óbvio: se ele — ainda que derrotado nas urnas — vencer, ninguém mais cairá. [o SE que segue aos dois pontos acima e o SE que antecede o ele, são a garantia de que Lula está morto e sepultado politicamente.]

Lula é o indulto de Natal do establishment projetado para 2018.


Carlos Andreazza - O Globo