Tucano estava resistindo em elevar o tom, embora já tivesse sido aconselhado [finalmente, alguém conseguiu convencer Alckmin que ele só vai para o segundo turno se for o primeiro entre os segundos e com boa votação - caso contrário Bolsonaro já leva no primeiro.
Atacar Bolsonaro é babaquice, visto que ainda que conseguisse tirar o capitão do primeiro lugar, quem ficaria no primeiro lugar seria um dos adversários do tucano e Bolsonaro passaria a ser o primeiro dos segundos.
O fogo total do Alckmin deve ser sobre Ciro, Marina e Haddad - especialmente sobre o petista, que AINDA está sendo o primeiro dos segundos.
Tucanada não entendo nada de política - nem faço questão; mas, entendo de competição e sei - vocês também sabem mas optaram por fritar o Alckmin - que quando se é o segundo dos segundos, o primeiro e indispensável passo para chegar ao primeiro lugar é se passar a ser o primeiro dos segundos. ]
"Temos
que elevar o tom ao nível máximo": esse foi o recado dado pelos
presidentes dos partidos do centrão ao candidato do PSDB, Geraldo Alckmin,
e que o tucano começou a cumprir já nesta quarta-feira. Alckmin gravou um
programa eleitoral com pesadas críticas ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro,
que vai ao ar nesta quinta-feira, segundo integrantes da campanha do PSDB que
acompanharam a gravação. O ataque também será direcionado ao candidato do PT,
Fernando Haddad.
A
avaliação do grupo é que Alckmin tem que retirar Bolsonaro do segundo turno, se
colocando como alternativa responsável para evitar a volta do PT ao poder.
Outra decisão será focar os próximos dias de campanha em São Paulo, onde o
tucano foi quatro vezes governador e tem condições de recuperar votos mias
facilmente. Os
tucanos dizem que as pesquisas internas nunca mostraram Alckmin abaixo de 9%, e
vinham registrando uma tendência de queda de Bolsonaro. Os números dos
institutos causaram perplexidade.
Alckmin
vinha resistindo em elevar o tom, embora viesse sendo aconselhado a adotar esta
postura há dias, em especial pelo presidente do DEM e coordenador da campanha
em nome do centrão, o prefeito de Salvador, ACM Neto. Mas Alckmin e outros
tucanos se mantiveram naquele pensamento de que um maior tempo de televisão
daria resultado e que, ao final, a onda em seu favor surgiria. O próprio
Alckmin externou esse discurso em agenda de campanha na última segunda-feira,
em Brasília, falando da "onda na reta final". Mas na terça-feira veio
a realidade: os partidos reunidos em São Paulo lhe colocaram como última
alternativa radicalizar.
Dentro do
PSDB, há uma perplexidade com o enfraquecimento da candidatura. Tucanos experientes
acreditavam piamente neste discurso de Alckmin de que sua estratégia mais
ponderada daria resultado ao final, como ocorreu na negociação com os partidos
do chamado centrão. Na prática, porém, nem a escolha da senadora Ana Amélia
(PP-RS) teve o resultado esperado no Sul do país, onde Bolsonaro lidera com
folga.
Do lado
do PSDB, a decisão foi jogar em terreno seguro: o tucano terá agendas de
campanha até domingo em São Paulo, na capital e interior.
Do lado
do centrão, ACM Neto tem sido o mais fiel colaborador de Alckmin.
— Não
podemos caminhar para uma eleição pautada por dois episódios: a prisão de Lula
e a facada em Bolsonaro. Agora, temos o dever de mostrar tudo: as fragilidades
de Bolsonaro e os riscos da voltar ao poder do PT. Dizer que a eleição acabou
não é verdade — disse ACM Neto.