VOZES - Gazeta do Povo
O juiz Alexandre de Moraes, do STF, mandou soltar quatro presos no caso do cartão de vacina.
Um sargento, um major, um ex-integrante do Exército e um ex-secretário
da prefeitura de Duque de Caxias.
Eles estariam imprimindo cartões de
vacina, multiplicados aos milhões, e por isso foram presos? Não. Eles
estavam oferecendo cartões de vacina em branco para as pessoas
preencherem, as que não queriam tomar a Pfizer? Não.
É porque são
suspeitos de estarem entre as pessoas que forjaram cartão de vacina para
Bolsonaro, Michelle,
o ajudante de ordens, a mulher dele e a filha poderem ir aos Estados
Unidos.
Eles não poderiam ir sem cartão de vacina, mas também não
queriam se submeter aos riscos da vacina.
Acho que é no Código Civil que
está escrito que ninguém é obrigado a se submeter a tratamento algum
que possa oferecer risco.
Os quatro foram presos em maio, e só agora, em
setembro, que foram soltos. Se tivessem cometido algum crime... quem
fica preso todo esse tempo é assaltante.
STF não quer nem que o Brasil ouça os advogados dos réus do 8 de janeiro
É quase inacreditável o que Moraes pediu e Rosa Weber determinou: o julgamento de 232 réus do 8 de janeiro será feito de modo virtual.
Os ministros não vão precisar justificar o voto, e nem haverá defesa oral.
Isso evita que o Brasil veja o ex-desembargador Sebastião Coelho dizendo que os ministros são odiados, evita que a advogada diga que estão confundindo juiz com promotor, que o juiz age como se fosse acusação. Não ficaremos sabendo do teor da defesa, pelo jeito.
Nem Kafka imaginaria isso, mas está acontecendo na nossa cara, a despeito do que diz a Constituição, no inciso XXXVII do artigo 5.º, que trata das garantias e direitos fundamentais: “não haverá juízo ou tribunal de exceção”.
A prioridade de Lula: um avião novo
Na 7.ª Vara Federal de Brasília, um juiz, atendendo a pedido – porque, normalmente, em tempos de devido processo legal, juiz não tem iniciativa de nada – de parlamentares, deu cinco dias para o governo federal explicar por que quer comprar um novo avião para o presidente da República e a primeira-dama viajarem.
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A prioridade de Lula: um avião novo
Na 7.ª Vara Federal de Brasília, um juiz, atendendo a pedido – porque, normalmente, em tempos de devido processo legal, juiz não tem iniciativa de nada – de parlamentares, deu cinco dias para o governo federal explicar por que quer comprar um novo avião para o presidente da República e a primeira-dama viajarem.
O que está no noticiário é que a primeira-dama não está satisfeita com o Aerolula, que tem esse nome porque foi comprado por Lula em 2004, e entrou em operação em 2005.
É um avião novo, portanto, um Airbus 319, que está adaptado para o uso da Presidência da República.
Não é o A319 que vocês conhecem nas linhas aéreas.
Tem uma área separada para o presidente, espaço para ele fazer as refeições, uma suíte com banheiro, espelho, chuveiro, ducha... aquela maravilha.
O presidente tem um gabinete pessoal para ele.
E ainda há 100 assentos para assessores e demais convidados viajarem e conseguirem dormir.
Mesmo assim parece que não estão satisfeitos. Só que um avião novo custa R$ 400 milhões.
Isso
que o presidente e a primeira-dama já ficam sempre em hotéis de luxo,
não? Eu estava vendo o Lotte New York Palace, na Madison Avenue, onde
estão os grandes jornais dos Estados Unidos, com vista para a Catedral
de Saint Patrick e pertinho do Rockefeller Center.
Uma comitiva grande
está lá. Diz a Al Jazeera – porque não vemos isso na televisão
brasileira – que são três ônibus, conduzindo todos os convidados. Nesta
quarta-feira o presidente se encontra com Zelensky, que na terça-feira assistiu ao discurso de Lula, mas não aplaudiu. [convenhamos, apesar das nossas discordâncias com o Zelensky temos que concordar ele não merece o castigo de ter que ouvir um discurso do estadista de araque que preside o Brasil.]
Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES