Em pouco mais de 24 horas, imagens foram vistas por mais de 900 mil pessoas e compartilhadas por outras 32 mil
Ativistas ensinam população negra a agir durante intervenção e publicação viraliza (VÍDEO)
Um vídeo
contendo dicas sobre como a população negra das comunidades do Rio deve agir
durante a intervenção na segurança pública do Rio viralizou na internet neste
fim de semana e, em pouco mais de 24 horas, foi visualizado por mais de 900 mil
pessoas e compartilhado por outras 32 mil. Nas imagens, que têm duração de três
minutos e vinte e cinco segundos, o repórter do FaveladaRocinha.com, Edu
Carvalho e os youtubers Spartakus Santiago e AD Junior ensinam, por exemplo,
como se portar numa blitz ou numa abordagem feita por policiais ou agentes das
Forças Armadas. — É
triste ter esse vídeo, pensar esse vídeo, publicar esse vídeo. Mas é altamente
necessário porque a gente sabe bem que a partir do momento que começa a
intervenção militar quem irá sofrer as consequências no final da história,
principalmente dentro das favelas. É o que a gente sempre fala quando tem
incursão policial ou militar nas favelas: quem sofre é o preto, pobre e
favelado. Isso sem sombra de dúvida e não é vitimismo — afirma Edu Carvalho.
A
iniciativa partiu dos três amigos que participam do vídeo e teve como
inspiração uma imagem, com teor semelhante, postada na manhã de sexta-feira
pelo ator Rodrigo França em sua rede social. Segundo Edu, no mesmo dia eles
acharam que valeria a pena fazer a gravação, ampliando as dicas que já haviam
sido mostradas anteriormente. O vídeo intitulado “Intervenção do Rio: dicas
para sobreviver a uma abordagem indevida” foi postado inicialmente na página do
facebook do youtuber Spartakus Santiago e logo viralizou.
Entre as
recomendações está evitar sair de casa em altas horas. “Infelizmente à noite, a
partir do olhar do outro, você é não somente negro, mas bandido e apresenta
perigo”, alerta o vídeo. Em caso de sair de casa, pede que a pessoa não esqueça
de levar documentos, priorizando a carteira de identidade e a de trabalho, além
do celular com a bateria carregada. “É com ele que você consegue fazer não só
ligações mas as gravações e também consegue compartilhar com seus amigos e
familiares sua localização”, orienta.
O vídeo
ensina também como fazer a gravação de modo que o registro sirva para provar
suposto abuso de poder. Algumas sugestões podem parecer curiosas, mas possuem
precedentes.
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