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terça-feira, 20 de outubro de 2015

Villas Bôas, o general do Foro de São Paulo



"Se há algo que não está funcionando no Brasil hoje, são as 'instituições'."
Heitor De Paola comenta as últimas declarações do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas.

E presta sua homenagem ao coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, que faleceu na madrugada desta quinta-feira (15).

Clique abaixo para ouvir comentário de Heitor de Paula:



quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Morre Brilhante Ustra, ex-chefe do Doi-Codi – Ustra, um símbolo da luta pela democracia



Coronel reformado tinha 83 anos e se tratava de um câncer
O coronel reformado Carlos Brilhante Ustra, 83 anos, que chefiou o Doi-Codi do 2º Exército, morreu na madrugada desta quinta-feira. Ele estava internado na UTI do Hospital Santa Helena, em Brasília, em estado gravíssimo. Ustra teve complicações a partir de um câncer de próstata, que provocou uma metástase. Ele também foi acometido de forte pneumonia. O corpo de Ustra será velado a partir das 16h de hoje, na capela do Hospital das Forças Armadas. Ele será cremado na sexta-feira.

MORTE TRAZ SENTIMENTOS OPOSTOS
O coronel da reserva Pedro Ivo Moézia, que foi subordinado de Ustra no Doi-Codi, lamentou a morte de seu superior.  — Foi uma grande perda para o Brasil e para o Exército. O Ustra era o único grande herói nacional vivo. Ele cumpriu missões difíceis. Foi um dos principais responsáveis por termos acabado com o terrorismo e a subversão, mas que, infelizmente, não obteve o valor devido do Exército. Como amigo e subordinado, sinto muito. Foi um injustiçado. Um símbolo da nossa resistência e que toda essa estrutura de governo, do PT, se debruçou para acabar com ele — disse Moézia.

— Mesmo a morte de uma pessoa que cometeu as maiores atrocidades é de se lamentar. Foi tirado dele, nessa existência, a oportunidade de se arrepender e confessar seu papel perverso na máquina estatal de tortura de seres humanos. Vamos ficar com essa lacuna na reconstituição de nossa história recente — disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).

— Perdemos hoje um símbolo da luta pela democracia. O coronel Ustra esteve na linha de frente no combate a guerrilheiros formados em Cuba e financiados pela União Soviética para aqui impor a ditadura do proletariado. Devemos a ele parte da liberdade que ainda gozamos no Brasil lamentou o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ).

Já o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, criticou o fato dele não ter sido punido em vida: - O Supremo Tribunal Federal aguarda que todos morram antes de decidir definitivamente sobre a validade da Lei da Anistia e sobre a obrigatoriedade da execução da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos que estabelece o dever de responsabilização dos crimes da ditadura. A Lei da Anistia é a verdadeira lei da vergonha e da impunidade no Brasil - disse Abrão.

A família de Ustra registrou a morte do militar nas redes sociais. São vários os comentários elogiosos de internautas: "Torturador de vermelho. Vai fazer falta"; 
"obrigado por proteger o Brasil do inimigo comunista em um passado recente";
 "exemplar combatente das forças patrióticas";
 "um excelente brasileiro que ajudou a livrar o país da corja comunista";
 "morreram ou mataram?".

Fonte: O Globo