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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Renan não tinha por que interferir no caso Gleisi no STF – Renan critica Gleisi e diz que julgamento é feito num ‘hospício’; sessão volta a ser suspensa



Renan é senador da República e tem o direito, até mesmo o DEVER, de defender a instituição de acusações tipo as proferidas pela mulher do ‘assaltante de aposentado’
O que o presidente do Senado, Renan Calheiros, disse causa estranheza porque ele não teria como interferir num processo no Supremo. Ele precisa se explicar. O caso da senadora Gleisi Hoffmann está com o ministro Dias Toffoli, e nada foi levado ainda para a turma do STF para ser discutido um indiciamento ou não dela. Se o senador fez um procedimento formal, ele precisa dizer qual foi o instrumento e a que título.

A senadora está sendo investigada no caso Consist, que foi o primeiro desdobramento da Lava-Jato. Seu marido Paulo Bernardo foi preso na fase “Custo Brasil”, da Lava-Jato. Mas em nenhum dos dois casos a presidência do Senado poderia interferir. Nada do que é apurado ali tem a ver com a atuação de Gleisi como parlamentar. Não caberia, então, a interferência de Renan. Portanto, o que Renan Calheiros precisa fazer agora é se explicar.

‘Renan é que manda no Supremo?’, questiona Kátia Abreu após senador citar o não indiciamento de Gleisi
Aliados de Dilma Rousseff reagem com surpresa a intervenção do presidente do Senado
Os aliados da presidente afastada Dilma Rousseff reagiram com surpresa e indignação à intervenção feita pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que ao criticar a senadora Gleisi Hoffmann por ter dito que o Senado não tem moral para julgar a presidente, afirmou que ele teria conseguido suspender, no Supremo Tribunal Federal (STF), que o indiciamento dela seja feito pela Polícia Federal.  

A ex-ministra de Dilma, senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), criticou duramente o colega de partido. Segundo ela, em vez de acalmar os ânimos, Renan opta por uma atitude de agressão ao Supremo e ao Senado.  — O que o Renan fez não tem nome. Ele é o presidente do Senado. Pega a palavra e toma uma atitude dessas, de agressão? É ele quem manda no Supremo? Ele quem decide sobre indiciamento, que tira indiciamento? Foi uma agressão ao Judiciário e ao Senado — afirmou Kátia Abreu. [no entender da traidora Kátia Abreu – ela só conseguiu ser eleita em 2010, por ter sido peça importante na derrubada da maldita CPMF em 2007, mas logo que reeleita se bandeou para os lados da Dilma, a Afastada – ela pode falar asneiras nas sessões do Senado, valendo o mesmo para o Lindbergh e outros da corja lulopetista, mas, o Renan não pode ter uma posição individual, de senador, desvinculada da que adotaria na como presidente. Se a posição de Renan agradou ou desagrado, os que foram analisar devem ter em conta que ele também tem direito a ter opinião independente.]

Renan, ao tomar a palavra, criticou Gleisi e afirmou “que o presidente do Senado conseguiu no Supremo desfazer seu indiciamento feito pela Polícia Federal”. O advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, evitou se pronunciar sobre o bate-boca em plenário e a fala de Renan. Mas garantiu que a presidente virá se defender na segunda-feira: — Ela virá! Vamos acalmar as coisas.

Para os aliados de Dilma, a tensão está aumentando desde ontem quando conseguiram a suspeição da principal testemunha de acusação, o procurador Júlio Marcelo de Oliveira. Eles acreditam que os aliados de Michel Temer aumentaram as críticas porque perceberam que estão perdendo "a narrativa". Eles querem diminuir o tempo do julgamento porque está causando constrangimento nacional!

Assim que a sessão foi suspensa, os aliados de Dilma foram se reunir na Liderança do PT para traçar a estratégia. A senadora Gleisi deixou o plenário, mas não quis dar declarações sobre o ocorrido. Afirmou que falará com a imprensa após essa reunião. O senador petista Paulo Rocha (PT-PA), resumiu: — Desandou, agora desandou. Desde ontem eu procurei o Renan, o Aloysio para conversarmos e não deixarmos as coisas desandarem. Ele como presidente faz uma fala para conciliar e dá nisso. Renan perdeu a cabeça!
A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) afirmou que o que todos querem é acalmar os ânimos: — O presidente foi tentar acalmar os ânimos e acabou incendiando. Não temos intenção de manter o incêndio!

Clima esquentou quando o presidente do Senado criticou a senadora petista
A sessão de julgamento do impeachment foi suspensa pela segunda vez nesta sexta-feira depois que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), usou o microfone para reclamar dos colegas, afirmar que a sessão era um "hospício". O clima esquentou quando Renan criticou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) por ela ter dito que o Senado não tinha moral para julgar a presidente Dilma. O presidente do processo, Ricardo Lewandowski, em meio a gritos, antecipou o almoço, suspendendo mais uma vez a sessão. — Eu não quero tocar fogo não, mas como uma senadora pode dizer uma decisão dessas? Chegou ao cúmulo de dizer aqui que o Senado não tinha moral para julgar a presidente. Uma senadora que o presidente do Senado conseguiu no Supremo desfazer seu indiciamento feito pela Polícia Federal — disse Renan, exaltando e recebendo vaias.

— Vossa Excelência sendo obrigado a presidir um julgamento num hospício!
Ele chamou a lei do impeachment de "excrescência", afirmando que a lei permite que a todo momento haja problemas. — O Senado está perdendo, está perdendo a oportunidade de se afirmar como uma instituição verdadeiramente democrática. Queria até pedir desculpar ao professor Belluzzo pelo constrangimento — disse Renan, acrescentando:  — Aprovamos essa excrescência que é a lei do impeachment. Se for assim, teremos que cancelar o depoimento da presidente da República na segunda-feira. Fico muito triste de que essa sessão é a demonstração de que a burrice é infinita.

Foi quando Lewandowski, agradeceu a interferência do senador, e diante de novas discussões, desta vez entre Gleisi e Renan, suspendeu a sessão. — Que baixaria, Renan, trazer isso da Gleisi — dizia Lindbergh.

O problema começou com bate-boca de Ronaldo Caiado e Lindbergh Farias. Caiado e Lindbergh voltaram a trocar ofensas em plenário no segundo dia do julgamento do impeachment. Após ser chamado de "desqualificado", Caiado afirmou que Lindbergh era "pior que Beira-Mar" e tinha uma "cracolândia" no seu gabinete. O petista voltou a atacar o colega afirmando que o bicheiro Carlinhos Cachoeira era quem sabia da vida dele.
Logo após Renan se exaltar chamando a Casa de "hospício", o senador Lindbergh Farias (PMDB-RJ) disse que o peemedebista está "descompensado e perdeu a chance de "ficar calado". — Renan surpreendeu a todo mundo, parecia descompensado. Não há dúvidas para ninguém que o Senado está desmoralizado, pesam acusações sobre inúmeros senadores. Renan, como bombeiro, tocou fogo no plenário — disse Lindbergh.

Fonte: O Globo


domingo, 8 de fevereiro de 2015

Cracolândia pode, mais uma vez, ficar na mira da polícia. Tráfico de drogas tem que ser tratado da mesma forma que na Indonésia

São quase quatro horas da tarde na região central de São Paulo quando uma mulher de cabelos vermelhos começa a gritar:Tá liberado, gente! Pode vir!”. Foi a senha para que centenas de usuários de crack que se aglomeravam no primeiro quarteirão da rua Helvétia começassem a se espalhar por um pequeno trecho da alameda Cleveland e montassem novamente suas barracas de lona na calçada. A movimentação era acompanhada de perto por quase uma dezena de guardas municipais e pelo capitão Renato Gomes da Silva, homem de confiança do prefeito Fernando Haddad.

A mudança dos usuários na região conhecida como Cracolândia se repete todos os dias, pela manhã e pela tarde, quando um caminhão da Prefeitura encosta no local para lavar o chão com jatos de água de alta pressão. Ela é resultado de um acordo feito entre o poder municipal e os usuários, que se organizam sozinhos para dar passagem à limpeza. Minutos antes, o capitão Renato, uma espécie de coordenador da massa, conversava com as lideranças do fluxo, como é chamado o local onde ocorre o consumo intensivo do crack, para acertar detalhes de uma reunião que teriam com representantes de uma empresa que revitalizará uma parte da área. Tudo amistosamente, num cenário que nem de longe lembrava a intervenção violenta da polícia ocorrida anos antes.

A diferença de postura do poder público, que há décadas tenta encontrar a fórmula para atuar de forma eficaz na área, ocorreu com a chegada do Programa De Braços Abertos, da Prefeitura. Uma ação focada na redução de danos, que há um ano passou a oferecer três refeições diárias, trabalho acompanhado de um salário de 15 reais ao dia, tratamento e uma vaga em um quarto de hotel para cerca de 400 moradores fixos da cracolândia, que viviam em 178 barracos de madeira montados na rua. O resultado, segundo dados da prefeitura, foi uma diminuição do fluxo -dos 1.500 usuários registrados por dia para 300, um dado influenciado também pelo alto índice de prisões por tráfico (um aumento de 83%); a realização de 54.000 atendimentos de saúde e um número mais tímido de pessoas “emancipadas”- 21 deixaram o programa para trabalhar em outras atividades. Também houve percalços: um dos oito hotéis credenciados foi retirado do programa por más condições. Nos outros, há registros de falta de camas, de água e infestação de insetos.

O projeto parecia correr bem até que, nesta semana, a Prefeitura deu um passo que preocupa as entidades que atuam na área. Haddad se encontrou com o secretário de Segurança Pública do Estado, Alexandre de Moraes, com quem estabeleceu um acordo. A gestão municipal passará todas as imagens gravadas na região durante o último ano para que a polícia civil possa investigar a existência do tráfico na região e prender os traficantes. Luciana Temer, secretária de Assistência Social da Prefeitura, diz que a decisão foi tomada porque as equipes de saúde e de assistência  estavam sendo proibidas de trabalhar pelos traficantes. “Temos notado uma mudança no comportamento do fluxo. O pequeno comércio de droga estava se tornando um grande comércio e havia um impedimento de que as equipes entrassem no local.”

Moraes garante que agora a operação policial será diferente das feitas anteriormente, quando policiais militares atiraram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha contra a massa de usuários, alguns sem força alguma para fugir, para dispersá-los da área e prender os traficantes -a chamada Operação Sufoco, feita em janeiro de 2012, resultou na criação de mini-cracolândias pela região central. “Queremos asfixiar a chegada da droga no local. Quando ela deixar de chegar, as pessoas que querem o tratamento vão procurar”. 

Será uma ação de inteligência, não de força, disse. “O problema é que o que eles chamam de traficantes também são os usuários, que vendem a droga para poder consumir. As mesmas pessoas que recebem o cuidado são as que recebem a repressão e isso prejudica o vínculo criado com o trabalho”, diz Bruno Ramos Gomes, coordenador da ONG É de Lei, que há 12 anos atua no local. “Criar o vínculo de confiança demora porque essas pessoas já sofreram muito. O De Braços Abertos parecia ser uma quebra de paradigma, mas no momento em que a prefeitura insiste na abordagem com a polícia, ela se contradiz com a prática da redução de danos, onde a droga não é o foco do problema”, diz Raul Nin Ferreira, defensor público do Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos, que acompanha a atuação do poder público na região.

A relação é de fato complicada. No último dia 26 de janeiro, a prisão de uma mulher apontada como uma das maiores traficantes da área acabou em um confronto, entre policiais e usuários que a defendiam. Para os críticos da parceria, a atuação da polícia poderá espalhar os usuários mais uma vez, colocando fim ao trabalho do programa. Enquanto enfrenta dúvidas sobre seu futuro na cracolândia, o De Braços Abertos deve se expandir. Mais quatro regiões da cidade receberão unidades móveis que também atuarão dentro dos fluxos. As áreas ainda estão sendo definidas.

Fonte: El País

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