Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
O andamento do conflito na Ucrânia comprova serem fundados os receiosde
quem tem um pé atrás sobre o “combate às fake news”,essa modalidade
mais sanitizada do“controle social da mídia”, em particular das
chamadas “mídias sociais”.
Na teoria, o “combate às fake news”apresenta-se como um movimento benigno para evitar que a mentira soterre
a verdade. Na prática, é preciso sempre questionar se não estamos diante
de uma batalha pelo monopólio do direito de dar as costas à verdade.
Isso aparece de modo mais agudo em situações bélicas, a exemplo da que
se passa na Europa. Todo dia, e mais de uma vez por dia, recebemos
informações sobre o caráter maligno de um ou outro lado da guerra. Na
impossibilidade de verificar o tempo todo quem diz a verdade e quem está
mentindo, prevalece a lei do mais forte. A versão difundida por quem
tem mais poder nos variados canais de comunicação.
Melhor ainda se se tem a força necessária para silenciar os
“indesejáveis”, em especial quando se invoca um tão sacrossanto quanto
obscuro “código de conduta da rede social”. É um mecanismo quase ideal
para empresas encobrirem a subserviência a governos, calando a oposição a
eles ou silenciando veículos e indivíduos que poderiam trazer ao grande
público informações e olhares capazes de lançar dúvidas sobre “a
verdade oficial”.
A esta altura, o leitor e a leitora atentos já perceberam que a
quantidade de expressões entre aspas neste texto indica quão subjetivo é
o objeto em discussão.
Este debate é importante em qualquer contexto, mas mostra-se vital por
aqui em ano de eleição. Por uma razão singela. Todo mundo acaba tendo
lado partidário e eleitoral, então vamos deslizando para o seguinte
cenário: a pretexto de combater as “fake news”,os detentores do
monopólio do direito de definir o que é “a verdade” terão melhores
condicões para perseguir aqueles com quem antipatizam e proteger aqueles
a quem são simpáticos. [a propósito o STF já assumiu, mediante portaria interna que criou o 'programa de combate à desinformação'
Se a leitora ou o leitor acham que estou exagerando, guardem essa minha
afirmação e cobrem-me depois. Ficarei muito feliz se estiver errado.
O ambiente político no Brasil e no mundo anda polarizado. Mas um aspecto
parece caminhar para tornar-se amplamente majoritário: de um lado e do
outro, ficou para trás a defesa da liberdade de expressão; agora, a
batalha é para defender a própria liberdade de dizer o que bem entende,
enquanto se busca e aplaude-se toda e qualquer medida contra o mesmo
direito dos adversários.
Não foi à toa que os entusiastas do bloqueio do Telegram protestassem
dias depois contra a censura à manifestação política de artistas. Tudo
muito previsível.
E a violência é praticada frequentemente sob o manto higiênico do
“combate ao discurso de ódio”. Ninguém pode, obviamente, ser a favor da
difusão do ódio. Mas sempre é saudável verificar, em cada circunstância,
se o "combate ao discurso de ódio"não é apenas um disfarce para a
censura ao pensamento divergente.
Especialmente nestes tempos dominados pela “cultura do cancelamento”.
Há um esforço global
para derrubar espaços exclusivamente femininos e acomodar uma agenda
radical de gênero que promova ideologias anticientíficas como verdade
A cantora Adele, também vítima da cultura do cancelamento | Foto: Reprodução/Instagram
A demoníaca cultura do cancelamento fez — ou pelo menos tentou fazer — outra vítima. Desta vez foi com Adele, a cantora britânica mundialmente reconhecida. A vencedora de mais de uma dúzia de Grammyscometeu o crime hediondo de defender o sexo feminino na premiação anual de música da British Phonographic Industry.
Os organizadores do BRIT Awards anunciaram pela primeira vez que sua premiação seria “sem gênero”. A mudança, alegaram, pretendia mostrar o “compromisso da organização em evoluir para ser a mais inclusiva e relevante possível”. Em vez disso, enterrou as realizações de artistas conceituadas como Adele, que veem sua feminilidade como um ativo no mercado. Ao receber o prêmio de melhor artista do ano, Adele resolveu dizer o óbvio:que as mulheres não querem e não devem ser apagadas em nome de uma suposta “inclusão”. “Entendo por que o nome deste prêmio mudou, mas eu amo ser mulher e ser uma artista feminina — eu amo, eu amo!”
Boom. Os comentários de Adele receberam mais atenção do que a excepcional qualidade de sua música e de seu trabalho. No dia seguinte, muitos meios de comunicação destacaram vários tuítes de “influencers” da comunidade LGBT difamando a “Artista do Ano” como uma “feminista radical trans-excludente”, ou “TERF”, nome pejorativo dado a mulheres que, supostamente, não apoiam as causas trans. Os intolerantes do bem do tecladocriticaram Adele por ela receber o prêmio e — pasmem! — não usar a baboseira da tal linguagem neutra em seu discurso. Mas não há nada de errado no comentário pró-mulher da cantora; muito pelo contrário, a verdade é que as mulheres podem — e devem — falar quando espaços dedicados a nós são arrancados em nome de uma suposta “inclusão”.
Há um esforço global para derrubar espaços exclusivamente femininos e acomodar uma agenda radical de gênero que promova ideologias anticientíficas como verdade. E isso está acontecendo em escolas, prisões, esportes e no mundo do entretenimento.Crianças e adolescentes com idades entre 4 e 18 anos estão aprendendo em muitas escolas públicas dos Estados Unidos que podem trocar seus pronomes, a aparência e até suas partes íntimas, dependendo de como se sentem. Essas mesmas escolas, financiadas com o dinheiro dos pagadores de impostos, justificam permitir que meninos do ensino médio que se identificam como meninas entrem nos banheiros femininos, o que abriu a porta para agressões sexuais. Homens, alguns acusados de crimes sexuais contra mulheres,estão sendo transferidos para prisões femininas aqui na Califórnia e em outros Estados democratas simplesmente porque afirmam que são mulheres. Mesmo esportes universitários exclusivos para mulheres, que deveriam ser protegidos pelo Título IX (lei de 1972 que previne a discriminação de gênero no sistema educacional atlético dos EUA, dando a cada gênero direitos iguais a programas educacionais, atividades e assistência financeira federal),são ameaçados por homens biológicos que“se sentem como mulheres”, como a nadadora da Universidade da Pensilvânia Lia Thomas, e aliados radicais das políticas de gênero na NCAA (Liga Universitária Americana).
Identidade de gênero como ideologia Adele não é a primeira celebridade feminina a ser cancelada pela turba que jura por tudo que é mais sagrado proteger as minorias e as mulheres. Em 2019, J.K. Rowling, autora da série Harry Potter, saiu em defesa de uma mulher britânica que foi demitida de seu emprego por postar em suas redes sociais que “homens não podem se transformar em mulheres”, uma visão que muitos chamam de transfóbica.
Como resultado, fãs furiosos tacharam a autora de TERF, queimaram seus livros e até enviaram ameaças de morte. Rowling saiu em defesa de Maya Forstater, que apenas disse o óbvio: que existem somente dois sexos biológicos. A bilionária do mundo literário também acrescentou em uma entrevista que “muitas mulheres estão preocupadas com os desafios aos seus direitos fundamentais que estão sendo colocados em xeque por certos aspectos da ideologia de identidade de gênero”. Logo após o episódio, Rowling se envolveu em uma outra “polêmica”, depois de criticar um artigo que usava o termo “pessoas que menstruam” em vez de “mulheres”.
Não entre em pânico Não, não somos os únicos com a sensação de que o mundo está de cabeça para baixo. Estamos em tempos de tiranias governamentais e culturais. É fato que cada geração teve de lidar com suas próprias manifestações de bullying e vergonha pública. A década de 1950 viu o macarthismo, a perseguição política que expliquei em detalhes num artigo publicado aqui em Oeste e que voltou com tudo nesses tempos atuais de extrema polarização política. Na década de 1690, em Salem, no Estado de Massachusetts, a história testemunhou a caçada e os julgamentos de bruxas. Agora, estamos sofrendo com a digital perversa de nossa geração, que ficará marcada nos livros como a “cultura do cancelamento”. A vergonha pública do século 21, no entanto, não atinge milhares, mas dezenas de milhões e é capaz de fazer isso de maneira instantânea na internet e nas mídias sociais — com muita frequência, sob o manto do anonimato dos mascarados do Twitter, a cracolândia da internet.
A ruína de nossa geração é uma hidra de muitas cabeças, como o doxing (prática de descobrir informações pessoais sigilosas de uma pessoa e divulgá-las on-line), a exposição pessoal, a vingança e o cancelamento das carreiras de figuras públicas. As “manchas” são baseadas na suposição de que os alvos entrarão em pânico; eles se desculparão e buscarão penitência, reduzindo-se a ídolos tímidos e bajuladores da turba demoníaca. O objetivo é atrotskização eletrônica: fazer essa gente que ousa questionar a vil e segregacionista agenda identitária — pedindo desculpas ou não — desaparecer das telas dos computadores como se nunca tivesse existido.
Adele é uma mulher adulta que canta sobre suas experiências como mulher. Por que ela deveria se desarmar ou negar o que, essencialmente, é seu “superpoder”? Apesar de todo o lixo encontrado no Twitter, outras pessoas saíram em sua defesa — um sinal de que possivelmente estamos começando a emergir de um estado catatônico excessivo. Onjali Rauf, outra autora britânica de sucesso e fundadora da ONG Making Herstory,uma organização de direitos da mulher que combate o abuso e o tráfico de mulheres e meninas no Reino Unido, foi até a cracolândia da internet e disse: “Obrigado, Adele! Obrigado por falar duas palavras que estão sendo difamadas. Mulher. Feminino”. Um editorial da educadora Debbi Hayton, publicado pela revista Spectator, foi igualmente efusivo, agradecendo a Adele por se arriscar a ter o mesmo destino de J.K. Rowling e outras mulheres que “foram perseguidas, e perseguidas sem piedade, simplesmente por defender seu sexo. A mensagem de Adele para mulheres e meninas foi inspiradora”, disse Hayton.
Trinta anos atrás, Kurt Cobain abriu a década de 1990 usando vestidos. Quem pensaria que o discurso de Adele, abraçando e afirmando sua feminilidade, seria considerado tão transgressor hoje em dia? Dizer em voz alta que você tem orgulho de ser mulher agora é ofensivo. Estamos realmente surpresos neste momento?
Há uma década, se alguém dissesse que uma mulher seria criticada pelo crime de pensamento de dizer que gostava de ser mulher, teríamos caído em gargalhadas por uma piada tão ridícula. Mas agora é real. E a cultura do cancelamento não vai parar a menos que aqueles que estão sujeitos a ela revidem.
Adele, como nos ensina um dos maiores pensadores contemporâneos, Jordan Peterson, não pediu desculpas a uma turba sedenta de sangue e tampouco suavizou suas declarações.
Toda vez que uma pessoa pede desculpas ou se ajoelha no confessionário dos jacobinos para algum tipo de “reeducação”, os tubarões bradam: “Veja, nós fizemos isso!”. E isso não é apenas ideológico, é também pessoal. Muitos saem de suas obscuras tocas em tempos de julgamentos, como o das bruxas de Salem ou mesmo no reinado de terror da Revolução Francesa.
Criaturas inúteis e parasitas de almas, essa gente mesquinha, no fundo, faria de tudo para trocar de lugar com os cancelados.
Eliminando o brilho que incomoda, o ego dos abutres fica fortalecido.
E sob o pretexto da justiça social, eles cometem ações irresponsáveis e até perigosas. Toda essa insanidade não vai parar até que lutemos e sejamos explícitos que não temos medo, que não vamos nos desculpar por quem somos ou por aquilo em que acreditamos. A cultura do cancelamento é uma ilusão que deve ser destruída.
Os espaços femininos são projetados para fortalecer, proteger e celebrar as mulheres por suas realizações. Quando influências culturais, como prêmios e conquistas, abandonam o prestígio específico do sexo, eles acabam por tirar a honra e o respeito que vêm de ser uma mulher realizada. Apesar das tentativas do BRIT Awards, que segue a nefasta agenda de gênero neutro de apagar a importância do sexo, Adele orgulhosamente defendeu as mulheres e disse ao mundo que ama como foi criada. Ao final de seu discurso, ela afirmou: “Estou muito orgulhosa de nós. Estou realmente muito orgulhosa”.