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quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Os infiltrados e os debochados - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Lula foi nomeado pelo TSE como o próximo presidente. Alexandre de Moraes foi ovacionado pelos presentes por um minuto. 
 Justo. Foi o maior responsável pelo feito. 
Missão dada é missão cumprida, como disse o desembargador ao pé do ouvido de Xande, ignorando o microfone aberto
Todos ali cumpriram muito bem sua missão. O ladrão voltará à cena do crime.

Esgotados do choro falso, foram todos se esbaldar na casa de Kakay, aquele advogado que despacha com ministros supremos de bermuda no STF. Uma roda de samba. Bem adequado. Seria melhor servirem pizza, mas o refinamento da turma pedia salemaleques mais elaborados. A festa da impunidade, deveria ser o nome no convite.

Gilmar Mendes foi visto meio deslocado, circulando sem saber com quem falar. Deveria estar pensando qual ali será o primeiro a merecer um habeas corpus seu num futuro próximo
O hábito faz o monge - e também o capacho de marginais. A preocupação em manter as aparências de imparcialidade ficou para trás. Agora não é que o crime compense; o crime está de volta ao poder!

Enquanto isso, um cacique crítico de Xande recebe ordem de prisão. Os ânimos ficariam atiçados, claro, mas "coincidentemente" aparecem "patriotas" com máscaras, armas brancas e combustível para atear fogo em ônibus ou prédios. Num deles, grita-se "Fora Bolsonaro". Ato falho. Missão dada é missão cumprida. O teatro dos black blocs surtiu efeito. Servia só para pretexto para que os bandidos intensificassem a ditadura.

Como disse alguém, é a primeira vez na história do crime organizado que as vítimas assistem, em tempo real, a quadrilha se preparando para lhes roubar, conhecem os criminosos, sabem onde e como vão roubar e não podem fazer nada porque a Justiça a quem poderiam recorrer faz parte da quadrilha. 
O Brasil não é para amadores. O Brasil cansa. O Brasil não é um país sério.

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

domingo, 28 de agosto de 2022

Os todo-poderosos - Luís Ernesto Lacombe

VOZES - Gazeta do Povo

Liberdade de expressão 

Estendam tapetes vermelhos, preparem os tapetes persas, perfilem os Dragões da Independência. Lá vêm eles! Os todo-poderosos da Justiça e do jornalismo. Não há leis que eles sigam. Eles são as leis. Decidem o que é verdade e o que é mentira, enxergam golpes a caminho, enquanto perpetuam seus próprios golpes. 
Fingem mal e porcamente que defendem a liberdade, a democracia, o bom-mocismo, enquanto avançam na sua perseguição abominável contra o inimigo comum e seus apoiadores.
 


 
São narcisistas, arrogantes, prepotentes, debochados, fingidos, dissimulados... O que eles têm de sobra: empáfia, soberba, insolência... São incapazes de ver as pessoas, já que ninguém está no nível deles. Renata não usa copos de plástico.  
William tem apreço pelo picotador de papel instalado em sua sala. Alexandre torra dinheiro do pagador de impostos numa cerimônia com toda a pompa e circunstância.

Como aceitar um regime autoritário, que bota policiais atrás de pessoas que emitem opiniões publicamente?
Como aceitar um regime totalitário, que viola a privacidade, a intimidade, que persegue gente que emite opiniões em grupos privados?

As câmeras apontadas para eles têm filtros, a iluminação é boa, o enquadramento também. O problema é que não querem saber de perguntas, e falam, falam, falam... Não há entrevista, há ataques rasteiros. Não há chance de defesa, nem na televisão nem em inquéritos fajutos. Eles se dão o direito de acusar, inventando, tirando de contexto, mentindo descaradamente, rasgando as leis e as regras fundamentais do jornalismo e de qualquer sistema de Justiça sério.

É uma inquisição que certamente nos levará a um buraco profundo
A Justiça e o jornalismo já não querem mais saber dos bandidos de verdade, dos traficantes, assassinos, corruptos, lavadores de dinheiro...  
Por falta de espelho, magistrados e jornalistas veem seus inimigos particulares como golpistas. 
Enxergam tramas ilegais, estratagemas, e lá vai a polícia, a polícia particular que todo ditador mantém.
Como aceitar um regime autoritário, que bota policiais atrás de pessoas que emitem opiniões publicamente? 
Como aceitar um regime totalitário, que viola a privacidade, a intimidade, que persegue gente que emite opiniões em grupos privados? 
Contas bancárias são bloqueadas, perfis em redes sociais são derrubados... 
Quem ameaça mesmo a democracia? 
Quem ataca mesmo os poderes da República?
 
O ilegal está escancarado. As intenções são claras. Estamos cercados de ativismo, o do Judiciário, o da velha imprensa, e é obrigação enfrentar essa força nefasta. 
Contra jornalistas, os movimentos são mais fáceis: trocar de canal, procurar novos portais de notícias, jornais e revistas comprometidos com fatos, não com militância. 
Contra os abusos cometidos por Alexandre de Moraes, dentro das quatro linhas, só há uma solução, e ela passa pelo Senado.
 
Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos