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quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Imbrocháveis são os piores na cama - O Globo

Ruth de Aquino

Só não sinto pena de Michelle porque ela é cúmplice de um marido e um presidente vulgar e grosseiro Cadu Gomes / Agência o Globo

Ter a consciência de que pode brochar na hora H torna o homem mais atento às infinitas possibilidades de prazer na cama. Delegar superpoderes a seu órgão entre as pernas torna o homem limitado, pouco criativo e inapto para uma relação amorosa a longo prazo. Todo homem real e sensível brocha algumas vezes na vida – e isso não afasta mulheres. Pode aproximar. 

                                          @wagner8483

 

Nada é mais brochante para uma mulher do que machos que restringem o ato sexual a uma penetração forte e incessante, às vezes dolorosa. Muitos desses homens que superestimam o próprio pau acabam sofrendo de ejaculação precoce, e isso sim é um problema. Moles prematuramente, sem respeitar o tempo da companheira, eles não sabem mais o que fazer, a não ser virar para o lado e dormir. Satisfeitos consigo mesmos, brochas na cabeça e na emoção. Nunca ouviram uma frase atribuída ao poeta Vinicius de Moraes: “Enquanto eu tiver língua e dedo, mulher nenhuma me mete medo”.

“Só não brocha nunca quem não transa nunca”, diz o psicanalista Luiz Alberto Py. “Time que não joga não perde. Brochar é parte do jogo, da brincadeira sexual. Vangloriar-se do que nunca aconteceu é patético. Resumir o sexo a uma demonstração de desempenho e virilidade não é se relacionar. Na verdade, revela o medo da tarefa. Homens que transformam o sexo em relação de domínio e superioridade têm medo da mulher”.

Machos que se divulgam infalíveis na ereção não são apenas tolos e mentirosos. São injustos com eles mesmos. Primeiro porque a infalibilidade, em qualquer aspecto da vida, na cama ou fora, não é humana. E segundo, porque a pressão de não falhar funciona ao contrário. Aumenta a ansiedade, a insegurança, o estresse. Destinado a relaxar, o sexo se torna desafio nada saudável. A cobrança leva a brochar. E impede o homem de enxergar a mulher e seus desejos.

Fala-se muito sobre o orgasmo da mulher, que tem nuances, exigências, pode ser múltiplo mas também pode ser fingido. Mulheres têm mais facilidade de conversar sobre suas relações. Os homens, quando garotos disputam quem faz pipi mais longe e quem é mais bem dotado, quando jovens disputam quem transa mais em número e qualidade, quando homens silenciam entre si. Ou mentem, como o atual presidente. Em público. Só não sinto pena de Michelle porque ela é cúmplice.

A ‘disfunção erétil recorrente’ pode ser tratada, psicologicamente ou com medicamentos. Esse nome pomposo é diagnóstico médico para homens que não ficam nunca de pau duro. Um dos remédios é o Viagra, que Jair Bolsonaro mandou comprar para as Forças Armadas com dinheiro público: foram mais de 35 mil comprimidos.

Mas existe algo pior e muito mais difícil de tratar: a disfunção emocional do atual presidente, que beira a psicopatia, como já abordei no texto “Bolsonaro não é louco”. Reproduzo aspas do psicanalista Joel Birman: “A psicopatia não é uma loucura no sentido clássico, mas uma insanidade moral, um desvio de caráter de quem não tem como se retificar porque não sente culpa ou remorso”. Os psicopatas são autocentrados. A palavra psicopatia vem do grego psyché, alma, e pathos, enfermidade. 

[a ilustre jornalista demonstra conhecer profundamente o tema e em várias áreas.]

Falta amor, não ereção.

Ruth de Aquino, colunista - O Globo 

 
 

 

domingo, 28 de agosto de 2022

Os todo-poderosos - Luís Ernesto Lacombe

VOZES - Gazeta do Povo

Liberdade de expressão 

Estendam tapetes vermelhos, preparem os tapetes persas, perfilem os Dragões da Independência. Lá vêm eles! Os todo-poderosos da Justiça e do jornalismo. Não há leis que eles sigam. Eles são as leis. Decidem o que é verdade e o que é mentira, enxergam golpes a caminho, enquanto perpetuam seus próprios golpes. 
Fingem mal e porcamente que defendem a liberdade, a democracia, o bom-mocismo, enquanto avançam na sua perseguição abominável contra o inimigo comum e seus apoiadores.
 


 
São narcisistas, arrogantes, prepotentes, debochados, fingidos, dissimulados... O que eles têm de sobra: empáfia, soberba, insolência... São incapazes de ver as pessoas, já que ninguém está no nível deles. Renata não usa copos de plástico.  
William tem apreço pelo picotador de papel instalado em sua sala. Alexandre torra dinheiro do pagador de impostos numa cerimônia com toda a pompa e circunstância.

Como aceitar um regime autoritário, que bota policiais atrás de pessoas que emitem opiniões publicamente?
Como aceitar um regime totalitário, que viola a privacidade, a intimidade, que persegue gente que emite opiniões em grupos privados?

As câmeras apontadas para eles têm filtros, a iluminação é boa, o enquadramento também. O problema é que não querem saber de perguntas, e falam, falam, falam... Não há entrevista, há ataques rasteiros. Não há chance de defesa, nem na televisão nem em inquéritos fajutos. Eles se dão o direito de acusar, inventando, tirando de contexto, mentindo descaradamente, rasgando as leis e as regras fundamentais do jornalismo e de qualquer sistema de Justiça sério.

É uma inquisição que certamente nos levará a um buraco profundo
A Justiça e o jornalismo já não querem mais saber dos bandidos de verdade, dos traficantes, assassinos, corruptos, lavadores de dinheiro...  
Por falta de espelho, magistrados e jornalistas veem seus inimigos particulares como golpistas. 
Enxergam tramas ilegais, estratagemas, e lá vai a polícia, a polícia particular que todo ditador mantém.
Como aceitar um regime autoritário, que bota policiais atrás de pessoas que emitem opiniões publicamente? 
Como aceitar um regime totalitário, que viola a privacidade, a intimidade, que persegue gente que emite opiniões em grupos privados? 
Contas bancárias são bloqueadas, perfis em redes sociais são derrubados... 
Quem ameaça mesmo a democracia? 
Quem ataca mesmo os poderes da República?
 
O ilegal está escancarado. As intenções são claras. Estamos cercados de ativismo, o do Judiciário, o da velha imprensa, e é obrigação enfrentar essa força nefasta. 
Contra jornalistas, os movimentos são mais fáceis: trocar de canal, procurar novos portais de notícias, jornais e revistas comprometidos com fatos, não com militância. 
Contra os abusos cometidos por Alexandre de Moraes, dentro das quatro linhas, só há uma solução, e ela passa pelo Senado.
 
Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos