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domingo, 12 de fevereiro de 2023

Relatório Otálvora: o Brasil sob o controle do Grupo de Puebla

 
 Para os fins do Departamento de Estado, não há missão diplomática venezuelana nos Estados Unidos.
 
Relatório Otálvora - Edgar Otálvora
11 Fevereiro 2023 - @ecotalvora
Diario las Americas


Lula da Silva chegou a Washington no dia 09FEV2023 convidado por Joe Biden para realizar uma reunião de trabalho para reatar as relações entre os dois países após o virtual congelamento causado pela distância imposta simultaneamente por Biden e Jair Bolsonaro. 
Para Lula, foi a oportunidade de mostrar sua volta por cima ao cenário mundial, enquanto para Biden foi sua forma de ratificar a linha de não enfrentamento e cooperação condicional com os governos de esquerda que proliferam no Continente.

O brasileiro voltou a visitar a Casa Branca, onde já havia sido convidado por George W. Bush e Barack Obama. E, mais uma vez, Lula se apresentou como o interlocutor virtual entre os Estados Unidos e os governos de esquerda da América Latina, papel que os “meninos” de Biden acreditaram, sem sucesso, que o argentino Alberto Fernández poderia desempenhar.

Além disso, Lula trouxe para a mesa de Biden temas como mudanças climáticas, racismo, defesa da democracia contra ataques da direita radical e a guerra na Ucrânia com a qual buscou harmonia com a atual Casa Branca. Lula chegou aos EUA depois de anunciar em Brasília a ideia de promover um grupo de países que servem de intermediários entre a Ucrânia e a Rússia para negociar a paz, proposta que não teria sido comprada pelos anfitriões em Washington. A posição “neutra” do Brasil diante da invasão russa da Ucrânia, estabelecida por Bolsonaro e continuada por Lula, não agrada à diplomacia norte-americana. De fato, no comunicado conjunto emitido por Biden e Lula, os negociadores americanos exigiram uma linguagem que não deixa dúvidas sobre a culpabilidade da Rússia na “violação da integridade territorial da Ucrânia”.

A visita de Lula a Washington não causou o impacto esperado pelo brasileiro. O apoio financeiro que Lula buscou para um fundo de preservação da Amazônia mal restou como uma promessa de Biden de buscar recursos no Congresso. 
A declaração conjunta é uma lista de propósitos genéricos em matéria ambiental, comercial, de “trabalhar em conjunto para fortalecer as instituições democráticas” e “coordenar em temas como inclusão social e direitos trabalhistas, igualdade de gênero, equidade e justiça racial, e proteção da direitos das pessoas LGBTQI+”. Nenhuma declaração expressa sobre os governos ditatoriais do continente foi feita durante a reunião.

Por certo. Chamou a atenção a ausência da primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, quando o marido recebeu o casal presidencial brasileiro. [Jill Biden estivesse presente, com certeza não teria gostado da cena mostrada abaixo.]


CONFIRA ABAIXO: 

Uma coisa que me chama muito a atenção são as expressões faciais e corporais. A inclinação de Janja oferecendo o seio ao discreto toque no braço de Biden, mostra que o poder é um excelente afrodisíaco. Lula que se cuide. Garanto que mulher alguma que se preze não faz isso.

Para que não restassem dúvidas sobre as tendências políticas de Lula, antes de comparecer à sua nomeação na Casa Branca, o brasileiro, que estava hospedado na presidencial Blair House, realizou duas atividades nas quais manteve encontros com figuras da esquerda radical do Partido Democrata . O primeiro a chegar à residência presidencial “Blair House” foi o senador Bernie Sanders que, após deixar o encontro, falou à imprensa e afirmou que com Lula pretende “fortalecer as bases democráticas não só no Brasil e nos Estados Unidos, mas em todo o o mundo“. Sanders equiparou Donald Trump a Jair Bolsonaro, chamando-os de “extremistas de direita”.

Depois de conversar com Sanders, Lula já tinha certeza de que atacar Jair Bolsonaro antes de Biden lhe renderia a simpatia do inquilino da Casa Branca
 Durante a sessão de fotos no Salão Oval, diante da imprensa, antes da reunião de trabalho, Lula da Silva reclamou com Biden sobre seu antecessor Bolsonaro: “O senhor sabe, senhor presidente, que o Brasil se marginalizou por quatro anos. O ex-presidente não gostava de manter relações internacionais com nenhum país. Seu mundo começava e terminava com notícias falsas, de manhã, à tarde e à noite. Parece que ele desprezava as relações internacionais “… Biden o interrompe e diz “Parece familiar” e riu. Lula tornou fácil para Biden atacar Trump.
 
(...)  

O Grupo de Puebla , organização continental de esquerda criada em 2019, [para substituir o Foro de S.Paulo]  colocou vários de seus membros fundadores em cargos de destaque no novo governo brasileiro.

Lula da Silva participou da fundação do Grupo, à revelia, da confortável sala onde cumpria pena por corrupção. Com sua chegada à Presidência da República no dia 01JAN2023, o Grupo de Puebla conta com membros e associados  à frente dos governos da Argentina, Chile, Bolívia, Brasil, Colômbia e México, além de fazer parte da aliança governamental na Espanha.

(...)

Os membros fundadores do Grupo de Puebla assumiram o controle do aparato econômico-financeiro do Estado brasileiro. Fernando Haddad, que foi ministro da Educação de Lula por sete anos e candidato à presidência em 2018 devido à impossibilidade de libertar o preso Lula, agora é ministro da Fazenda. Da definição da política econômica ao controle de todo o aparato financeiro do Estado, incluindo a importante rede de bancos públicos, está agora nas mãos do economista Haddad.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, braço financeiro do Brasil para o financiamento de empresas, que foi usado massivamente pelos governos do PT para beneficiar construtoras brasileiras e governos estrangeiros de esquerda, também foi colocado sob o controle direto do Grupo de Puebla. O economista Aloizio Mercadante, fundador do PT em 1980 e do Grupo Puebla, foi nomeado presidente do BNDES. Mercadante é, juntamente com o colombiano Ernesto Samper Pizano, um dos quatro membros do “Conselho Político” do Grupo Puebla.

(...)

Evo Morales está promovendo a derrubada de seu colega de partido e presidente da Bolívia, Luis Arce Catacora. Vários dirigentes do MAS deram conta, nas últimas semanas, das instruções dadas por Morales em várias reuniões partidárias para que seus militantes realizem ações de protesto contra o governo de Arce. Morales, que aspirava a atuar como uma espécie de co-governante, mantém uma luta interna pelo controle do partido. Do governo surgiu uma “ala renovadora” encabeçada pelo vice-presidente David Choquehuanca que pretende afastar a liderança de Morales. Choquehuanca foi ministro das Relações Exteriores do governo Morales e atuou como secretário-geral do grupo de governos castro-chavistas ALBA.

Morales pretende impedir a reeleição de Arce ou a nomeação de Choquehuanca para as eleições presidenciais do distante 2025. Morales já foi visto em 09FEV2023 com uma camisa que anuncia uma nova presidência no período 2025-2030.

O confronto entre Morales e Arce começa a criar atritos dentro da aliança continental castro-chavista.

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