Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
DE SONO À DIETA: O MÉDICO ROBERTO KALIL DÁ 10 DICAS PARA A SAÚDE DO CORAÇÃO
Veja dicas do cardiologista sobre alimentação, exercícios e outros hábitos saudáveis
Um
dos médicos com o consultório mais cobiçado do Brasil, responsável por
cuidar do coração de presidentes, ministros, atletas, artistas e
pacientes de todos os estados, o cardiologista Roberto Kalil inaugura um
novo produto do GLOBO, exclusivo para assinantes, chamado Tem que Ler.
A partir de hoje e ao longo de dez semanas, o Tem que Ler
trará dez grandes nomes da medicina brasileira, de especialidades
diferentes, dando dicas práticas e certeiras sobre o que é preciso fazer
para viver mais.
O Tem que Ler sobre saúde é só
o primeiro de uma série de temas que o GLOBO trará para você nos
próximos meses. O conteúdo virá em diversos formatos: textos, vídeos,
jogos, interatividade.
Vamos começar? Leia abaixo as 10 dicas de
Kalil, que é presidente do Conselho Diretor do Instituto do Coração, em
São Paulo, e diretor da Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês.
COMA COMO OS ITALIANOS
A
escolha correta de alimentos é uma parte muito importante do estilo de
vida saudável. Desde a década de 1950 se observa que certas dietas, em
especial as dos países em torno do Mediterrâneo, estão associadas a
menor incidência de doenças cardiovasculares.
A dieta mediterrânea é
variada e é a dieta em que existe o maior número de evidências
científicas de seu benefício.
É uma dieta rica em verduras, frutas,
legumes, azeite de oliva, peixes e nozes.Deve-se evitar o consumo de
carne vermelha, gordura de origem animal, açúcar em excesso e
especialmente produtos ultra processados.
TENHA FÉ!
Estudos
sugerem que pessoas que praticam uma religião ou que se envolvem com os
aspectos de espiritualidade e transcendência da vida têm melhores
níveis de saúde.
O que se observou também é que essas pessoas têm melhor
controle de peso e hipertensão e adotam mais frequentemente atividades
mais saudáveis e estão menos propensas a terem depressão ou cometerem
suicídio.
Talvez um aspecto que explique este efeito protetor seja que
estas práticas facilitem uma maior interação social e ajudem a lidar
melhor com o estresse. Estes benefícios parecem ocorrer uniformemente em
todas as religiões e práticas espirituais.
MEXA-SE (VOCÊ NÃO PRECISA SE MATAR NA ESTEIRA)
O
exercício traz inúmeros benefícios para o corpo e para a mente.
O
exercício ajuda a controlar o peso, diminui a chance de desenvolver
hipertensão arterial, diabetes, doenças cardíacas, osteoporose, vários
tipos de câncer, depressão e ansiedade.
O exercício ao longo da vida
ajuda a preservar a mobilidade, a manter independência e a prevenir
quedas.
Os benefícios ocorrem em todas as pessoas independente de sexo
ou idade.
Qualquer exercício conta, mesmo por curtos períodos e com
baixa intensidade, mas benefícios maiores são atingidos ao se fazer 150
minutos de atividade física moderada por semana.
Hoje existem medidores
de passos e de atividade física até em aplicativos em nossos celulares
que ajudam a programar metas e acompanhar o seu desempenho.
LEVE O SONO TÃO À SÉRIO QUANTO SEU DINHEIRO
A
falta de um sono com uma qualidade adequada é uma queixa bastante comum
na população. O sono é muito importante na manutenção da saúde geral do
organismo e o seu comprometimento está associado a diversas doenças
crônicas como a obesidade, a hipertensão arterial, diabetes e depressão.
Pessoas que tem problemas com o sono também tem pior qualidade de vida e
estão mais sujeitas a se envolver em acidentes tanto em casa, como no
trabalho e especialmente no trânsito. A sonolência durante o dia e a
presença de ronco podem ser sinais de alerta para a possibilidade de
doenças do sono que podem prejudicar muito a saúde dos pacientes.
Existem diversos tratamentos disponíveis que podem ajudar a ter uma
melhor qualidade de sono e prevenir suas consequências.
NÃO DÊ FORÇA PARA O ESTRESSE
A
vida de todas as pessoas tem momentos que requerem um maior esforço
pessoal e um pequeno estresse associado à necessidade de conseguir
resultados, porém, quando as cobranças são constantes e um nível alto de
estresse se torna parte da rotina diária das pessoas, a sua saúde pode
ser seriamente prejudicada.
O estresse, que originalmente estava
associado à luta pela sobrevivência leva a liberações de vários
hormônios que ao longo do tempo estão associados ao desenvolvimento de
doenças, em especial do sistema cardiovascular.
Os principais hormônios
do estresse são o cortisol e a adrenalina.
Quando seus níveis estão
aumentados cronicamente podem ocorrer crises de hipertensão arterial,
arritmias, infartos e acidentes vasculares cerebrais. Felizmente existem
várias técnicas que nos ajudam a lidar com o estresse como a meditação,
Ioga, hobbies, tocar um instrumento e outras atividades físicas ou
recreativas.
ANTES TARDE DO QUE NUNCA: CONTROLE JÁ SEUS NÍVEIS DE COLESTEROL
Todas
as pessoas devem ter seus níveis de colesterol avaliados regularmente. O
aumento do colesterol ruim é um dos maiores fatores de risco conhecidos
para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Infelizmente, na
maioria das vezes, este aumento é silencioso e muitas pessoas só
descobrem este sério problema quando têm uma complicação clínica que
pode ser grave ou mesmo fatal.
A boa notícia é que existem hoje em dia
tratamentos muito eficientes para o controle dos níveis de colesterol.
NÃO DEIXE PARA AMANHÃ: PROCURE O SERVIÇO DE SAÚDE AO MENOS UMA VEZ AO ANO
Durante
o atendimento médico existem ótimas oportunidades para se discutir os
melhores hábitos associados a um estilo de vida mais saudável, controle
dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças e para
o diagnóstico precoce das doenças, quando as chances de cura e de
tratamentos mais efetivos são muito melhores. Não esqueça de procurar
regularmente o seu médico ou o sistema de saúde.
VACINE-SE. O CORAÇÃO AGRADECE
É
muito importante manter a sua vacinação em dia. No mundo existe hoje um
forte movimento antivacina, mas as evidências científicas são claras em
mostrar que as vacinas são seguras e eficientes. O uso correto da
vacinação está associado à prevenção de doenças de doenças infecciosas e
uma redução significativa de mortalidade. Alguns benefícios das vacinas
se estendem além da prevenção das infecções em si. Um exemplo
importante é a vacina da gripe em que se mostrou reduzir também o
desenvolvimento de doenças cardiovasculares e mortalidade por infarto.
NÃO SE ILUDA COM O CIGARRO ELETRÔNICO, ELE PODE SER AINDA PIOR
Existe
uma noção comum de que o uso do cigarro eletrônico é uma alternativa
segura ao uso de tabaco, mas esta é uma informação falsa. Foram
descritos danos ao organismo muito importantes, principalmente ao
pulmão, associados ao uso de cigarros eletrônicos, inclusive levando a
óbito de um número significativo de pessoas.
A quantidade de nicotina
que o usuário do cigarro eletrônico fica exposto é comumente muito
superior àquela do fumante clássico, o que pode causar problemas sérios
de saúde, especialmente nas faixas de idade mais jovens que justamente
tem sido as mais impactadas pelo cigarro eletrônico.
Também a análise do
vapor emitido pelo cigarro eletrônico mostra a presença de diversas
outras substâncias nocivas.
Assim, não se recomenda o uso destes
aparelhos.
VOU CHOVER SOBRE O MOLHADO: PARE DE FUMAR!
O
fumo está associado a danos significativos em praticamente todos os
órgãos do corpo.
O tabagismo é uma causa especialmente importante de
doenças cardiovasculares.
O uso do cigarro está associado ao
desenvolvimento de aterosclerose e entupimento dos vasos sanguíneos,
piora do perfil de gorduras no sangue, desenvolvimento de arritmias,
desencadeando dor no peito, infarto do miocárdio, falência do coração e
derrames cerebrais.
Os efeitos deletérios incluem não somente aqueles
que fumam, mas também as pessoas que estão próximas, que são os chamados
fumantes passivos que são prejudicados pela fumaça do cigarro.
Pudemos
observar uma melhora significativa mesmo pouco tempo após a aprovação de
leis que restringem o fumo em espaços públicos.
O material acima será o único a ser publicado por este Blog Prontidão Total.
As nove semanas subsequentes poderão ser acessadas em Saúde do Coração - O Globo
Azeites nacionais começam a ganhar prêmios internacionais por qualidade.
O Rio Grande do Sul é o maior produtor, com 75% da produção nacional, à
frente de Minas e SP
Azeite, um alimento antigo, clássico da culinária contemporânea, regular na dieta mediterrânea - Foto: Shutterstock
O azeite, apreciado por suas qualidades na dieta mediterrânica, é consumido cada vez mais. São mais de 3,3 milhões de toneladas anuais, produzidas em 64 países.
Na Espanha, maior produtor mundial, os subsídios governamentais ao olivicultor alcançam um terço do valor da produção!
Os gregos são os maiores consumidores: cerca de 23 quilos de azeite por habitante/ano.
O Brasil é o segundo consumidor e importador mundial: cerca de 90.000 toneladas de azeite e 120.000 toneladas de azeitonas de mesa. Só perde para os Estados Unidos, responsáveis por 36% das importações mundiais.
Com a pesquisa e o empreendedorismo dos agricultores, cada vez mais, o Brasil planta oliveiras e produz azeites de excelente qualidade. Os países produtores na América do Sul são Chile, Argentina, Uruguai, Peru e agora também o Brasil.
Aqui a olivicultura tem uma longa história, desde os anos de 1940.
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) foi pioneira nas pesquisas e desenvolveu as primeiras e únicas oito cultivares de oliveiras brasileiras, registradas no Ministério da Agricultura.
Em regiões montanhosas, como na Serra da Mantiqueira, ou no Sul, os produtores encontram as 300 horas abaixo de 12º necessárias para induzir a floração e a produção de azeitonas. Em 9 de fevereiro ocorreu a XI Abertura da Colheita da Oliva, no município gaúcho de Encruzilhada do Sul. No Rio Grande do Sul, a área cultivada já é de cerca de 6 mil hectares. São 321 produtores, e Encruzilhada do Sul possui mais de mil hectares, a maior área plantada com oliveiras no Brasil, onde a área total aproxima 10.000 hectares.
A oliveira, a árvore eterna, é muito persistente. Sua capacidade de regenerar-se com vigor, mesmo se podada, cortada ou queimada, rebrota até a partir das raízes, é uma representação da perseverança. Com sua folhagem perene, ela resiste ao inverno sem queda de folhas e se destaca em meio à vegetação. Elogiada por Ulisses na Odisseia, de Homero (Canto VII), a perenidade da folhagem, as tonalidades dos frutos, o prateado das folhas e o ouro líquido do azeite conferem riqueza simbólica à oliveira: paz (pomba bíblica com ramo de oliveira), fecundidade, purificação, iluminação, força, vitória e recompensa. Uma coroa de oliveira selvagem, kotinos, cujos ramos eram cortados com uma tesoura dourada, era o prêmio do vencedor nos antigos Jogos Olímpicos e dos soldados triunfantes em Roma. Dois ramos de oliveira envolvem o globo terrestre no emblema das Nações Unidas! Não é pouco.
A altura das oliveiras é da ordem de 5 metros e chega a 20 metros, sem podas. Pode viver mais de um século. Em Creta há árvores milenares e, talvez, uma das mais antigas, com cerca de 3.000 anos, no vilarejo de Pano Vouves. Milenar é a oliveira ao lado da Sé Velha, em Coimbra, uma das mais antigas igrejas de Portugal (1162). Todas vegetam e produzem azeitonas.
A azeitona é uma drupa, como o pêssego e a manga. Tem baixo teor de açúcar (2,6% a 6%) e contém um princípio amargo, a oleuropeína. Seus frutos não são diretamente comestíveis. As azeitonas de mesa, de intenso sabor, passam por um longo tratamento pós-colheita: a “queima” da oleuropeína com soda cáustica (hidróxido de sódio), a lavagem, a salmoura com sal, ácidos e bactérias láticas para fermentar por 90 a 120 dias, a última lavagem e o envase. Quando o destino das azeitonas é a produção de azeite, elas são esmagadas imediatamente após a colheita.
O azeite é rico em polifenóis, poderosos antioxidantes, eficazes contra o envelhecimento. Seu consumo traz benefícios atestados à saúde: redução de doenças cardiovasculares, da incidência do mal de Alzheimer e do envelhecimento cutâneo
“Azeite de oliva” é um pleonasmo. O azeite é sempre de oliva. O resto são óleos: de soja, algodão, milho etc. Há duas raízes nas palavras: óleo, oliva, oliveira, azeitona e azeite. Óleo, do cretense elaiwa, deriva do semítico ulu. Tornou-se oleum em latim e oli nas línguas romanas, como olio em italiano. Azeitona, zait em hebraico, também de origem semítica, tornou-se zaitum em árabe e azeitona em português. Os mouros designavam o sumo da azeitona az zait ou azeite, em português e espanhol. Oliveira, Olivier, Oliveros, Olivença e Oliva são nomes e sobrenomes nos países latinos. Eles nomeiam municípios em Minas Gerais (Oliveira), Alagoas (Olivença) e Bahia (Oliveira dos Brejinhos).
Para a mitologia grega, a oliveira surgiu de uma disputa entre Atena (Minerva), a deusa da sabedoria, e Poseidon (Netuno), o deus do mar e dos rios, sobre qual a melhor proteção para uma nova cidade e seus habitantes. Para resolver essa disputa, Zeus (Júpiter) propôs a cada um oferecer o seu dom protetor. Os humanos decidiriam. Poseidon brandiu seu tridente, tocou uma rocha e surgiu um magnífico cavalo. Ele carregaria cavaleiros com suas armas, puxaria carros, arados e seria decisivo nas batalhas. Atena tocou a terra com sua lança e surgiu uma árvore florida, a oliveira. Ela forneceria alimento, unguento para ferimentos, óleo para lâmpadas e cozinha. Sempre verde, essa árvore seria eterna. Ela foi aclamada como o dom de maior utilidade. Atena obteve com ela a proteção e deu seu nome à cidade: Atenas. Os rebrotes de oliveira no entorno da Acrópole seriam descendentes da oliveira de Atena. Dizem. Nas mais belas fontes da Europa, em meio a jatos d´água, entre cavalos, ainda Poseidon ergue seu tridente.
(...)
Desde o século 9 a.C., o azeite servia como combustível para iluminação artificial. Oleiros fenícios inventaram e difundiram a lâmpada a óleo. Os romanos o utilizaram para fins medicinais, em pomadas aplicadas em ferimentos e sobre a pele como protetor solar. Eles aperfeiçoaram o cultivo das oliveiras e foram os primeiros a classificar o azeite em função dos diferentes tipos de prensagem. O azeite era relativamente caro e consumido pelos mais ricos. Os pobres usavam banha e toucinho.
Na Idade Média ampliaram-se irrigação, enxertia e poda para melhorar a qualidade e aumentar a produtividade. Além de autores cristãos, médicos e agrônomos árabes, como Ibn Butlan (Bagdá) e Ibn Alwan (Sevilha), atestam o uso dessas técnicas nos séculos 11 e 12. No século 16, houve nova expansão, com a invenção da prensa hidráulica. No século 20 cresceu o consumo do azeite em função da gastronomia e dos benefícios para a saúde.
O azeite é rico em polifenóis, poderosos antioxidantes, eficazes contra o envelhecimento. Seu consumo traz benefícios atestados à saúde: redução de doenças cardiovasculares, da incidência do mal de Alzheimer e do envelhecimento cutâneo. Ele também é rico ácido oleico (ômega 9), matéria-prima de todas as membranas celulares. Além de reforçar as células humanas, facilita a “comunicação” entre elas e o bom funcionamento do organismo.
Em 2022, a safra brasileira foi da ordem 445 mil litros de azeite. Produzir azeitonas exige investimento alto. Os olivais levam cinco anos para produzir. Cerca de um terço dos olivais brasileiros está em produção. Mais um terço produzirá nos próximos anos. Os plantios seguem em expansão. O Rio Grande do Sul é o maior produtor com 75% da produção nacional, à frente de Minas Gerais e São Paulo. Na Serra da Mantiqueira, uma associação de olivicultores reúne mais de 100 produtores num total de 2.000 hectares.
Os plantios de oliveiras são homogêneos. Os produtores plantam duas a três variedades, sem misturá-las no campo. A maioria dos azeites brasileiros são varietais, frutos de um tipo de oliveira. Entre as principais variedades estão Arbequina, Koroneiki, Picual, Arbosana e Frantoio. Sem interferência estatal, surge aos poucos um mercado de azeites extravirgens, diferenciados dos oferecidos pela grande indústria. E apreciado por gastrônomos, chefs e consumidores. Os equipamentos importados dos lagares são modernos e eficientes, inclusive do ponto de vista ambiental. Os subprodutos do esmagamento das oliveiras e da extração do azeite são reciclados.
Azeites nacionais começam a ganhar prêmios internacionais por qualidade. O Sabiá da Mantiqueira, azeite extravirgem premium, produzido na Fazenda do Campo Alto, em Santo Antônio do Pinhal (SP), foi classificado entre os dez melhores do concurso Evooleum de 2022 e incluído no Evooleum World’s Top 100 Extra Virgin Olive Oils. O produtor acumula 57 prêmios nacionais e internacionais. Depois do café, “ouro verde” dos séculos 19 e 20, haverá o milagre do “ouro líquido”? O futuro parece fluido e luminoso para o azeite nacional e, n’en déplaise, com muitos tons de verde-amarelo.
Sobre a sacralidade da oliveira, um relato pessoal. Num verão dos anos 1970, um agricultor no sul da França andava preocupado com uma víbora. Ela já havia matado um de seus cachorros. Eu era estagiário de agronomia na sua fazenda. Ele me avisou do perigo. Um dia, em plena colheita de feno, a víbora surgiu. Ele tentou matá-la. Grande e ágil, ela escapou entre palhas e capins. Logo, eu a vi parada sob uma velha oliveira, junto ao tronco. Quando preparei um golpe, o agricultor gritou: — Pare! Eu me detive. Temi mal maior. —Ela está sob a proteção da oliveira. Ele explicou: só essas árvores sagradas assistiram a Jesus em sua agonia no Jardim das Oliveiras, o Getsêmani. Em hebraico Gat Smanim significa lagar dos azeites. Recuamos em silêncio.