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terça-feira, 19 de junho de 2018

Julgamento de Gleisi no STF pode mudar estratégia do PT nas eleições



Eventual condenação ameaça participação da presidente do partido no pleito

Além de ter o seu pré-candidato à Presidência da República preso sem poder fazer campanha, o que tem dificultado a costura de alianças, o PT pode ter um problema a mais para lidar a partir desta semana. A presidente da legenda, senadora Gleisi Hoffmann (PR), será julgada na terça-feira pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.  A ação penal de Gleisi será a segunda a ser julgada pela Corte. O primeiro réu da Lava-Jato julgado pelo STF foi o deputado Nelson Meurer (PP-PR), condenado pela Segunda Turma.

De acordo com um dirigente do PT, uma eventual condenação de Gleisi representará mais "um desgaste" e mais uma crise para a legenda. O papel que ela exercerá na campanha presidencial também pode ser influenciado pelo julgamento. Gleisi chegou a ser citada como uma possibilidade de vice da chapa, caso o PT realmente não feche nenhuma aliança.  Nos últimos dias, o julgamento mudou a atuação de Gleisi pelo menos nas redes sociais. Antes restritos à defesa de Lula e à propaganda de sua candidatura, suas publicações passaram a tratar do processo no STF. A senadora alega ser vítima da "máquina de delações contra o PT" e se diz inocente.

No mesmo processo, também são réus o marido de Gleisi, o ex-ministro Paulo Bernardo e o empresário Ernesto Kugler. As investigações começaram com as delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Segundo os delatores, Paulo Bernardo pediu R$ 1 milhão a Paulo Roberto para abastecer a campanha da mulher ao Senado em 2010. O dinheiro teria sido entregue, em quatro parcelas de R$ 250 mil, por um intermediário de Youssef a Ernesto Kugler, um empresário ligado ao casal.

Se for condenada, Gleisi pode ficar fora da eleição deste ano. Desgastada entre o eleitorado do Paraná, berço da Lava-Jato, a presidente do PT desistiu de tentar a reeleição para o Senado e pretendia concorrer a deputada federal, se a necessidade de se apresentar como vice da chapa presidencial não se concretizasse.  Há divergência entre especialistas se uma eventual condenação na terça-feira já seria suficiente para enquadrar a petista na Lei da Ficha Limpa.

Karina Kufa, professora da área eleitoral do Instituto de Direito Público de São Paulo, entende que não há necessidade de esperar recursos para que a senadora seja considerada inelegível. Ela afirma que a “a primeira condenação colegiada basta”.

Embargos de declaração, apesar de ter efeito integrativo para fins da lei da Ficha Limpa, não precisam do seu julgamento para a aplicação da inelegibilidade. Pacífico esse entendimento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Só há exceção se estiver expresso na decisão, que foi o que o TRF-4 fez com o Lula, mas isso é muito raro acontecer.
 
O promotor eleitoral Thales Tácito Cerqueira, do Ministério Público de Minas Gerais, discorda e diz que é necessário esperar, pelo menos, o julgamento dos primeiros embargos.  — Embargos de embargos ou outro recurso para o Plenário não são necessários.




terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Gleisi acaba de descobrir que Marisa morreu de marido

Amante (ou Coxa) resolve brincar de legista e dispara outro tiro no próprio pé

Gleisi Hoffmann (codinomes Amante e Coxa no Departamento de Propinas da Odebrecht) aproveitou um comício em Porto Alegre para exumar Marisa Letícia e brincar de legista. Segundo médicos de verdade, a primeira-dama falecida há quase um ano foi vítima de um acidente vascular cerebral. Segundo a presidente do PT, as investigações da Lava Jato é que mataram Marisa.

Ela só não está viva, garantiu a senadora [e ré], porque as operações anticorrupção apuraram bandidagens do ex-presidente (que, aliás, atribuiu à companheira as movimentações suspeitíssimas da única imobiliária do mundo que revogou a escritura). Se a autópsia estiver correta, Gleisi acabou de disparar outro tiro no próprio pé. A Lava Jato não tem culpa nenhuma. A mulher de Lula morreu de marido.

Casada com o ex-ministro Paulo Bernardo, que não poupou sequer o dinheiro dos aposentados, a senadora paranaense não informou o que tem feito para escapar do mesmo destino de Marisa Letícia. Ela tampouco esclareceu se essa doença letal dá em homem. Caso a resposta seja afirmativa, o maridão também está em perigo: Gleisi foi denunciada por corrupção e lavagem de dinheiro.
O pior é que as investigações sobre o casal estão longe do fim.

Blog do Augusto Nunes

 

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Petrobras pede que presidente do PT e mais dois devolvam R$ 1 milhão



Gleisi Hoffmann é acusada de ter sido beneficiada com recursos oriundos da estatal


A Petrobras pediu que o ministro Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Tribunal (STF), determine que a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), ré em ação em curso no STF,  e outras duas pessoas devolvam R$ 1 milhão à estatal. Fachin ainda não tomou uma decisão. O ministro pediu uma opinião da Procuradoria-Geral da República (PGR), que é a favor da condenação de Gleisi na  ação penal a que ele responder no tribunal. Não houve resposta ainda.


A Petrobras atua no processo como assistente de acusação. Além de Gleisi, também são réus no processo o seu marido - o ex-ministro Paulo Bernardo - e o empresário Ernesto Kugler. Ele são acusados de corrupção e lavagem de dinheiro desviado da empresa.


A Petrobras alega ter sido a maior vítima do esquema investigado na Lava-Jato, que apura irregularidades em contratos na estatal. A empresa quer que os três sejam condenados a devolver, juntos, a quantia.  "Restou demonstrado o recebimento de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), que deve ser estabelecido como patamar indenizatório mínimo a ser estipulado especificamente em favor da requerente (Petrobras)", diz trecho do pedido da empresa.


A denúncia do ex-procurador-geral da República contra os três foi aceita pela Segunda Turma do STF em setembro de 2016. Em novembro, a atual procuradora-geral, Raquel Dodge, pediu a condenação deles e o pagamento de uma multa de R$ 4 milhões, o equivalente a quatro vezes o valor que teria sido desviado. Também solicitou que Gleisi perca o mandato.


De acordo com a PGR, Paulo Bernardo pediu R$ 1 milhão ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa para abastecer a campanha de Gleisi ao Senado em 2010. O dinheiro teria sido entregue por um intermediário do doleiro Alberto Youssef, a Ernesto Kugler, ligado ao casal. A quantia teria sido repassada em quatro parcelas de R$ 250 mil.

O Globo