Gleisi Hoffmann é acusada de ter sido beneficiada com recursos oriundos da estatal
A Petrobras
pediu que o ministro Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava-Jato
no Supremo Tribunal Tribunal (STF), determine que a presidente do PT,
senadora Gleisi Hoffmann (PR), ré em ação em curso no STF, e outras duas pessoas devolvam R$ 1
milhão à estatal. Fachin ainda não tomou uma decisão. O ministro pediu uma
opinião da Procuradoria-Geral da República (PGR), que é a favor da condenação
de Gleisi na ação penal a que ele responder no tribunal. Não houve resposta ainda.
A
Petrobras atua no processo como assistente de acusação. Além de Gleisi, também
são réus no processo o seu marido - o ex-ministro Paulo Bernardo - e o
empresário Ernesto Kugler. Ele são acusados de corrupção e lavagem de dinheiro
desviado da empresa.
A
Petrobras alega ter sido a maior vítima do esquema investigado na Lava-Jato, que
apura irregularidades em contratos na estatal. A empresa quer que os três sejam
condenados a devolver, juntos, a quantia. "Restou
demonstrado o recebimento de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), que deve ser
estabelecido como patamar indenizatório mínimo a ser estipulado especificamente
em favor da requerente (Petrobras)", diz trecho do pedido da empresa.
A
denúncia do ex-procurador-geral da República contra os três foi aceita pela
Segunda Turma do STF em setembro de 2016. Em novembro, a atual
procuradora-geral, Raquel Dodge, pediu a condenação deles e o pagamento de uma
multa de R$ 4 milhões, o equivalente a quatro vezes o valor que teria sido
desviado. Também solicitou que Gleisi perca o mandato.
De acordo
com a PGR, Paulo Bernardo pediu R$ 1 milhão ao ex-diretor da Petrobras Paulo
Roberto Costa para abastecer a campanha de Gleisi ao Senado em 2010. O dinheiro
teria sido entregue por um intermediário do doleiro Alberto Youssef, a Ernesto
Kugler, ligado ao casal. A quantia teria sido repassada em quatro parcelas de
R$ 250 mil.
O Globo
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