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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

POR QUE O NÚMERO DE HOMICÍDIOS VEM CAINDO? - Roberto Motta

Desde 2018 o número de homicídios vem caindo no Brasil (a exceção foi 2020). A explicação para a queda, segundo os “especialistas” da TV, é a “profissionalização” dos traficantes.

Antes de rir dessa "explicação", saiba disso: as estatísticas criminais brasileiras são produzidas e interpretadas por ONGs de esquerda.

São as mesmas ONGs que defendem ideias como liberação das drogas, "desencarceramento", "desarmamento", "desmilitarização" da polícia, suspensão das operações policiais nas favelas do Rio (ADPF 635) e "garantismo penal".

"Garantismo" é a doutrina que afirma que só os direitos dos criminosos é que importam.

Os absurdos que essas ONGs dizem sobre as estatísticas criminais se tornam a versão oficial divulgada pela mídia, aceita pelo Estado e ensinada nas escolas e universidades.

Mas a verdade é essa:

É impossível dizer com certeza qual é a razão da queda dos homicídios, porque nenhum pesquisador independente e sério tem acesso aos dados. Eles só estão disponíveis para as ONGs de esquerda.[cujo compromisso com a verdade e com tudo tenha algum valor é menor que ZERO.]

Alguns homicídios são resultado do tráfico, outros são resultado de assaltos, outros resultam de disputas domésticas. [não pode ser esquecido que se a vítima for afrodescendente a motivação do homicídio passa automaticamente a ser racismo - apesar de em alguns homicídios vitimando pessoas negras e classificados de imediato pela mídia militante como racismo, nenhum dos indiciamentos foi por racismo. Vale o mesmo se a vítima for alguém do grupo "LGBT ... 'sopa de letras'".] Sem analisar o detalhe dos dados, pouco se pode dizer.

Mas, se os "especialistas" da TV podem dar o palpite deles, eu também vou dar o meu. Os homicídios estão em queda desde 2018 porque, finalmente, estão se levantando vozes relevantes que dizem que o criminoso deve ser reprimido, e não estimulado, pelo Estado.

Uma dessas vozes foi a do presidente Jair Bolsonaro. Isso faz uma diferença gigantesca, porque tudo começa com as ideias certas.

Quando essas vozes começarem a provocar mudanças estruturais - nas leis penais, na polícia e nos presídios - a queda da criminalidade será gigantesca e permanente.  
E seremos novamente - como já fomos até muito pouco tempo - um país normal e seguro para se viver.

Muita gente pergunta “por que a Direita não tem ONGs que tratam de segurança pública” ?

Resposta: As ONGs de esquerda recebem MILHÕES em doações todos os anos.

Abra uma ONG que não seja de esquerda e tente conseguir um real sequer de doação. [sendo o Brasil o país das cotas,sugerimos que seja estipulado por lei que um percentual sobre as doações às ONGs de esquerda seja transferido compulsoriamente para ONGs de direita. Esperamos que as cotas favorecendo ONGs de direita, não sejam declaradas inconstitucionais, em face do mandamento constitucional de "que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza ...". ]

Roberto Motta - Publicado originalmente na página do autor no Facebook


quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Aula Magna de hipocrisia - "O ataque do ministro Fachin à liberdade religiosa"

Aula magna de hipocrisia




O que Fachin pretendia não era punir abuso algum, e sim reprimir a ação política dos cultos e pastores evangélicos







Análise: Por que a maioria do TSE é contra punir de forma autônoma o abuso do poder religioso?


Do ponto de vista jurídico, a ideia é grosseiramente inepta
não pode haver punição sem que o punido tenha praticado um crime previamente previsto em lei, e não existe nenhum crime de “abuso de religião” previsto em qualquer código legal em vigor neste país. 
"Código Penal Brasileiro:
art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal... "
Os crimes eleitorais que se pode cometer já estão previstos na legislação existente; o MP e Fachin não podem inventar um delito novo. Do ponto de vista político, a tentativa de cassar mandatos de pessoas eleitas pelo voto popular livre, porque os magistrados não gostam da religião do cassado, é exatamente o que parece: um ataque totalitário às liberdades individuais e à democracia.

Esse episódio é também uma aula magna em matéria de hipocrisia e de falsificação de propósitos. Fachin e quem embarcou neste bonde não estão minimamente interessados em punir abuso algum – o que querem é reprimir a ação política dos cultos e pastores evangélicos. O ministro não gosta da sua carga conservadora e supostamente governista. Como não pode impedir que os eleitores votem em candidatos de fé evangélica, imaginou que a solução é cassar os mandatos dos que forem eleitos. Qual a surpresa? Esse mesmo ministro quis, um dia, dar à ONU o direito de anular leis aprovadas pelo Congresso brasileiro; ultimamente, tem dito que a eleição presidencial de 2018 não foi legítima e sugere que a de 2022 também não deveria valer, se a “alienação eleitoral” que a seu ver foi indicada pelas últimas pesquisas de opinião continuar de pé. [esse ministro foi quem deu inicio ao processo de transformar favelas do Rio, preferencialmente as sob controle do tráfico, em territórios em que polícia é proibida de entrar;
tal situação ocorre nas  embaixadas, consulados e demais tipos de representação diplomática.
Considerando que nas favelas do Rio não está sediada nenhuma representação diplomática, é de se entender que a proibição contempla as 'embaixadas do crime'.
São tanto os requisitos para o ingresso da polícia, que quando autorizado o acesso da autoridade policial, já ocorreu a perda de objeto.]
Como aconteceu no caso da ONU, o ministro Fachin ficou sozinho nesta sua tentativa de policiar a liberdade religiosa no Brasil e de atribuir a si mesmo o direito de decidir quais são, e quais não são, as religiões politicamente aceitáveis. Há certas coisas que a alta Justiça brasileira ainda não faz. Fachin precisará tentar de novo daqui a mais algum tempo. 

[O Blog Prontidão Total, por ver analogia entre as ideias do ilustre J.R. Guzzo e as três imagens acima, as inseriu sob sua inteira responsabilidade, extraídas do Alerta Total.]

J.R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo


domingo, 6 de maio de 2018

Miséria explorada



O desabamento do edifício em São Paulo ocupado por uma dissidência do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) explicitou o descaso das autoridades públicas que, além de não terem programas habitacionais para combater a tragédia da falta de moradia, não fiscalizam os pardieiros invadidos por uma centena de movimentos ditos sociais, mas que, em sua maioria, se transformaram em milícias urbanas, arrancando dinheiro de quem não tem nem para viver.

Por outro lado, o principal movimento, o MTST, que ganhou notoriedade pelo protagonismo de Guilherme Boulos no cenário político nacional, não atua para coibir essas verdadeiras quadrilhas que se aproveitam dos que o candidato à presidência do PSOL alega representar e proteger. [o que interessa ao Boulos é sua carreira política,  que ele acredita vai deslanchar, ainda que sob o patrocínio do PSOL  e pós desmonte da farsa Lula e inicio da revelação de que os tais movimentos sociais são verdadeiras quadrilhas - aliás o exército do general da banda Stédile não faz nada de efetivo para defender Lula e o exército do coronel Boulos, também ficará omisso? - que extorquem os que nada possuem -  apesar de entre os realmente necessitados de moradias, existe dezenas de invasores profissionais.] 
 
O máximo que Boulos conseguiu fazer foi uma declaração de solidariedade, e garantir, estranhamente, que nunca havia ouvido falar nesse movimento que extorquia dinheiro dos sem teto que ele pretende liderar. E ainda deu-se ao luxo de criticar “os que querem se aproveitar de uma tragédia para fazer política”.  Se não sabe da existência desse e de outros movimentos semelhantes, no mínimo é um relapso, pois deveria ter informações sobre os que atuam no seu terreno, desmoralizando uma campanha que se anuncia como séria e defensora dos direitos humanos dos que não tem casa para morar.

Boulos e seus assessores tinham, na verdade, obrigação de denunciar esse tipo de gente que se aproveita da miséria alheia. Poderiam aproveitar o acesso que têm às autoridades para propor uma campanha conjunta de moralização desses cortiços, ocupados muitas vezes por quadrilhas de bandidos que encontraram neles um novo filão para ganhar dinheiro ilegalmente, da mesma maneira que vendem drogas dentro das ocupações e facilitam instalações clandestinas, os chamados gatos, que acabam provocando tragédias como a do edifício Wilton Paes de Almeida.  Esses grupos, que no limite são ligados a facções criminosas, assemelham-se às milícias que atuam nas comunidades pobres e favelas do Rio, e precisam ser combatidos. A união de milicianos com traficantes, que a polícia paulista está investigando e a intervenção no Rio está combatendo arduamente, é uma ameaça a toda a sociedade. 
 
Guilherme Boulos teria credibilidade para cobrar da prefeitura atitudes mais eficazes para transformar esses prédios invadidos em moradia barata, com direito à fiscalização dos poderes públicos. A prefeitura de São Paulo, em versões recentes ou mais remotas, desde 1997, quando ocorreu a primeira invasão do MTST em um prédio público de São Paulo, têm responsabilidade maior ainda, pois não podem governar apenas para uma parte da população, esquecendo os que são explorados e permanecem vivendo como animais.

Se Guilherme Boulos não se dedicasse tanto à política partidária, e tivesse uma visão mais ampla do que seja uma verdadeira ação política, não permaneceria em Curitiba prestando homenagem a Lula, esperando receber migalhas do espólio do lulismo. E usando os miseráveis que o seguem com fins partidários, colocando-os à disposição da luta política do ex-presidente.  O presidente Michel Temer, já escrevi aqui, não deveria ter ido aos escombros, por ser uma clara ação política indevida, num ambiente hostil. Mas Boulos tinha obrigação de lá estar presente, e de denunciar a extorsão que estava em curso, distorcendo o sentido da ação social que ele alegadamente lidera.

Dizer que nunca ouviu falar desse movimento, e de diversos outros espalhados pelo país, não é suficiente para expiar sua irresponsabilidade. Afinal, um verdadeiro líder tem obrigação de denunciar os que se aproveitam de situações miseráveis para explorar o próximo. Ou basta denunciar as autoridades burguesas e os capitalistas desalmados para justificar sua atuação política? 


Merval Pereira - O Globo