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sábado, 1 de fevereiro de 2020

Mourão dá a volta por cima - Entrevista - IstoÉ

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, andava à margem do centro do poder. Agora retoma um ativismo sem precedentes e vai coordenar as ações do governo para resolver a crise ambiental na Amazônia

[não cabe se falar que o general Mourão deu a volta por cima; dar a volta por cima só é um ato que só pode ser realizado por quem estão por baixo.

Mais uma vez, tentam criar uma animosidade entre o presidente Bolsonaro e o general Mourão, só que tais tentativas estão fadadas ao fracasso, tendo em conta que os dois estão perfeitamente cônscios das suas funções, ambos são ex-militares o que facilita em muito o relacionamento, pela natural e constante convivência com a hierarquia e a disciplina.

O general Mourão em sua função de vice-presidente nunca esteve por baixo ou por cima em relação ao presidente Bolsonaro. Este foi eleito presidente da República - não está, é o Presidente da República - e o general Mourão foi eleito vice-presidente e é o vice-presidente da República.

Não existe subordinação hierárquica entre o presidente e seu vice. A função primeira do vice-presidente - aliás,a razão da existência do cargo - é substituir o presidente da República em seus impedimentos. Enquanto não assume o vice não é subordinado ao presidente da República, devendo  reger seus atos pela Constituição, pela Ética. Quando assume a presidência, por óbvio,  continua sem subordinação ao titular.

Eventualmente, pode ser convidado pelo presidente da República para exercer alguma função no Governo do qual é vice, e, no desempenho desta função deve acatar as recomendações presidenciais - caso, não concorde, pode solicitar afastamento.]

Depois de meses desconfiando que Hamilton Mourão não seguia a sua cartilha política, o presidente Bolsonaro convenceu-se do contrário e decidiu dar ao vice-presidente um inesperado protagonismo na coordenação das ações governamentais na área ambiental, que nos últimos meses tornou-se o calcanhar de Aquiles de seu governo. Ao incumbir o general de liderar os recém-criados Conselho da Amazônia e Força Nacional Ambiental, com a missão de resolver a crise na região amazônica — sobretudo com a redução do desmatamento e queimadas das florestas nativas —, Bolsonaro quer passar ao mundo a ideia de que está, efetivamente, tomando medidas para conter o avanço das motosserras na derrubada das árvores, tentando amenizar o aquecimento global. Afinal, o trabalho de preservação feito pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi duramente criticado pela comunidade internacional, ao ponto de ter levado investidores estrangeiros a ameaçarem com o corte de aplicações financeiras no País, em retaliação ao descuido com a floresta. Assim, o nome de Mourão para resolver a crise calçou feito uma luva para o presidente. Mais que isso, Mourão recuperou, assim, o prestígio dentro do governo.

“Bolsonaro foi eleito para mudar o País e está fazendo isso pela via constitucional, legal e democrática”

Considerado grande estrategista militar e político respeitado por sua moderação e abertura ao diálogo, Mourão é profundo conhecedor da Amazônia — já trabalhou na região durante seis anos como militar — e é visto como um dos poucos integrantes do governo com capacidade para representar as Forças Armadas nos trabalhos desenvolvidos por diversos ministérios, estados e municípios nessa área. Em entrevista exclusiva à ISTOÉ, ainda no exercício da Presidência, Mourão reconhece que a região tem problemas a serem enfrentados, mas não concorda com “a narrativa catastrófica desencadeada contra o Brasil no ano passado, interna e externamente”. Ele diz que o aumento no desmatamento de 30% entre 2018 e 2019 “não está distante dos índices observados entre o que ocorreu na região desde 2014”.
Para ele, portanto,“o Brasil não é um vilão ambiental”, lembrando que a matriz energética brasileira “é muito mais limpa do que a dos países desenvolvidos”.
O fato de ter recebido de Bolsonaro novas atribuições, mostra que Mourão está definitivamente de volta ao jogo político do Planalto. Afinal, desde abril, quando os filhos do presidente lhe fizeram duras críticas, atribuindo-lhe intenções de tramar contra o presidente, desejando ocupar seu lugar, o general vinha sendo mantido na geladeira. Ele, no entanto, nega que tenha tido uma crise no relacionamento com Bolsonaro, desmentindo, inclusive, que precisou se recolher para evitar maiores desentendimentos.

Segundo ele, nesse período “houve inferências e interpretações sobre o meu relacionamento com o presidente, nitidamente destinadas a atingir o governo”. Para provar que não ficou “recolhido”, mostra que, no ano passado, concedeu 130 entrevistas à imprensa, 74 das quais no período do suposto recolhimento. Como demonstração de que os dois nunca estiveram tão bem, Mourão explica que se Bolsonaro for realmente candidato à reeleição, o presidente pode contar com ele para repetir a dobradinha de 2018. “Estou à sua disposição”.

Papel de bombeiro
A realidade é que Mourão mostra-se realmente mais aliviado com a reviravolta ocorrida em sua posição. Em outros períodos em que sucedeu Bolsonaro, o general mantinha-se isolado em seu gabinete. Agora, ao permanecer como presidente em exercício por uma semana, em razão da viagem de Bolsonaro à Índia, o general participou ativamente da administração e até atuou como bombeiro para acalmar o ministro da Justiça, Sergio Moro, que ameaçou deixar o cargo caso o presidente desmembrasse o Ministério da Segurança Pública. Mourão chamou Sergio Moro para conversar no Palácio Planalto, e, em seguida, Bolsonaro voltou atrás.

A interinidade também foi marcada por uma saia justa provocada pelo governador do Rio, Wilson Witzel, que divulgou o teor de uma conversa que os dois tiveram, ao celular, no domingo 26. Mourão chegou a dizer que ele havia se esquecido da “ética e da moral” que aprendeu quando foi fuzileiro naval. Na ligação gravada sem seu conhecimento, Witzel pedia ajuda do governo federal para o fornecimento de água potável às vítimas da enchente no norte fluminense. Apesar do mal-estar, Mourão mandou ajuda para o Rio e, na entrevista concedida à ISTOÉ três dias depois do episódio, garante que as portas de seu gabinete continuam abertas para Witzel. Um estilo que empresta uma face democrática a um governo que até aqui prima-se por posturas intolerantes.

“Nada justifica a narrativa catastrófica desencadeada contra o Brasil na questão ambiental”

Entrevista
O senhor queixou-se da conduta ética do governador Wilson Witzel ao divulgar o teor da conversa que tiveram. As portas se fecharam para ele?
De maneira alguma. Limitei-me a desaprovar um comportamento inadequado. Todos nós, autoridades públicas, temos que tomar muito cuidado em como expomos nossas figuras, e de outrem. Esse é um incidente superado. No trato do interesse do estado do Rio de Janeiro, as portas do gabinete da vice-presidência continuam abertas para ele. O episódio serviu de lição para todos nós, sobre a responsabilidade que compartilhamos no trato do interesse público.

O governador também já tinha dificuldades de diálogo com o presidente Bolsonaro, certo?
A discordância, a diferença de pontos de vista e a competição fazem parte da política. Porém, no âmbito de uma federação, as relações são institucionais. Seria absurdo, diante dos desafios e dificuldades que o País enfrenta, abandonarmos os canais de interlocução entre União, estados e municípios. Diria mesmo que é impossível.

Desde o começo da gestão, o senhor tem se mostrado disposto ao diálogo. Qual a importância disso no momento em que o governo é acusado de ser intransigente?
Diálogo exige disposição recíproca. E aceitação. Aceitação do outro e das circunstâncias. Cabe perguntar se os setores que mais criticam Bolsonaro e o seu governo aceitaram a vontade da sociedade brasileira expressa nas urnas em 2018. Para algumas dessas pessoas, diálogo significa que as coisas continuem como estavam, sob o seu controle, com elas nos cargos que ocupavam, por vezes impondo seus pontos de vista, sem o diálogo pelo qual agora clamam. Obviamente, o País dispensa revanches. Mas é preciso boas intenções, até na crítica.

(.....)  

O senhor entende que a cultura brasileira está dominada pela esquerda?
Durante muitos anos, nas administrações dos governos anteriores, pessoas assumidamente de esquerda tiveram posições de destaque na cultura nacional, sem esconder a agenda dita progressista que implementavam com dinheiro público e o apoio de parte da intelligentsia. Isso é fato, não uma suposição. E não poderia deixar de causar um efeito profundo e duradouro no pensamento brasileiro. As teses de alguns pensadores marxistas são facilmente identificadas nos programas e projetos de governos anteriores e de organizações não-governamentais, com destaque para Antonio Gramsci e Herbert Marcuse. O que estamos assistindo é uma reação da sociedade a esquemas conceituais e psicológicos que não se encaixam em sua realidade.

(.....)

O senhor já morou na Amazônia e conhece profundamente seus problemas. O que precisa ser atacado de pronto para reduzir a crise na região?
A primeira lacuna a preencher é de informação e controle. Precisamos saber, com segurança, o que está acontecendo na região. Nossos mecanismos de gerenciamento da cobertura vegetal da região não nos oferecem isso no momento. Necessitamos da integração de nossos mecanismos de monitoramento para termos uma ferramenta confiável que subsidie as decisões e ações do governo, sem protagonismos, vieses ideológicos e interesses corporativistas. O Brasil tem um compromisso natural com a preservação do meio ambiente.

(.....)

O governo pretende autorizar o uso comercial de terras indígenas, inclusive com a exploração mineral, de petróleo e até hidrelétricas. Isso pode aumentar o desmatamento na Amazônia?É importante frisar que cabe ao Congresso regulamentar o que está previsto na Constituição: a possibilidade de exploração mineral de terras indígenas. Tenho recebido delegações indígenas com posições distintas, contra e a favor dessa exploração em suas terras. É preciso analisar a questão sem maniqueísmos. E, é claro, caso regulamentada, sempre em obediência a nossa avançada legislação ambiental.

No Fórum de Davos, o Brasil foi criticado pelo combate pouco eficiente ao desmatamento e às queimadas na região. Corremos o risco de ficar sem investimentos internacionais por conta do meio ambiente?
O Brasil já dispõe de mecanismos modernos que envolvem empresas e governo no controle das emissões de gases de efeito estufa, tendo aderido ao protocolo internacional correspondente. Nossa matriz energética é muito mais “limpa” do que as congêneres dos países desenvolvidos. Não há, portanto, justificativas lógicas para tornar o Brasil um vilão ambiental. Ademais, o Brasil é atualmente um dos poucos países com oportunidades atraentes de investimentos. Não há esse risco de afastamento de investimentos e o mundo está percebendo que guerras comerciais e barreiras tarifárias disfarçadas não são um bom negócio.

Em IstoÉ, ENTREVISTA COMPLETA 


quinta-feira, 21 de março de 2019

Defesa diz que afago a militares em reforma compensa perdas da categoria

Economia esperada de mais de R$ 97,3 bilhões em 10 anos com as mudanças previdenciárias das Forças Armadas cai para R$ 10,4 bilhões com reformulação de carreira das tropas. Ministro da Defesa diz que foi uma "compensação" por perdas da categoria 


 (foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília )

O presidente Jair Bolsonaro e a equipe econômica cederam aos apelos dos militares de reestruturação da carreira para conseguir enviar uma proposta de reforma do sistema de aposentadorias das Forças Armadas ontem, no último dia do prazo prometido ao Congresso. O projeto de lei complementar à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência prevê uma economia líquida de R$ 10,45 bilhões nos primeiros 10 anos de vigência da proposta, ou seja, 1% dos R$ 1,1 trilhão de impacto fiscal previsto na reforma dos demais trabalhadores dos setores privado e público. Quando a PEC da Previdência foi apresentada, em 20 de fevereiro, era esperada uma folga de R$ 28 bilhões somente na área militar até o fim do governo Bolsonaro. Agora, a expectativa de economia caiu para R$ 2,29 bilhões — somente 10% do valor inicialmente calculado.

A reestruturação de carreiras dos militares vai gerar uma despesa de R$ 86,85 bilhões em 10 anos. Enquanto isso, as mudanças no sistema — que elevarão as alíquotas de contribuição previdenciária de 7,5% para 10,5% até 2022, incluindo para pensionistas que não tinham desconto algum, mas não impôs a idade mínima de aposentadorias para os oficiais devem implicar uma redução de despesa de R$ 97,3 bilhões em uma década. A diferença dessas duas medidas resultará no saldo líquido de R$ 10,45 bilhões até 2029, conforme dados do Ministério da Economia divulgados ontem. Essa economia líquida equivale a apenas 11,3% do estimado antes.

Ao apresentar o projeto dos militares ontem, o secretário especial adjunto de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, tentou minimizar a redução na economia e disse que a proposta não está desidratada pelo aumento de despesa da União com militares. “Não é gordura, não é deficit, não é desidratação e não diminui a proposta da reforma. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa”, disse.

No entanto, a maior parte desse custo adicional de R$ 86,85 bilhões aos cofres públicos com a reestruturação das carreiras será com três gratificações: “Uma nova e duas aperfeiçoadas que devem responder por mais da metade desse custo”, segundo o assessor especial do Ministério da Defesa, general Eduardo Garrido. A mudança incluirá reajustes nos valores do soldo e nas ajudas de custo dos oficiais. Para justificar essa medida, os militares alegaram que não recebem reajustes desde 2001, quando ocorreu a última reestruturação da carreira. No entanto, evitaram comentar que, durante o governo Michel Temer, o soldo dos oficiais teve um aumento de 27,5%. De acordo com os oficiais, o governo gasta, em média, R$ 81 bilhões por ano com a folha de pagamento dos militares e, com a proposta, esse custo teria implemento de cerca de 5%.
Salário mínimo
No projeto de lei enviado ao Congresso, o soldo de militares mais rasos, como aprendiz de marinheiro e de fuzileiro naval, terá um reajuste de 12,6%, passando de R$ 981 para R$ 1.105. Isso evitará que o valor líquido fique abaixo do salário mínimo, devido à cobrança dos 10,5% da contribuição previdenciária, que não existia antes. No entanto, esse reajuste será maior do que o percentual que o soldado pagará para a Previdência. Já no caso de general, brigadeiro ou almirante, o soldo foi mantido em R$ 13.471 mil. Mas se forem consideradas apenas as três gratificações incluídas no projeto, que são maiores quando a patente é mais alta, o reajuste será de 124%, chegando a R$ 30,2 mil, valor próximo ao novo teto do funcionalismo, de R$ 39,3 mil. Nessa conta não estão incluídos as ajudas de custo, que em alguns casos, dobra de valor.

As benesses levantaram críticas até de aliados do governo.  Ao serem questionados sobre o fato de os militares estarem cedendo muito menos que os servidores e os trabalhadores do setor privado na reforma da Previdência, as autoridades desconversaram. Garrido tentou justificar a reestruturação como uma espécie de compensação para a categoria, que não pode fazer greve e não tem direitos trabalhistas, como hora extra. Ele justificou que se as regras se igualassem, a União teria um gasto de, pelo menos, R$ 20,7 bilhões por ano com os militares. “Nós não queremos receber isso, porque perderíamos a nossa essência de ser das Forças Armadas. Mas podemos identificar uma série de direitos que não são aplicados para nós. Há uma espécie de contrato entre a sociedade e os militares, em que nós nos colocamos à disposição do Estado 24 horas por dia e fazemos o juramento de sacrifício da própria vida pela pátria”, afirmou.

Saldo positivo
O secretário de Previdência, Leonardo Rolim, também minimizou e disse que, no conjunto o saldo nas duas medidas é positivo. “Do ponto de vista fiscal, e não o lado previdenciário, temos um ganho de R$ 10,45 bilhões para a União. Fora o ganho fiscal substancial para os estados”, defendeu. Ele ainda disse que, em 10 anos, haverá um ganho de R$ 10,3 bilhões com a compensação previdenciária de militares que deixam as Forças Armadas e migraram para o regime geral de Previdência (RGPS).

De acordo com o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, os estados terão um ganho de pouco mais de R$ 50 bilhões nos próximos 10 anos com projeto da reforma dos militares, pois haverá redução nas despesas com as aposentadorias de policiais e de bombeiros. “Esse foi um esforço que foi feito junto às Forças Armadas e que só foi concluído hoje (ontem) pela manhã, quando o presidente tomou a decisão para o cenário mais confortável para a economia e para as Forças Armadas”, afirmou.

Correio Braziliense



 

terça-feira, 6 de março de 2018

Falta apenas a Aeronáutica se manifestar - Marinha e Exército não deixaram dúvidas em suas manifestações

Frase do dia

 

 Almirante Eduardo Bacelar Leal Ferreira. (Julia Moraes/Fiesp/Divulgação)

Almirante Eduardo Bacelar Leal Ferreira

“Um militar, como qualquer outro profissional escolhido pelo presidente da República, pode sim chefiar o Ministério da Defesa. Anteriormente, profissionais de outras carreiras de Estado já exerceram esse cargo, e não há qualquer razão para que um militar não possa exercê-lo.

 Nos Estados Unidos, por exemplo, o atual ministro da Defesa é um fuzileiro naval de carreira”.

 ( Almirante Eduardo Bacelar Leal Ferreira, Comandante da Marinha)

Comandante do Exército defende publicamente militar na Defesa em recado objetivo para Michel Temer clique aqui e saiba mais