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segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Decisões de Moraes - Glenn Greenwald percebeu o que acontece no Brasil e está mostrando para o mundo

Vozes - Alexandre Garcia

Eu condenei o jornalista americano Glenn Greenwald quando houve aquele ataque de hackers que revelou conversas entre o pessoal da Lava Jato. Foi um crime, previsto inclusive na Constituição, porque invadiu a privacidade dos promotores, mas foi usado para desmoralizar a Procuradoria da Lava Jato e o juiz Sergio Moro.

Mas agora, o jornalista Greenwald, não é que mudou de lado, ele percebeu que um outro lado exagerou e está fazendo eco a reportagens do New York Times que dizem que o Brasil está em um momento muito perigoso de arbítrio, de totalitarismo, de desrespeito à Constituição e as liberdades e de censura.

Ele está botando a boca no mundo. Interessante que é a forma de sair do Brasil e ir para os Estados Unidos e para o mundo o que tá realmente acontecendo aqui no Brasil. Fica aqui esse registro.

Eu não sou seguidor dele, mas estou vendo que ele percebeu o que está acontecendo aqui no país. Eu passo o dia inteiro falando que a Constituição tem que ser respeitada e vocês sabem, como eu sei, que ela não está, principalmente no Artigo 5º e no Artigo 220, que falam sobre as liberdades, o direito à liberdade de expressão e sobre a vedação à censura, essas coisas.

Começa o Fórum de Davos
Hoje começa o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. O Brasil tem uma comitiva que é chefiada pelo vice-presidente da República, que também é Ministro da Indústria, Comércio e Desenvolvimento, Geraldo Alckmin. Ele chefia uma comitiva que tem a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Certamente, Marina Silva vai se enquadrar no politicamente correto das questões ambientais, que são muito bonitas, etc, mas que, pelo menos na Europa, não estão resultando muita coisa.

Isso porque eles são obrigados a produzir energia de carvão e energia nuclear, por exemplo. O Partido Verde da Alemanha até já afundou. Mas, enfim, Marina está lá. Não sei o que Fernando Haddad vai falar. Tomara que não fale muito. Mas o Mauro Vieira certamente vai explicar a posição do Brasil.

Logo depois, terminado o Fórum Mundial, dia 20, outra missão de Mauro Vieira será acompanhar o presidente da República à Argentina porque vai ter a reunião de cúpula dos chefes de governo da América Latina e do Caribe. O anfitrião é o presidente Alberto Fernandéz.

A maioria desses países agora é de esquerda, então vai ser um caminho indo para a esquerda.

Aqui no Brasil isso já está sendo posto em prática,
com a reabertura das embaixadas do Brasil em Havana e em Caracas e a retirada de um general como embaixador do Brasil em Israel.

Vem aí a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado
Está faltando só 15 dias para a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado.

As pessoas falam em reeleição. O Artigo 57, no parágrafo 2º, diz que não tem reeleição. Mas ninguém mais obedece a Constituição, né?  
O que é um perigo muito grande, porque aí o que manda é quem tem mais força, não é a lei. É um perigo.

Quem desobedece a Constituição está armando alguma coisa que pode vir contra si próprio. Mas, enfim.

O grande perigo é reeleger Rodrigo Pacheco no Senado, porque ele foi omisso completamente com todos esses desrespeitos à Constituição.
Eu estou torcendo para que ele não seja reeleito, para que o Senado tenha um papel realmente de câmara revisora, inclusive dos atos do Supremo, como diz a Constituição. Temos que respeitá-la. [a declarada torcida do douto articulista, nos deixou preocupado: será que torcer contra alguém que atuou, por omissão, favoravelmente ao Supremo, não é ato antidemocrático?] 

Economia no governo novo
Quinze dias de governo novo e já a economia completamente entregue ao acaso.
A insegurança jurídica no país hoje é muito grande, o que faz com que os investidores, aqueles que estão investindo no país, em emprego, em produção, estejam todos com o pé atrás.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 28 de março de 2022

O Ocidente já perdeu? - Revista Oeste

Kaíke Nanne

Supostamente, os EUA estão em declínio e a civilização ocidental, em ruínas. Será mesmo? 

A água, símbolo dos Estados Unidos, e o dragão chinês | Ilustração: Shutterstock
A água, símbolo dos Estados Unidos, e o dragão chinês -  Ilustração: Shutterstock

É desolador o panorama que se apresenta quando o objeto da análise é a civilização ocidental. Vladimir Putin não teria tentado ressuscitar a Grande Mãe Rússia e iniciado sua estripulia militar sanguinária na Ucrânia se o Ocidente tivesse líderes fortes. A ordem liberal que preconiza o Estado de Direito, a garantia da propriedade privada e as liberdades individuais está em declínio, e o mundo está ficando menos democrático — de acordo com a Edição 2021 do Global Democracy Index, da revista britânica The Economist, apenas 6,4% da população mundial vive em democracias plenas; é o pior resultado desde o início do levantamento, em 2006. Tem mais. Xi Jinping já declarou que o plano do Partido Comunista Chinês é estabelecerum novo modelo de governança global”, seu país investe pesadamente na Nova Rota da Seda, um ambicioso projeto de infraestrutura que implementará um conjunto de novos itinerários comerciais por terra e mar, e a economia chinesa deve ultrapassar a norte-americana em 2033.

A propalada débâcle ocidental não se expressa apenas na política e na economia. Numerosos analistas dão conta de que a guerra cultural já está perdida. Do TikTok ao Fórum de Davos, da Netflix aos comitês de ESG das grandes corporações, das ONGs às big techs, é só chibata. O Oeste entrou num piro dramático de autoflagelação para expiar os pecados capitais denunciados pelos cavaleiros woke identitários, pela turma de movimentos como Antifa e Black Lives Matter. Nas universidades e na imprensa, a civilização ocidental é frequentemente apontada como produtora de exploração impiedosa e desigualdade social, berço de impérios colonialistas carniceiros, racista e criadora de estruturas que subjugam as mulheres e as minorias.

Em 2050, China e Rússia terão uma redução de nada menos que 20% no número de pessoas com capacidade produtiva

Dado o contexto, parece elementar presumir que o farol do Ocidente está com os dias contados. O Império Americano vai ruir em breve. Os Estados Unidos se tornarão apenas uma sombra do que já foram. E, com os Estados Unidos definhando, todo o ideário ocidental fica à míngua, o Oeste vira História, sem futuro.

Podemos encomendar o mausoléu, certo? Calma. Respire fundo. Conte até dez.

Em primeiro lugar, convém considerar que são os jovens e os imigrantes que têm potencial, energia e disposição ao risco para construir um futuro próspero, com inovação, dinamismo e capacidade de atração de talentos. Em 2050, China e Rússia terão uma redução de nada menos que 20% no número de pessoas com capacidade produtiva, segundo projeções da ONU. Em contraste, os Estados Unidos, de acordo com o mesmo estudo, verão sua população em idade ativa crescer 12% — sem o fator imigração, o país teria uma redução de 4,5% no número de indivíduos economicamente ativos.

Diz o escritor indiano-norte-americano Fareed Zakaria, em artigo para o jornal The Washington Post: “Imigração significa uma economia mais robusta. Os Estados Unidos têm administrado a imigração melhor do que a maioria dos outros países. Recebe pessoas de todos os lugares, elas são assimiladas e integradas ao tecido da sociedade, e os novos imigrantes sentem-se tão motivados quanto os velhos”.

Hoje, cerca de 15,5% da população norte-americana é composta de imigrantes — são mais de 50 milhões de pessoas. A China tem pouco mais de 1 milhão de imigrantes, o equivalente a 0,07% da população. O passaporte azul continua tendo um valor infinitamente superior ao do passaporte vermelho. E isso se reflete no interesse pelo aprendizado do idioma. No mundo, mais de 700 milhões de cidadãos têm inglês como segunda língua. No caso do mandarim, são 180 milhões.

Além dos dados relacionados à imigração, a conta do PIB per capita também precisa ser considerada. Embora a economia chinesa, como um todo, vá superar a norte-americana na próxima década, a geração de riqueza por indivíduo continuará muito maior nos Estados Unidos: em 2050, vai transpor a faixa dos US$ 80 mil por ano, ante pouco mais de US$ 20 mil na China.

No campo da disputa por corações e mentes, os US$ 10 bilhões que o Partido Comunista Chinês gasta por ano na difusão da cultura do país não têm sido suficientes. Aulas de kung fu para jovens africanos e conferências sobre a sabedoria confucionista em universidades ocidentais geram interesse, óbvio, mas não parecem ter o poder de mudar o tal do mindset. Ou você imagina que em Buenos Aires ou Kampala, em Johannesburgo ou Jacarta, a pré-estreia de um filme como A Batalha do Lago Changjin, a mais bem-sucedida produção chinesa de 2021, atrairá um público maior que o lançamento do novo Batman?

Um grupo de analistas internacionais acredita que as aspirações chinesas de dominação mundial podem estar sendo anabolizadas pela maior parte dos observadores — sem má-fé, apenas pelo alarmismo atávico dos que atuam no métier. Segundo essa interpretação contrária ao senso comum, a China estaria mais interessada em assegurar sua ascendência estratégica no leste da Ásia e ampliar seus negócios com todos os países, independentemente do eixo de influência ao qual estejam associados, do que em criar uma nova ordem planetária. O mencionado “novo modelo de governança global” seria um alerta retórico para o Ocidente não criar dificuldades e deixar o país expandir seu comércio sem travas, como regulações ambientais impeditivas.

Fatos e dados sobre a mesa, é bastante provável que os Estados Unidos sigam como o farol do mundo, malgrado o eventual ocupante da Casa Branca, hoje e no futuro — nesse sentido, a guerra na Ucrânia pode até fortalecer a aliança ocidental liderada pelo país e trazer a China para perto. Para uma certa classe média alta bem-pensante, que tem o luxo de discutir os prognósticos distópicos para a civilização ocidental entre taças de pinot noir, os Estados Unidos podem até estar caminhando para o desfiladeiro. Mas, para quem quer produzir e gerar riqueza, viver em liberdade e educar bem os filhos, a América é e será por muitos e muitos anos o melhor lugar. Até porque, embora milhões de indivíduos se submetam contingencialmente a regimes autoritários, a vocação para ser livre está no DNA da nossa espécie. 

Kaíke Nanne é jornalista. Foi publisher nos grupos Abril, Time Warner e HarperCollins. Atuou como repórter, editor e diretor em diversas publicações, entre elas Veja, Época, Playboy, Claudia e Oeste

Leia também “Para que correr tanto?”

Kaíke Nanne,  jornalista - Revista Oeste


terça-feira, 3 de março de 2020

Sérgio Reis convoca protestos para ‘salvar o país dessa raça’ - O capitão treme na base - VEJA - Dora Kramer




Bolsonaro faz questão (excessiva, até) de aparentar indiferença às críticas, embora suas atitudes digam exatamente o oposto. Não passa um dia sem produzir uma provocação, mas tem o cuidado de fazê-lo no cercadinho de súditos. Ali, encarna o forte. Quando se trata de enfrentar o mundo, faz o fraco, invoca o atentado de um ano e meio atrás, alude aos efeitos da recuperação e evita, por exemplo, ir ao Fórum de Davos.

O presidente pode ser tosco, mas não é tolo. Claudica mental e emocionalmente, o que não o impede de estar na perfeita posse de suas faculdades de visão e de audição. Portanto, já deve ter percebido que o adversário agora é outro, vai muito além do PT e forma um contingente que só faz crescer.

“O protesto do dia 15 chegará aonde? A lugar nenhum, se a gente somar os efetivos de um lado e de outro”
A conversinha sobre os “esquerdopatas”, os corruptos, os transgressores da moral e dos bons costumes anima uma torcida restrita se comparada a grupos e personalidades que o apoiaram em 2018, hoje grande parte batendo em retirada com boa parcela já tratando de se organizar em outras searas.

Alguns padeceram da demora em se movimentar por não acreditar que a eleição de Bolsonaro pudesse acontecer, outros acreditaram que o personagem se adequaria à Presidência, mas agora todos sabem do que se trata.  Trata-se de ir além de ficar pedindo que “as instituições tomem uma providência”, pois a única providência constitucionalmente possível seria o impedimento, e este depende de condições política e socialmente objetivas que no momento não estão presentes. Ainda assim, Jair Bolsonaro demonstra medo. Pisca quando se cerca de altas patentes militares do Planalto, pisca quando escolhe dobrar a aposta nos desatinos (coisa típica de quem se sente acuado) e pisca forte quando avaliza atos de ataques ao Congresso.

O protesto do próximo dia 15 concretamente chegará aonde? A lugar nenhum, se a gente somar os efetivos de um lado e de outro. Bolsonaro está em desvantagem nessa conta. Na sociedade há protestos gerais dos quais o Carnaval deu muitas notícias; não há partido que firme fileiras em favor dele; dos Poderes da República não se ouvem sequer manifestações de apreço e mesmo no Executivo muita gente está calada; não existe sinal de apoio das Forças Armadas aos arreganhos autoritários; os governadores protestam e no Parlamento o presidente perde sucessivas paradas.

Então, me digam: ainda que pretenda promover algum tipo de quebra da legalidade, contaria com quem? Pois é. Não obstante a indispensável necessidade de permanente e eterna vigilância, se alguém tem algo a temer, não é a sociedade nem a democracia, mas quem porventura queira atentar contra a institucionalidade, instância de força muito maior.

Dora Kramer - Blog em VEJA

Publicado em VEJA,  edição nº 2676 de 4 de março de 2020 



sábado, 1 de fevereiro de 2020

Mourão dá a volta por cima - Entrevista - IstoÉ

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, andava à margem do centro do poder. Agora retoma um ativismo sem precedentes e vai coordenar as ações do governo para resolver a crise ambiental na Amazônia

[não cabe se falar que o general Mourão deu a volta por cima; dar a volta por cima só é um ato que só pode ser realizado por quem estão por baixo.

Mais uma vez, tentam criar uma animosidade entre o presidente Bolsonaro e o general Mourão, só que tais tentativas estão fadadas ao fracasso, tendo em conta que os dois estão perfeitamente cônscios das suas funções, ambos são ex-militares o que facilita em muito o relacionamento, pela natural e constante convivência com a hierarquia e a disciplina.

O general Mourão em sua função de vice-presidente nunca esteve por baixo ou por cima em relação ao presidente Bolsonaro. Este foi eleito presidente da República - não está, é o Presidente da República - e o general Mourão foi eleito vice-presidente e é o vice-presidente da República.

Não existe subordinação hierárquica entre o presidente e seu vice. A função primeira do vice-presidente - aliás,a razão da existência do cargo - é substituir o presidente da República em seus impedimentos. Enquanto não assume o vice não é subordinado ao presidente da República, devendo  reger seus atos pela Constituição, pela Ética. Quando assume a presidência, por óbvio,  continua sem subordinação ao titular.

Eventualmente, pode ser convidado pelo presidente da República para exercer alguma função no Governo do qual é vice, e, no desempenho desta função deve acatar as recomendações presidenciais - caso, não concorde, pode solicitar afastamento.]

Depois de meses desconfiando que Hamilton Mourão não seguia a sua cartilha política, o presidente Bolsonaro convenceu-se do contrário e decidiu dar ao vice-presidente um inesperado protagonismo na coordenação das ações governamentais na área ambiental, que nos últimos meses tornou-se o calcanhar de Aquiles de seu governo. Ao incumbir o general de liderar os recém-criados Conselho da Amazônia e Força Nacional Ambiental, com a missão de resolver a crise na região amazônica — sobretudo com a redução do desmatamento e queimadas das florestas nativas —, Bolsonaro quer passar ao mundo a ideia de que está, efetivamente, tomando medidas para conter o avanço das motosserras na derrubada das árvores, tentando amenizar o aquecimento global. Afinal, o trabalho de preservação feito pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi duramente criticado pela comunidade internacional, ao ponto de ter levado investidores estrangeiros a ameaçarem com o corte de aplicações financeiras no País, em retaliação ao descuido com a floresta. Assim, o nome de Mourão para resolver a crise calçou feito uma luva para o presidente. Mais que isso, Mourão recuperou, assim, o prestígio dentro do governo.

“Bolsonaro foi eleito para mudar o País e está fazendo isso pela via constitucional, legal e democrática”

Considerado grande estrategista militar e político respeitado por sua moderação e abertura ao diálogo, Mourão é profundo conhecedor da Amazônia — já trabalhou na região durante seis anos como militar — e é visto como um dos poucos integrantes do governo com capacidade para representar as Forças Armadas nos trabalhos desenvolvidos por diversos ministérios, estados e municípios nessa área. Em entrevista exclusiva à ISTOÉ, ainda no exercício da Presidência, Mourão reconhece que a região tem problemas a serem enfrentados, mas não concorda com “a narrativa catastrófica desencadeada contra o Brasil no ano passado, interna e externamente”. Ele diz que o aumento no desmatamento de 30% entre 2018 e 2019 “não está distante dos índices observados entre o que ocorreu na região desde 2014”.
Para ele, portanto,“o Brasil não é um vilão ambiental”, lembrando que a matriz energética brasileira “é muito mais limpa do que a dos países desenvolvidos”.
O fato de ter recebido de Bolsonaro novas atribuições, mostra que Mourão está definitivamente de volta ao jogo político do Planalto. Afinal, desde abril, quando os filhos do presidente lhe fizeram duras críticas, atribuindo-lhe intenções de tramar contra o presidente, desejando ocupar seu lugar, o general vinha sendo mantido na geladeira. Ele, no entanto, nega que tenha tido uma crise no relacionamento com Bolsonaro, desmentindo, inclusive, que precisou se recolher para evitar maiores desentendimentos.

Segundo ele, nesse período “houve inferências e interpretações sobre o meu relacionamento com o presidente, nitidamente destinadas a atingir o governo”. Para provar que não ficou “recolhido”, mostra que, no ano passado, concedeu 130 entrevistas à imprensa, 74 das quais no período do suposto recolhimento. Como demonstração de que os dois nunca estiveram tão bem, Mourão explica que se Bolsonaro for realmente candidato à reeleição, o presidente pode contar com ele para repetir a dobradinha de 2018. “Estou à sua disposição”.

Papel de bombeiro
A realidade é que Mourão mostra-se realmente mais aliviado com a reviravolta ocorrida em sua posição. Em outros períodos em que sucedeu Bolsonaro, o general mantinha-se isolado em seu gabinete. Agora, ao permanecer como presidente em exercício por uma semana, em razão da viagem de Bolsonaro à Índia, o general participou ativamente da administração e até atuou como bombeiro para acalmar o ministro da Justiça, Sergio Moro, que ameaçou deixar o cargo caso o presidente desmembrasse o Ministério da Segurança Pública. Mourão chamou Sergio Moro para conversar no Palácio Planalto, e, em seguida, Bolsonaro voltou atrás.

A interinidade também foi marcada por uma saia justa provocada pelo governador do Rio, Wilson Witzel, que divulgou o teor de uma conversa que os dois tiveram, ao celular, no domingo 26. Mourão chegou a dizer que ele havia se esquecido da “ética e da moral” que aprendeu quando foi fuzileiro naval. Na ligação gravada sem seu conhecimento, Witzel pedia ajuda do governo federal para o fornecimento de água potável às vítimas da enchente no norte fluminense. Apesar do mal-estar, Mourão mandou ajuda para o Rio e, na entrevista concedida à ISTOÉ três dias depois do episódio, garante que as portas de seu gabinete continuam abertas para Witzel. Um estilo que empresta uma face democrática a um governo que até aqui prima-se por posturas intolerantes.

“Nada justifica a narrativa catastrófica desencadeada contra o Brasil na questão ambiental”

Entrevista
O senhor queixou-se da conduta ética do governador Wilson Witzel ao divulgar o teor da conversa que tiveram. As portas se fecharam para ele?
De maneira alguma. Limitei-me a desaprovar um comportamento inadequado. Todos nós, autoridades públicas, temos que tomar muito cuidado em como expomos nossas figuras, e de outrem. Esse é um incidente superado. No trato do interesse do estado do Rio de Janeiro, as portas do gabinete da vice-presidência continuam abertas para ele. O episódio serviu de lição para todos nós, sobre a responsabilidade que compartilhamos no trato do interesse público.

O governador também já tinha dificuldades de diálogo com o presidente Bolsonaro, certo?
A discordância, a diferença de pontos de vista e a competição fazem parte da política. Porém, no âmbito de uma federação, as relações são institucionais. Seria absurdo, diante dos desafios e dificuldades que o País enfrenta, abandonarmos os canais de interlocução entre União, estados e municípios. Diria mesmo que é impossível.

Desde o começo da gestão, o senhor tem se mostrado disposto ao diálogo. Qual a importância disso no momento em que o governo é acusado de ser intransigente?
Diálogo exige disposição recíproca. E aceitação. Aceitação do outro e das circunstâncias. Cabe perguntar se os setores que mais criticam Bolsonaro e o seu governo aceitaram a vontade da sociedade brasileira expressa nas urnas em 2018. Para algumas dessas pessoas, diálogo significa que as coisas continuem como estavam, sob o seu controle, com elas nos cargos que ocupavam, por vezes impondo seus pontos de vista, sem o diálogo pelo qual agora clamam. Obviamente, o País dispensa revanches. Mas é preciso boas intenções, até na crítica.

(.....)  

O senhor entende que a cultura brasileira está dominada pela esquerda?
Durante muitos anos, nas administrações dos governos anteriores, pessoas assumidamente de esquerda tiveram posições de destaque na cultura nacional, sem esconder a agenda dita progressista que implementavam com dinheiro público e o apoio de parte da intelligentsia. Isso é fato, não uma suposição. E não poderia deixar de causar um efeito profundo e duradouro no pensamento brasileiro. As teses de alguns pensadores marxistas são facilmente identificadas nos programas e projetos de governos anteriores e de organizações não-governamentais, com destaque para Antonio Gramsci e Herbert Marcuse. O que estamos assistindo é uma reação da sociedade a esquemas conceituais e psicológicos que não se encaixam em sua realidade.

(.....)

O senhor já morou na Amazônia e conhece profundamente seus problemas. O que precisa ser atacado de pronto para reduzir a crise na região?
A primeira lacuna a preencher é de informação e controle. Precisamos saber, com segurança, o que está acontecendo na região. Nossos mecanismos de gerenciamento da cobertura vegetal da região não nos oferecem isso no momento. Necessitamos da integração de nossos mecanismos de monitoramento para termos uma ferramenta confiável que subsidie as decisões e ações do governo, sem protagonismos, vieses ideológicos e interesses corporativistas. O Brasil tem um compromisso natural com a preservação do meio ambiente.

(.....)

O governo pretende autorizar o uso comercial de terras indígenas, inclusive com a exploração mineral, de petróleo e até hidrelétricas. Isso pode aumentar o desmatamento na Amazônia?É importante frisar que cabe ao Congresso regulamentar o que está previsto na Constituição: a possibilidade de exploração mineral de terras indígenas. Tenho recebido delegações indígenas com posições distintas, contra e a favor dessa exploração em suas terras. É preciso analisar a questão sem maniqueísmos. E, é claro, caso regulamentada, sempre em obediência a nossa avançada legislação ambiental.

No Fórum de Davos, o Brasil foi criticado pelo combate pouco eficiente ao desmatamento e às queimadas na região. Corremos o risco de ficar sem investimentos internacionais por conta do meio ambiente?
O Brasil já dispõe de mecanismos modernos que envolvem empresas e governo no controle das emissões de gases de efeito estufa, tendo aderido ao protocolo internacional correspondente. Nossa matriz energética é muito mais “limpa” do que as congêneres dos países desenvolvidos. Não há, portanto, justificativas lógicas para tornar o Brasil um vilão ambiental. Ademais, o Brasil é atualmente um dos poucos países com oportunidades atraentes de investimentos. Não há esse risco de afastamento de investimentos e o mundo está percebendo que guerras comerciais e barreiras tarifárias disfarçadas não são um bom negócio.

Em IstoÉ, ENTREVISTA COMPLETA 


quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Tanto o Banco do Brasil quanto a Caixa Econômica Federal ainda não desembolsaram este ano nem R$ 1 em propaganda. Em dezembro, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que cortaria os gastos com publicidade das empresas públicas.



Caixa e BB não Bolsonaro  apanha da mídia por cortar publicidade - Bolsonaro disse que cortaria gastos com publicidade

[inconformados com a estrondosa vitória de Bolsonaro, contra qual nada podem fazer, exceto aceitar, eles agora tem que conviver com a seca da ausência de gastos com publicidade já que Bolsonaro garantiu cortar gastos com publicidade (Caixa e BB não gastaram nem R$ 1), só resta tentar derrubar Bolsonaro.

Vejamos: 
- ainda que Flávio seja culpado - nada foi provado contra ele - Bolsonaro permaneceria incólume e presidente
- se Bolsonaro viesse a ser considerado culpado, eventualmente processado e impedido (não existe provas, por ser impossível provar o que não ocorreu ) quem assumiria seria o General HAMILTON MOURÃO., vice-presidente da República - o traste do Haddad não assumiria, nem assumirá nada, exceto o lugar dos derrotados.]



Bolsonaro: fonte seca para publicidade (Alan Santos/PR)


Mas, em alguns setores, como o de bancos, a briga pelo mercado é feroz.
O investimento feito pelas instituições privadas chega a superar os R$ 500 milhões anuais.

Bolsonaro  apanha da mídia por cortar publicidade 
O presidente Jair Bolsonaro disparou mais ataques à imprensa nesta quarta-feira, após os principais veículos de mídia nacionais e internacionais criticarem seu discurso, de apenas oito minutos, durante a abertura do Fórum de Davos, na Suíça; incomodado, ele insinuou que apanha da mídia por cortar publicidade e declarou que "o Ministro da Secretaria de Governo, General Santos Cruz, anunciou o fim do contrato de R$30 milhões/ano com assessoria de imprensa internacional" e que "zerou os custos com propaganda da Caixa e BB neste início de governo"

 Nos governos anteriores, esses gastos ultrapassavam centenas de milhões.
 " Era mais uma das muitas fontes de ações escusas dos grupos que estavam no poder", acrescentou Bolsonaro, sem apresentar números ou algum indício de que as gestões presidenciais anteriores tivessem usado verbas públicas de forma arbitrária

Ao dizer que as verbas publicitárias dos bancos serão cortadas, Bolsonaro só não releva que a Caixa e o BB enfrentam um processo de esquartejamento, apesar do ministro Paulo Guedes declarar que ambos "não serão privatizados".[O Brasil não precisa ser dono de banco, basta o Banco Central como guardião da moeda - BB e CEF, devem ser privatizados - aliás, a Caixa deveria ser dividida na parte 'banco - que seria privatizado' e o resto na 'imobiliária' - ambos são campeões disparados em mal atendimento, a única dúvida esxistente é qual deles atende pio, se a CEF ou o BB.]

Bolsonaro seguiu seus ataques à imprensa e também postou, na sequência, uma foto segurando um aparelho celular com a legenda, "Bolsonaro usando sua arma mortal que deixa a 'imprensa' aterrorizada". 

Saber mais, aqui 

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Caetano cobra explicações de Bolsonaro sobre os milhões operados por sua família

[qual autoridade tem o cantor Caetano Veloso de questionar JAIR BOLSONARO, presidente da República Federativa do Brasil, sobre assuntos que envolvem familiares de Bolsonaro? 
Se fosse Bolsonaro a questionar Caetano sobre as finanças envolvendo filhos do cantor? 
caso ele os tenha - nunca considerei valer a pena acompanhar a carreira do cantor baiano, por isso, desconheço se ele tem filhos ou não;

Bolsonaro é presidente da República eleito com quase 60.000.000 de votos - esperamos que nenhum deles tenha sido das 'ex-personalidades' que assinaram um manifesto recomendando não votar em Bolsonaro - o povo optou em fazer exatamente o contrário = votar maciçamente no capitão..

Caetano pedimos a você e outros que pensam da mesma forma, atenção para um FATO:
JAIR BOLSONARO foi eleito presidente da República Federativa do Brasil - se você e seus admiradores gostaram ou não isso tem valor ZERO.

Davos é sede do Foram Econômico Mundial, para discutir assuntos dee interesse mundial, não cabe que nenhuma dos participantes - entre eles o presidente do Brasil, JAIR BOLSONARO -  perca tempo respondendo questões de economia familiar.

Os interessados nesse assunto, procurem o MP, contratem um advogado para auxiliar, e questionem na JUSTIÇA BRASILEIRA o senador Flávio Bolsonaro.
Qualquer outro caminho é prova de inconformismo, dor de cotovelo com a derrota que sofreram.]
O cantor e compositor Caetano Veloso aproveitou a visibilidade internacional de Jair Bolsonaro, por conta de sua participação no Fórum de Davos, e questionou as movimentações escusas envolvendo seu clã e o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz; "Hoje, durante o dia de Bolsonaro em Davos, o mundo saberá que as explicações que ele deve sobre economia são os milhões operados por sua família", apontou o cantor; apesar da pressão para que se pronuncie, Bolsonaro já ressaltou que não irá participar da coletiva de imprensa do Fórum.

O cantor e compositor Caetano Veloso usou suas redes sociais para questionar as movimentações escusas envolvendo o clã Bolsonaro e o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz. No total, já são mais de 7 milhões de reais em movimentações suspeitas apontadas pelo Coaf. Num post no qual usou as cores da bandeira, Caetano escreveu: "President Bolsonaro of Brazil: tell us about your family's finance. #BOLSONARO.GATE". Em português: "Presidente Bolsonaro do Brasil: explique-nos sobre suas finanças familiares" [Caetano, Bolsonaro não está com tempo para desperdiuçar lendo tuas tuitadas.]

"Hoje, durante o dia de Bolsonaro em Davos, o mundo saberá que as explicações que ele deve sobre economia são os milhões operados por sua família", apontou o cantor no seu tweet.

 Bolsonaro participa do Fórum de Davos, na Suíça, e fará nesta terça-feira (22) sua estreia em um evento internacional, discursando na sessão plenária do Fórum Econômico Mundial.   Caetano ainda mobilizou os internautas para o tuitaço usando a #bolsonarogate #342artes, que ocorrerá nesta terça-feira (22). Apesar da pressão para que Bolsonaro explique as movimentações escusas envolvendo sua família, ele já avisou que não irá participar da coletiva de imprensa em Davos.

Mais, clique aqui

 

domingo, 22 de janeiro de 2017

Os 8 homens mais ricos do mundo…têm tanto dinheiro quanto 3,6 bilhões de pessoas

O capitalismo ainda é o melhor sistema econômico, mas produz distorções como essa. Concentração de renda preocupa líderes globais, suscita debates no Fórum Econômico de Davos e pode levar o planeta a uma nova era de extremismos

Preste atenção nos números que aparecem em destaque nesta reportagem. Eles incomodam, ofendem, provocam indignação. Por mais que a lista dos oito homens mais ricos do mundo seja formada por bilionários reconhecidamente decentes (todos os anos, Bill Gates doa centenas de milhões de dólares para combater a miséria e mais de uma vez Warren Buffett reclamou por pagar poucos impostos), é uma aberração, sob qualquer ponto de vista, que alguns iluminados detenham tantos recursos quanto 3,6 bilhões de pessoas, o equivalente à metade da população global. Você pode afirmar que a riqueza gera empregos, traz investimentos, alimenta a economia. Isso é verdade, mas esses argumentos não esgotam todos os lados do problema. O impressionante aumento da concentração de renda – há um ano, eram os 62 mais ricos que possuíam tanto dinheiro quanto 50% dos habitantes do planeta – é uma perversidade que, cada vez mais, joga milhões de pessoas para as sombras da sociedade.

O capitalismo chegou agora a uma encruzilhada. Se não mudar para distribuir melhor a sua riqueza e aprimorar a sua eficiência, ele próprio estará morto em alguns anos. A questão é tão grave que, pela primeira vez na história, a desigualdade social foi um dos focos do Fórum Econômico Mundial de Davos, que reúne a elite financeira global e é conhecido por um certo reacionarismo. “Não sei por que as pessoas não escutaram a mensagem de que a desigualdade é nociva e porque os economistas achavam que isso não era problema deles”, disse, no evento, a francesa Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional. “É necessário estudar a desigualdade e promover políticas em resposta a ela.” Coordenador da Base de Dados Mundial de Riqueza e Renda (WID.world), o cientista social Lucas Chanel traz outro raciocínio. “As discussões em Davos mostram que agora há o reconhecimento de que o sistema econômico vigente está produzindo níveis extremamente altos de desigualdade”, disse ele a ISTOÉ. “Mas não por benevolência, e sim porque finalmente perceberam que esse processo é uma ameaça à própria economia”.

Não é de hoje que pesquisadores alertam sobre como a desigualdade econômica pode levar ao colapso social e ser prejudicial para a economia. O economista britânico Tony Atkinson, que morreu no início do mês, passou a vida tentando demonstrar como o problema poderia se solucionado e até criou um índice que leva o seu nome para comprovar melhor o fenômeno. Mais recentemente, o francês Thomas Piketty ganhou fama com o livro “O Capital no Século XXI”, no qual descreve o estudo que fez ao longo de 15 anos sobre o tema . Entre outras conclusões, Piketty comprova que, no longo prazo, o capitalismo tende a criar um círculo vicioso de desigualdade. “De fato, dentro dos países ricos ela vem aumentando muito”, diz o diretor do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, Marcelo Neri. “Os Estados Unidos, por exemplo, viram sua produtividade crescer nos últimos 30 anos, mas a renda do americano médio ficou estagnada”.

MAIS EXTREMISMO
O desequilíbrio resulta em níveis de revolta que podem levar à ascensão de líderes como Donald Trump. Perspicaz, Trump identificou a indignação dos que se veriam excluídos do processo de globalização e direcionou sua campanha para essa turma. Na Europa, o que se observa é o avanço de extremistas. “A desigualdade quebra o tecido social”, resume Graciela Chichilnisky, economista da Universidade de Columbia. “Ela produz instabilidade, dissolução de blocos econômicos e reacionarismo, além de fortalecer partidos políticos de extrema direita e espalhar uma onda populista no mundo”, diz Gayle Allard, professora de Economia na IE Business School, de Madrid. O que já está ruim pode piorar. Na França, que está a apenas três meses da eleição presidencial, há o risco real de Marine Le Pen, representante da direita nacionalista, ocupar o Palácio do Eliseu. Segundo pesquisas recentes, Le Pen lidera as intenções de voto. “Esse é um dos reflexos negativos da desigualdade nas democracias modernas que proclamam, pelo menos até certo ponto, que a justiça social é um objetivo-chave”, diz Chancel, da Escola de Economia de Paris. “Quando os níveis de desigualdade se tornam muito altos, as democracias se fragilizam porque não conseguem cumprir esse objetivo central e o populismo surge como resposta à sensação de abandono das pessoas”.


A Europa tem no futuro próximo um desafio hercúleo. Até agora, o continente não encontrou uma solução capaz de resolver a crise dos imigrantes. A chegada de milhões de refugiados, que escaparam da guerra ou da miséria principalmente no Oriente Médio, tende a aumentar a já ascendente desigualdade – e, com ela, surgirá mais revolta e indignação responsáveis pelo fortalecimento de líderes extremistas. Nesse contexto, a desglobalização e o protecionismo ganham força a partir da ideia de que, se reerguermos os muros e fecharmos as fronteiras, estaremos protegidos de ameaças externas e fora do alcance das mazelas sociais. “A política de divisão e desespero está se alastrando pela Europa”, disse a primeira -ministra do Reino Unido, Theresa May, no primeiro dia do Fórum de Davos. “Quando as pessoas perdem seus empregos ou seus salários ficam estagnados, os seus sonhos parecem longe de serem atingidos e elas culpam a globalização como algo a serviço do privilégio de poucos”.

Como frear o terrível ciclo? O baixo crescimento econômico mundial só tende a piorar o problema. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, já são 201,1 milhões de desempregados no mundo – ou um Brasil inteiro. O avanço tecnológico, que rouba postos de trabalho principalmente de profissionais de baixa qualificação, é outro entrave que impõe enormes desafios ao capitalismo. Claro, ninguém está defendendo aqui o fim dos processos de inovação, mas o mundo precisa discutir como incluir pessoas que têm sua renda ameaçada pela ciência, um competidor impossível de ser batido.


FOME Enquanto mais da metade da riqueza mundial de US$ 255 trilhões fica nas mãos de apenas 1% mais rico da população, imigrantes se amontoam em campos de refugiados (como este, no Iraque) em condições desumanas: o preço da concentração de renda

A desigualdade de renda está em alta em quase todos os países e isso é uma ameaça ao futuro do capitalismo


(...) 

 

NÚMEROS DO DESEQUILÍBRIO

1%
dos mais ricos do mundo detém a mesma riqueza que todo o resto do planeta

1.810
bilionários existem no mundo (89% são homens)

182
vezes maior foi o aumento na renda do 1% mais rico em relação aos 10% mais pobres entre 1988 e 2011

1
em cada 10 pessoas no mundo sobrevive com menos de US$ 2 por dia

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