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quinta-feira, 1 de março de 2018

Temer, quando acerta, encontra sempre uma forma de errar = poder demais para Jungmann pode atrapalhar

Jungmann orientou seu sucessor a não mexer na estrutura da Defesa

Militares ficaram irados ao saber que ministério voltará às mãos de um civil

Poucos auxiliares de Michel Temer estão com tanta moral com o chefe quanto Raul Jungmann.  Ao deixar o Ministério da Defesa para tocar a nova pasta de Segurança Pública, ele já sabia que seu sucessor, o general Joaquim Silva e Luna, teria vida curta na Esplanada.

Jungmann orientou o militar a não mexer nos postos-chave da Defesa, ou seja, deixou claro que gostaria de manter seus homens de confiança no ministério que deixou para trás.
Logo, logo, como Temer já anunciou, Silva e Luna está apenas esquentando a cadeira para um civil a ser escolhido pelo presidente.  Tanto o recado de Jungmann quanto a certeza de que o general não permanecerá no posto irritaram profundamente a caserna. [uma coisa é certa: ter moral com o presidente Temer - mesmo agora que apesar dos recuos que desautorizaram o cargo de Presidente da República,  Temer está com a bola cheia o que pode não significar muito;
também tem aquele ditado, que o atual ministro extraordinário da Segurança Pública não deve esquecer: quanto mais alto maior o tombo.

Além do que Jungmann deve ter presente que o COMANDO SUPREMO das Forças Armadas continua com o presidente da República.
Decisão inteligente, mas que exige coragem para ser posta em prática, seria extinguir o Ministério da Defesa, recriar o Estado Maior das Forças Armadas - EMFA e transformar os três Comandos Militares em Ministérios.

Seria interessante se o ministro da Segurança Pública agisse com firmeza transformando em realidade suas declarações que deixaram a impressão que pretende combater com rigor o usuário de drogas - cuide de eliminar consumidor, o 'noiado', e, como consequência, elimina o traficante.]

Radar - Gabriel Mascarenhas - Veja 



quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Com a palavra, mais um especialista: FHC

Governos que não são fortes apelam aos militares, afirma FHC

Ao ser questionado sobre a escolha de um general da reserva do Exército para ocupar o cargo de ministro da Defesa, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou que “na América Latina, há casos de governos que utilizaram os militares para se fortalecer”. “Governos, sobretudo quando não são fortes, apelam para os militares”, disse nesta terça-feira, 27, citando como exemplo o final do governo do ex-presidente chileno Salvador Allende.

A declaração de FHC foi dada durante o primeiro evento da série ‘A Reconstrução do Brasil’ do Fórum Estadão, realizado nesta terça em São Paulo. “No passado, colocar um civil na Defesa era símbolo de qual poder prevalece.”  “Em várias ocasiões (no meu governo), houve pressão para fazer intervenção na segurança nos Estados. Não fiz intervenção porque elas paralisam as reformas constitucionais”, disse FHC, que defendeu uma mudança na maneira de os governos enfrentarem o problema das drogas no País. “A questão da segurança está ligada à corrupção. A questão do tráfico de armas é tão grande quanto a da droga. Tem de enfrentar a questão da droga de maneira diferente, não apenas repressiva.” [considerando o passado de FHC, incluindo confissão pública que já fumou maconha, não surpreende que ele queira que a questão da droga seja enfrentada de maneira diferente - talvez, liberando geral, até subsidiando.
Por sorte dos brasileiros se percebe uma tendência de apertar o usuário - sem usuário não  há interesse de nenhum marginal em traficar.]
 
Nessa segunda-feira, 26, o governo anunciou o general Joaquim Silva e Luna para comandar o ministério da Defesa, ocupando a vaga de Raul Jungmann, deslocado para assumir o recém-criado Ministério da Segurança Pública. Desde 1909, quando foi criada, é a primeira vez que um militar assume a pasta da Defesa. A mudança e a criação de um novo ministério foram decisões tomadas pelo governo após a intervenção federal na segurança no Rio de Janeiro.

Blog Reinaldo de Azevedo  


segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Primeiro militar a comandar a Defesa em 20 anos é mais um agrado às tropas


Com a saída de Jungmann, general Joaquim Silva e Luna assumirá ministério

O general Joaquim Silva e Luna será o primeiro militar a assumir a pasta da Defesa - Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

No troca-troca que o presidente Michel Temer patrocina agora para criar o Ministério Extraordinário da Segurança Pública, o civil Raul Jungmann deixa a Defesa para assumir o novo posto. No lugar dele, o governo vai pôr um general, Joaquim Silva e Luna. Sinal de prestígio às Forças Armadas, sinal de que Temer dá adeus à história que só registra civis no posto desde a criação da pasta no fim dos anos 1990.

Em 1998, o então presidente Fernando Henrique Cardoso mandou para o Congresso uma proposta de emenda constitucional extinguindo os quatro ministérios militares (Estado Maior, Exército, Marinha e Aeronáutica). Estava proposta a Pasta da Defesa. As três forças passariam à condição, até hoje em vigor, de comandos militares. Na época, havia um princípio em voga: um civil chefiaria a estrutura militar. A ideia foi recebida com desconfiança e até descontentamento nos quartéis.

Mas não tinha volta. O governo Fernando Henrique deu ouvidos ao modelo americano que coloca um civil para cuidar das ações mais relevantes da defesa nacional. Os militares ficam com o planejamento e execução das operações. E a política fica só com os políticos.

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