O episódio da expulsão oficiosa – outra coisa não foi – da comitiva de
oito senadores brasileiros de Caracas, há três dias, é mais um capítulo
da luta pela construção da tal Pátria Grande, gestada no Foro de São
Paulo. Já não se pratica a diplomacia nos seus termos fundadores, de defesa da
identidade, interesses e soberania das nações. A diplomacia brasileira,
hoje, é ideológica e partidária.
O interesse nacional fica em segundo plano, quando estão em jogo planos
estratégicos e ideológicos, como no caso da apropriação pelo governo
boliviano de uma refinaria da Petrobras, em maio de 2006. O que foi um
ato de afronta à soberania brasileira – o exército de um país vizinho
ocupando um patrimônio do povo brasileiro – foi minimizado pelo então
presidente Lula, que assim justificou a tolerância: “O povo da Bolívia é
pobre”.
Claro, e o povo brasileiro é rico, livre de problemas em saúde,
educação, moradia, transporte etc. Pode perder refinarias para o
exército dos povos pobres, sem qualquer protesto. No caso presente, o governo brasileiro viu-se numa encruzilhada: ou
silenciar – o que equivaleria a avalizar a truculência diplomática do
governo de Maduro – ou protestar. Encontrou um meio termo: a morna nota
do Itamaraty, que jogou nas costas de “manifestantes” a responsabilidade
pelas agressões.
Ora, sabe-se que a militância que lá estava não era espontânea. Mais
que militantes, eram milicianos, armados de paus e pedras, agredindo o
veículo que transportava a comitiva. A passividade dos policiais
confirmava, se dúvidas houvesse, a conivência (ou cumplicidade) oficial.
Mas houve mais. A omissão do embaixador brasileiro, Rui Pereira, soma-se às demais
evidências de conexão entre os governos brasileiro e venezuelano. O
embaixador recebeu os senadores na pista do aeroporto e, em seguida,
desapareceu.
Não prestou qualquer assistência, nem se manifestou posteriormente.
Cumpriu ordens expressas do ministro das Relações Exteriores do Brasil,
Mauro Vieira, segundo este relatou ao deputado Antonio Imbassahy
(PSDB-BA): "Eu fiz a pergunta ao ministro se o comportamento e se a atitude do
embaixador brasileiro na Venezuela estavam de acordo com as orientações
passadas pelo Itamaraty, pelo governo brasileiro. Ele respondeu: 'Sim,
ele fez o que nós mandamos fazer'", disse Imbassahy. Ou seja, abandonou
os senadores à hostilidade dos milicianos, a serviço do governo Maduro.
Nada menos.
A presidente Dilma não se indignou com o ocorrido. Indignou-se, isto
sim, com os senadores, que, segundo ela, a colocaram numa “armadilha”. De fato: a situação a obriga a definir-se de que lado está. No caso do
traficante brasileiro condenado à morte na Indonésia, a presidente
chamou o embaixador brasileiro naquele país, em gesto de hostilidade ao
governo local, que cumpria suas leis, ainda que com elas não venhamos a
concordar. Pelo visto, para a diplomacia brasileira, um traficante vale mais que o Senado. [só o terrorismo disputa com o narcotráfico quem é pior? este crime é o terrorismo; e a atual presidente foi terrorista - não foi bem sucedida pois a incompetência foi a companheira constante dela e dos demais bandidos que atentaram contra a Soberania do Brasil.
Nenhuma surpresa que ela defenda traficantes, que ela seja a favor da impunidade dos 'di menor', que ela seja favorável ao aborto.]
Não é a primeira vez que os países do Foro de São Paulo – e o Brasil
com destaque – intervêm na política interna uns dos outros. O Brasil
cedeu, em 2009, sua embaixada em Honduras para que o presidente deposto
daquele país – deposto constitucionalmente pelo Congresso -, Manuel
Zelaya, conspirasse para reocupar o poder. Empenhou-se para suspender a presença do Paraguai no Mercosul,
invocando a cláusula democrática, quando da deposição constitucional do
então presidente Fernando Lugo, em 2012. Em seu lugar, entrou a Venezuela, que, segundo Lula, “tem democracia
até demais”. Tanta democracia que mantém na cadeia oposicionistas pelo
simples fato de serem oposicionistas – e impede que sejam visitados por
colegas vizinhos. Não bastasse, censura a imprensa e mata manifestantes
que protestam contra o governo.
Quando, numa de suas visitas a Cuba, o então presidente Lula foi
indagado a respeito da morte de um prisioneiro político em greve de
fome, comparou-o aos criminosos comuns de São Paulo. Dilma, por sua vez,
alegou que não se intrometia em assuntos internos de outros países,
argumento que jogou ao lixo ao condenar na ONU ações do governo
norte-americano. O episódio que envolveu os senadores brasileiros reclama providências
que não virão – entre elas, o afastamento da Venezuela do Mercosul. No
Congresso, a tropa de choque da base aliada inverte os fatos e considera
infratores os próprios colegas. Maduro está certo – e é um democrata,
acham aqueles aliados.
Reverberam o ponto de vista do governo petista, o único do mundo a
dispor de dois chanceleres: o oficial, Mauro Vieira, e o real, Marco
Aurélio TOP TOP Garcia, expoente do Foro de São Paulo - o mesmo que sustentou
que as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que vivem de
sequestros e tráfico de drogas, não é uma organização terrorista, embora
mantenha até campo de concentração na selva.
No início da semana, um notável do governo Maduro, caçado pela Interpol
por tráfico de drogas, Diosdado Cabello, presidente da Assembleia
Nacional venezuelana, esteve no Brasil. Foi recebido por Lula e por
Dilma. Não foi molestado e, ao contrário, mereceu tapete vermelho. Dias
depois, recepção inversa foi dada aos senadores brasileiros. O episódio, lamentável, serve ao menos para que caia a máscara do
governo brasileiro, que, de costas para os interesses nacionais –
afrontados em tantos escândalos internos e trapaças diplomáticas -,
trabalha pela Pátria Grande socialista.
Fonte: Ruy Fabiano, jornalista
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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sábado, 20 de junho de 2015
Cai a máscara
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