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terça-feira, 15 de junho de 2021

Checamos: não era o Doria

João Doria, governador de São Paulo, forografado durante o feriado de Corpus Christi de 2021 tomando sol no Hotel Fairmont, em Copacabana
João Doria, governador de São Paulo, forografado durante o feriado de Corpus Christi de 2021 tomando sol no Hotel Fairmont, em Copacabana | Fotos: Redes sociais

Nos recusamos a ser apressados e levianos como a maioria foi diante dessas imagens e passamos a estudá-las detidamente. Notamos que havia sim sinais de similaridade entre o homem das fotos e vídeos e João Doria Jr., mas havia algo estranho no ar. E o ar do Rio de Janeiro, como todos sabem, é traiçoeiro — basta dizer que o prefeito local fechou as praias e abriu as academias de ginástica, numa descoberta do seu comitê científico de que a atmosfera não é confiável. O homem que diziam ser João Doria estava ao ar livre. Portanto, todo o cuidado era pouco.

Tomamos então uma decisão que pode parecer radical, mas não para quem realmente preza a verdade: enviamos as imagens para um laboratório em Wuhan. Se Doria não fosse reconhecido na China, não seria em lugar nenhum do mundo. Valeu a pena esperar. Enquanto praticamente o Brasil inteiro caía de pau no governador paulista julgando ser ele na piscina do hotel chique, os técnicos do laboratório mais confiável do planeta trabalhavam incansavelmente na análise meticulosa das imagens polêmicas. Tivemos a colaboração decisiva do regime local, que manteve a equipe de cientistas três dias e três noites sem comer e sem dormir, para não atrasar os trabalhos. Fica aqui nosso agradecimento aos mandachuvas chineses por endurecer sem perder a ternura e não deixar ninguém fazer corpo mole — um dos problemas frequentes dos países que exageram na democracia.

Toda a literatura científica comprova que Doria prefere pegar sol em Miami

O laudo saiu mais rápido que vacina de ocasião — e o resultado está aqui para chocar o mundo: o homem só de shortinho se bronzeando no hotel carioca não era João Doria Jr.! O laboratório de Wuhan trabalhou com uma moderna técnica de RNA mensageiro, que acelera a mensagem através de transmissão via moto do iFood. Ou seja: o mensageiro voa. Ele botou todas as nossas perguntas na quentinha e voltou como um raio com as respostas definitivas. A mais conclusiva delas revela uma sentença irrefutável obtida a partir de evidência muito simples: toda a literatura científica comprova que Doria prefere pegar sol em Miami — portanto jamais estaria perdendo tempo numa laje em Copacabana.

E agora? O que dirão os críticos, os maledicentes e os intrigantes diante da revelação laboratorial da sua leviandade? 
O que dirão esses patrulheiros sem coração diante da constatação científica de que, se fosse para sair de São Paulo no fim de semana, Doria iria de jatinho para a Flórida, jamais para uma cidade perigosa do Estado rival? 
O mínimo que se espera é que o STF enquadre todos os difamadores do governador paulista no inquérito das fake news. Vocês vão se ver com o Alexandre.

O laudo de Wuhan sobre o caso Doria é devastador. Dentre outras constatações, prova que um governador salva-vidas jamais estaria em plena pandemia grudado numa espreguiçadeira que nem uma lagartixa fritando ao sol; jamais estaria sem máscara numa muvuquinha vip rodeado por corpos sarados e depilados; jamais se exporia ao público daquela maneira ridícula sem o aparato da sua junta de contingência e a proteção daquelas hashtags matadoras fique em casa, vacina já e covid forever.

O STF não deveria aceitar desculpas ou retratações nesse caso. Todos são culpados. Menos o Lula.

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Guilherme Fiuza, colunista - Revista Oeste