Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Tomamos uma decisão que pode parecer radical, mas não para quem
realmente preza a verdade: enviamos as imagens para um laboratório em
Wuhan
Exclusivo:não era João Doria tomando sol naquela
piscina de hotel de luxo em Copacabana. A assessoria do governador de
São Paulo disse que era ele mesmo, mas nós estamos revelando aqui, em
primeira mão, para todo o Brasil, a América do Sul e o mundo: não era
ele.
Esse furo de reportagem começou com uma desconfiança — e
desconfiar é o primeiro mandamento de todo repórter. A desconfiança
também é a mãe da ciência. Desconfiamos das fotos e vídeos que mostravam
Doria numa espreguiçadeira do hotel Fairmont. Por uma razão muito
simples: o homem fotografado estava sem máscara. Só com muita pressa e
leviandade alguém poderia dizer que aquele era o governador de São Paulo
— que está de máscara há tempo suficiente para ninguém mais se lembrar
exatamente como era a cara dele.
João Doria, governador de São Paulo, forografado durante o feriado de Corpus Christi de 2021 tomando sol no Hotel Fairmont, em Copacabana | Fotos: Redes sociais
Nos recusamos a ser apressados e levianos como a maioria foi diante dessas imagens e passamos a estudá-las detidamente. Notamos que havia sim sinais de similaridade entre o homem das fotos e vídeos e João Doria Jr., mas havia algo estranho no ar. E o ar do Rio de Janeiro, como todos sabem, é traiçoeiro — basta dizer que o prefeito local fechou as praias e abriu as academias de ginástica, numa descoberta do seu comitê científico de que a atmosfera não é confiável. O homem que diziam ser João Doria estava ao ar livre. Portanto, todo o cuidado era pouco.
Tomamos então uma decisão que pode parecer radical, mas não para quem realmente preza a verdade: enviamos as imagens para um laboratório em Wuhan. Se Doria não fosse reconhecido na China, não seria em lugar nenhum do mundo. Valeu a pena esperar. Enquanto praticamente o Brasil inteiro caía de pau no governador paulista julgando ser ele na piscina do hotel chique, os técnicos do laboratório mais confiável do planeta trabalhavam incansavelmente na análise meticulosa das imagens polêmicas. Tivemos a colaboração decisiva do regime local, que manteve a equipe de cientistas três dias e três noites sem comer e sem dormir, para não atrasar os trabalhos. Fica aqui nosso agradecimento aos mandachuvas chineses por endurecer sem perder a ternura e não deixar ninguém fazer corpo mole — um dos problemas frequentes dos países que exageram na democracia.
Toda a literatura científica comprova que Doria prefere pegar sol em Miami
O laudo saiu mais rápido que vacina de ocasião — e o resultado está aqui para chocar o mundo: o homem só de shortinho se bronzeando no hotel carioca não era João Doria Jr.! O laboratório de Wuhan trabalhou com uma moderna técnica de RNA mensageiro, que acelera a mensagem através de transmissão via moto do iFood. Ou seja: o mensageiro voa. Ele botou todas as nossas perguntas na quentinha e voltou como um raio com as respostas definitivas. A mais conclusiva delas revela uma sentença irrefutável obtida a partir de evidência muito simples: toda a literatura científica comprova que Doria prefere pegar sol em Miami — portanto jamais estaria perdendo tempo numa laje em Copacabana.
E agora? O que dirão os críticos, os maledicentes e os intrigantes diante da revelação laboratorial da sua leviandade?
O que dirão esses patrulheiros sem coração diante da constatação científica de que, se fosse para sair de São Paulo no fim de semana, Doria iria de jatinho para aFlórida, jamais para uma cidade perigosa do Estado rival?
O mínimo que se espera é que o STF enquadre todos os difamadores do governador paulista no inquérito das fake news. Vocês vão se ver com o Alexandre.
O laudo de Wuhan sobre o caso Doria é devastador. Dentre outras constatações, prova que um governador salva-vidas jamais estaria em plena pandemia grudado numa espreguiçadeira que nem uma lagartixa fritando ao sol; jamais estaria sem máscara numa muvuquinha vip rodeado por corpos sarados e depilados; jamais se exporia ao público daquela maneira ridícula sem o aparato da sua junta de contingência e a proteção daquelas hashtags matadoras fique em casa, vacina já e covid forever.
O STF não deveria aceitar desculpas ou retratações nesse caso. Todos são culpados. Menos o Lula.
A adoção de pronomes neutros para agradar a uma minoria
empobrece a língua portuguesa e já contamina parte da iniciativa privada
Edição de arte Oeste | Foto: Shutterstock
“Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do maride, e o desespero daquele lance consternou a todes. (…) Só Capitu, amparando a viúve, parecia vencer-se a si mesme. Consolava a outre, queria arrancá-le dali. A confusão era geral. No meio delu, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas… (…) Fiquei a ver as delu; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amigue, e quis levá-le; (…) Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunte, quais os da viúve, sem o pranto nem palavras deste, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadadore da manhã.“
Sob
o argumento de que o idioma é machista e instrumento de perpetuação do
poder do “patriarcado”, coletivos que garantem representar determinados
públicos, como as feministas ou o antigo GLS — atual LGBTTTQQIAA —
exigem, entre outras reivindicações, a transformação radical da fala, a
chamada linguagem neutra. O primeiro parágrafo deste texto mostra como
ficaria, por exemplo, um trecho do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis, escrito com esta “neolinguagem”.
Monique
Wittig (1935-2003), pensadora que exerce influência sobre o movimento
de mulheres, defendia uma reforma das palavras de modo a torná-las
neutras de gênero.
A fim de viabilizar sua ideia, Wittig pregava uma
investida em duas etapas: 1) utilizar uma palavra da linguagem comum,
mudando-lhe o conteúdo de forma sorrateira;
2) depois, a opinião pública
é bombardeada pelos meios de educação formais (a escola) e informais
(os meios de comunicação de massa). Assim, as pessoas acabariam
enxertando esses termos no próprio vocabulário, sem nada perceberem. O modus operandi
respingou nos estudos da pesquisadora Judith Butler, uma das
precursoras da ideologia de gênero, para quem o sexo não define quem
você é. Dentro dessa concepção, o sujeito pode assumir múltiplas
identidades.
Nessa pseudolinguagem supostamente inclusiva, que
alguns defendem que seja adotada como norma-padrão, o uso de pronomes,
adjetivos ou substantivos “neutros” seria uma forma de acolher pessoas
que não se identificam como masculino ou feminino, chamadas de “não
binárias”, no-gender ou “gênero fluido”. Rosa Laura,
autointitulada ativista “não bináris”, explica o dialeto. Segundo ela,
os pronomes pessoais “ela” e “ele” têm de ser substituídos por “ile”. Já
os pronomes demonstrativos “daquela” e “daquele” mudariam para
“daquile”. Dir-se-ia, então: “ile é muito bonite”, em vez de “ela é
muito bonita”; e “todes gostam de irmén e du amigue delu”, em vez de
“todos gostam da irmã e do amigo dele”.
Cíntia
Chagas, formada em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais e
professora de português, garante que a linguagem neutra nada tem de
inclusiva.
Segundo a especialista, três grupos acabam sendo
marginalizados pelo “novo idioma”:
1) os disléxicos, que representam
parcela considerável dos estudantes;
2) os surdos, que fazem a
compreensão por meio dos sinais;
3) e os deficientes visuais, que
dependem de softwares para leitura no computador e, também, do
Braille. “O ‘dialeto neutro’ inviabiliza a comunicação desses grupos”,
constatou Chagas. “Trata-se de uma imposição injusta a essas pessoas,
que já vivem em um contexto de limitação, pois as obriga a se submeterem
a uma histeria coletiva”, acrescentou. “Em linhas gerais, o dialeto é
defendido por ditadores da linguagem.”
Esse foi um dos argumentos
do governo da França, que proibiu a linguagem neutra.“Ao defenderem a
reforma imediata e abrangente da grafia, os promotores da escrita
inclusiva violam os ritmos do desenvolvimento da linguagem de acordo com
uma injunção brutal, arbitrária e descoordenada, que ignora a ecologia
do verbo”, informou o Ministério da Educação francês. “Essas armadilhas
artificiais são inoportunas e atrapalham os esforços dos alunos com
deficiência mental admitidos no âmbito do serviço público.”
Educação Apesar de absurda, a “novilíngua” já é realidade em escolas e universidades do
Brasil e do mundo. Em setembro de 2020, circularam nas redes sociais
imagens de uma aula sobre “pronomes neutros” em uma instituição
particular do Recife (PE). Nos slides projetados, é possível
observar neologismos como “obrigade”. O episódio foi registrado no
Colégio Apoio e ocorreu em uma turma do 8º ano.
Dois
meses depois, o Colégio Franco-Brasileiro, instituição particular na
zona sul do Rio de Janeiro, resolveu “imitar” a concorrência e divulgou
um comunicado aos pais informando que adotara estratégias para absorver a
linguagem neutra nos espaços formais e informais de aprendizagem.
“Renovando, diariamente, nosso compromisso com a promoção do respeito à
diversidade e da valorização das diferenças no ambiente escolar,
tornamos público o suporte institucional à adoção de estratégias
gramaticais de neutralização de gênero em nossos espaços formais e
informais de aprendizagem”, salientou a instituição.
A coisa não
foi diferente na Escola St. Patrick, de Passo Fundo (RS). Os textos com
comunicados sobre a volta às aulas e outras informações similares foram
enviados via WhatsApp e traziam a letra “x” em vez de usar o feminino ou
masculino.
A escrita trouxe confusão e teve de ser explicada pela
direção do colégio privado,que atende crianças da pré-escola ao ensino
fundamental. Depois de receber uma série de reclamações, a instituição
de ensino teve de divulgar uma nota explicando que “o uso dessa letra
foi feito com a intenção de nos comunicarmos e, aqui, nos referimos às
mães e pais de modo geral”.
Nem o ensino superior ficou blindado
da prática. “Nesta segunda-feira, 3 de maio de 2020, serão iniciadas as
atividades acadêmicas dos estudantes veteranes da UEMG Divinópolis.
Sejam todes bem-vindes”, informou uma mensagem de boas-vindas publicada
nas redes sociais da Universidade do Estado de Minas Gerais. O post
ainda trazia uma imagem com os dizeres “Bem-vindes, estudantes
veteranes”. Nos comentários, os internautas questionaram a atitude.
Joanna Williams, em seu texto publicado nesta edição da Revista Oeste,
relatou o caso de uma estudante de direito do Reino Unido que corre o
risco de ser expulsa da universidade por ter dito, em um seminário de
estudos de gênero,que mulheres têm vagina.“As universidades estão
menos preocupadas com o ensino superior e mais com a doutrinação dos
alunos na ideologia progressista”, escreveu Williams.
Caio
Perozzo, especialista em linguagem e professor de literatura do
Instituto Borborema, associação cultural sediada em Campina Grande (PB),
acredita que as coisas chegaram a esse ponto devido a uma “crise da
inteligência”. De acordo com ele, a linguagem foi submetida à ideologia e
ao relativismo, que esvaziaram da fala e da escrita o propósito de
descrição da realidade como ela é. “Há pessoas que percebem algo, mas se
recusam a utilizar o termo adequado para representar aquilo porque
viola um conjunto verbal e ideológico que ela já tem. A ideologia deixa
sua inteligência deficiente”, observou o acadêmico.
Empresas Além da educação, a linguagem neutra contaminou a iniciativa privada. A rede de fast-food
Burger King fez uma postagem no Twitter em alusão ao Dia Internacional
da Luta contra a Homofobia e a Transfobia (17 de maio): “Bandeiras de
Todes”. No post, a empresa mostrou coroas e imagens que representam
diversas orientações sexuais. Depois de receber críticas, a companhia
tirou a publicação do ar. Contudo, emitiu uma nota, que dizia:
“Acreditamos que todas as pessoas são bem-vindas e fazemos questão de
reforçar a necessidade e a importância de assuntos como esse para a
sociedade. Consideramos e absorvemos todas as manifestações e
agradecemos por elas. Quanto mais conhecemos e discutimos, mais
aprendemos e mais informados estamos para lutar contra a LGBTfobia”.
Na
mesma linha do Burger King, o aplicativo iFood decidiu “cancelar” nomes
considerados preconceituosos. O novo termo de uso da plataforma vetou
pratos clássicos de restaurantes, como “batatas ao murro”, considerado
violento e machista. O mesmo ocorreu com “punheta de bacalhau”, iguaria
tradicional portuguesa, por ser fálica demais. Os chefs reclamaram, sem sucesso. Observa-se
com os casos descritos que o objetivo declarado de grupos como o que
promove a linguagem neutra é um só: purificar radicalmente o discurso de
qualquer palavra que possa ofender a alguém. Quando se abre a
possibilidade de qualquer um reinventar o idioma, reescrever obras
artísticas e policiar a cultura a pretexto de defender os direitos das
minorias,entra-se num terreno perigoso.
No livro1984,
escrito pelo jornalista inglês George Orwell, o protagonista Winston
Smith trabalha no Ministério da Verdade. Contudo, sua função é adulterar
registros históricos com a finalidade de moldar o passado à luz dos
interesses de um presente tirânico que se impõe com a ajuda da chamada
Polícia das Ideias. A entidade decide o que você deve pensar, escrever,
falar e até como agir. Orwell descreve o drama dos personagens, que
envolve a opressão física e, sobretudo, a mental. No desenrolar da
história, é possível identificar uma das estratégias do Estado
totalitário representado na obra: a mudança na linguagem mediante a
manipulação do significado das palavras. Qualquer semelhança não pode
ser interpretada como mera coincidência.
A única relação mecânica entre os resultados das eleições
de hoje e as próximas é a seguinte: a campanha eleitoral de 2022 já
começou
A teoria da relatividade de Alberto Einstein revolucionou o século
passado, estando mais ostensivamente presente no nosso cotidiano do que
outra de suas descobertas, o efeito fotoelétrico, que possibilitou o
desenvolvimento da bomba atômica, aplicação que nunca passou por sua
cabeça. Einstein sempre foi um pacifista. Empregada duas vezes, pelos
Estados Unidos, em Hiroshima e Nagasaki, no Japão, a bomba continua
sendo um espectro da política mundial. A Coreia do Norte e Israel, por
exemplo, sociedades militarizadas, são temidos porque têm a bomba.
No Brasil, durante o regime militar, a Marinha e a Aeronáutica
desenvolveram secretamente um programa nuclear paralelo, cujo objetivo
era dominar a tecnologia e produzir uma bomba atômica. Cerca de 700
militares e técnicos civis foram enviados pelo governo para estudar na
França, na Inglaterra, na Alemanha e nos Estados Unidos, em 1979, o que
resultou na formação de 55 doutores, 396 mestres e 252 especialistas em
segurança de reatores, materiais nucleares, ampliação de técnicas
nucleares, infra-estrutura de pesquisa e desenvolvimento, além de
recursos humanos.
O presidente José Sarney, quando assumiu o poder, mandou encerrar o
programa. Já havia até um buraco de grande profundidade na Serra do
Cachimbo, construído pela Aeronáutica, para testar a bomba. Após o
Brasil assinar o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, restou
do projeto o programa do submarino nuclear da Marinha. [o projeto do submarino nuclear da Marinha não envolve armas nucleares, contempla apenas a propulsão nuclear.] Isso possibilitou
uma mudança da água para o vinho nas relações com os nossos vizinhos,
principalmente a Argentina. [atualização: o 'buraco' da Serra do Cachimbo foi fechado por ordem do presidente Collor, que assim cometeu um dos maiores erros do seu governo. Armas nucleares representam um excelente meio de dissuasão - inclusive para aqueles que pensam em internacionalizar a Amazônia.]Quando o presidente Jair Bolsonaro fala em
“pólvora” como fator determinante de nossa independência — e sinaliza
que o Brasil será o último a reconhecer a eleição do presidente Joe
Biden e somos o único país a votar com Donald Trump contra a Organização
Mundial de Saúde(OMS) na Organização das Nações Unidas (ONU) —, penso
com os meus botões: “Será o Benedito?”
Se pudesse, com certeza,
Bolsonaro voltaria no tempo.
Felizmente, a teoria da relatividade tem aplicações muito mais úteis
para a sociedade. O GPS, por exemplo, utiliza mecanismos advindos da
relatividade para determinar com alta precisão as posições na Terra. Os
celulares dependem de 24 satélites em órbita ao redor da Terra para
determinar a nossa localização. Se não fosse a relatividade, por
exemplo, não seria possível a existência do Uber e do iFood, que são a
salvação da lavoura para muita gente nesta pandemia. A fórmula mágica de
Einsten — E(energia) = m(massa)c2(velocidade da luz elevada ao
quadrado) — é necessária para calcular as distâncias e fazer correções,
porque os satélites percorrem a órbita da Terra a uma velocidade de 14
mil km/h. É menor do que a velocidade da luz(cerca de 300 mil km/s),
mesmo assim, a fórmula possibilita os cálculos necessários.
Eleições
O tempo também é relativo na política, tanto como num parque de
diversões meia hora antes de fechar. Passa diferentemente para o avô que
brinca com a netinha, o jovem apaixonado que espera a namorada e o
pipoqueiro metódico, que confere o faturamento e arruma sua carrocinha.
Os militares britânicos têm uma teoria interessante sobre isso: “a
sombra do futuro”, uma sacada dos seus estudos de estado-maior sobre a
Primeira Guerra Mundial (1914-1918), uma guerra de posições. Os soldados
ingleses e alemães se confraternizaram no Natal de 1914, na cidade de
Ypres, na Bélgica. Mas não foi só isso, também houve cooperação tácita
em outros momento ao longo dos front, quando se atirava no mesmo lugar
já conhecido da trincheira inimiga. A “sombra de futuro” dos soldados,
que queriam sobreviver e voltar à vida civil, era maior do que a dos
seus generais.
A “sombra de futuro” dos que serão eleitos hoje —como os que o foram
no primeiro turno — é maior do que a de deputados estaduais e federais,
senadores no sexto ano de mandato e governadores, além, é claro, a do
presidente Jair Bolsonaro. A única relação mecânica entre os resultados
das eleições municipais e as próximas é a seguinte: a campanha eleitoral
de 2022 já começou. No mais, tudo é relativo, inclusive os efeito da
derrota dos aliados do presidente Jair Bolsonaro, que tem a maioria dos
prefeitos eleitos na dependência de financiamentos e outros recursos
federais, inclusive os dos partidos de oposição.
É possível inferir das eleições municipais algumas tendências para
2022, do tipo “a extrema-direita foi isolada”, “o centro recuperou suas
posições”, “o PT está renascendo das cinzas”, “surge uma nova esquerda”,
“a reeleição de Bolsonaro está em risco”, “existe menos espaço para
aventureiros”. Essas tendências, porém, podem se afirmar ou não,
dependendo da real situação da economia, da superação da crise sanitária
com a chegada das vacinas e das entregas administrativas a partir do
terceiro ano de mandato de Bolsonaro. Obviamente, o tempo — o recurso
mais escasso de seu mandato[por isso o presidente Bolsonaro precisa de um segundo mandato, quiçá um terceiro.]— vai passar mais rápido para o governo do
que para a oposição; para os eleitores descontentes, porém, será uma
eternidade. Einstein explica.
Desastradamente, Bolsonaro concluiu uma de suas promessas de campanha
Com ação federal degradada, governadores e prefeitos se tornaram mais relevantes que o presidente
Na sua catadupa de declarações estapafúrdias, Jair Bolsonaro disse à Rádio Bandeirantes que vai ter um caos muito maior “se a economia afundar (...), se acabar a economia, acaba qualquer governo, acaba o meu governo”.
Nessas poucas palavras ele revelou o estado de sua alma na qual misturam-se teatros de máscaras, delírios e perplexidades. Para ele, a epidemia é um detalhe. O essencial é “meu governo”. Seu mandato só deverá acabar no dia 1º de janeiro de 2023, mas transformou-se numa usina de encrencas, felizmente contornada pela ação dos governadores.
Brasília poderia ter sido uma fonte de informações e de orientações respeitáveis. Degradada, a ação federal move-se entre comédias e provocações. Disso resultou uma descoberta: os governadores e os prefeitos são mais relevantes que o presidente. Enquanto São Paulo facilita o acesso ao álcool em gel, o filho do presidente decidiu insultar o governo chinês. Já o ministro da Saúde, com um desempenho exemplar, teve que aturar uma crise de ciúmes juvenis de Bolsonaro porque reuniu-se com o governador João Doria. (Talvez convenha que o capitão saiba: Luiz Henrique Mandetta pode pedir o boné). Desastradamente, Bolsonaro cumpriu uma de suas promessas de campanha: “Mais Brasil e menos Brasília”. Seu governo não deverá acabar. O que acabou, porque nunca deveria ter existido, foi a fantasia palaciana de uma gestão que atropelaria o Congresso, liderada por uma milícia delirante, disseminadora de ódios e medos. Quando o perigo chegou, produziram negacionismos e teatralidades. As palhaçadas do oficialismo federal são produto de tempos estranhos. A sociedade brasileira bate panelas, aplaude os trabalhadores do setor de Saúde e se move. Exemplos:a Ambev anunciou que produzirá 500 mil garrafas de álcool em gel, doando-as à rede pública de hospitais. [os batedores de panelas - não são tantos; integram uma minoria - como toda minoria no país que foi (ainda restam muitos resquícios) do maldito politicamente correto (se envolve política, não pode ser correto) são barulhentos e o barulho deixa a impressão que são muitos. São alguns militontos frustrados, chutados das benesses do poder, prestes a se tornarem batedores de carteiras, que tentam desesperadamente voltar ao poder.] A empresa de entregas iFood anunciou que criará um fundo de R$ 50 milhões para socorrer restaurantes. Vizinhos oferecem-se para ir aos supermercados para fazer as compras de idosos. Tudo isso sem governo.Dentro de poucos dias as grandes redes de medicina privada, com sua enorme concentração de afortunados, descobrirão que devem romper o silêncio virótico em que se isolaram para informar o que podem fazer para ajudar a rede pública de Saúde. Faz tempo, quando os Estados Unidos tinham 32 milhões de desempregados e seu sistema financeiro estava à beira do colapso, Franklin Roosevelt assumiu a presidência e disse no seu discurso de posse uma frase que marcou a época:“A única coisa de que devemos ter medo é do próprio medo”.
(....) Menos, embaixador O
poder de delírio do deputado Eduardo Bolsonaro é coisa sabida. Como diz
o vice-presidente Hamilton Mourão, se ele se chamasse Eduardo
Bananinha, ninguém lhe daria importância. Isso é uma coisa. Bem, outra é
o embaixador da China bater boca com o deputado, dizendo que “exige”
que ele “retire imediatamente” suas afirmações “e peça desculpas”.
Pela sua função, o doutor Yang Wanming deve ter modos. Um diplomata
acreditado junto ao governo brasileiro pode protestar, mas não pode
exigir que um parlamentar retire o que disse. Esse tipo de linguagem
assemelha-se mais à que os ingleses usavam no século XIX, quando
impunham sua vontade ao Império do Meio. Prazos Um
cronograma para que o general Braga Netto, titular do gabinete de crise
da pandemia, possa pensar nos prazos para que as medidas de amparo
social do governo comecem a funcionar. Algo como o dia em que o
entregador de pizza receberá seu vale.
Durante a Depressão dos
anos 1930, o governo de Franklin Roosevelt levou uma semana para redigir
a legislação de estímulo ao emprego. Nos seus primeiros 30 dias
empregou quatro milhões de pessoas.
Ouçam Simonsen O professor Mário Henrique Simonsen costumava repetir um ensinamento que pode ser útil para os mascarados de Brasília: “Formulado
de maneira correta, o problema mais difícil do mundo um dia será
resolvido. Formulado de maneira incorreta, o problema mais fácil do
mundo jamais será resolvido”. Folha de S. Paulo e O Globo - MATÉRIA COMPLETA - Elio Gaspari, jornalista
Sindicalistas apresentaram a Maia proposta de criação de uma
espécie de renda mínima emergencial para trabalhadores de aplicativos,
como Uber e Ifood
Presidentes de centrais sindicais pediram ao presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a criação de um fundo emergencial de
renda mínima para pessoas que terão que ficar em casa em função do
coronavírus e vão perder suas fontes de renda. Pelo projeto apresentado
pelas centrais, o fundo seria de R$ 75 bilhões e beneficiaria até 50
milhões de pessoas, principalmente trabalhadores que estão na
informalidade. “O desafio é manter as pessoas em casa para evitar que o vírus se
espalhe. Por isso precisamos de um programa de subsídio para que essas
pessoas possam se manter enquanto a situação não estiver sob controle”,
disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sergio
Nobre, que participou da reunião [CUIDADO COM ESSE PESSOAL DAS CENTRAIS SINDICAIS:
Eles são adeptos da turma do quando pior melhor e estão desesperados por holofotes, por recuperar a mamata que perderam com o fim do imposto sindical.
O que eles mais querem é:
- bagunçar o Brasil, semeando o CAOS;
- chamar a atenção como se fossem de alguma utilidade;
- buscam obter alguma fonte para recuperar a mamata que perderam de um dia para o outro.
Essas centrais sindicais foram criadas para coordenar sindicatos - que até o Governo Temer mamavam rios de dinheiro com o imposto sindical.
Os trabalhadores precisam, e merecem, apoio do Governo - não são criminosos e perderam uma fonte de renda. O governo Bolsonaro não vai deixá-los na penúria, mas não tem a menor razão para deixar a administração desse fundo de ajuda com os pelegos das centrais sindicais.]
Os presidentes das centrais apresentaram a Maia a proposta de criação de
uma espécie de renda mínima emergencial para pessoas que estão na
informalidade e não contam com direitos trabalhistas como ambulantes e
trabalhadores de aplicativos como Uber e Ifood. A ideia é que cada um
deles receba no mínimo meio salário mínimo (R$522) por mês durante até
três meses.
Segundo o presidente da CUT, existem hoje cerca de 39 milhões de
brasileiros trabalhando na informalidade e outros 13 milhões de
desempregados. “Além disso é preciso tomar providências para preservar
os empregos e as empresas”, disse ele. Indagado sobre qual seria a fonte dos recursos, Nobre citou as reservas
cambiais (US$ 320 bilhões), o pagamento de serviços da dívida pública
(US$ 317 bilhões) e a linha de crédito criada pelo Fundo Monetário
Internacional (FMI) em função da pandemia.
No encontro, os sindicalistas também entregaram a Maia uma carta na qual
dizem que diante do comportamento do presidente Jair Bolsonaro em
relação ao vírus, cabe ao Congresso, governadores, prefeitos e sociedade
civil tomarem a frente no combate ao coronavírus. “As centrais sindicais entendem que enfrentar o coronavírus é a
principal tarefa de toda a sociedade brasileira e de todas as
instituições comprometidas com o país e, diante do desleixo do governo,
vêm a público exigir medidas efetivas de proteção à vida, à saúde, ao
emprego e à renda dos trabalhadores e trabalhadoras. As centrais
sindicais conclamam o Congresso Nacional, governadores, prefeitos e o
empresariado nacional a constituir um canal de diálogo que institua
essas e outras medidas que se fizerem necessárias”, diz o documento. [os presidentes das centrais não possuem, nunca possuíram e nem possuirão competência para excluir ou incluir seja quem for, usando o dinheiro público. Agora sindicato para sobreviver tem defender os interesses dos empregados, que decidirão se vale a pena dar alguma contribuição para as tais entidades.] “Não queremos excluir ninguém”, disse o presidente da CUT. “É o próprio
presidente, com suas atitudes, que está se excluindo”, concluiu.