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domingo, 3 de julho de 2022

Prisão de mulheres que abortam e casamento gay - O Globo

Pulso

Marlen Couto e Flávio Tabak — Rio e São Paulo

O ritmo da opinião pública - como pensam os brasileiros sobre temas em debate na sociedade

Em meio ao crescimento da identificação com a direita no governo do presidente Jair Bolsonaro, a maioria dos brasileiros tem posicionamentos conservadores em temas como redução da maioridade penal (70% a favor) e legalização do aborto (73% é contra), mas se posiciona contra a pena de morte (53%) e apoia tanto o casamento entre pessoas do mesmo sexo (49%). Nova plataforma do GLOBO para pesquisas de opinião, o Pulso apresenta um retrato de como pensa a população sobre assuntos debatidos na sociedade, revelado pela pesquisa anual “A cara da democracia”, divulgada neste domingo.

Os dados apontam que as opiniões estão mais cristalizadas desde 2018 quando o assunto é aborto. Apenas 16% dos entrevistados apoiam a legalização, patamar próximo ao dos anos anteriores. Segundo a pesquisa, a concordância com a legalização é maior entre entrevistados que cursaram o ensino superior, ainda que o índice de contrários ao aborto continue alto nesse segmento. Nesse grupo, o índice chega a 25%. A maioria dos brasileiros (58%), por outro lado, declarou ser contra a prisão de mulheres que interrompem a gravidez. [nossa opinião: o aborto deve ser tratado como um homicídio - a vida começa no instante da concepção; com a agravante de ser um crime perverso, cruel e praticado contra um ser humano vivo, indefeso e abrigado na barriga da mãe, que é a principal assassina = o que torna o abordo um crime hediondo. 

A punição aplicada a mãe, que entendemos ser a de reclusão para um crime hediondo, deve ser majorada em pelo menos  1/3 para os que de alguma forma colaboraram e/ou participaram para o êxito da empreitada. Por ser o Blog Prontidão Total de livre acesso decidimos não postar descrição de técnicas utilizadas para o abordo - extremamente cruéis, desumanas, sendo a injeção uma das 'mais brancas'.]

O apoio à redução da maioridade penal registra tendência de queda nos últimos anos, ainda que continue a ter alta adesão entre os brasileiros. O índice passou de 81%, em 2018, para 70% no último levantamento. Os entrevistados com menor escolaridade apoiam menos a medida (62%). Já a concordância com o discurso de que "bandido bom é bandido morto" alcança 59% dos entrevistados, enquanto 38% discordam. 

(...)

Professor de Ciência Política da UnB, Lucio Rennó destaca que a oposição à legalização do aborto passa por crenças religiosas, enquanto o apoio à redução da maioridade penal sinaliza como a temática de segurança pública, pela via do combate à violência e criminalidade, é marcante para a população brasileira. O pesquisador avalia se tratar de uma novidade nos últimos anos o papel de Bolsonaro em alinhar essas preferências dos brasileiros.— Bolsonaro mobilizou diversos desses temas e se transformou num porta-voz dessas preferências mais conservadoras da população brasileira. Há um alinhamento que a gente não tinha visto antes na nossa história política recente. E isso está na base da cristalização de um voto bolsonarista significativo que dificulta o crescimento da terceira via mais à direita. Bolsonaro trata, por exemplo, com mais naturalidade da questão do aborto, que é mais delicada de ser apresentada por candidaturas alinhadas a posições mais progressistas sobre o tema, pelo elevado grau de rejeição na população — conclui Rennó.

(...)
 
Também houve uma inversão quando o assunto é pena de morte. Hoje, mais da metade da população é contra essa pena, e 41% a favor. Há quatro anos, os brasileiros estavam mais divididos no tema (42% se declararam contra e 43% a favor). 
Nesse caso, também há um descolamento no recorte por gênero. 
Ao todo, 57% das mulheres são contra a pena de morte, enquanto entre os homens o percentual é de 49%. O Sul (48%) é a região mais favorável, seguido por Sudeste (42%), Norte (40%), Nordeste (37%) e Centro-Oeste (36%).

(...)

No campo da educação, por outro lado, seguem com alto apoio a militarização das escolas (67%) e a avaliação de que as escolas devem ensinar as crianças a rezar e acreditar em Deus (84%). 

Os brasileiros também são majoritariamente contrários à legalização das drogas (67%).

Pulso, Blog em O Globo, LEIA a MATÉRIA NA ÍNTEGRA


segunda-feira, 17 de junho de 2019

Evidências condenam a maconha

Os riscos

Quando falamos sobre políticas públicas relacionadas à maconha, é muito comum a população, a mídia e até os governantes buscarem modelos que estão sendo implementados em outros países para verificar quais medidas relacionadas ao assunto poderiam ser aplicadas aqui. Esquece-se, no entanto, de algo muito importante: as evidências científicas.  

De forma surpreendente, e na contramão do bom senso, elas muitas vezes são ignoradas na tomada de decisões relacionadas às ações em saúde. Destacam-se, ao contrário, argumentos rasos, modismos e, no caso da cannabis, fortemente influenciados pelo lobby a favor da legalização. 

Evidências condenam a maconha


Em fevereiro deste ano, uma das publicações científicas mais respeitadas do mundo, o JAMA Psychiatry, divulgou um artigo que traz uma conclusão alarmante: quem usa maconha na adolescência tem um risco maior de desenvolver depressão ou comportamento e pensamento suicida anos mais tarde.  O que qualifica este artigo? Os pesquisadores analisaram os resultados de 11 trabalhos internacionais publicados com os melhores critérios científicos, envolvendo, no total, 23.317 participantes, da juventude até a fase adulta. Eles foram divididos em dois grupos, um era composto por pessoas que consumiram maconha até os 18 anos de idade e o outro por aqueles que não fizeram uso da droga neste mesmo período. O que fizeram foi medir o impacto real da cannabis na vida dos pesquisados, utilizando sofisticadas análises estatísticas. E os resultados impressionam – de uma forma negativa.

Quem usa maconha na adolescência tem um risco 37% maior de ter depressão na fase adulta, do que aqueles que não fizeram uso da droga neste período.  As conclusões não param por aí. Estes mesmos usuários também têm 50% mais chances de apresentarem pensamentos suicidas e um risco de tentativa de suicídio três vezes maior do que quem não usou maconha. Tal análise confirma  vários estudos anteriores que mostram a vulnerabilidade do cérebro em sua fase de desenvolvimento, dos 15 aos 25 anos, quando exposto às drogas.  Suas características, como número de usuários, período de observação e credibilidade dos dados analisados, além da metodologia utilizada, elegem este trabalho como um dos mais relevantes já feitos nesta área, fazendo com que seja impossível ignorar tal evidência. Não se trata de achismo e sim de um trabalho científico sério.

Outro estudo relativamente recente, liderado pelo pesquisador Jordan Bechtold, também demonstrou os perigos do consumo de cannabis entre os jovens. Ele indica que o uso regular de maconha por adolescentes aumenta em 21% a chance de desenvolverem sintomas psicóticos persistentes. Ou seja, o uso de maconha pode desencadear sintomas psicóticos que não são percebidos pelas pessoas que estão ao seu redor, sendo detectados apenas por especialistas. Além disso, tais jovens também têm mais riscos de desenvolverem sintomas paranóicos e alucinógenos.

Vale também destacar que os estudos mostram declínio das chamadas funções cognitivas como memória, planejamento e atenção, influindo muito nos comportamentos erráticos e inconstantes dos usuários de maconha.  O assunto é extremamente pertinente, pois aqui no Brasil estão acontecendo duas importantes iniciativas ligadas a uma eventual legalização das drogas. Deve ser retomado neste mês, no Supremo Tribunal Federal (STF), o julgamento da descriminalização do porte de drogas para uso pessoal. Quando foi interrompido, em 2017, o ministro Gilmar Mendes votou a favor da descriminalização de todas as drogas. Luis Roberto Barroso e Edson Fachin, por sua vez, votaram pela descriminalização apenas da maconha, sendo que o ministro Barroso sugeriu a fixação de um limite de 25 gramas para a posse da droga. Se prevalecer essa tendência as drogas serão legalizadas de fato no Brasil.

Ao mesmo tempo, outra iniciativa importante e que pode representar um enorme avanço na política brasileira de prevenção e tratamento contra o consumo de drogas, tramita em Brasília. Trata-se do Projeto de Lei Complementar (PLC) 37, de autoria do Ministro da Cidadania Osmar Terra (MDB).  O PLC 37 representa uma proposta para uma nova Política Nacional sobre Drogas em nosso país, que, entre outros pontos, busca promover seu alinhamento com a nova Política Nacional de Saúde Mental, oferecer programas de prevenção e de tratamento baseados em evidências, além de ampliar as abordagens terapêuticas, hoje focadas na prática de redução de danos, fazendo com que o poder público possa ampliar a oferta de cuidados adequados às necessidades de cada paciente.

O projeto também aprimora a definição dos papéis das esferas municipal, estadual e federal em relação às medidas de prevenção e tratamento, assim como a distinção entre traficantes (que terão penas mais severas) e usuários, sendo que para os últimos continua a ser aplicada a lei brasileira 11.343/06, que despenaliza o usuário e evita que ele seja preso por portar drogas para consumo próprio. [caso o governo queira realmente acabar com o tráfico de drogas, precisa além de combater o tráfico - com rigor e penas mais severas para os traficantes - também combater o consumo, (com penas mais severas para os usuários, que flagrado usando, portando ou sob o efeito das mesmas, a partir da segunda vez serão presos e condenados a penas de prisão.) já que não existindo usuário não existe consumo a demanda cai e o tráfico deixa de ser uma atividade  lucrativa, forçando os traficantes e os investidores a procurar outras alternativas mais rentáveis.]  Aprovado pela Câmara dos Deputados em 2013, o PLC 37 foi encaminhado ao Senado, onde já foi analisado, discutido e aprovado em diversas comissões, dentre elas a de Constituição, Justiça e Cidadania. A última ação legislativa agora depende do Presidente do Senado, que deve colocá-lo em votação.

O papel do STF não é de fazer leis. A orientação da política de drogas brasileira cabe ao legislativo, aos representantes eleitos pela população. As drogas matam, provocam imenso estrago na saúde pública e sequestram a esperança e o futuro de milhões de jovens. Não é assunto para ser decidido por um colegiado, sobretudo de costas para a cidadania. Encerro como comecei: as evidências condenam a maconha e as políticas públicas irresponsáveis.


Carlos Alberto Di Franco


quarta-feira, 11 de novembro de 2015

O “Meu corpo, minhas regras” não serve para o aborto porque o feto É OUTRO CORPO!

Já comecei textos aqui com esta pegada: sempre que a intolerância dos tolerantes se exacerba, acho que é hora de intervir no debate.
 
Se atrizes famosas — nessa área, o Brasil tem mesmo é muita celebridade, que é coisa um pouco diferente — emprestam sua imagem a uma peça publicitária em defesa do aborto, e elas têm todo o direito de fazê-lo, então é preciso que arquem também com as consequências, inclusive as negativas — desde que estas se inscrevam num padrão civilizado.


Se granjeiam a simpatia do público com o tatibitate da dramaturgia televisiva e emprestam sua simpatia pedindo doações para o “Criança Esperança”, têm de estar preparadas para as críticas quando vão lá fazer a proselitismo da cureta.

Escrevo isso porque leio que as atrizes Bruna Linzmeyer e Nanda Costa estariam sofrendo “ataques”, segundo registra VEJA.com, por terem participado de um filmete pró-legalização do aborto. Vamos ver: ataque é xingamento, é vulgaridade, é agressão injuriosa, caluniosa, difamatória. Chamar alguém de “hipócrita” porque pede doação para um programa de proteção à infância e depois empresta sua imagem a uma campanha pró-aborto não é ataque. Trata-se apenas de uma crítica — com a qual, diga-se de passagem, eu concordo. [para começo de conversa essas artistas, que são meras e passageiras celebridades, merecem o mais profundo desprezo. 
Além de covardes - ao defenderem o assassinato de seres humanos inocentes e indefesos - são falsas, fazendo qualquer coisa por um cachê, inclusive pedir dinheiro para crianças que na filosofia deles deveriam ter sido abortadas.
Por isso, a cada ano o 'criança esperança' mais se afunda.]

Enquanto Caetano Veloso não ditar as regras do jogo do pensamento mundial, é conveniente que as ideias façam sentido e que as escolhas sobre os mais variados temas tenham alguma coerência. Ora, os fanáticos do aborto têm, porque é o que pensam, de ver cada criança abandonada como um aborto que deveria ter sido realizado, não? Ou estão obrigados a renunciar a seu credo.


Num disco de 1987, Caetano Veloso cantou uma música que compôs com Toni Costa chamada “Vamo comer”. Num dado momento, ouve-se lá: “O padre na televisão
Diz que é contra a legalização do aborto E a favor da pena de morte Eu disse: não! que pensamento torto!”
[só um desorientado quanto o tal Caetano para ter a falta de inteligência entre a execução de um criminosos devidamente julgado, defendido, com o aborto que nada mais é que o assassinato frio e covarde de um ser humano inocente e indefeso.
Esses artistas, no ocaso da vida, procuram aparecer mesmo que vomitando asneiras.]


Sem dúvida, o padre retratado na música tinha um pensamento torto. Mas pergunto: e o contrário? Eu me oponho a ambos, mas convenham: ser a favor da pena de morte e contra a legalização do aborto ainda faz algum sentido prático. O absoluto absurdo está no contrário, não é mesmo? A pena de morte, ainda que eu a abomine, pune de forma estúpida alguém por uma falha grave (salvo um erro judicial). E o aborto? Pune quem?


Numa das manifestações contra Eduardo Cunha, mulheres que se opõem ao PL 5.069, que dizem criar dificuldades para o aborto nas hipóteses permitidas em lei (o que é mentira), levantaram uma faixa, consistente com o bordão “Meu corpo, minhas regras”. Lá se lia: “Meu corpo não é dinheiro na Suíça para ser da sua conta”.


Então vamos pensar. Não custa. Não dói. [Reinaldo para seres humanos normais pensar não custa, nem dói, faz até bem. Mas, para os petralhas e os vermes que defendem o abordo, é algo extremamente dificil e que sempre produz um produto pastoso e fedido.]


Se o Meu corpo, minhas regras quer dizer que ninguém, homem ou mulher, pode tocar no seu corpo sem sua autorização, salvo nas hipóteses recepcionadas em leis democráticas, então eu apoio. Aliás, eu reivindico o bordão também para mim.  Mas se isso quer dizer que o aborto é uma questão que só deve dizer respeito às mulheres e, em particular, à mulher que carrega o feto em seu útero, então será preciso admitir, por implicação lógica, que todo aborto é uma mutilação já que o feto seria parte do corpo. E eu pergunto: trata-se de uma mutilação? A resposta, obviamente, é não. E tanto o feto não é parte do corpo da mulher que, realizado o aborto, o corpo dela resta com todos os órgãos que lá estavam antes do procedimento.


Há uma falácia escandalosa aí: O ABORTO SÓ NÃO É UMA MUTILAÇÃO PORQUE O FETO É OUTRO CORPO. E, PORTANTO, SE É OUTRO CORPO, A MULHER QUE O ABRIGA NÃO PODE SER SENHORA ABSOLUTA DAS REGRAS.


Não! Não há absolutamente nada de religioso nessa minha observação. Eu só estou sendo lógico.  A propósito: ainda que o aborto fosse equiparável a uma mutilação, até onde se sabe, não se mutilam pessoas por aí só por gosto, nem que fosse por gosto dos mutilados. O argumento não para de pé.


Pensemos ainda um pouco: se o aborto diz respeito exclusivamente a mulher e a seu corpo, ela pode realizá-lo independentemente da vontade do pai. Isso implica que este possa escolher abrir mão de suas responsabilidades caso a mulher decida ter a criança? Mais uma: o “meu corpo, minhas regras” deve ter vigência absoluta? Para os cultores da frase, uma mulher deveria ter o direito de abortar até no nono mês de gravidez? “Ah, quem faria isso?” Não importa. Eu estou fazendo uma pergunta de princípio.


O combo da imprensa descolada
Há, hoje em dia, uma tríade sagrada da militância esquerdista ou nem tanto: só merece o reino dos céus do dito progressismo quem é favorável ao casamento gay, à descriminação das drogas e ao aborto. Eu fico pensando em que momento essas três coisas, de dimensões tão absolutamente distintas, se juntaram, de modo que ser favorável a uma delas deveria, necessariamente, atrair as outras duas. É o que eu chamaria de “combo da imprensa descolada”.


Eu, por exemplo, defendo o casamento gay eu me oponho é a que seja o Supremo a cuidar do assunto —, mas me oponho ao aborto e à legalização das drogas. Notem: um gay casado, por acaso, estaria obrigado a abraçar as outras duas pautas? Em nome do quê?


Vamos confundir o direito ou não de queimar um mato com a destinação que deve ter um feto humano e com uma questão tão antiga à filosofia e ao pensamento como a identidade e a alteridade? Será, para complicar ainda mais a questão, que consumidores individuais de drogas não podem até se opor à sua legalização porque entendem que, do ponto de vista social, seria uma má ideia?


Sim, eu estou preparado para conviver com a divergência. Arco com o peso das minhas escolhas. E gostaria de sugerir às celebridades que arcassem com o peso das suas. Afinal, ninguém foi convidar a Senhora Anônima para expressar a sua opinião sobre o aborto. Os prosélitos foram buscar pessoas conhecidas.


E, bem, há quem goste e quem não goste das coisas que elas dizem. Nos limites da civilidade, reitero, os descontentes têm todo o direito de se expressar.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo