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sábado, 8 de janeiro de 2022

Ômicron, gripe ou resfriado? Conheça os sintomas mais comuns das três doenças - O Globo

 
Evelin Azevedo
 
Diagnóstico definitivo deve ser feito a partir de testes, iniciando pelo de Covid-19 
 
Diante do comportamento que a Ômicron tem apresentado no mundo, com sintomas menos graves e diferentes da variantes anteriores, é comum ficar em dúvida em relação a sintomas como febre, dor de cabeça, mal estar e coriza. Isso porque as doenças respiratórias, que também incluem resfriado e gripe, costumam apresentar sinais bem parecidos, por afetarem as mesmas regiões do corpo. A diferença é que alguns deles tendem a aparecer com mais frequência ou ter maior intensidade, a depender da doença.

Covid-19:  Anvisa aprova insumo feito pela Fiocruz para produção de vacina 100% nacional

— A Covid-19 e a gripe "derrubam". Já o resfriado só "atrapalha" a rotina — afirma Salmo Raskin, médigo geneticista e diretor do Laboratório Genetika, de Curitiba.

Sintomas da Covid-19 - Ômicron
É e muito provavelmente a causa principal do aumento de infecções no mundo e no Brasil, associada ao relaxamento das medidas de distanciamento por conta das festas de fim de ano. A nova variante costuma provocar sintomas com menor intensidade em comparação com as demais cepas que já se espalharam até então.

O estudo ZOE COVID vem fazendo constantes levantamentos sobre os sintomas que pacientes diagnosticados com a doença costumam relatar.

  • Coriza
  • Dor de cabeça
  • Cansaço
  • Espirros
  • Dor de garganta

Os sintomas costumam ser leves, já que estudos apontam que a Ômicron se reproduz mais rápido nas vias aéreas e poupa o pulmão. Os sintomas melhoram, em média, 5 dias após o início. A febre também pode surgir, mas com menos frequência.

Leia também:  Médicos recomendam que pacientes com sintomas gripais leves não devem procurar hospitais

Sintomas da influenza (gripe) 

A febre pode ser um sintoma diferencial entre a gripe, na qual ela é comum. Diante de um quadro febril, é provável, portanto, que o paciente esteja com gripe, desencadeada pelo vírus influenza. Mas a febre, por si só, não garante o diagnóstico da doença. 

De acordo com o Instituto Butantan responsável por produzir a vacina da gripe usada no Brasil —, os principais sintomas da gripe são:

  • Febre súbita
  • Tosse (geralmente seca)
  • Dor de cabeça
  • Dores musculares e articulares
  • Mal-estar
  • Dor de garganta
  • Coriza

Os sinais da gripe costumam durar de cinco a sete dias, sendo que a tosse pode levar duas semanas ou mais para desaparecer. 

Veja:  Ministério da Saúde prevê iniciar vacinação de crianças entre os dias 14 e 15 de janeiro

Sintomas do resfriado
Tem sintomas mais leves que a gripe, e se parece bem mais com os sinais dados pela Ômicron, por também afetar mais as vias aéreas superiores. Os principais sintomas do resfriado são:
  • Coriza (nariz escorrendo com secreção aquosa e transparente)
  • Nariz entupido
  • Espirros
  • Dor de garganta
  • Febre baixa (mais comum em crianças — adolescentes e adultos não costumam apresentar)

Os sinais costumam durar de três a quatro dias, mas podem se prolongar em fumantes, chegando a até 10 dias. 

 
(...)

Há medidas que ajudam a prevenir as três doenças, como uso de máscaras, higienização recorrente das mãos e distanciamento social. Com os estudos apontando a maior transmissibilidade da Ômicron, especialistas recomendam o uso de máscaras mais filtrantes, como a PFF2 ou N95. Caso não seja possível, a orientação é usar duas máscaras: a cirúrgica por baixo e a de pano por cima, ou usar uma máscara de pano com camada dupla.

 


Em Saúde - O Globo - MATÉRIA COMPLETA

 

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Universidade de Oxford anuncia novo teste de ivermectina como tratamento para Covid-19 - O Globo

A Universidade de Oxford informou nesta quarta-feira que incluiu a ivermectina, medicamento aprovado para uso contra piolhos, na lista de drogas a serem testadas contra a Covid-19. A droga fará parte de um ensaio clínico de grande escala com apoio do governo britânico, e será administrada em pacientes não internados. Medicamento teve resultados inconclusivos em testes anteriores e OMS, agências reguladoras dos EUA e da União Europeia são contrários ao uso contra a doença

A universidade afirma que incluiu a droga no projeto depois de ela ter apresentado bons resultados preliminares em testes in vitro, feitos em amostras de células em laboratório. Alguns ensaios clínicos preliminares indicaram que a droga reduz a carga viral e a duração dos sintomas para alguns pacientes com sintomas leves.  O projeto Principle, programa de Oxford que vai incorporar agora a ivermectina, é o mesmo que concluiu em janeiro que os antibióticos azitromicina e doxiciclina são ineficazes contra a Covid-19 em estágios iniciais.

A decisão da universidade surpreendeu parte da comunidade médica, porque o uso da ivermectina em Covid-19 possui recomendação contrária da da Organização Mundial da Saúde (OMS), e da FDA (agências reguladora de fármacos nos EUA) e da EMA (reguladora europeia). Os países onde a droga vem sendo usada em caráter experimental ou informal incluem Índia, Argentina e Brasil. 

Ao incluir a ivermectina em um ensaio clínico de grande escala como o Principle, o que esperamos é gerar evidências robustas para determinar quão eficaz esse tratamento contra a Covid-19 é e se há benefícios ou danos associados ao seu uso — afirmou o vice-chefe do projeto, Chris Butler.  Segundo a universidade, não serão recrutados para o teste voluntários que tenham problemas hepáticos graves, que estejam tomando varfarina (medicamento para afinar o sangue) ou outros fármacos para os quais já se sabe que há interação medicamentosa com a ivermectina. A ivermectina, da classe dos antiparasitários, é o sétimo tratamento a ser investigado no projeto Principle e atualmente está sendo avaliada juntamente com o antiviral favipiravir, informou a universidade.

Conexão brasileira
A notícia de que a ivermectina foi incluída na lista de drogas a serem testadas pelo Principle foi comemorada por defensores do medicamento, que faz parte do controverso kit de "tratamento precoce", foi promovido pelo Ministério da Saúde, ao lado da cloroquina.Na esteira dessa promoção, a droga se popularizou mesmo sem ter recebido aval da Agência de Vigilância Sanitária para uso fora da prescrição habitual, contra piolhos. A principal agremiação médica da área, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), também não endossa seu uso para Covid-19. "A SBI não recomenda tratamento farmacológico precoce para Covid-19 com qualquer medicamento (cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, nitazoxanida, corticoide, zinco, vitaminas, anticoagulante, ozônio por via retal, dióxido de cloro), porque os estudos clínicos randomizados com grupo controle existentes até o momento não mostraram benefício" afirma o último documento de diretrizes clínicas da entidade, publicado em dezembro passado. "Não existe comprovação científica de que esses medicamentos sejam eficazes contra a COVD-19."

Segundo Schechter, com base no status atual de evidências, é legítimo que alguns cientistas queiram ampliar os testes clínicos da ivermectina. Em sua opinião, porém, não é uma aposta com grande chance de sucesso, pois os estudos que sinalizaram efeito positivo não tiveram auditoria externa e não passaram em revisão por pares nos periódicos científicos mais rigorosos.  — A dose que se mostrou eficaz contra o coronavírus nos estudos in vitro, em teoria, é alta demais para uso em humanos, e pode se mostrar tóxica. É improvável que uma dosagem menor funcione, mas nós só teremos certeza com o resultado dos testes — explica o infectologista.

A ivermectina tem seus efeitos colaterais. Por não ser isenta de riscos, como qualquer droga, só deveria ser usada em larga escala após ter sua eficácia comprovada e ter sido aprovada  — afirmou.

Saúde - Sociedade - O Globo

*Com agências internacionais


domingo, 5 de abril de 2020

A guerra invisível - Nas entrelinhas


“A epidemia atingiu primeiro a classe média alta, disseminada por pessoas que viajaram ao exterior. Com a transmissão comunitária, chegará aos pobres”


Não me saem da cabeça as cenas dos médicos e paramédicos combatendo as epidemias na África
Qual é a semelhança com o novo coronavírus (Covid-19)? 
A febre hemorrágica Ebola é uma doença muito mais grave, com taxa de letalidade que pode chegar até os 90%, enquanto a do coronavírus gravita em torno dos 5%. É uma zoonose cujo reservatório mais provável é o morcego
O vírus foi transmitido para seres humanos a partir de contato com sangue, órgãos ou fluidos corporais de animais infectados, como chimpanzés, gorilas, antílopes e porcos-espinho, na África subsaariana, ocasionando surtos esporádicos.

O novo coronavírus foi identificado pela primeira vez na China, é transmitido pelo ar e pelo contato físico, de forma muito mais rápida, antes mesmo de as pessoas manifestarem os sintomas da doença. Presume-se também que o hospedeiro de origem seja algum espécime de morcego. Os coronavírus humanos mais comuns causam infecções respiratórias de brandas a moderadas, de curta duração. Os sintomas podem envolver coriza, tosse, dor de garganta e febre. O novo coronavírus é mais letal, porque também ataca violentamente as vias respiratórias inferiores, como pneumonia. Esse quadro é mais comum em pessoas com doenças cardiopulmonares, com sistema imunológico comprometido ou em idosos.

A transmissão do Ebola se dá por meio do contato com sangue, tecidos ou fluidos corporais de animais e indivíduos infectados (incluindo cadáveres), ou a partir do contato com superfícies e objetos contaminados. Não há registro na literatura de isolamento do vírus no suor e pelo ar. É possível detectar os infectados com mais facilidade, porque a transmissão não ocorre sem os sintomas: febre, cefaleia, fraqueza, diarreia, vômitos, dor abdominal, inapetência, odinofagia, manifestações hemorrágicas. Por isso, foi possível isolar o Ebola geograficamente e evitar uma pandemia.

Até hoje não existe vacina e nem remédio específico para tratar o Ebola. Os cuidados são de suporte precoce com hidratação e tratamento sintomático, como no coronavírus. O tratamento se restringe ao controle dos sintomas e suporte/estabilização do paciente. Iniciar o tratamento de maneira oportuna aumenta as chances de sobrevivência dos pacientes. Uma vez que a doença foi curada, a pessoa está imune ao Ebola.

Camuflagem
Não se sabe se os pacientes curados do coronavírus estarão imunizados contra uma nova epidemia. Os pesquisadores ainda estudam as formas de transmissão, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a infecção por gotículas respiratórias ou contato, é uma guerra na qual não se sabe onde o inimigo se esconde, até que a pessoa infectada manifeste a doença. A maioria não tem sintomas aparentes. É como se a força atacante principal fosse formada por soldados com a camuflagem mais perfeita, entrincheirados numa pessoa igual às outras, às vezes um membro da própria família, dentro de sua própria casa.

Gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro; toque ou aperto de mão; objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos são como granadas e tiros. A vida social é um campo minado. Eram inimagináveis as cenas de colapso do sistema de saúde da Itália e da Espanha, com grande número de mortos. Muito menos que grandes potências, como França, Inglaterra, Alemanha e Japão, corram o risco de um Efeito Orloff: eu sou você amanhã. Com todo o seu poder econômico, os Estados Unidos contabilizaram 4,5 mil mortos somente no último sábado. Vejam bem: são países que nem de longe se comparam ao sul do Sudão e ao norte da República Democrática do Congo, na bacia do Rio Ebola.

No Brasil, a epidemia atingiu primeiro a classe média alta, disseminada por pessoas que viajaram ao exterior. Com a transmissão comunitária, agora chegará às parcelas mais pobres da população, exatamente aquelas que, em certas regiões, vivem em condições muito precárias e estão enfrentando mais dificuldades para sobreviver com a política de isolamento social. O número de casos está subnotificado, muitas pessoas estão morrendo com síndrome respiratória aguda sem serem diagnosticadas. Na América Latina, o pior cenário até agora é o do Equador, cujo sistema de saúde entrou em colapso: pessoas morrem sem assistência médica e são incineradas nas ruas, por cidadãos em pânico.

O risco que corremos não é de assistir a cenas iguais às da Italia e da Espanha, muito menos norte-americanas. É de um cenário igual ao do Equador, se a política de isolamento social for revogada pelo presidente Jair Bolsonaro, como ele ameaça, contra a orientação do seu próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Nosso sistema de saúde não tem condições de absorver a rápida elevação do número de casos de coronavírus que isso provocaria. Não foi à toa que a Câmara dos Deputados aprovou a proposta de emenda à Constituição que cria um orçamento paralelo, chamado de “orçamento de guerra”, para destinar recursos exclusivos às medidas de combate ao coronavírus. Estamos dormindo com o inimigo.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense


sexta-feira, 20 de março de 2020

Como combater a doença - Sintomas de coronavírus? Saiba o que se deve fazer - CB

Em casos de suspeitas para Covid-19, a Secretaria de Saúde indica que a população entre em contato pelos números de emergência 190, 193 ou 199 

Tosse seca, febre e dificuldade de respirar. Os principais sintomas da Covid-19 devem ser examinados com atenção. Para evitar a propagação em massa, a Secretaria de Saúde orienta que quem apresentar qualquer indício da doença; tenha retornado de viagem de área afetada; ou tenha tido contato com algum caso confirmado ou suspeito, ligue para o 190 (Polícia Militar), 193 (Corpo de Bombeiros) ou 199 (Defesa Civil) e informe a situação.

De acordo com a pasta, o número do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs),  (61) 99221-9439, não está mais disponível para esclarecimentos da doença. A recomendação para quem apresentar os sintomas, mas não tenha viajado ou tido contato com suspeitos, é de procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. 
 
Também estão atuando no combate à doença equipes de atendimento volante - profissionais de saúde que vão à casa de pessoas com suspeita do novo coronavírus e que tenham voltado de viagem recentemente, ou que tenham tido contato com algum caso suspeito ou confirmado para Covid-19. A demanda alta, no entanto, não tem permitido que todos os chamados sejam atendidos.  O infectologista Guilherme Marreta afirma que não é possível realizar testes para todas as pessoas do DF. “Não tem teste para todos, mesmo em laboratórios privados”, explica. Portanto, a recomendação é fazer os exames em caso de dois ou mais sintomas da doença e não procurar os sistemas de saúde, seja o público, seja o privado, se o sintoma for brando.
“O coronavírus não tem remédio, é como as inúmeras outras infecções virais. A situação prevê repouso e hidratação", reforça. Ele lembra ainda a importância de essas pessoas esperarem o resultado em quarentena. A recomendação do profissional da saúde é a prevenção. “Lavar as mãos com água e sabão, usar álcool em gel e evitar contato com as pessoas”, informa.  
 
Por dia, são realizados cerca de 100 exames para o diagnóstico do coronavírus (Covid-19), incluindo o painel viral e o kit. “Este último pode levar até quatro dias para sair o resultado. Os materiais dos testes estão sendo enviados pelo Ministério da Saúde de maneira gradativa e constante. As medidas a serem adotadas futuramente serão avaliadas conforme a evolução da doença”, afirmou a pasta, em nota. 

 Excesso de demanda
Têm sido constantes as reclamações a respeito do atendimento pelos canais oficiais. A ex-deputada Maninha (PSol), postou relato em rede social reclamando da falta de kits para confirmar o diagnóstico. Ela procurou atendimento para a neta, portadora de asma e que teve contato com estrangeiros. Não conseguiu que o teste fosse feito em hospital privado e recorreu ao sistema público. "Retornamos, nos telefones anunciados pela Secretaria de Saúde. O primeiro, do Corpo de Bombeiros, me forneceu outro telefone. Nesse fui informada que os atendimentos domiciliares só serão feitos em casos graves. E no Hran a informação é a mesma. Fui orientada a procurar uma UPA. Ou seja, o teste não foi feito, ela continua sob suspeita."

 "O isolamento ainda é parcial, a testagem comprovadamente ineficiente e a estrutura do SUS sem reforço. Como imaginar as nossas populações vulneráveis sendo atingidas sem retaguarda. O caos!", continou no texto. 
 
Em resposta, a Secretaria de Saúde informou que os números de telefone disponibilizados são para tirar dúvidas e encaminhamentos para exames dos casos que se enquadram como suspeitos.

Como combater a doença
1. Identifique os sintomas. São eles: tosse seca, febre e dificuldade de respirar.

2. Caso observe qualquer um deles, mantenha-se em isolamento e reforce hábitos de higiene.

3. Procure uma unidade de saúde apenas se os sintomas se agravarem.

4. O teste de coronavírus só é indicado para quem preencher requisitos avaliados pelo profissional de saúde.

5. Previna-se: lave as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos; use antisséptico de mãos à base de álcool gel 70%; cubra o nariz e a boca ao espirrar ou tossir; mantenha os ambientes bem ventilados e limpos; evite apertos de mão, abraços e beijos; não compartilhe objetos pessoais; evite tocar os olhos, boca ou nariz antes de higienizar as mãos.

Correio Braziliense


quarta-feira, 18 de março de 2020

Coronavírus: quando acender a luz vermelha para os sintomas? - O Globo

Ana Lucia Azevedo

Segundo especialista, evolução para um quadro grave costuma ocorrer entre segundo e o quinto dia após o aparecimento dos sintomas
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Porém, como ocorre também com a influenza, os sintomas podem se agravar e é preciso atenção.
O pneumologista Carlos Alberto de Barros Franco, um dos especialistas mais respeitados do país e que trata de seis pacientes com Covid-19, diz que a evolução para um quadro grave costuma ocorrer entre o segundo e o quinto dia após o aparecimento dos sintomas.

A luz acende quando surge febre e quando ela se eleva. E quando a pessoa fica vermelha ao sentir dificuldade respiratória. O principal elemento é a falta de ar. Se isso acontecer, aí sim, a pessoa deve procurar o médico ou um hospital.

Entenda:  'Coronavírus é imprevisível, mas pode ser vencido', diz professor que investigou as epidemias do HIV e ebola

Sendo Covid-19 ou influenza, a recomendação é de dois exames. Um deles para medir o nível de oxigênio e ver se baixou. O segundo é a tomografia para detectar infiltração pulmonar, típica de pneumonia viral, que não aparecerá em radiografias.
Só vá ao hospital ou posto de saúde se estiver com falta de ar persistente e se sentindo mal, com fadiga. Há uma queda do estado geral. Fora isso, estará sobrecarregando a rede de saúde e se expondo a contrair infecções — frisa ele.
O pneumologista esclarece que um resultado positivo não é motivo para desespero. A maioria dos pacientes tem ótima recuperação.

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segunda-feira, 17 de junho de 2019

Evidências condenam a maconha

Os riscos

Quando falamos sobre políticas públicas relacionadas à maconha, é muito comum a população, a mídia e até os governantes buscarem modelos que estão sendo implementados em outros países para verificar quais medidas relacionadas ao assunto poderiam ser aplicadas aqui. Esquece-se, no entanto, de algo muito importante: as evidências científicas.  

De forma surpreendente, e na contramão do bom senso, elas muitas vezes são ignoradas na tomada de decisões relacionadas às ações em saúde. Destacam-se, ao contrário, argumentos rasos, modismos e, no caso da cannabis, fortemente influenciados pelo lobby a favor da legalização. 

Evidências condenam a maconha


Em fevereiro deste ano, uma das publicações científicas mais respeitadas do mundo, o JAMA Psychiatry, divulgou um artigo que traz uma conclusão alarmante: quem usa maconha na adolescência tem um risco maior de desenvolver depressão ou comportamento e pensamento suicida anos mais tarde.  O que qualifica este artigo? Os pesquisadores analisaram os resultados de 11 trabalhos internacionais publicados com os melhores critérios científicos, envolvendo, no total, 23.317 participantes, da juventude até a fase adulta. Eles foram divididos em dois grupos, um era composto por pessoas que consumiram maconha até os 18 anos de idade e o outro por aqueles que não fizeram uso da droga neste mesmo período. O que fizeram foi medir o impacto real da cannabis na vida dos pesquisados, utilizando sofisticadas análises estatísticas. E os resultados impressionam – de uma forma negativa.

Quem usa maconha na adolescência tem um risco 37% maior de ter depressão na fase adulta, do que aqueles que não fizeram uso da droga neste período.  As conclusões não param por aí. Estes mesmos usuários também têm 50% mais chances de apresentarem pensamentos suicidas e um risco de tentativa de suicídio três vezes maior do que quem não usou maconha. Tal análise confirma  vários estudos anteriores que mostram a vulnerabilidade do cérebro em sua fase de desenvolvimento, dos 15 aos 25 anos, quando exposto às drogas.  Suas características, como número de usuários, período de observação e credibilidade dos dados analisados, além da metodologia utilizada, elegem este trabalho como um dos mais relevantes já feitos nesta área, fazendo com que seja impossível ignorar tal evidência. Não se trata de achismo e sim de um trabalho científico sério.

Outro estudo relativamente recente, liderado pelo pesquisador Jordan Bechtold, também demonstrou os perigos do consumo de cannabis entre os jovens. Ele indica que o uso regular de maconha por adolescentes aumenta em 21% a chance de desenvolverem sintomas psicóticos persistentes. Ou seja, o uso de maconha pode desencadear sintomas psicóticos que não são percebidos pelas pessoas que estão ao seu redor, sendo detectados apenas por especialistas. Além disso, tais jovens também têm mais riscos de desenvolverem sintomas paranóicos e alucinógenos.

Vale também destacar que os estudos mostram declínio das chamadas funções cognitivas como memória, planejamento e atenção, influindo muito nos comportamentos erráticos e inconstantes dos usuários de maconha.  O assunto é extremamente pertinente, pois aqui no Brasil estão acontecendo duas importantes iniciativas ligadas a uma eventual legalização das drogas. Deve ser retomado neste mês, no Supremo Tribunal Federal (STF), o julgamento da descriminalização do porte de drogas para uso pessoal. Quando foi interrompido, em 2017, o ministro Gilmar Mendes votou a favor da descriminalização de todas as drogas. Luis Roberto Barroso e Edson Fachin, por sua vez, votaram pela descriminalização apenas da maconha, sendo que o ministro Barroso sugeriu a fixação de um limite de 25 gramas para a posse da droga. Se prevalecer essa tendência as drogas serão legalizadas de fato no Brasil.

Ao mesmo tempo, outra iniciativa importante e que pode representar um enorme avanço na política brasileira de prevenção e tratamento contra o consumo de drogas, tramita em Brasília. Trata-se do Projeto de Lei Complementar (PLC) 37, de autoria do Ministro da Cidadania Osmar Terra (MDB).  O PLC 37 representa uma proposta para uma nova Política Nacional sobre Drogas em nosso país, que, entre outros pontos, busca promover seu alinhamento com a nova Política Nacional de Saúde Mental, oferecer programas de prevenção e de tratamento baseados em evidências, além de ampliar as abordagens terapêuticas, hoje focadas na prática de redução de danos, fazendo com que o poder público possa ampliar a oferta de cuidados adequados às necessidades de cada paciente.

O projeto também aprimora a definição dos papéis das esferas municipal, estadual e federal em relação às medidas de prevenção e tratamento, assim como a distinção entre traficantes (que terão penas mais severas) e usuários, sendo que para os últimos continua a ser aplicada a lei brasileira 11.343/06, que despenaliza o usuário e evita que ele seja preso por portar drogas para consumo próprio. [caso o governo queira realmente acabar com o tráfico de drogas, precisa além de combater o tráfico - com rigor e penas mais severas para os traficantes - também combater o consumo, (com penas mais severas para os usuários, que flagrado usando, portando ou sob o efeito das mesmas, a partir da segunda vez serão presos e condenados a penas de prisão.) já que não existindo usuário não existe consumo a demanda cai e o tráfico deixa de ser uma atividade  lucrativa, forçando os traficantes e os investidores a procurar outras alternativas mais rentáveis.]  Aprovado pela Câmara dos Deputados em 2013, o PLC 37 foi encaminhado ao Senado, onde já foi analisado, discutido e aprovado em diversas comissões, dentre elas a de Constituição, Justiça e Cidadania. A última ação legislativa agora depende do Presidente do Senado, que deve colocá-lo em votação.

O papel do STF não é de fazer leis. A orientação da política de drogas brasileira cabe ao legislativo, aos representantes eleitos pela população. As drogas matam, provocam imenso estrago na saúde pública e sequestram a esperança e o futuro de milhões de jovens. Não é assunto para ser decidido por um colegiado, sobretudo de costas para a cidadania. Encerro como comecei: as evidências condenam a maconha e as políticas públicas irresponsáveis.


Carlos Alberto Di Franco