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sexta-feira, 7 de julho de 2023

Pedófilo da Asa Norte queria ter criança como escrava no apartamento

A menina relatou a situação à mãe quando voltou para casa. "Ele iria ficar com ela uma semana em casa e, depois, iria ser escrava dele", diz progenitora

Acusado de sequestrar e estuprar uma menina de 12 anos em um apartamento na Asa Norte, o ex-servidor público Daniel Moraes Bittar, 42, teria dito à criança que ela seria escrava dele. A menor de idade contou a situação à mãe ao voltar para casa, em 29 de junho, quando o homem foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

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Segundo a mãe, o suspeito falava que a vítima podia pedir tudo, menos ir embora. “Ele disse que iria ficar no apartamento por uma semana e, depois, ela iria ser escrava dele”, relata a progenitora, cuja identidade foi preservada.

Na tarde da última terça-feira 4/7), a criança foi atendida por um médico infectologista em um hospital particular da Asa Sul. Lá, o profissional de saúde passou pomadas e mais medicamentos para a menina passar nas feridas causadas pelas queimaduras do produto usado pelos suspeitos para dopá-la.

De acordo com a mãe, a filha se recupera bem na casa de familiares, onde tem conversado para se distrair após o caso. “O braço e a costela ainda estão bem feridos por causa das queimaduras de um produto químico que feriu bastante o braço dela. Estamos passando até um óleo para não ressecar a pele dela”, detalha.

Na última quarta-feira (5/7), ela, o marido e a adolescente foram à 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), onde prestaram depoimento sobre o caso. A mãe contou que, desde o início do caso, não tem se alimentado da forma adequada, apenas bebendo café em vez de comer.

Ela tenta ser forte para não se abalar mais. “Passo o dia todo com a cabeça doendo, procurando entender como uma pessoa faz uma coisa malvada dessa”, desabafa. Na próxima segunda-feira (10/7), às 10h, os pais começam uma terapia psicológica em grupo, com a filha, no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), na L2 Sul, para saber como lidar com a situação.

Em nota, a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) informa que realizou a audiência de custódia de Geisy Souza. “Caso ela não constitua advogado, a DPDF será responsável por promover a defesa dela em juízo”, diz o órgão.

Correio Braziliense 

 

 

domingo, 26 de fevereiro de 2017

O Brasil amarelou! De novo!

Chegou às portas da locomotiva São Paulo, margeia as sinuosas praias nordestinas, tomou os vales campestres de Minas e ameaça se espalhar rapidamente como pandemia por esse Brasil varonil. A febre amarela retornou com tudo. E segue em franco avanço em meio às folias de Momo. De forma avassaladora. Já não pode ser ignorada como uma ameaça menor. É doença inacreditável para os atuais tempos de desenvolvimento. 


Estava relegada a sociedades que abandonaram ou nunca ofereceram qualquer condição mínima de higiene à população, saneamento básico e tratamento elementar nos sistemas de esgoto e limpeza de águas. Mas o Brasil de tantos descasos conseguiu. Voltou a figurar, com destaque, entre as nações que abrigam o mal. Já é o pior surto registrado em décadas, com focos de transmissão dispersos por inúmeras localidades, o que acendeu o alerta vermelho na Organização Mundial de Saúde. Viajantes brasileiros ou que aqui estiveram só poderão desembarcar em outras terras com a comprovação da vacina. A exigência acaba de entrar em vigor em muitas fronteiras. Suprema humilhação. A morte por um mosquito espreita agora em cada esquina, rua, floresta ou área urbana do País.

Explodem as estatísticas – lançadas na conta do famigerado Aedes Aegypti – dos casos de dengue, chicungunha, zika e, na nova temporada, da letal febre amarela. Abominável reviver a situação que acometeu gerações nos primórdios do século passado. Exatamente 100 anos se passaram desde que o médico infectologista, Oswaldo Cruz, redentor de milhares de brasileiros, debelou o mal com o combate sistemático às enfermidades decorrentes da negligência sanitária. Cruz trabalhou pela imunização obrigatória e estabeleceu parâmetros básicos para a erradicação da moléstia. Ao repetir a sina de um século atrás o País regride também a padrões rudimentares de atendimento à sociedade. Faltam vacinas. 

Não existe planejamento de combate sistemático à proliferação da doença. Sobram descaso e hesitação das autoridades competentes. Especialistas dizem que o Brasil está sentado em uma bomba-relógio prestes a explodir. Limita seu raio de ação ao mero monitoramento e registro das contaminações. O desafio aumenta na exata medida da demora para por em prática medidas mais eficazes de controle. Quase 300 confirmações da doença foram anotadas no Ministério da Saúde e o avanço territorial não para no mapa de risco dos focos. A Sociedade Brasileira de Virologia informou que o vírus “com certeza” dominará toda a mata atlântica em pouco tempo. O que falta exatamente para a mudança desse quadro dantesco

A migração da febre amarela de uma região a outra por pessoas infectadas tende a crescer em períodos de viagens e festejos como o atual. Apenas em Ribeirão Preto, no interior paulista, 35 macacos estão sendo analisados por suspeita de morte pela doença. Se nada for feito, decerto a realidade encontrada por Oswaldo Cruz nos idos de 1916 tenderá a se repetir de maneira mais dramática, dado o contingente potencial de atingidos nas diversas regiões. Uma triste perspectiva capaz de macular a memória daquele pioneiro médico que um dia promoveu expedições de vacina para vingar o sonho de salvar toda a população. Na luta contra o aedes pode se dizer, com perdão do trocadilho, que o Brasil amarelou de novo.

Fonte: Editorial - Isto É - Carlos José Marques