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segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Sociedade desprotegida, elite privilegiada, tolos opinando - Percioval Puggina

 Anos 50. Nas manhãs de sábado, meu pai tinha o hábito de ir ao Café Internacional, no centro de Santana do Livramento, cidade onde vivíamos e onde nasci. Na minha memória de criança era um local estritamente masculino, convergência de amigos e conhecidos que se alinhavam em grupos ao longo do balcão. Por vezes, eu ia com ele. Não lembro por que me levava, mas sei por que eu ia. Ali, em meus oito ou nove anos, ao aroma do café, circulando no meio daquele grupo de gente mais alta, eu ficava em posição privilegiada para apreciar os coldres e revólveres portados por alguns, apesar da proibição vigente desde 1941. Para mim, o ambiente era de saloon e evocava os filmes de faroeste saudados com assobios e bate-pés nos matinês dominicais.
 
 Meu pai não andava armado, embora tivesse um revolver em casa e o levasse consigo quando saíamos para a estrada em viagens a Rio Grande, onde visitávamos nossos avós. Havia muito mais segurança, muito menos violência e muito mais liberdade. O revolucionário e iluminista francês Anacharsis Clootz afirmou, certa vez, que as leis são como teias de aranha, caem nelas os pequenos insetos enquanto os grandes as atravessam. Poucos anos mais tarde, o chanceler do Império Alemão, Otto Von Bismarck, sentenciou ser inconveniente esclarecer o povo sobre como são feitas as leis e as salsichas. O povo não obedeceria as primeiras e não comeria as segundas.
 
Fico pensando na imensa dificuldade que teriam meu pai, meus tios, ou aqueles seus conterrâneos, em entender o que dizem os desarmamentistas de hoje. Desde o alto de sua gentilíssima e cordial modernidade, talvez considerem “selvagens” aqueles tempos de liberdade e segurança. No entanto, a geração que me antecedeu, tenho certeza, haveria de recusar, por falta de serventia, o que seja dito por gente tão perita em segurança pública quanto os famosos da Globo. Para estes, derrotados no referendo do desarmamento (2005), devemos abrir mão do direito natural à legítima defesa da nossa vida para garantir nossa vida. O simples fato de ter, e mesmo de portar uma arma em seu veículo, não transforma em potencial homicida o cidadão que preencha rigorosos requisitos pessoais. Ironizo, é verdade, mas para provar situação de risco deveria bastar o documento de identidade de cidadão brasileiro...
 
Quem disse que os ingênuos estão na cadeia alimentar dos mal intencionados? Eu mesmo em “Pombas e Gaviões”, livro que publiquei em 2010. Projetos que tramitam no Congresso liberam o porte para os habitualmente privilegiados pelas nossas leis. A teia de Anacharsis se fecha sobre todos, exceto sobre os que estão fora dela porque fora-da-lei, e sobre os poderosos para quem não foi construída. Assim vamos, também nisso, com leis que fedem como salsicha, leis cujas teias são atravessadas pelos grandes. Como se atreve o Estado brasileiro a exigir dos cidadãos de bem o que não consegue impor aos bandidos que tão graciosa e benignamente põe em liberdade.

Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.

 

 

 

quarta-feira, 31 de julho de 2019

Sem Neymar e Marta, Fifa divulga candidatos ao prêmio de melhor do mundo - Revista Placar

Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e Virgil Van Dijk encabeçam lista de dez finalistas do The Best 2019. Entre as mulheres, Rapinoe é a favorita

Horas depois de exibir a lista dos melhores treinadores, a Fifa divulgou na manhã desta quarta-feira, 31, os nomes dos dez indicados ao prêmio The Best, de melhor jogador de 2019. Pelo segundo ano consecutivo, Neymar não integra o grupo de finalistas, assim como nenhum outro brasileiro. Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, empatados com cinco prêmios de melhor do mundo cada, estão na disputa. Outro forte candidato é o zagueiro holandês Virgil Can Dijk, campeão europeu com o Liverpool. A premiação do The Best acontece em 23 de setembro, em Milão, na Itália.

Além de Van Dijk, a Holanda foi representada por mais dois destaques que trocaram o Ajax nesta janela de transferência: Frankie De Jong, do Barcelona, e Matthijs De Light, da Juventus. Os outros indicados foram o belga Eden Hazard, que trocou o Chelsea pelo Real Madrid, o inglês Harry Kane, do Tottenham, o senegalês Sadio Mané e o egípcio Mohamed Salah, ambos do Liverpool, e o francês Kylian Mbappé, do PSG.


Rapinoe, a favorita entre as mulheres

A Fifa também divulgou a lista do futebol feminino. A brasileira Marta, embora seja a detentora do prêmio, honraria que ganhou seis vezes, e tenha se tornado a maior artilheira da história das Copas em qualquer gênero, com 17 gols, não foi indicada entre as 12 candidatas no futebol feminino.  A relação é dominada pela seleção dos Estados Unidos, que faturou recentemente o título mundial, com quatro nomes. Além da favorita Megan Rapinoe, eleita a melhor jogadora da Copa da França, Julie Ertz, Rose Lavelle e Alex Morgan estão presentes na relação. 

A finalista do Mundial pela Holanda, Vivianne Miedema também foi indicada. A França teve dois nomes apontados: Wendie Renard e Amandine Henry, autora do gol que eliminou a seleção brasileira nas oitavas de final da Copa. As inglesas Ellen White e Lucy Bronze, as norueguesas Caroline Graham Hansen e Ada Hegerberg, e a australiana Sam Kerr completam a lista de candidatas. 

A definição dos jogadores indicados ao prêmio da Fifa se deu pelo desempenho esportivo entre 25 de maio de 2018 e 7 de julho deste ano no futebol feminino e de 16 de julho de 2018 a 19 de julho no futebol masculino. 

Em Placar, leia MATÉRIA COMPLETA