Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Vai soar meio acaciano,mas em eleições é sempre bom esperar um pouco
para chegar a previsões definitivas. E um assunto a merecer certo
cuidado, certa delicadeza no trato, é a assim denominada terceira via.
Rótulo aliás ruim, pois parece caracterizar uma turma em luta pela
medalha de bronze. Não parece abordagem capaz de despertar grande
entusiasmo no eleitor. E não tem despertado.
Os dois principais problemas da terceira via a esta altura da corrida
são conhecidos:
1) a pulverização entre diversos nomes por enquanto
pouco musculosos e 2) a resiliência dos dois líderes nas pesquisas de
intenção de voto. Mas há um terceiro problema (sempre esse número...),
que a ideologia oficial do nem-nem resiste a admitir: o mercado até
agora ambicionado pelo centrismo é modesto.
Os mitólogos da terceira via construíram para si a ilusão de haver um
grande contingente simultaneamente anti-Lula e anti-Bolsonaro. Lá atrás
fizeram uma conta de padaria, mais ou menos assim: “Se Lula tem firmes
35% e Bolsonaro, 25%, há uns 40% que não querem nem um nem outro”. Era
obviamente um erro. Nesses 40% tinha gente disposta a não votar em
ninguém e também gente que, no limite, não recusaria escolher o ex ou o
atual presidente.
O mau resultado de Geraldo Alckmin em 2018 já deveria ter disparado o
alerta, e faz tempo, mas o pessoal continua teimoso em projetar os
próprios desejos para a realidade, mesmo depois de todas as pesquisas
constatarem uma rejeição simultânea de Bolsonaro e Lula em torno de bem
menos, uns 15%. Mas, se isso não é suficiente como ponto de chegada,
tampouco é ruim na partida. Lembrar Marina Silva em 2010 e Eduardo
Campos em 2014.
Lula e Bolsonaro levam vantagem no momento pois, além de capital
político próprio consolidado, propõem-se a disputar uma fatia de mercado
bem maior: cada um se apresenta como a salvação para livrar o Brasil da
ameaça de ser governado pelo outro. O que aproxima ambos de um market share
de metade dos potenciais votantes, suficiente para levar a taça. E na
caminhada vão pouco a pouco flexibilizando ou a formulação ou as
alianças, ou ambas.
Enquanto o dito centro continua aferrado ao nem-nem.
O desejo de retornar ao poder facilitou ao ex-presidente cativar o PT
para deglutir Alckmin na vice. Já a opinião pública petista, lulista e
progressista foi mesmerizada pelo “vocês não querem mais quatro anos de
Bolsonaro, querem?”. Entrementes, a intransigência programática do PT,
como era previsível, vai virando fumaça.Quem prestou atenção notou ter
subido no telhado a revogação, ou revisão radical, da reforma
trabalhista. Vai acontecer com outras pautas, como o teto de gastos e a autonomia do Banco Central.
E, do lado bolsonarista, faz tempo que a antipolítica foi para o arquivo morto.
A terceira via tem um caminho para tentar ser levada a sério num jogo
ainda no começo:
1) mostrar ambição real de poder, e não só apego a
microprojetos (“precisamos fazer bancada”), e
2) falar para o conjunto
do eleitorado, dizer o caminho que propõe para o Brasil retomar o
crescimento, gerar empregos, combater a inflação e melhorar a segurança
pública. Talvez daí comece a ser ouvida pelo eleitor hoje com Lula ou
Bolsonaro.
Mas também pode continuar na ladainha do nem-nem e “contra os
extremismos”. Como se sabe, um discurso de grande sucesso no povão. Só
que não.
Durante o último fim de semana, milhares de
cubanos se uniram e foram para as ruas do país gritar “Liberdade!”,
protestar contra o regime comunista da ilha e expor as terríveis
condições de pobreza que acompanham a vida sob uma ditadura, situação
que só piorou com a pandemia.
Na era digital em que vivemos, não demorou muito para que centenas de
vídeos dos protestos tomassem conta da internet e corressem o mundo. À
medida que a indignação reprimida contra o regime autoritário se
espalhava por cidades como Havana,as autoridades cubanas se apressaram
em bloquear a internet, rotular qualquer mensagem antigovernamental de
“desinformação” e reprimir os dissidentes que poderiam manchar ainda
mais a imagem do país. Em discurso transmitido pelos canais estatais, o
presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, disse que “a ordem de combate
havia sido dada”. Apelando para aqueles que apoiam o regime,
acrescentou: “Os revolucionários têm de estar nas ruas”. Centenas de
pessoas já foram presas e há relatos de fotógrafos e jornalistas entre
essas prisões.
Em 1959, o governo de Cuba foi derrubado por Fidel Castro. Nas
últimas seis décadas, o país operou sob a política comunista e
experimentou estagnação econômica, pobreza, fome e uma miríade de outros
obstáculos sociais. Quase 100% da economia cubana é controlada por seu
governo. A escassez de recursos, as condições de vida horríveis e o
governo opressor atormentam essa outrora bela nação.
Apesar de ainda testemunharmos, incrédulos, políticos brasileiros de
mãos dadas com esses regimes totalitários e as constantes tentativas de
distorcer o que realmente acontece em Cuba, a verdade é que os cidadãos
cubanos não têm acesso ao necessário para alimentar a família. Muitos
correm para os mercados quando as portas são abertas apenas para
descobrir que não há frutas frescas, carnes ou vegetais em estoque. Os
alimentos são racionados e fornecidos aos estabelecimentos pelo governo.
O socialismo diminuiu tanto o padrão de vida em Cuba que cidades
inteiras estão em ruínas. Cidadãos vivem no que antes eram belas mansões
e edifícios que caíram no completo abandono porque não há fundos
privados para mantê-los. Para muitos, essa é uma ilustração assustadora
da prosperidade de uma Cuba há muito desaparecida, destruída em uma
única geração pelo comunismo e pelo socialismo.
Cuba tem um espaço único e especial na minha história e para o vôlei
feminino no Brasil. Convivemos durante muitos anos com as jogadoras da
seleção cubana de vôlei. Para mim, o melhor time de toda a história.
Claro que sempre competimos para vencer, os clássicos jogos contra Cuba
se tornaram parte importante da minha carreira e até hoje sou abordada
por pessoas que relatam suas madrugadas em frente à TV assistindo
àqueles históricos embates. Vencemos algumas partidas, elas outras, as
brigas se tornaram marca registrada dos encontros, mas jamais deixamos o
lado humano da realidade cubana fora da equação.
Quem participa do debate público nas redes sociais sabe que parte do
tempo é gasta lidando com gente que, muitas vezes escondida pelo
anonimato de perfil falso, xinga, grita, ofende e até tenta intimidar.
No meu caso, é raro passar alguns dias sem ler “e as cubanas?”, como se
lembrar aquela semifinal olímpica em 1996, jogo que abriu caminho para a
histórica medalha de bronze em Atlanta, fosse motivo de constrangimento
e não de orgulho para qualquer atleta daquela geração. Adoraria ter
conquistado o ouro em 1996, mas não tenho do que reclamar. Minha
carreira como atleta superou os sonhos mais inimagináveis. Tenho uma
vida com boas realizações e planos futuros de trabalho entre Brasil e
EUA. Tenho muito a agradecer. E uma das sortes que tive, com certeza,
foi não ter nascido refém da ditadura cubana.
Todos esses pensamentos, emoções e lembranças vieram à tona nesta
semana diante de tantas imagens de corajosos jovens em Cuba desafiando o
sistema. Cubanos são especiais, gente bonita e de fibra. Em janeiro de
2020, tive o prazer de conhecer mais um casal da ilha em um dia muito
especial, quando participei da famosa e emocionante Marcha pela Vida (March for Life)
em Washington. Ali, no meio da multidão que fica concentrada durante
horas à espera do momento de caminhar até a Suprema Corte, esbarrei com
um casal de médicos cubanos que conseguiu asilo na capital
norte-americana. Com meu perfeito “portunhol”, conversamos sobre Brasil,
Cuba, voleibol, governos, Fidel, Trump (ele ainda estava na Casa
Branca) e até sobre o programa Mais Médicos.
Na época, contei que o presidente Jair Bolsonaro havia condicionado a
continuação do programa a um teste de validação pelo qual os agentes de
saúde cubanos teriam de passar, o mesmo que brasileiros formados no
exterior precisam fazer para exercer a profissão, e que eles poderiam
levar a família para o Brasil e ficar com seus salários, mas que Cuba
não aceitou. Meus amigos dentro da Marcha pela Vida não ficaram
surpresos. Contei também sobre grande parte da imprensa brasileira,
outrora importante e factual; e sobre os políticos e artistas
abobalhados que empurram diariamente a falácia de que o Brasil está
caminhando para virar uma “ditadura”, mesmo com o atual governo não
querendo ser sócio nem patrocinador de uma ditadura de verdade como foi o
governo petista.
Então, ouvi do casal cubano exilado em Washington o que todos os que
participam do debate honesto sabem sobre o real retrato de Cuba: que o
socialismo agride, física e mentalmente, aqueles que são devorados pelas
sanhas de apreciadores de regimes totalitários. A realidade para esse
povo sofrido não é o que os desmiolados socialistas do Leblon com
camisas do Che Guevara defendem no Instagram nos posts das viagens a
Fernando de Noronha, ou mesmo para Miami, para comprar o “enxoval do
bebê”.
Alguns atletas cubanos se dedicam intensamente à carreira para ter uma chance de sair do país e não voltar
Portanto, quando recebo mensagens agressivas nas redes, em
desnecessário e mesquinho tom de deboche, “E as cubanas?”, eu só espero,
do fundo do meu coração, que elas estejam bem.