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sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Mulher de ministro do TCU é funcionária fantasma na Câmara com salário de R$ 12 mil - O Estado de S. Paulo

Após ‘Estadão’ procurar Jhonatan de Jesus para comentar o caso, ela foi exonerada pelo gabinete do deputado Gabriel Mota

O deputado federal Gabriel Mota (Republicanos-RR) empregou como funcionária fantasma em seu gabinete na Câmara dos Deputados a mulher do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Jhonatan de Jesus, de quem era suplente. 
Thallys de Jesus, de 29 anos, foi nomeada em 18 de abril como secretária parlamentar do deputado federal com um salário inicial de R$ 12.139,40. Após o Estadão procurar o ministro que assumiu o cargo no TCU no dia 1º de março – para comentar o caso, Thallys foi exonerada ontem à noite.

Os funcionários do gabinete dizem desconhecer Thallys. Ao longo das últimas semanas, o Estadão compareceu três vezes ao local de trabalho dela e jamais a encontrou dando expediente. Além disso, Thallys é estudante de medicina no Ceub, cujo bacharelado tem grade diurna, o que, na prática, a impossibilita de trabalhar no gabinete do deputado. A mensalidade do curso é de R$ 9.448,83.

O ministro do TCU Jhonatan de Jesus e sua esposa, Thallys de Jesus; eles se casaram em novembro do ano passado Foto: Instagram/ @jhonatandejesus

Na primeira visita da reportagem ao gabinete, um funcionário afirmou que não conhecia a mulher. “Thallys?”, questionou, ao balançar a cabeça negativamente. “Tem a Flávia, a Lila e a Bruna”, acrescentou o servidor, referindo-se às únicas três mulheres que, segundo ele, trabalhariam no local.

Em seguida, a chefe de gabinete de Gabriel, Flávia Borges, assumiu a conversa e alegou à reportagem que Thallys trabalha “ao lado do deputado” e, por isso, não estaria no gabinete. Flávia é conhecida da família do ministro do TCU e já trabalhou no gabinete do pai dele, o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), entre 2019 e 2022.

Na terceira e última visita, Thallys também não estava no gabinete. O parlamentar justificou que faz um rodízio com seus funcionários e que, naquele dia, a mulher do ministro do TCU estaria fora da escala. Era uma quarta-feira. O deputado trabalha em Brasília de terça a quinta. “Se sobrecarregar só uma atrapalha o serviço. Por isso faço a escala”, afirmou.

Gabriel disse também que já conhecia Thallys antes mesmo de ela se casar com Jhonatan de Jesus e que não recebeu nenhum pedido do ministro, a quem chama de amigo, para empregá-la em seu gabinete. “Ela (Thallys) não pode ser penalizada por ser esposa de ministro do TCU, ela tem que ter o direito de trabalhar também”, afirmou.

O deputado se comprometeu a enviar uma planilha com os dias em que Thallys foi escalada para trabalhar ao longo dos últimos quatro meses. No entanto, voltou atrás e alegou à reportagem não ser possível levantar esses dados. Procurado nesta quinta-feira, 24, para comentar a exoneração da assessora após o pedido de explicações do jornal, o deputado não atendeu a reportagem.

Jhonatan e Thallys se casaram em novembro do ano passado, segundo edital de proclamas publicado pelo Diário da Justiça de Boa Vista. Eles estão juntos, contudo, desde 2019, conforme publicações em redes sociais.“Você chegou de mansinho e com carinho me ensinou a te amar! São 4 anos ao seu lado, e posso dizer que vi seu crescimento e como conseguiu transformar nossa relação em uma união tão feliz! Eu te amo”, escreveu o ministro do TCU no Instagram duas semanas após ela ganhar o cargo comissionado na Câmara.

Thallys se diz bacharel em direito e estudante de medicina. De acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), a esposa do ministro já trabalhou na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Ela foi nomeada em março de 2020 e exonerada em fevereiro de 2021. Antes disso trabalhou com o deputado estadual Chico Mozar (PP), na Assembleia Legislativa de Roraima (ALRR).

A nomeação de Thallys foi feita um mês depois de Jhonatan de Jesus tomar posse no TCU. Ele era deputado federal pelo Republicanos e foi eleito para o tribunal na vaga destinada à Câmara.

Enquanto deputado federal, Jhonatan de Jesus também conseguiu um cargo para a sogra na ALRR. Vanderleia Vieira Mendes, mãe de Thallys de Jesus, foi nomeada em fevereiro de 2021 como assessora parlamentar da procuradoria geral da Casa, com um salário de R$3,8 mil.

No último dia 15 de agosto, logo após a última visita do Estadão ao gabinete de Gabriel, o deputado resolveu baixar o salário de Thallys de R$ 12.139,40 para R$ 10.210,48. Jhonatan de Jesus foi procurado por meio da assessoria do TCU, mas não se manifestou.

Política - O Estado de S. Paulo


quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Ministro do TCU manda PRF esclarecer possível omissão em bloqueios de rodovias

Decisão do magistrado atendeu em parte a um pedido do Ministério Público de Contas 

O ministro Benjamin Zymler, do Tribunal de Contas da União (TCU), determinou que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) esclareça em 15 dias sua suposta omissão diante dos bloqueios de rodovias federais depois da vitória do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).[TCU que por longa data aceitou sem protestos ser um 'tribunal' que de tribunal só tem o nome, resolveu ser protagonista em concorrência direta com o TSE do ministro Moraes, até na escolha da 'vítima' para treinar maldades = a valorosa PRF. Copiou tudo, só esqueceu de arbitrar  multa absurda, estúpida e impagável, por eventual atraso da PRF.]

A ordem de Zymler é de 10 de novembro. No entanto, tornou-se pública somente nesta quarta-feira, 23, depois da notificação à PRF.

A decisão do ministro atendeu em parte a um pedido do Ministério Público de Contas, que apontou indícios de omissão da PRF, ao supostamente não atuar para o desbloqueio das estradas, que foram tomadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

PRF deve informar quais atitudes tomou para apurar as condutas ilegais de alguns agentes, que chegaram ao conhecimento do TCU
PRF deve informar quais atitudes tomou para apurar as condutas ilegais de alguns agentes, que chegaram ao conhecimento do TCU | Foto: Divulgação/PRF

Zymler acompanhou a orientação da área técnica do tribunal, que compreendeu ser necessária a atuação do TCU. O ministro entende que é preciso verificar se, de fato, houve “omissão de agentes públicos no cumprimento dos seus deveres e suas obrigações, desvirtuando o papel atribuído na Constituição e na lei à PRF”.

Agora, o órgão tem de apresentar os seguintes documentos:

  • Planejamento das ações operacionais da PRF de 30 de setembro, 1º e 2 de outubro;
  • Planejamento das ações operacionais da PRF para 28, 29 e 30 de outubro (2º turno das eleições);
  • Planejamento das ações operacionais entre 31 de outubro e 3 de novembro.

O TCU deseja comparar as ações da PRF nos dois turnos das eleições. Além disso, quer o detalhamento das ações nas datas solicitadas, como:

  • Número de agentes disponíveis, por cidade e Estado;
  • Número de agentes dedicados às ações de desobstrução de vias federais, por cidade e Estado;
  • Todos os gastos com as operações;
  • Nomes dos agentes que participaram das operações.
Por fim, a PRF deve informar quais atitudes tomou para apurar as “condutas ilegais” de alguns agentes, que chegaram ao conhecimento do TCU. [quando se pensa que o serviço público do Brasil chegou ao máximo em ineficiência, desvio de atribuições e arbitrariedades, aparece um TCU - que considera tão fora da curva o Brasil possuir uma 'justiça eleitoral' - criação única do Brasil - quanto o Poder Legislativo possuir um 'tribunal' que não tribuna.
Será que nenhum dos gênios do arbítrio consegue lembrar que a PRF tem funções específicas e que não as que TSE e agora o TCU querem impor?]

 Redação - Revista Oeste

 

sábado, 17 de dezembro de 2016

A farra dos marajás

Mais de 5 000 servidores federais recebem além do limite legal. A diferença daria para pagar por um mês a 400 000 aposentados que ganham salário mínimo

Carlos D'Avila Teixeira, Juiz federal (salário de R$198.852,39); Jorge Rodrigo Araújo, o "Bessias", Procurador da Fazenda (salário de R$55.459,30); Daniel César Azerevo Avelino, Procurador da República (salário de R$96.919,83) e José Múcio Monteiro Filho, Ministro do TCU (salário de R$50.886,46) (VEJA)
 
Desde a década de 80, quando um político alagoano se lançou no cenário nacional com a fantasia de “caçador de marajás”, o Brasil tenta acabar com a praga dos supersalários de uma minoria de servidores públicos. Até hoje, não deu certo. Na semana passada, o Senado deu um passo importante nessa direção ao aprovar um pacote de três projetos que passa a incluir no teto constitucional (33.763 reais mensais) a maioria dos penduricalhos desse grupo. [estranhamente para compensar a ousadia do Senado ao dar o passo inicial em três projetos visando reduzir os supersalários e alertar a Câmara, o ministro Luiz Fux contra atacou - ou alertou o Rodrigo Maia para deixar de ser ousado - e proibiu a Câmara dos Deputados (integrante do Poder Legislativo) de legislar sobre projetos ditos de 'iniciativa popular'.]

Um levantamento de VEJA entre todos os funcionários públicos da ativa do Judiciário, do Executivo e do Legislativo federais mostra o tamanho do problema. A pesquisa identificou os 5.203 servidores que ganharam acima do teto em setembro. O prejuízo aos cofres públicos chega a 30 milhões de reais em um único mês. E isso sem contar aposentados, pensionistas, nem os três poderes nos níveis estadual e municipal. A diferença de 360 milhões de reais por ano daria para pagar por um mês a 400.000 aposentados que ganham o salário mínimo. Repetindo: 400.000.

Nos casos mais gritantes, um único servidor chegou a receber mais de 100 000 reais em um mês. Despontam entre os marajás figuras como o ministro do Planejamento, Dyogo de OliveiraO drible no teto constitucional ocorre, na maior parte das vezes, em razão de uma miríade de benefícios.

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