Todas essas tragédias de extinção, ou quase extinção, da
vida na Terra,anunciadas diariamente pelos alarmistas do “fim do
mundo”, teriam, como eles pregam, algo a
ver com a atuação do homem na deformidade da natureza? Tudo leva a crer que
não. E que não passa de “alarme falso”. Essa conclusão não significa de nenhuma maneira concordância
ou omissão com a depredação e poluição da natureza que a cada dia mais se
acentua em todo o mundo,nas cidades e no campo.
Mas se conjugarmos a história do Planeta Terra com a evolução do Homem, certamente chegaremos à
conclusão que as tragédias naturais de origem “interna”, anunciadas pelos
alarmistas do “fim do mundo”, acontecerão
independentemente da participação predatória humana. Por um lado a Terra foi formou-se há cerca de
4,56 bilhões de anos. Os cientistas calculam que 99% das espécies vivas
foram dizimadas de alguma forma durante os diferentes períodos geológicos.
Calculam os cientistas que a própria Lua, satélite natural
da Terra, teria sido formada a partir da colisão que o Planeta Theia, mais ou menos do tamanho de
Marte, teve com a Terra, fato ocorrido
cerca de 100 milhões de anos após a formação da Terra, e que teria
“roubado” uma parte do que era a
Terra para formação do seu satélite. Neste sentido, o Planeta Terra ”deve” à Lua, que não serve
só para os “namorados”, principalmente pela recíproca atração gravitacional, a
sua própria “estabilidade” no Sistema Solar,no cosmos, e mesmo a “vida”
nela existente, inclusive as marés. Sem a força da gravidade exercida pela Lua
sobre a Terra, a vida seria impossível. Só para exemplificar: se a Terra
estivesse “solta” no Sistema Solar, e o seu eixo de rotação se alinhasse com o
Sol,o hemisfério voltado para essa
estrela ficaria quente demais, e o hemisfério oposto
totalmente congelado, praticamente
inviabilizando a vida como a
conhecemos.
Os 5 (cinco)“quase
fim de mundo”, com extinção de grande parte da vida, só nos últimos 500 milhões
de anos, (+ou- 1/10 do tempo de “vida”
do Planeta),se deram (1) aos 440 milhões
de anos (período Ordoviciano,com vida restrita aos oceanos,onde 85% das
espécies e mais de 100 famílias de invertebrados desapareceram); (2) 350 milhões e anos (Período Neodevaniano,com
perda de 27 % das famílias,e 70% a 80 % dos organismos marinhos); (4) 250 milhões de anos, onde a Terra ficou com um só supercontinente (Pangea), e a
érea de terras superou a de oceanos, e 96 % da vida dos oceanos e 70 % da vida
terrestre desapareceram; e (5) 65 milhões de anos,quando um asteróide,ou
cometa, atingiu a Terra na Península de Yucatan (México),com extinção de grande parte da vida,inclusive dos
Dinossauros.
Na “evolução” do homem, o primeiro “hominídio” data de
(somente) 4,4 milhões de anos, e o
fóssil mais antigo do “homo sapiens” foi encontrado em Djebe l
Irhound, no Marrocos,há 315 mil anos. A “história” do homem no Planeta
Terra, portanto,corresponde a mais ou menos 1/1000 do tempo de existência do
Planeta. Nada,portanto.
O anunciado “aquecimento global”, e o tal de “efeito
estufa”, bem como o derretimento do gelo, e o aumento, ou “diminuição”, do nível
dos oceanos, já ocorreram diversas vezes na “história” da Terra, sem qualquer
participação do homem, que nem mesmo existia, e só passou a “tomar forma”
muitos milhões de anos após a última
grande “quase” extinção da vida no Planeta, ocorrida há 65 milhões de anos atrás. É claro que nenhum certificado de “garantia” pode ser dado
tanto à vida na Terra,quanto à “vida” da própria Terra. Tanto causas internas
da Terra, como erupções vulcânicas gigantescas, terremotos, eras glaciais, e muita
outras causas, poderiam abalar a vida no Planeta. Mas parece que o maior perigo
estaria numa causa “externa”, absolutamente imprevisível, numa eventual colisão de asteróide ou cometa , cujas dimensões
poderiam dar um “fim” na Terra. Os que caíram até hoje podem ser considerados “anões”, mas já provocaram muitos estragos.
Portanto, o único “fim do mundo” certo ainda está bem distante,e se não houver nenhum “acidente de
percurso”, a Terra ainda poderá ter uma
sobrevida de cerca de 5 bilhões de
anos...se tiver, e se “tivermos”, muita “sorte”. [de todo o post, se impõe uma pergunta: pode o FINITO entender o INFINITO?]
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo