Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador beijo gay. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador beijo gay. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Sobre o jogador de vôlei e a homofobia - VOZES

Francisco Razzo

“Leonardo Santos, travesti linchada e executada a tiros em 2017. Kelly da Silva, travesti negra, teve o coração arrancado; o assassino confesso falou que um dos motivos ‘foi que ele era um demônio’. Uma travesti, recentemente em Colatina, teve sua cabeça decapitada e seus olhos arrancados. São três mortes severinas, as três mortes matadas e tantas outras em vida que parecem não importar para o nosso Congresso Nacional.” 
 
"Gostaria de falar sobre Dandara dos Santos, torturada por oito homens e levada por uma carrinho de mão. [Ela foi] torturada até a morte, e morta com diversos tiros. Filmada e exposta na internet, esse caso foi qualificado pelo Tribunal de Justiça, Tribunal do Júri do Ceará, como motivação homofóbica. Houve um erro no caso, porque deveria ter sido [qualificado] por motivação transfóbica. Mesmo assim o Tribunal do Júri entendeu a motivação por homofobia.”

Homofobia se tornou termo tão elástico que, por homofobia, você pode criminalizar tanto a fúria odiosa do psicopata que decapita alguém como, por homofobia, você também pode condenar o jogador de vôlei que comenta um gibi com beijo gay

Os casos acima foram relatados por duas sustentações, na qualidade de amicus curiae, quando, em 2019, o Supremo Tribunal Federal discutia a criminalização da homofobia. Para ser mais preciso, quando julgavam a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 26 e o Mandado de Injunção (MI) 4733, por suposta omissão do Congresso Nacional em editar lei que efetive a criminalização para atos de homofobia e transfobia.

Na época, escrevi o seguinte:as sustentações a favor da criminalização da homofobia apelam para casos de extremo requinte de crueldade, coisas que a gente só vê em séries como Mindhunter.  
Mas sabe quem acabará sendo criminalizado caso passe? 
Tia Lurdes, que vai à igreja aos domingos”. Não deu outra. 
Homofobia se tornou termo tão elástico que, por homofobia, você pode criminalizar tanto a fúria odiosa do psicopata que decapita alguém como, por homofobia, você também pode condenar o jogador de vôlei que fez o seguinte comentário a respeito de um gibi do Super-Homem com beijo gay: “Ah, é só um desenho, não é nada de mais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar”.
Qual o parâmetro para decidir o que é homofobia? Se homofobia é crime, e Mauricio Souza foi homofóbico, então Mauricio deve ser condenado como criminoso por um tribunal de Justiça e não simplesmente perder o emprego por causa da pressão do tribunal de exceção instaurado pelos proponentes das políticas identitárias.  
Para ser condenado por um tribunal de Justiça, Mauricio precisa ser julgado. 
Para ser julgado, precisa ser processado... sim, a espada da justiça é lenta.

Veja Também: O Talibã – e agora?
Os justiceiros da história
Só pode ser fanático

Porém, boa parte da imprensa e toda a comunidade LGBT se apressaram no justiçamento e já sentenciaram: “Mauricio fez comentários homofóbicos”. Mauricio é, portanto, homofóbico. Obviamente o clube em que ele jogava e os patrocinadores são livres para não querer em seu portfólio de atletas um representante condenado por homofóbico pelo tribunal de exceção. De fato, nenhuma marca é obrigada a estar associada com alguém que amanhã poderá figurar como personagem em uma série policial sobre psicopatas que trituram suas vítimas por ódio e dão opinião sobre gibis de super-heróis.

Encerro com a reflexão que um amigo cristão. Não sou capaz de escrever melhor. O pastor e escritor Yago Martins escreveu: “Já que homossexualidade é pecado, o normal é ser heterossexual. A Bíblia é heteronormativa, e a sociedade se afasta da influência cristã quando trata como algo normal a imagem de dois homens se beijando. Nisso, não há nada errado na fala do jogador."

Dito isto, algo incomoda: Não gosto do tipo de seletividade que se incomoda com homossexualidade nas mídias como se fosse pior que adultério, divórcio, violência, orgulho, ganância, ira, exibicionismo etc. O que leva alguém a lamentar homossexualidade em revistinha, mas não o sexo antes do casamento? Essa ênfase na homossexualidade como marca do fim da civilização ocidental é boba, infantil e contraproducente.

Esse é só mais um assunto, no meio de um mundo totalmente oposto à fé. Só mais um, no meio de tantos. Não vale o incômodo. No entanto, algo chama atenção nisso tudo: grupos LGBT se tornaram poderosos e mimados. Guiam decisões sociais e financeiras com base em pressão pública, e se ofendem com tudo, o mínimo que seja. Perdoa-se tudo, de roubo à assassinato. O pecado imperdoável é não os aprovar.

Agora que tudo é homofobia e até questionar beijo gay em quadrinho virou motivo para demissão, caminhamos para tornar insustentável a existência em sociedade. Não existe mais diálogo e opiniões, apenas poder. Hoje, o poder é deles. Será triste quando a roda girar.

Conservadores querem calar os gays e trans. Estes militam pela demissão e exclusão da vida social de quem acredita em família tradicional. Cristãos, por outro lado, deveriam estar fora deste cabo de guerra: lembrando que o mundo está podre, e que a solução está fora do mundo. Ainda assim, estamos aqui para defender as liberdades mais profundas. Que gays não percam seus empregos por isso, que conservadores não percam seus empregos por isso. E que todos possamos nos permitir em sociedade – pelo bem da civilização, contra o estabelecimento da barbárie. Quer criminalizar homofobia? Então que seja qualificado: homofobia é um discurso de incentivo à violência, e ponto.  
Questionar se homossexualidade é desviante ou não, se suas uniões são equivalentes à família nuclear, se deveria estar em material infanto-juvenil NÃO É HOMOFOBIA.  
Você pode discordar, pode achar retrógrado, pode não gostar do discurso. No entanto, criminalizar o que te ofende é tomar o mundo de arrasto pela força.  
É quase como um ministro do STF terrivelmente evangélico tentar criminalizar discursos contra a crença em Deus.”

Francisco Razzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Dona Solange não morreu - O Globo

A VOLTA DA CENSURA

Solange Hernandes foi a censora mais temida da ditadura militar.  [BONS TEMPOS, BONS TEMPOS, aqueles do Rogério Nunes, advogado e da policial federal Solange Hernandes, que comandaram a DCDP - Divisão de Censura de Diversões Públicas. Naqueles tempos sabíamos que as diversões de nossos filhos eram cuidadosamente classificadas.

Talvez houvesse algum exagero, mas, exagero por exagero pior o de hoje, o dos 'artistas' intelectuais, produtores culturais, criadores e outras coisas mais que, com raras exceções, estão sempre produzindo obras  que buscam destruir VALORES que são caros as pessoas de BEM, incluindo a FAMÍLIA,a INOCÊNCIA de nossas crianças, a instituição do CASAMENTO e ainda tem a ousadia de querer que o Governo = contribuintes = nós = nosso dinheiro,  banque a destruição da nossa PÁTRIA AMADA.]  decidia o que podia e o que não podia ser exibido no teatro, no cinema e na televisão. A tesoura estatal podava toda obra que, aos olhos dela, atentasse contra a moral e os bons costumes. Críticas ao regime, nem pensar: eram cortadas na raiz.

Fiscais da Prefeitura do Rio vão à Bienal do Livro para censurar gibi com beijo gay


Na Nova Era, o governo [o Brasil precisa] quer voltar a dar a última palavra na produção cultural. A censura, extinta pela Constituição de 1988, ressurge nas formas de veto ideológico e asfixia econômica.  Um dos primeiros atos do bolsonarismo foi a extinção do Ministério da Cultura. De lá para cá, acumulam-se tentativas de interferência nas artes.

O presidente já anunciou que deseja impor um “filtro” à produção cinematográfica. “Se não puder ter filtro, nós extinguiremos a Ancine”, ameaçou. Ele acusou o órgão de financiar “filmes pornográficos” e defendeu que o cinema brasileiro passe a exaltar “heróis brasileiros”. “Nem na ditadura isso ocorreu”, reagiu o diretor Bruno Barreto, que rodou “Dona Flor e Seus Dois Maridos” em pleno governo Geisel.[comparando as cenas - vamos deixar os diálogos - mostradas no filme Dona Flor (para maiores de 18 anos) com cenas mostradas na novela das 7, ou mesmo na das 18, Dona Flor era inocente.
Quem banca a diversão tem o direito de estabelecer limites. Quem não aceitar, não se diverte.]
 
Em agosto, a Ancine suspendeu um edital que havia selecionado séries sobre sexualidade e diversidade de gênero. Com o veto, quatro produções perderam o direito a captar recursos no mercado. “Conseguimos abortar essa missão”, festejou o presidente, em live para seus seguidores. Em outra frente, o governo implodiu a Lei Rouanet, principal mecanismo de financiamento do setor. O teto para a captação de recursos despencou de R$ 60 milhões para R$ 1 milhão. O Planalto não apresentou nenhum estudo econômico que justificasse o corte.

A tesoura chegou até ao Itamaraty. A embaixada em Montevidéu vetou a exibição de um documentário sobre Chico Buarque. O chanceler Ernesto Araújo disse que a obra não era de “interesse” do governo. [qual o interesse em se saber sobre Chico Buarque? perder tempo e dinheiro.]A censura federal faz escola. Em Porto Alegre, a Câmara Municipal cancelou uma exposição com charges críticas a Bolsonaro. No Recife, a Caixa Cultural tirou de cena uma peça contra o autoritarismo. No Rio, o prefeito Marcelo Crivella enviou fiscais à Bienal do Livro para apreender um gibi com beijo gay.

A blitz do bispo ainda não tinha ocorrido quando Fernanda Montenegro posou para a revista “Quatro Cinco Um” fantasiada de bruxa, prestes a ser queimada numa fogueira de livros. O desconhecido Roberto Alvim, diretor de artes cênicas da Funarte, reagiu com fúria. Chamou de “sórdida” e “mentirosa” a maior atriz brasileira, que faz 90 anos na semana que vem.
Antes de assumir o cargo, Alvim convocou “artistas conservadores” a criarem uma “máquina de guerra cultural” para combater quem pensa diferente. Essa mentalidade macarthista está por trás do sistema de censura prévia instituído na Caixa Econômica Federal. A “Folha de S.Paulo” revelou que funcionários do banco passaram a vasculhar posições políticas e postagens em redes sociais antes de definir patrocínios.

Na nova cruzada autoritária, o diretor da Funarte e seus pares parecem buscar a notoriedade de Dona Solange, que virou personagem de músicas de Leo Jaime e Rita Lee. A chefe da DCDP não está mais por aqui, mas seus discípulos chegaram ao poder.

Bernardo M. Franco, colunista de política em O Globo

terça-feira, 17 de março de 2015

Ditadura gay - Marco Feliciano critica beijo gay em novela da Globo



Em defesa de Fidélix
A obsessão de Marco Feliciano contra os gays continua. Depois de atacar o beijo gay da estreia de Babilônia,  Feliciano agora sai em defesa de Levy Fidélix, condenado ontem a pagar multa de 1 milhão de reais por danos morais por ter ofendido homossexuais durante a campanha eleitoral.

Diz Feliciano: - Este senhor, cidadão de bem, pai, avô, tem meu respeito e minha admiração. Vou torcer para que ele seja inocentado em outra instância. Vivemos a ditadura gay.

A preocupação de Feliciano é que a condenação de Fidélix crie uma jurisprudência da criminalização da homofobia, sem que seja necessária a aprovação de uma lei. Marco Feliciano diz não assistir a novelas e garante não ter visto à cena do beijo entre Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg, no primeiro capítulo de Babilônia, que terminou há pouco. Mas, rápido no gatilho, já disparou:  - A Globo já demonstrou seu apadrinhamento ao movimento gay. Virou moda. O público é adulto, eu ficaria preocupado e agiria nos rigores da lei caso fosse passado em horários onde crianças tivessem acesso.

A propósito, Feliciano está a mil com as passeatas. No sábado, divulgou via WhatsApp um vídeo convocando o povo para ir às ruas para protestar contra “ideologias que ferem o conceito judaico-cristão da família”.  - Vamos protestar contra o que o governo está fazendo contra os nossos filhos, de injetar dinheiro em mídias que são concessões públicas e essas mídias usarem ideologias que ferem o conceito judaico-cristão da família.

Fonte: Lauro Jardim – Coluna RADAR

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Um circo chamado Brasil – comerciante é condenado por exigir respeito em seu restaurante



Justiça de SP condena comerciante por repreender beijo gay em restaurante do litoral
Caso aconteceu na Baixada Santista. Comerciante terá que pagar R$ 20 mil a casal por danos morais
A Justiça de São Paulo condenou a dona de um restaurante da Baixada Santista a pagar R$ 20 mil de indenização para um casal, repreendido por ela após trocarem um beijo gay. O casal foi repreendido enquanto almoçava, na frente dos outros clientes, segundo consta no processo. A cidade não foi informada pela Justiça. 

A decisão foi divulgada nesta quarta-feira, pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A reparação por danos morais havia sido rejeitada em primeira instância. Mas a 9ª Câmara de Direito Privado decidiu condenar a dona do restaurante.

Segundo testemunhas, a comerciante sentiu-se incomodada com a orientação sexual dos autores, não com as carícias em público. E teria dito que o beijo gay “ia queimar” a imagem do local. Em defesa, a ré alegou que não teve a intenção de denegrir os namorados.
Em voto, o relator Alexandre Bucci afirmou que a abordagem discriminatória, feita de maneira discreta ou não, por si só fere a dignidade e a honra do ofendido. - Impossível não rotular como ofensiva e preconceituosa a postura adotada pela ré, diante da simples orientação sexual do casal, em claro desrespeito ao princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, fazendo jus, portanto, à reparação por dano moral - escreveu.

Fonte: O Globo