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sexta-feira, 31 de julho de 2020

Julgamento - STF precisa decidir se mantém santuário para bandidos ou aplica a lei

Há um tempo, o ministro Edson Fachin atendeu ao pedido do PSB e concedeu uma liminar proibindo a polícia de entrar nas comunidades do Rio de Janeiro durante a pandemia da Covid-19. Agora, o Supremo Tribunal Federal está votando se mantém essa liminar ou não. Os três primeiros votos foram a favor: Fachin, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.

Policia do Rio de Janeiro está impedida de entrar em comunidades dominadas por bandidos por liminar do STF enquanto durar a pandemia.
Policia do Rio de Janeiro está impedida de entrar em comunidades dominadas por bandidos por liminar do STF enquanto durar a pandemia.| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O primeiro voto contra aconteceu na terça-feira (28) e foi do ministro Alexandre de Moraes, que foi ministro da Justiça. Para ele, se a liminar continuar em vigor, a segurança da população das comunidades será retirada. E completou afirmando que isso não é atribuição do STF.
Com essa liminar, a Corte estabelece que o fator de segurança é quem comete crimes e não a polícia, ou seja, que se a polícia entrar é um fator de insegurança, um absurdo. E que essas favelas são territórios soberanos de bandidos, fora da lei nacional. Em tempos de guerra do Vietnã, a gente costumava chamar isso de santuário.

Crime não compensa
Está sendo leiloado o lote de 15 diamantes e cinco barras de ouro 24 quilates do Ali Babá carioca, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. O dinheiro arrecadado vai para o Ministério da Justiça e o Fundo Antidrogas.
Essa era a riqueza que o ex-governador podia guardar em casa. Cabral foi condenado, pela Lava Jato, a 281 anos de prisão por corrupção. Há muitos casos em que o crime não compensa.

Hidroxicloroquina
A médica nigeriana Stella Immanuel, que mora e trabalha em Houston (EUA), fez um desabafo recentemente sobre o uso da hidroxicloroquina. Muitos de vocês já devem ter visto o vídeo. Stella disse que já salvou 350 pacientes que tinham coronavírus, inclusive pessoas com diabetes, pressão alta, asma e idosos. Afirmou que é um absurdo pessoas morrerem de Covid-19.
Para ela, o tratamento com hidroxicloroquina, zinco e azitromicina deve ser usado. Stella afirma que os médicos que falam que ainda não há provas consistentes de que o uso desses medicamentos é eficaz não trataram ninguém com o vírus.

A médica diz que essa é a prova. Lá na Suíça também há uma prova: quando o tratamento com a hidroxicloroquina foi suspenso, a quantidade de mortes por milhão aumentou e quando o uso foi retomado, as mortes caíram novamente.

Regime de terror
Novamente um decreto municipal passou por cima dos direitos constitucionais. Dessa vez aconteceu em Balneário Camboriú (SC). Decretos municipais estão permitindo que a polícia entre na casa de pessoas sem mandado judicial.
Isso é um regime de terror. Digo isso porque nesta terça-feira (28) completou 236 anos que Maximilien de Robespierre, o líder do regime do terror, foi guilhotinado em Paris durante a Revolução Francesa.

Sem foro privilegiado
A Câmara está reclamando ao STF que a polícia não pode fazer busca e  apreensão nos gabinetes dos deputados. Só que algumas operações não são referentes ao período de mandato do parlamentar.
Quando uma investigação se refere a um fato anterior ao mandato, um juiz de primeira instância pode determinar a busca e apreensão porque o caso não tem mais foro privilegiado. O próprio Supremo decidiu isso.

Alexandre Garcia, jornalista - Gazeta do Povo - Vozes




sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Pergunta: qual o motivo da representante do Brasil não ser uma brasileira? Ruth Ituni é uma estrangeira, nigeriana, portanto, sem condições de representar o Brasil



Moradora de Ceilândia (DF) representará o Brasil em conferência nos EUA
Ruth Ituni, 22 anos, é nigeriana e reside no Brasil desde os três anos idade. Ela irá se juntar a outros jovens de todo o mundo para contribuir com propostas voltadas para a Agenda de Desenvolvimento Sustentável 2030 

A estudante de relações internacionais do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), Ruth Ituni Adewonuola, 22 anos, irá representar o Brasil no Fórum da Juventude 2016 do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc) em Nova Iorque, nos Estados Unidos, em 1º e 2 de fevereiro. A jovem, moradora de Ceilândia, é nigeriana e reside no Brasil desde os três anos de idade. Ela irá se juntar a outros jovens de todo o mundo para contribuir com propostas voltadas para a Agenda de Desenvolvimento Sustentável 2030, que corresponde a um conjunto de ações que orientarão as Nações Unidas e seus países membros para o desenvolvimento sustentável no futuro.

Escolhida entre vários jovens que residem em Ceilândia, Ruth Ituni, teve menos de um mês para organizar a viagem desde que soube que foi selecionada. Segundo ela, houve uma seleção entre participantes do programa social Jovem de Expressão para escolher um representante durante a conferência das Nações Unidas. “Participei da entrevista e fiquei muito feliz por ter sido selecionada”, conta. Ruth já participou de uma conferência voltada para jovens, em 2011, em Viena, na Áustria, para debater sobre o uso de substâncias ilícitas durante a juventude. “O Jovem de Expressão mudou minha vida. Não consigo imaginar como seria minha vida sem esse programa. Poder mostrar para outros jovens que o programa em Ceilândia é eficaz é muito bom”, comenta.

Participante desde 2009 do programa social Jovem de Expressão, da Caixa Seguradora em parceira com a Rede Urbana de Ações Socioculturais (Ruas) e com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), Ruth participou de várias atividades, com oficinas de fotografia, audiovisual, comunicação comunitária e outros. Agora a estudante representará não somente o Brasil, mas o programa social. Ela viajará neste sábado (30) e retornará na quarta-feira (3). “Participar dessas conferências me influenciou muito, inclusive, na escolha do curso na faculdade”, acrescenta.

Fonte: Correio Braziliense