Infelizmente, os que deveriam saber, ou não sabem, ou não querem saber, e acabam fazendo “continência” para as principais causas de todas as desgraças políticas vividas pelo povo brasileiro, desde 1985, inclusive as prescritas na “Constituição”de 88.
O verdadeiro “mato-sem-cachorro”,ou “beco-sem-saída” eleitoral, que os políticos impingiram aos brasileiros, teve forte impulso na Constituição de 1988, que foi a resposta “malcriada” da esquerda ao Regime Militar,instalado de 1964 a 1985, garantindo a eleição dos“progressistas”por muito tempo.
Após o término do Regime Militar,o Congresso Nacional elegeu, indiretamente, Tancredo Neves,como Presidente da República, tendo José Sarney como seu “Vice”, mas que acabou tomando posse na presidência em virtude da morte de Tancredo, numa espetacular “manobra”,até hoje não bem explicada, do General Leônidas Pires Gonçalves ,que havia sido escolhido por Tancredo para Ministro da Guerra.
Durante o Governo Sarney,instalaram a ANC, cujos congressistas - constituintes foram eleitos na base da “fraude” eleitoral do Plano Cruzado, que elegeu uma maioria de esquerda,e escreveu a nova constituição,com “eleições diretas”, inclusive para Presidente da República. Mas em dois turnos. E esse”detalhe” justifica o provérbio que o “diabo mora no detalhes”. Essa fraude se deu na base de artifícios econômicos fraudulentos que possibilitaram aos pobres comprar galinha barata por pouco tempo,até as eleições dos candidatos“farsantes”.
Mediante as eleições diretas tão reclamadas no movimento “Diretas Já”,em 1989, foi eleito Presidente Fernando Collor de Mello, ”construído” (e mais tarde “destruído”), pela “Globo”,o qual tomou posse em 1990, tendo como “Vice” Itamar Franco,que assumiu a presidência no lugar do titular,após o seu “impeachment”,em 1992,e acabou abrindo as portas para a esquerda ascender definitivamente ao poder, com a nomeação do até então esquerdista “disfarçado”,Fernando Henrique Cardoso, para o importante cargo de Ministro da Fazenda.
Mas o grande “golpe” que a esquerda conseguiu dar para assegurar longa permanência no poder foi o estabelecimento de eleições em dois turnos para Presidente, Governadores, e Prefeitos, nos municípios com mais de 200 mil eleitores,se porventura no primeiro turno o vencedor não conseguisse obter 50% ,mais um ,dos votos,que nessa hipótese concorreria com o segundo colocado num segundo turno.
Mas devido ao sucesso obtido pela reforma econômica denominada “Plano Real”,que efetivamente deu uma certa estabilidade à economia brasileira,coordenado pelo então Ministro da Fazenda ,FHC,é evidente que esse cidadão tenderia a ser o candidato natural à substituição de Itamar nas eleições seguintes, de 1994.
Aí o “esperto” ministro tomou o primeiro avião que partia para os Estados Unidos,mas antes combinou encontrar-se lá com líder do Partido dos Trabalhadores-PT,o sindicalista Lula da Silva, o que de fato aconteceu em 1993. Na Universidade de “Princeton”,os dois assinaram um “pacto”,adotando a “política das tesouras”,concebida por Hegel e Karl Marx,pela qual a esquerda passaria a concorrer sempre com dois candidatos à presidência do Brasil,no caso,um “moderado”,”disfarçado”( o próprio FHC), e outro “radical” (Lula). Nesse “pacto”, FHC representava o “Diálogo Interamericano”,e Lula ,o PT e o Foro de São Paulo.
Ora,em face dessa “armadilha” da esquerda escrita na “constituição”, estabelecendo dois turnos na eleição para Presidente da República,se já no primeiro turno não fosse eleito o Presidente,aí também acabaram estabelecendo a política da POLARIZAÇÃO das eleições,num eventual segundo turno das eleições,com a chegada provável de dois candidatos esquerdistas para disputarem a eleição “final”,mas sempre assegurado à esquerda a vitória,por intermédio de um,ou outro candidato.
Ora,em face dessa “armadilha”,a esquerda acabou “polarizando” todas as eleições presidenciais seguintes,concorrendo sempre com dois candidatos,começando com o próprio FHC,pelo PSDB,que teve dois mandatos,governando de 1995 a 2003,sucedido que foi por Lula da Silva,do PT,também com dois mandatos,e que governou de 2003 a 2010. Lula foi sucedido por Dilma Rousseff,também do PT,eleita em 2010,e reeleita em 2014,sendo “impichada” em 2016,sucedida pelo “Vice” Michel Temer.
Portanto o “Pacto de Princeton” funcionou com as duas lâminas “esquerdistas” de uma tesoura, de 2003 a 2018,só terminando com a eleição do “capitão” conservador Jair Bolsonaro,que venceu Fernando Haddad,do PT,em segundo turno,o qual venceu atraindo os votos dos eleitores decepcionados com a ladroagem patrocinada pela esquerda. Nessa eleição “falhou” a “política das tesouras”,do PSDB e PT.
Mas a chantagem eleitoral que o “establishment” de esquerda escreveu na constituição e manteve nas regras da Justiça Eleitoral reside no fato do eterno “constrangimento” a que ficam submetidos a grande maioria dos eleitores,que acabam tendo de votar num determinado candidato,não pelas próprias convicções,e por acreditar no candidato,porém para que não aconteça o “pior”,vencendo o“outro” candidato.
É por essa simples razão que poucos são os eleitores que votam comandados pelas próprias consciências políticas no candidato “x” ou y”. O apelo que os partidos fazem ao tal “voto útil”,por exemplo,tentando desviar o eleitor do seu candidato por faltar-lhe “chance”,conforme “determinado” pelas “pesquisas”,e também a busca desesperada pelos que deverão votar em “branco”,ou “anular o voto”,são fenômenos comuns na política e nas eleições brasileiras.
Toda essa “bandalheira” política implantada nas leis e guarnecida pelo feroz “cão-de-guarda” da Justiça Eleitoral, interfere profundamente no livre arbítrio político dos cidadão na hora de votar,tornando as eleições uma grande farsa.
Por tudo isso vê-se que o “Pacto de Princeton”prossegue.Porém foi reformado. Competem nas urnas as duas lâminas de uma tesoura, só que polarizadas agora em UM candidato conservador,no caso, o atual Presidente Bolsonaro, candidato à reeleição,e outro candidato representando a outra lâmina da esquerda ,Lula da Silva, MAIS meia dúzia de outros candidatos de partidos diferentes da mesma linha ideológica (de esquerda) ,dependurados nessa lâmina,apostando que num eventual segundo turno das eleições de outubro de 2022,fundir-se-iam com a lâmina “do” Lula.
E por isso que o sistema eleitoral brasileiro deixa o povo refém da sua democracia deturpada,ou seja,da OCLOCRACIA. O eleitor geralmente não vota pela sua convicção. Vota “coagido”,”chantageado” pelas circunstâncias eleitorais. Não é à toa,portanto,que tanta “coisa ruim” e ladrão tenham saído das urnas após as eleições.
Mas a inexplicável “tolerância” da Justiça Eleitoral em
face das “pesquisas” só pode ser concebida como “parte” da farsa democrática
vivida pelo povo brasileiro. Sem dúvida os resultados das pesquisas, que
indicam preferência pelo mais desqualificado dos candidatos, Lula da Silva, tem
alguma força para “induzir” os fracos de
espírito a acompanhar o “vencedor”.
Esse “tal” líder das pesquisas chefiou uma quadrilha de assaltantes que roubou do erário em mais de 10 trilhões de reais, enquanto governaram,de 2003 a 2016, certamente despejando grande parte dessa fortuna roubada na sua atual campanha eleitoral, comprando “gregos e troianos”, mais o que necessário for.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo