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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

BC desiste de levar a inflação para a meta em 2016. No popular: abre as pernas e BC mantém taxa de juros em 14,25%

Autoridade monetária admite que não conseguirá alcançar meta de inflação em 2016

Sem a perspectiva de controlar a inflação no curto prazo, o Banco Central admitiu que não conseguirá domar o dragão e alcançar a meta de 4,5% no ano que vem. A tarefa só deve ser cumprida em 2017. O recado foi dado no comunicado divulgado após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta quarta-feira, em que os diretores da autoridade monetária mantiveram, por unanimidade, os juros básicos em 14,25% ao ano — é a segunda reunião em que a taxa é mantida. A decisão era esperada por todo o mercado financeiro, que sabe que o BC não tinha escolha: não poderia subir ainda mais os juros e condenar o país a uma recessão ainda mais grave.
 
O Banco Central disse que manterá a vigilância, mas sinalizou a convergência para a inflação em 2017. Antes, o discurso era que o IPCA iria para a meta no ano que vem. Agora, o Banco Central fala em “horizonte relevante”, ou seja, em mais dois anos de trabalho.
“O Comitê entende que a manutenção desse patamar da taxa básica de juros, por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante da política monetária. O Copom ressalta que a política monetária se manterá vigilante para a consecução desse objetivo”, diz o BC no comunicado.

Analistas destacaram a retirada do compromisso de levar a inflação à meta em 2016. Em nota, o Banco Fator comentou o comunicado do Copom, com indicações de que pode haver alta dos juros na próxima reunião, em dezembro: “O Copom manteve a taxa Selic em 14,25%, como era amplamente esperado. O comunicado, no entanto, sofreu algumas alterações importantes. Ao substituir ‘no final de 2016’ por ‘horizonte relevante da política monetária’, ele reconhece que a trajetória de inflação não atinge o centro da meta no fim do próximo ano. A volta da expressão ‘vigilante’ para o comunicado, lembrando que ela estava presente na ata da última reunião, mantém espaço para alta na Selic, ainda que esse não seja o caminho mais provável”. Esse horizonte relevante é um período de dois anos. É esse é o horizonte médio da política monetária. Às vezes pode ser um pouquinho a mais ou a menos, mas o que importa é que o Banco Central quis dizer que teremos inflação na meta no segundo semestre de 2017— explicou o ex-diretor do BC Carlos Thadeu de Freitas, que avalia a decisão de mudar o discurso como acertada e necessária.

A principal barreira para aumentar os juros imediatamente e conter a inflação é a crise econômica. A expectativa dos analistas é que a economia encolherá 3% neste ano e que a recessão continue no ano que vem com indústria em grave crise e consumo em forte retração.

De outro lado, a incerteza política, a possibilidade de impeachment, a perda do grau de investimento e, principalmente, a falta de uma definição sobre o que acontecerá com as contas públicas. Tudo isso afeta o dólar: quanto mais ele sobe, mais combustível a inflação recebe. A deterioração do quadro político e a barbeiragem de mandar um Orçamento deficitário para o Congresso influenciaram o câmbio, e isso já tem efeito na inflação como na alta do preço do pãozinho — analisou o ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega, que ressalta que ninguém esperava um desempenho tão ruim das contas públicas:
— A herança da dupla Mantega-Augustin é mais desastrosa de que se poderia imaginar.

PIOR JÁ PASSOU?
Submerso em todas essas incertezas econômica, o Banco Central resolveu manter-se parado à espera de uma solução. A avaliação do governo é que, por mais que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) esteja em 9,77% nos últimos 12 meses, o pior já passou. Daqui pra frente, o índice oficial deve ficar mais comportado. Além disso, juros mais altos não afetariam o principal problema deste ano: o aumento de tarifas públicas. Energia deve ter um aumento de cerca de 50%, por exemplo. Essa demanda não é contida com juros mais altos.

Para conseguir fazer com o a inflação chegasse à meta de 4,5% no fim do ano que vem, o BC teria de dar um choque de juros e fazer com que a taxa básica (Selic) fosse a 18%, na visão de Maílson. Ele mesmo alerta que isso seria um erro. E que o ideal seria apenas admitir que essa promessa é utópica. — Nenhum Banco Central daria um choque de juros para fazer convergir a inflação a ferro e fogo num curto tempo num cenário como este.
É consenso entre os analistas e dentro do próprio governo que todo o andamento da economia e sua recuperação dependem de uma definição do quadro fiscal. Ou seja, é preciso colocar as contas públicas em ordem. Para isso, é preciso aguardar que as medidas fiscais como a recriação da CPMF — sejam aprovadas pelo Congresso Nacional. O problema é que o Legislativo vive sua crise particular. — O Banco Central tem de aguardar as negociações do Congresso sobre o cenário fiscal. O que ele poderia fazer?  

Introduzir uma retração maior na economia não seria uma política adequadaavalia Carlos Kawall, ex-secretário do Tesouro Nacional e economista-chefe do Banco Safra. O que a gente precisa hoje na economia não é mais de juros é de política fiscal.

Fonte: O Globo

sábado, 19 de setembro de 2015

Dilma colocou o Brasil no Serasa Mundial

Após consistentes alertas dos analistas econômicos sobre o agravamento da crise econômica brasileira, a agência de classificação de risco Standard &Poor’s perdeu a paciência e cumpriu sua promessa. Rebaixou o Brasil, retirando o carimbo de bom pagador em função da “manifestação da incompetência” e “ousadia” do desgoverno de Dilma, ao encaminhar ao Congresso um orçamento deficitário. Foi justamente a gota d’água, pois ela mais uma vez, irresponsavelmente, abusou do direito de errar.
Economia na privada
É inadmissível em qualquer economia do planeta a formalização e muito menos a aprovação de um orçamento deficitário, nem como tentativa de justificar o propósito da transparência. Estamos enfrentando sérios problemas nesses últimos anos de desgoverno da seita petista nos âmbitos político, econômico, social e ético, os quais se entrelaçam e têm se fortalecido notadamente a cada dia que passa.

Cinco dias após assistirmos à perda do grau de investimento (investment grade), o desgoverno apresentou, no início desta semana, novas medidas de ajuste que podem gerar economia de até 26 bilhões de reais no Orçamento de 2016. Mais uma vez, não há mudança no quadro geral do Brasil e dificilmente o cenário fiscal será resolvido, por não ter havido a apresentação de medidas estruturantes, tampouco proposta de cortes na média da necessidade, sendo eles muito abaixo da expectativa, o que demonstra “esperteza”. O que de fato este desgoverno impôs foi um aumento escandaloso de impostos de R$ 34,4 bilhões, enquanto continua a ocultar seus extravagantes privilégios.

Na prática, o desgoverno quer evitar o desgaste dos cortes e, novamente, elegeu a opção mais fácil e cômoda, aumentando impostos e tentando ressuscitar a CPMF (alíquota de 0,2% podendo chegar a 0,38%), uma missão impraticável, mesmo que determinada em 48 meses. Essas últimas medidas evidenciam mais ainda a impotência desse desgoverno em restringir os gastos do que qualquer outra coisa. É o jeito covarde de amenizar sua dívida, cobrando um imposto inflacionário da população e, com isso, alimentando a recessão.

Inevitavelmente, todas as medidas terão que passar pelo desafio da sua aprovação no Congresso, em meio ao baixo capital político de uma base fragmentada que o desgoverno desfruta. Diante disso, é importante lembrar que a invencível crise grega tem demonstrado um excelente exemplo à economia global, pois, quanto mais é protelado o ajuste, maior se torna o custo econômico e, particularmente, o social.

A presidente sempre destilou sua arrogância e prepotência, preferindo buscar invariavelmente os culpados, em vez de apontar soluções. Como vimos, a perda do grau de investimento deixou de ser uma ameaça para ser uma realidade, coroando o fracasso total deste desgoverno petista que parece não querer adotar o vital redirecionamento na sua política macroeconômica, prejudicando, ainda mais, a saída da nossa economia do quadro recessivo que nos asfixia.

Para escapar da recessão, é inevitável que o país retome os investimentos, sobretudo em infraestrutura, com a maior parte desses recursos vindos do exterior. É bastante limitada a poupança doméstica e, portanto, é essencial a participação do capital estrangeiro. O rebaixamento, entretanto, restringe ainda mais o ingresso desses recursos no País. O que mais vemos ultimamente, neste desgoverno, são suas previsões de déficit primário para este exercício e o subsequente; além disso, as estimativas de crescimento sendo continuamente revisadas para baixo. Portanto, a relação da dívida líquida com o PIB (Produto Interno Bruto) deverá continuar aumentando junto com uma inflação em alta, prevalecendo um crescimento insignificante e declinante. Sem dúvida, é fatal a elevação dos juros e do câmbio, propiciando uma volatilidade fantástica no mercado, porque a credibilidade interna e externa ficou ainda mais esgarçada.

Com certeza, veremos mais incerteza, menos investimento, mais desemprego e maior dificuldade no ajuste. Resumindo melhor, foram exclusivamente a leviandade e a irresponsabilidade desse desgoverno, sempre surpreendendo, que produziram o considerável estrago. Não adianta fechar os olhos e dizer que as agências de classificação de risco não valem nada. De fato, elas já apresentaram uma tendência questionável, mas não adianta protestar. É bem provável que as outras principais agências (Moody’s e Fitch Ratings) sigam o mesmo caminho. A não ser que aconteça com celeridade um elenco de medidas muito sólidas e confiáveis desse desgoverno, em relação à situação fiscal, o que, pela insuficiência de comprometimento e pelo “andar da carruagem”, parece impraticável.

Existe uma comprovação histórica demonstrando que o pragmatismo termina dominando as diferenças. Inquietante é a nossa situação, pois estamos também atravessando um período de visíveis custos econômicos sociais. O desencadeamento da recessão está destruindo o mercado de trabalho e interrompendo a mobilidade social no deslocamento de uma classe social para outra. É imprescindível que o Executivo e o Congresso trabalhem numa ampla parceria sinérgica de medidas que possam tirar a Nação desta situação que nos aflige.

É extremamente importante estarmos conscientes para uma questão, a de que sua reconquista não será uma tarefa simples. Restaurar a credibilidade brasileira quanto à sustentabilidade da política fiscal nos próximos anos não é uma meta fácil. Grau de investimento se perde com muita rapidez, mas sua recuperação é muito demorada. Para retornar definitivamente ao hall dos bons pagadores é preciso saber construir uma nova estrutura, bastante sólida, apoiada em fortes deliberações legislativas e reformas profundas. Dessa forma, poderá ser passada a confiança de que não surgirão mais medidas inesperadas para serem incluídas na peça orçamentária.

Para uma agência de classificação de risco é fundamental - a previsibilidade. Inicialmente, este segundo desgoverno anunciou uma meta de superávit primário; após seis meses, fez um corte substancial e agora, apresentou e encaminhou o orçamento com déficit. Portanto, demonstrou totalmente desconhecer este importante atributo exigido por ela.

Após cortar a nota do Brasil, a agência colocou o País em perspectiva de viés negativo na primeira escala de grau especulativo. Para ela, é bem possível haver uma nova queda de sua classificação, em mais de "uma chance em três" da situação se agravar. Até porque, com as acentuadas dificuldades políticas existentes no Congresso, há o risco potencial de serem aprovadas medidas que inviabilizem ainda mais o restabelecimento das contas públicas.
 
Na verdade, nosso “Rating” foi classificado como “Junk” (em português, lixo), o que limita a capacidade de financiamento do Estado tão quanto da empresa, pelo que é provável que se tenha de pagar juros mais elevados para obter recursos no mercado de capitais. O selo de bom pagador, que é um reconhecimento de que o país é um “porto seguro” para os investidores, costuma ser exigido por fundos de investimento e de pensão bilionários para aplicar em títulos de dívida pública de governos.

A Standard&Poor’s também sinaliza que é preocupante a fragilidade política aliada à solidão do ministro Levy, que foi derrotado em seguidas disputas internas e teme que a desarmonia avance ainda mais no seio da equipe econômica. Mais duro ainda, foi a agência dizer que o governo brasileiro não aparenta capacidade nem vontade de tomar as medidas para resolver os problemas da economia brasileira. Sem saídas à esquerda, este desgoverno necessita urgentemente recuperar a confiança dos mercados.

Em todas as notícias e rumores a respeito dessa matéria, a palavra chave é “confiabilidade”, relativa à nossa capacidade de honrar os compromissos. A inevitável transparência na organização das contas do governo é obrigatória para a manutenção desse crédito. O raciocínio é relativamente simples: agentes econômicos tomam decisões baseadas em informações disponíveis em cada momento, dentre as quais, figuram as ações prioritárias anunciadas de política econômica. Os credores incorporam suas perspectivas em seus cálculos econômicos.

Enquanto o desgoverno de Dilma parece encurralado, continuando a dar sinais de não saber como enfrentar a crise, nossa situação continua se deteriorando e consolidando uma expectativa que a recessão já ultrapasse 2016. O País retrocede a um tempo que se acreditava superado, quando o risco iminente de calote do governo brasileiro dominou o ambiente econômico mundial.

Para mim, saem todos rebaixados: governo, ministros e principalmente a seita petista. Isso tudo simboliza um atestado de absoluta ingovernabilidade e da incapacidade da presidente de comandar os destinos do nosso agonizante Brasil.

Por:Arthur Jorge Costa Pinto é Administrador, com MBA em Finanças pela UNIFACS (Universidade Salvador).